quarta-feira, 30 de setembro de 2020

ANTÓNIO RAMALHO - PINTOR - MORREU EM 1916 - 30 DE SETEMBRO DE 2020

 

Ramalho Júnior

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António Ramalho
Nome completoAntónio Monteiro Ramalho Júnior
Nascimento1859
Barqueiros
Morte30 de outubro de 1916 (57 anos)
Figueira da Foz
NacionalidadePortugal Portuguesa
ÁreaPintor
Movimento(s)Naturalismo

António Monteiro Ramalho Júnior (Barqueiros1859 — Figueira da Foz, 30 de Setembro de 1916), mais conhecido como Ramalho Júnior, foi um pintor português.

Pertenceu ao primeiro Naturalismo e foi membro iniciador do "Grupo do Leão", conhecido também por António Ramalho, ou simplesmente Ramalho, pintor.

Discípulo, na Academia de Belas Artes de Lisboa, de Tomás da Anunciação e Silva Porto.

Biografia[editar | editar código-fonte]

António Ramalho Júnior foi muito novo para o Porto onde trabalhou como marçano, mas o sonho de ser artista levou-o para Lisboa onde frequentou a Real Academia de Bellas Artes de Lisboa. Ao contrário de Tomás da AnunciaçãoAntónio da Silva Porto incentivou-o a prosseguir a carreira de pintor. Com Columbano Bordalo Pinheiro organizou, em 1880, uma exposição que obteve grande êxito. Em 1882 o Marquês da Praia e Monforte concedeu-lhe uma pensão para estudar em Paris, onde permaneceu dois anos.[1]

Bolseiro em Paris, 1882, onde trabalha como discípulo de Cabanel, e praticou a pintura de género, o retrato e também a pintura de ar-livre. Dessa altura é o quadro "Chez mon voisin" ou "O Lanterneiro" que envia para Lisboa como prova de pensionato. Participa no Salon em 1883 e 1885.

Regressa a Portugal em 1884. Retoma o convívio com os seus camaradas do Grupo do Leão, com quem já havia integrado a 1ª Exposição de Quadros Modernos em 1881.

Ramalho Júnior: Camões lendo os Lusíadas a D. Sebastião (entre 1893 e 1916).

Expõe na Sociedade Promotora de Belas Artes desde 1880 (Medalha de Prata em 1887).

Igual galardão é-lhe conferido na Exposição Industrial de 1888.

Participa activamente nas mostras do Grémio Artístico (Medalha de Prata em 1897).

Posteriormente, estará presente nas exposições da Sociedade Nacional de Belas Artes.

Além das suas qualidades como pintor, são reconhecidas as participações na decoração de inúmeros edifícios públicos e privados.

Na área da imprensa, encontra-se colaboração da sua autoria no jornal humorístico O António Maria[2] (1879-1885;1891-1898).

Morreu subitamente na Figueira da Foz enquanto trabalhava na decoração do palacete do sr. Joaquim Sottomayor[3].

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • PAMPLONA, Fernando deDicionário de Pintores e Escultores Portugueses. Lisboa: Civilização Editora, 2000.
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Referências

  1.  Matriznet, [1]
  2.  Rita Correia (27 de Outubro de 2006). «Ficha histórica: O António Maria (1879-1885;1891-1898).» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 12 de Maio de 2014
  3.  Terra portuguesa : revista ilustrada de arqueologia artistica e etnografia N.º8, Setembro de 1916, pág. 49.

JALALADIM MAOMÉ RUMI - POETA - (1207) - 30 DE SETEMBRO DE 2020

 


Jalaladim Maomé Rumi

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Jalaladim Maomé Rumi
Nascimento30 de setembro de 1207
Morte17 de dezembro de 1273 (66 anos)
OcupaçãoPoetajuristateólogo
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Maulana Jalaladim Maomé (em árabeمولانا جلال الدین محمد رومیtransl.: RumiMawlānā Jalāl-ad-Dīn Muhammad Rūmī), também conhecido como Rumi de Bactro ({{langx|fr|محمد بلخى]}), ou ainda apenas Rumi ou Mevlana, (30 de setembro de 1207 — 17 de dezembro de 1273), foi um poetajurista e teólogo sufi persa[1] do século XIII. Seu nome significa literalmente "Majestade da Religião"Jalal significa "majestade" e Din significa "religião".[2] Rumi é, também, um nome descritivo cujo significado é "o romano", pois ele viveu grande parte da sua vida na Anatólia, que era parte do Império Bizantino dois séculos antes.[3]

Ele nasceu na então província persa de Bactro atualmente no Afeganistão. A região estava, nessa época, sob a esfera de influência da região de Coração e era parte do Império Corásmio. Viveu a maior parte de sua vida sob o Sultanato de Rum, no que é hoje a Turquia, onde produziu a maior parte de seus trabalhos[4] e morreu em 1273 CE. Foi enterrado em Cônia e seu túmulo tornou-se um lugar de peregrinação. Após sua morte, seus seguidores e seu filho Sultan Walad fundaram a Ordem Sufi Mawlawīyah, também conhecida como ordem dos dervishes girantes, famosos por sua dança sufi conhecida como cerimônia sema.

Os trabalhos de Rumi foram escritos em novo persa. Uma renascença literária persa (século VIII/IX) começou nas regiões de Sistão, Coração e Transoxiana[5] e por volta do século X/XI, ela substituiu o árabe como língua literária e cultural no mundo islâmico persa. Embora os trabalhos de Rumi houvessem sido escritos em persa, a importância de Rumi transcendeu fronteiras étnicas e nacionais. Seus trabalhos originais são extensamente lidos em sua língua original em toda a região de fala persa. Traduções de seus trabalhos são bastante populares no sul da Ásia, em turco, árabe e nos países ocidentais. Sua poesia também tem influenciado a literatura persa bem como a literatura em urdubengaliárabe e turco. Seus poemas foram extensivamente traduzidos em várias das línguas do mundo e transpostos em vários formatos; A BBC o descreveu como o "poeta mais popular na América".[6] Ele foi um contemporâneo mais jovem de Ibn Arabi e mais conhecido do que ele, apesar de ter escrito uma quantidade menor de obras, com pensamentos similares da poética da unicidade de Deus e do sufismo, mas não há evidências de que houve influenciação entre os dois pensadores.[7]

Trabalhos principais[editar | editar código-fonte]

A poesia de Rumi é frequentemente dividida em diversas categorias: os quartetos (rubayāt) e odes (ğazal) do Divan, os seis livros do Masnavi, Os Discursos, As Cartas e o praticamente desconhecido Seis Sermões.

Trabalhos poéticos[editar | editar código-fonte]

Túmulo de Rumi em CôniaTurquia
Maṭnawīye Ma'nawī
Museu Mevlâna, Cônia, Turquia
  • A principal obra de Rumi é o Maṭnawīye Ma'nawī (Dísticos Espirituaisمثنوی معنوی), um poema em seis volumes considerado por alguns como sufi[8] como o Corão em língua persa. É considerado por muitos como um dos maiores trabalhos de poesia mística.
  • A outra grande obra de Rumi é o Dīwān-e Kabīr (Grande Obra) ou Dīwān-e Shams-e Tabrīzī (As Obras de Xamece de Tabrizدیوان شمس تبریزی intitulado em honra do grande amigo e inspiração de Rumi, o dervixe Xamece de Tabriz) e contendo aproximadamente quarenta mil versos. Várias razões foram dadas para a decisão de Rumi de dar o nome de Xamece à sua obra prima; algumas pessoas defendem a ideia de que já que Rumi não teria sido um poeta sem Xamece, é justo que a coleção receba seu nome.

Trabalhos em Prosa[editar | editar código-fonte]

  • Fihi Ma Fihi (Nele o Que Estiver Nele, Persa: فیه ما فیه) é uma coletânea de setenta e uma palestras dadas por Rumi em várias ocasiões para seus discípulos. Foi compilada a partir das anotações de vários de seus discípulos, e portanto Rumi não escreveu o trabalho diretamente.[9] Uma tradução para o inglês a partir do persa foi publicada pela primeira vez por A.J. Arberry como os Discourses of Rumi (Discursos de Rumi) (Nova Iorque: Samuel Weiser, 1972), e uma tradução do segundo livro por Wheeler Thackston, Sign of the Unseen (Sinal do Invisível) (Putney, VT: Threshold Books, 1994).
  • Majāles-e Sab'a (Sete Sessões, Persa: مجالس سبعه) contêm se sermões persas (como implicado pelo nome) ou palestras dadas em diferentes assembleias. Os sermões propriamente dão um comentário sobre o sentido mais profundo do Corão e do Hádice. Os sermões também incluem citações dos poemas de Sana'i, 'Attar e outros poetas, incluindo o próprio Rumi. Como relatado por Aflakī, após o Xamece, Rumi deu sermões pela requisição de notáveis, especialmente Salāh al-Dīn Zarkūb.[10]
  • Makatib (As Cartas, Persa: مکاتیب) é o livro contendo as cartas de Rumi em persa para seus discípulos, familiares e homens influentes e do governo. As cartas testificam que Rumi estava bastante ocupado ajudando familiares e administrando uma comunidade de discípulos que cresceu ao redor deles.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Wikiquote
Wikiquote possui citações de ou sobre: Jalal ad-Din Muhammad Rumi

Referências

  1.  B. Ghafurov, "Todjikon", 2 vols., Dushanbe 1983-5.
  2.  «Rumi's Spirituality». Consultado em 15 de outubro de 2007
  3.  Schwartz, Stephen. "The Balkin Front." Weekly Standard, 14 de maio de 2007.
  4.  Barks, ColemanRumi: The Book of Love: Poems of Ecstasy and Longing, p. xxv Harper Collins (2005), ISBN 0-06-075050-2
  5.  Lazard, Gilbert "The Rise of the New Persian Language", in Frye, R. N., The Cambridge History of Iran, Cambridge: Cambridge University Press, 1995, Vol. 4, pp. 595–632. (Lapidus, Ira, 2002, A Brief History of Islamic Societies, "Sob governo árabe, a língua árabe tornou-se a língua principal à administração e religião. A substituição do persa médio por árabe foi facilitada pela tradução dos clássicos persas em árabe. O árabe tornou-se o principal veículo da alta cultura persa e manteve-se assim até o século XI. A língua persa declinou, tendo sido mantida viva principalmente pelo clero zoroástrico no Irã ocidental. As conquistas árabes, entretanto, ajudaram a tornar o persa ao invés do árabe a língua mais comum falada no Coração e nas regiões além do rio Oxo. Paradoxalmente, o domínio árabe e islâmico criaram uma região cultural persa em áreas nunca antes unificadas pela língua persa. Um novo persa desenvolveu-se desta situação linguística complexa. No século IX, os governadores taíridas de Coração começaram a escrever a velha língua persa em caracteres árabes ao invés de caracteres pálavis. Ao mesmo tempo, senhores orientais nos principados pequenos começaram a patrocinar uma poesia da corte local numa forma elevada de persa. A nova poesia era inspirada por formas de versos árabes, de modo que patrões iranianos que não entendessem a língua árabe pudessem compreender e apreciar a apresentação de uma poesia elevada e dignificada na maneira de Bagdá. Esta nova poesia floresceu em regiões onde a influência cultural abássida foi atenuada e onde não tinha que competir com a tradição sobrevivente dos clássicos literários em persa médio cultivados por motivos religiosos no Irã ocidental. Nas regiões ocidentais, incluindo o Iraque, a Síria e o Egito e as terras do ocidente islâmico longínquo incluindo o norte da África e a Espanha, o árabe tornou-se a língua predominante tanto da alta cultura literária quanto do discurso oral." pp. 125–132, Cambridge: Cambridge University Press.)
  6.  Charles Haviland (30 de setembro de 2007). «The roar of Rumi - 800 years on». BBC News. Consultado em 30 de setembro de 2007
  7.  Chittick, William C. (2005). «Ibn 'Arabî e Rûmî»Numen: revista de estudos e pesquisa da religião8 (1): 23-37
  8.  Abdul Rahman Jami nota:

    من چه گویم وصف آن عالی‌جناب — نیست پیغمبر ولی دارد کتاب

    مثنوی معنوی مولوی — هست قرآن در زبان پهلوی

O que posso dizer em honra daquele grande homem?
Ele não é um profeta mas veio com um livro;
Masnavi Espiritual de Mowlavi
Masnavi Espiritual de Mowlavi

É o Corão na língua de Pahlavi (Persa).

(Khawaja Abdul Hamid Irfani, "The Sayings of Rumi and Iqbal", Bazm-e-Rumi, 1976.)

  •  Franklin Lewis, Rumi: Past and Present, East and West – The Life, Teachings, and Poetry of Jalal al-Din Rumi, Oneworld Publications, 2000, Capítulo 7.
  •  Franklin Lewis, Rumi: Past and Present, East and West – The Life, Teachings, and Poetry of Jalal al-Din Rumi, Oneworld Publications, 2000.
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