sexta-feira, 25 de setembro de 2020

DIA DO SONHO - 25 DE SETEMBRO DE 2020

 

Sonho

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O Sonho (Pierre Puvis de Chavannes, 1883)
Sonho de uma freira (Karl Pawlowitsch Brjullow, século XIX)
O sonho do eunuco por Jean Lecomte du Nouÿ.

sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religiãociência e cultura. Para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Para Freud, os sonhos noturnos são gerados, na busca pela realização de um desejo reprimido.[1] Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, mas não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas, o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.

Para a psicanálise, conforme Freud, sonho é o "espaço para realizar desejos inconscientes reprimidos".

O psiquiatra e pesquisador americano John Allan Hobson considerou "os sonhos como um mero subproduto da atividade cerebral noturna". Existem duas fases do sono. A primeira é o sono de ondas lentas, em que a atividade do cérebro é baixa e, por isso, não se formam filmes em nossa mente, apenas pensamentos mais ou menos normais que passam em uma espécie de tela escura, em imagens. Já a segunda fase é de alta atividade e nomeada REM - sigla em inglês para "movimentação rápida dos olhos" (Rapid Eyes Movement). E é durante a fase de REM que os sonhos ocorrem, pelo menos nos adultos. [2]

Sonho e Freud[editar | editar código-fonte]

Foi em 1900, com a publicação de A Interpretação dos Sonhos[3], que Sigmund Freud (1856-1939) deu um caráter científico à matéria. Naquele polêmico livro, Freud aproveita o que já havia sido publicado anteriormente e faz investidas completamente novas, definindo o conteúdo do sonho, geralmente como a “realização de um desejo”. Para o pai da psicanálise, no enredo onírico há o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado), este último realmente importante. A fachada seria um despiste do superego (o censor da psique, que escolhe o que se torna consciente ou não dos conteúdos inconscientes), enquanto o sentido latente, por meio da interpretação simbólica, revelaria o desejo do sonhador por trás dos aparentes absurdos da narrativa.

Sonho e Jung[editar | editar código-fonte]

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, baseado na observação dos seus pacientes e em experiências próprias, tornou mais abrangente o papel dos sonhos, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação. Ou seja, alguém masculinizado pode sonhar com figuras femininas que tentam demonstrar ao sonhador a necessidade de uma mudança de atitude.

Na busca pelo equilíbrio, personagens arquetípicas interagem nos sonhos em um conflito que buscam levar ao consciente conteúdos do inconsciente. Entre essas personagens, estão a anima (força feminina na psique dos homens), o animus (força masculina na psique das mulheres) e a sombra (força que se alimenta dos aspectos não aceitos de nossa personalidade). Esta última, nos sonhos, são os vilões. Um aspecto muito importante em se atentar nos sonhos, segundo a linha junguiana, é saber como o sonhador, o protagonista no sonho (que representa o ego) lida com as forças malignas (a sombra), para se averiguar como, na vida desperta, a pessoa lida com as adversidades, a autoridade e a oposição de ideias. Jung aponta os sonhos como forças naturais que auxiliam o ser humano no processo de individualização.

Ao contrário de Freud, as situações absurdas dos sonhos para Jung não seriam uma fachada, mas a forma própria do inconsciente de se expressar. Para o mestre suíço, há os sonhos comuns e os arquetípicos, revestidos de grande poder revelador para quem sonha. A interpretação de sonhos é uma ferramenta crucial para a psicologia analítica, desenvolvida por Jung.

Abordagem psicanalítica[editar | editar código-fonte]

Os sonhos são cargas emocionais armazenadas no inconsciente, que projetam imagens e sons, e de acordo com Freud como sabemos que os objetos nos sonhos são derivados de cargas emocionais, podemos através deles chegar a raiz, ou seja, as emoções que geraram essa imagem ou som. Sendo estudados corretamente podem se descrever, ou melhor, conhecer o momento psicológico do indivíduo. Fazendo uma analogia, poderíamos pensar numa espécie de "fotografia" do inconsciente naquele momento. Por isso, o sonho sempre demonstra aspectos da vida emocional. Nos sonhos sua linguagem são o que Freud denomina símbolos. Para entender seus variados conteúdos, temos que reconhecer o que os símbolos representam nesse sonho. semelhante ao que foi estudado por Stanislavski, a simbologia dos sonhos não só está dada pelo contato que o criador do sonho teve com o objeto mas também com o caráter, ou seja, a forma que ele lida relaciona sentimentalmente esse objeto a coisas de sua vida, um exemplo prático o mar pode apresentar distintas simbologias(que são importantes para a interpretação dos sonhos se trata de descobrir a raiz) variando de pessoa a pessoa(inclusive a época) para alguns o mar pode significar destruição (o mar destruindo estruturas deixadas na praia) mas para outros invasão (a água avançando e invadindo território) de acordo com Freud o que a pessoa sente quanto a esse objeto ou essa situação é fundamental para a interpretação de sonho[1]."Os sonhos são a estrada real para o conhecimento da mente"[1]. Portanto as terapias psicanalíticas usam interpretação dos sonhos como um recurso para "elaborar". Carl Gustav Jung passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente. Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos.

Sonho e sono REM[editar | editar código-fonte]

Eletroencefalograma de uma fase REM.
Ver artigo principal: REM (sono)

Existem outras correntes, que vêem o sonho de modo diverso. Os neurocientistas, de modo geral, afirmam que o sonho é apenas uma espécie de tráfego de informação sem sentido que tem por função manter o cérebro em ordem. Essa teoria só não explica como esses enredos supostamente desconexos são responsáveis por grandes insights, como em Thomas Edison, por exemplo. Existem muitos outros casos de sonhos reveladores em várias áreas da ciência e da arte, que todavia não impedem que os sonhos sirvam também para recuperar a saúde do organismo e do cérebro.

Sonhos e revelações[editar | editar código-fonte]

A oniromancia, previsão do futuro pela interpretação dos sonhos, tem grande credibilidade nas religiões judaico-cristãs: consta na Torá e na bíblia que Jacó, José e Daniel receberam de Deus a habilidade de interpretar os sonhos. No Novo Testamento, São José é avisado em sonho pelo anjo Gabriel de que sua esposa traz no ventre uma criança divina, e depois da visita dos Reis Magos um anjo em sonho o avisa para fugir para o Egito e quando seria seguro retornar a Israel.

Na história de São Patrício, na Irlanda, também figura o sonho. Quando escravizado, Patrício em sonho é avisado de que um barco o espera para que retorne à sua terra natal.

No islamismo, os sonhos bons são inspirados por Alah e podem trazer mensagens divinatórias, enquanto os pesadelos são considerados armadilhas de Satã.

Filósofos ocidentais eram céticos quanto ao tema religião e sonhos, por alegarem que não haveria controle consciente durante os sonhos, mas estudos recentes analisando movimentos dos olhos (REM) durante o sono mostram resultados cientificamente comprovados com sonhos lúcidos, que se contrapõem às teorias anteriores.

Pensadores, cientistas e matemáticos como René Descartes e Friedrich August Kekulé von Stradonitz também tiveram em sonhos visões reveladoras. Descartes, em viagem à Alemanha, teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico. Kekulé propôs a fórmula hexagonal do benzeno após sonhar com uma cobra que mordia sua própria cauda. O grande pai da tabela periódicaDmitri Mendeleiev, afirmou ter tido um sonho no qual era mostrado o modelo da tabela periódica atual.

Cores vs preto e branco[editar | editar código-fonte]

Uma parte minoritária da população, cerca de 12%, sonha em preto e branco. Em 2008, um estudo da Universidade de Dundee descobriu que pessoas que foram expostas apenas a televisão e filmes em preto e branco quando crianças reportam ter sonhos monocromáticos 25% das vezes em que sonham.[4][5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. ↑ Ir para:a b c A Interpretação dos Sonhos de Sigmund Freud
  2.  RIBEIRO, Sidarta (2010). «Sonhos. De onde vêm as historias que vivemos dormindo?»Ciências hoje das crianças (219). 3 páginas
  3.  «UFRGS - A interpretação dos sonhos - versão para download». Consultado em 13 de março de 2009
  4.  O'Connor, Anahad. «Nem todas as pessoas sonham colorido, dizem cientistas»G1.com. Consultado em 19 de Dezembro de 2018
  5.  Alleyne, Richard. «Black and white TV generation have monochrome dreams»Daily Telegraph. Consultado em 19 de Dezembro de 2018

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • (1) GARCIA, Rafael. O sonho acabou? Revista Galileu, n. 145, agosto, 2003.
  • HISGAIL, Fani (org.). A ciência dos sonhos. São Paulo: Unimarco, 2000.
  • FREUD, Sigmund. A interpretação dos sonhos. Rio de Janeiro: Imago, 1999.
  • HALL, James. Jung e a interpretação dos sonhos. São Paulo: Cultrix, 1997.

DIA MUNDIAL DOS SURDOS - 25 DE SETEMBRO DE 2020

 

Dia Mundial do Surdo

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Dia Mundial do Surdo é comemorado por membros da comunidade surda de todo o mundo (surdos e ouvintes) no último domingo do mês de Setembro de cada ano, com objetivo de relembrar as lutas da comunidade ao longo das eras, como por exemplo, a luta em prol do reconhecimento da língua gestual nos diversos países do globo.Há também o Dia Nacional do Surdo,que no Brasil é comemorado dia 26 de setembro.[1]

Referências

  1.  «Comemorações do Dia Mundial do Surdo realizam-se domingo, em Guimarães» 🔗. Guimarães Digital. Consultado em 2 de abril de 2013. Arquivado do original em 5 de novembro de 2012
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BOLSA OFICIAL DO CAFÉ - BRASIL - (1998) - 25 DE SETEMBRO DE 2020

 


Bolsa Oficial de Café

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Bolsa Oficial de Café
Tipomuseu
Website oficial
Geografia
Coordenadas23° 55' 56.3" S 46° 19' 48.0" O
LocalizaçãoSantos
PaísBrasil

Bolsa de Café, ou o Palácio da Bolsa Oficial de Café, é um museu localizado na rua XV de Novembro, no centro histórico do município de Santos, estado de São PauloBrasil. Após um restauro realizado em 1998, o palácio foi reinaugurado como o Museu do Café.

Primeiramente instalada em um salão alugado no centro da cidade, a Bolsa do Café transferiu-se em 1922 para o palácio, construído especialmente para suas atividades, que funcionou até fins da década de 1970, quando foi abandonado.

Criada por decreto federal, ela iniciou suas atividades em 1917 em uma pequena repartição nas rua XV de Novembro com a rua do Comércio, no centro da cidade. O local contava com salas funcionais que pouco diferiam do ambiente interno de Comissárias ou Exportadoras da época.[1]

Com o aumento do volume das negociações, a construção de uma sede própria passou a assunto prioritário. E, de uma pequena repartição a um palácio, a história da nova sede da Bolsa Oficial de Café traduz arquitetonicamente a construção simbólica do espaço a ser ocupado pelo café no Brasil e no exterior.

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

vitral "A visão de Anhanguera" no teto do grande salão da Bolsa do Café

A construção do Palácio, de estilo eclético, é considerada a mais importante obra do período, tendo sido a primeira edificação do estilo a ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2009. Com cúpulas de cobre, grandes esculturas, vitrais, mármores, o trabalho de artífices estrangeiros e obras de arte construíram o discurso que relacionava a elite cafeeira aos primeiros bandeirantes enquanto construtores pioneiros de uma nação capitaneada por São Paulo.[1]

Os painéis e o vitral de Benedito Calixto, na portentosa sala do pregão, tem importância fundamental na tradução visual deste discurso: no tríptico, o pintor imagina a cena de leitura do foral da Vila de Santos por Braz Cubas; nos painéis laterais, a representação da Vila de Santos em 1822 em comparação à cidade em 1922; e, finalmente, o vitral que cria – com bandeirantes, a agricultura, o porto, e o café – uma mitologia da nação.

Todo esse complexo e denso conjunto de informações, aliados a diversos símbolos maçons - como a estrela de seis pontas no chão do pregão, a organização do cadeiral e as colunas - passam uma clara mensagem da força da presença do café na riqueza do Brasil.

Museu do Café[editar | editar código-fonte]

Sala do Pregão. O último pregão aconteceu na década de 1950
Visitantes no interior do edifício, com o chão ornamentado com a Estrela de Davi

Um dos principais pontos turísticos da cidade de Santos, o Museu do Café foi criado em 1998 com o objetivo de preservar e divulgar a histórica relação entre o café e o país. Entre objetos e documentos que formam seu acervo é possível perceber como a evolução da cafeicultura e o desenvolvimento político, econômico e cultural do país estão intimamente ligados.[1]

A estreita relação entre a cafeicultura e o desenvolvimento do Brasil está registrada na exposição de longa duração “A trajetória do café no Brasil”. Dividida em três módulos - O café e o trabalho, Café e novas rotas e Santos e o porto – a mostra permite ao visitante uma verdadeira viagem no tempo. O passeio pela história começa com a chegada das primeiras mudas da planta ao país, passa pela profissionalização das plantações e da mão de obra, a chegada dos imigrantes japoneses e europeus para o trabalho nas lavouras e ajuda a contextualizar, por meio de painéis e maquetes, a riqueza e o progresso impulsionados pelo café, como a expansão da malha ferroviária no Estado de São Paulo e o desenvolvimento do porto de Santos, por exemplo.[1]

O Museu do Café também realiza regularmente exposições temporárias que contemplam épocas e aspectos pontuais da história do café no Brasil. Em suas instalações, o Museu do Café ainda possui um Centro de Informação e Documentação – que conta em seu acervo com diversas publicações e documentos sobre o café e sua história e está aberto ao público para visitação gratuita – e o Centro de Preparação de Café, que disponibiliza cursos relacionados ao conhecimento e ao preparo da bebida.[1]

Mais do que o principal responsável pela preservação da história do café, o Museu do Café é também referência na comercialização do produto por meio de sua cafeteria. Inaugurada em 2000, a Cafeteria do Museu possui em seu cardápio diversas opções de bebidas que têm o café como principal ingrediente. Além disso conta com grande variedade de grãos, produzidos em diferentes regiões do Brasil, à disposição dos visitantes para apreciar na hora ou levar para casa. Atualmente a Cafeteria do Museu trabalha com os cafés Cerrado de Minas, Sul de Minas, Alta Mogiana, Chapadão do Ferro, Blend da Cafeteria, Orgânico, Vale da Grama, e Jacu Bird Coffee. Este último é o café mais caro e raro do Brasil, obtido com os grãos expelidos pelo pássaro Jacu, que se alimenta dos frutos do café.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f Museu do Café (ed.). «Histórico». Consultado em 3 de fevereiro de 2016

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Bolsa Oficial de Café

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