quinta-feira, 17 de setembro de 2020

INVASÃO SOVIÉTICA DA POLÓNIA - (1939) - 17 DE SETEMBRO DE 2020

 


Invasão soviética da Polónia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Invasão soviética da Polónia
Invasão Soviética da Polónia
Invasion of Poland-1939.png
Avanço da URSS e da Alemanha Nazista sobre a Polônia.
Data17 de setembro a 6 de outubro de 1939
LocalPolónia
DesfechoVitória Soviética
SituaçãoTerminado
Beligerantes
Flag of Poland.svg PolóniaFlag of the Soviet Union (1924–1955).svg União Soviética
Comandantes
Flag of Poland.svg Edward Rydz-ŚmigłyFlag of the Soviet Union (1924–1955).svg Mikhail Kovalov
(Frente Militar Bielorrussa)
Flag of the Soviet Union (1924–1955).svg Semyon Timoshenko
(Frente Militar Ucraniana)
Forças
Mais de 20,000 [a] 20 batalhões de guardas de fronteira [1] e um exercito Polaco improvisado.[2]As estimativas indicam para 466,516 [3] a 800,000 [2] soldados (33 divisões e 11 brigadas)
As estimativas apontam para 3,000 mortos e 20,000 feridos [4] a cerca de 7,000 mortos ou desaparecidos [1] sem contar com 2,500 prisioneiros executados imediatamente como represália, ou por grupos de Nacionalistas Ucranianos anti-polacos.[1][4]As estimativas apontam para 737 mortos e 1,862 feridos [4][5] a 1,475 mortos ou desaparecidos e 2,383 feridos [6] a 2,500 mortos ou feridos [2] ou 3,000 mortos e 10,000 feridos (estimativas polacas).[4]

invasão soviética da Polônia foi uma operação militar que começou sem uma declaração formal de guerra a 17 de setembro de 1939, durante as primeiras fases da II Guerra Mundial, dezesseis dias após o início do ataque nazista alemão sobre a Polônia. Terminou com uma vitória decisiva da União Soviética e do Exército Vermelho.

No início 1939, a União Soviética tentou formar uma aliança contra a Alemanha nazista com o Reino UnidoFrançaPolônia e Romênia, mas diversas dificuldades, incluindo a recusa da Polônia e da Romênia de permitir direitos de trânsito pelos seus territórios das tropas soviéticas, como parte de segurança coletiva,[7] levaram ao fracasso das negociações. Os soviéticos, com o fracasso das negociações, mudaram a sua posição antialemã e a 23 de agosto de 1939 e assinaram o Pacto Molotov-Ribbentrop com a Alemanha Nazi. Como resultado do acordo, a 1 de setembro, os alemães iniciaram a invasão da Polônia a partir do oeste e, em 17 de Setembro, o Exército Vermelho invadiu a Polônia a partir do leste.[8] O governo soviético anunciou que atuava para proteger os ucranianos e os bielorrussos, que viviam na parte oriental da Polônia, uma vez que o Estado polaco tinha sido derrotado com o ataque alemão e já não podia garantir a segurança dos seus próprios cidadãos.[9][10]

Exército Vermelho alcançou rapidamente em seus objetivos, não encontrando resistência do devastado e mal preparado exército polonês.[1] Cerca de 320.000 soldados polacos ou mais (452.500[11]) foram levados como prisioneiros de guerra.[12] O governo soviético anexou o território recentemente sob seu controle e, em Novembro, declarou que os 13,5 milhões de cidadãos poloneses que ali viviam eram agora cidadãos soviéticos. Os soviéticos combateram focos de insurgências internas com prisões ou execuções.[13] Enviaram 1,7 milhão de poloneses (as estimativas variam) para Gulags, campos de concentração Soviéticos, e para outras partes remotas da URSS para realização de trabalho forçado, em quatro grandes ondas de deportações entre 1939 e 1941.[b]

O avanço soviético, a que o Politburo, chamou "campanha de libertação", levou à incorporação de milhões de poloneses, ucranianos ocidentais e bielorrussos ocidentais nas repúblicas soviéticas da Bielorrússia e da Ucrânia.[14] Durante a existência da República Popular da Polônia, a invasão foi um tema tabu, praticamente omitida da história oficial, a fim de preservar a ilusão de "eterna amizade" entre os membros do bloco de leste.[15]

Prelúdio[editar | editar código-fonte]

No final da década de 1930, antevendo a ameaça que Hitler e a Alemanha Nazista representavam para a Europa e para a União Soviética, Stalin tentou formar uma aliança com o Reino Unido, França e Polônia[h]. As negociações, contudo, fracassaram. Os soviéticos insistiam em manter uma esfera de influência entre a Finlândia e a Romênia e apoio militar em caso de ataque da Alemanha a estes países em sua esfera de influência ou diretamente à URSS, oferecendo em troca o mesmo apoio militar caso Hitler atacasse o Reino Unido, a França ou a Polônia.[16] Por questões estratégicas, a União Soviética deixava claro a necessidade de ocupar os Estados Bálticos (LetóniaEstónia e Lituânia).[17]

Finlândia também deveria ser incluída na esfera de influência soviética [18] e também exigia o direito de entrar na Polônia, na Romênia e nos países bálticos quando sentissem que a sua segurança estaria ameaçada. Os governos desses países rejeitaram a proposta porque, tal como sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros polonês Józef Beck, temiam que, uma vez que o Exército Vermelho entrasse no seu território, poderia não voltar a sair.[7] Os soviéticos não confiavam nos britânicos nem nos franceses quanto à segurança da região, uma vez que não ajudaram a Espanha contra os fascistas liderados por Franco, nem socorreram a Checoslováquia dos nazistas. Eles também suspeitavam que os aliados ocidentais preferiam que a União Soviética lutasse contra a Alemanha, por si só, enquanto eles observavam à margem.[19] Tendo em conta estas preocupações e o fracasso das negociações, a União Soviética abandonou as conversações e resolveu negociar com a Alemanha.

Em 23 de Agosto de 1939, a União Soviética e a Alemanha assinaram o Pacto Molotov-Ribbentrop. Os dois governos anunciaram o acordo apenas como um tratado de não-agressão. No entanto, como um apêndice secreto revelava, eles tinham concordado com a partilha da Polônia e em dividir a Europa Oriental em esferas de influência Soviética e Alemã [d]. O Pacto Molotov-Ribbentrop, tem sido descrito como uma "licença para a guerra" e foi uma fator fundamental na decisão de Hitler invadir a Polónia.[7][20]

tratado dava aos soviéticos um espaço extra para se defender a oeste.[21] Além disso, oferecia-lhes uma oportunidade de reconquistarem territórios que foram forçados a ceder à Polônia ao fim da Primeira Guerra Mundial, pelo Tratado de Brest-Litovksi vinte anos antes, e permitia unir pela primeira vez, em um mesmo Estado, uma pequena área ao leste da Ucrânia e da Bielorrússia que não haviam sido reintegradas quando da devolução destes territórios.[22] Para o líder soviético Joseph Stalin seria vantajoso que, em caso de guerra, esta se desse na Europa Ocidental, forçando uma atuação dos países capitalistas, inimigos ideológicos, e podendo enfraquecê-los e abrir novas regiões para o avanço do comunismo [23] [f], ou pelo menos evitar um ofensiva destes.

Assim que as tropas alemães invadiram a Polónia a 1º de Setembro de 1939, os nazistas começaram a instar os dirigentes soviéticos para lançar o seu ataque à Polónia pela parte leste. O embaixador alemão em MoscovoWerner Friedrich von der Schulenburg e o Ministro Soviético dos Negócios Estrangeiros, Vyacheslav Molotov, trocaram uma série de comunicados diplomáticos sobre o assunto.[9]

Molotov apresentou o lado político da questão e afirmou que o governo soviético tinha intenção de aproveitar a ocasião do avanço das tropas alemãs para declarar que a Polónia se estava a desmoronar e que era necessário que a União Soviética, em consequência disso, para ajudar os Ucranianos e os Bielorrussos "ameaçados" pela Alemanha interviesse. Este argumento torna a intervenção da União Soviética plausível para as massas e, ao mesmo tempo, evitava que a União Soviética surja como um agressor.
— Friedrich-Werner von der Schulenburg, embaixador alemão em Moscovo, em um telegrama para o Ministro Alemão dos Negócios Estrangeiros, Moscovo, 10 de Setembro de 1939[24]

Os soviéticos atrasaram a sua intervenção por várias razões. Eles estavam ocupados com acontecimentos cruciais nas suas disputas fronteiriças com o Japão e precisavam de tempo para mobilizar o Exército Vermelho e, também viram uma vantagem diplomática em espera até que a Polónia se tivesse desintegrado, antes de fazerem a sua jogada.[25][26] A 17 de setembro de 1939, Molotov declarou no rádio que todos os tratados entre a União Soviética e a Polônia passavam a ser considerados nulos,[g] porque o Governo polaco tinha abandonado o seu povo e efetivamente deixado de existir. Além disso, os soviéticos tinham que ter em consideração que a França e a Grã-Bretanha tinham prometido à Polônia que, em caso de guerra, enviariam dentro de duas semanas forças expedicionárias (através da Romênia). A data exata da invasão soviética poderia ter sido simplesmente uma soma da data em que a França e o Reino Unido declararam guerra à Alemanha, mais 14 dias equivalentes a 17 de Setembro de 1939 e, vendo que não havia forças franco-britânicas a aproximarem-se dos portos marítimos da Romênia, os soviéticos decidiram atacar.

A falta de vontade de Stalin em ajudar a Alemanha nazista na guerra foi motivada pela sua própria estratégia, baseada na expectativa de que deveria deixar os Estados capitalistas ocidentais e a Alemanha nazista perderem forças, em guerra uns contra os outros, antes que tivesse que lutar contra eles. A incapacidade de os franceses e os britânicos ajudarem a Polônia, quer enviando forças expedicionárias, quer iniciando uma ofensiva terrestre contra a Alemanha nazi, ou mesmo efetuando bombardeios às zonas industriais na parte ocidental da Alemanha, foi uma decepção para Stalin, uma vez que o confronto entre os inimigos da União Soviética não ocorreria como ele esperava.[27] Neste mesmo dia, o Exército Vermelho cruzou a fronteira para invadir a Polônia.[4][25]

Rzeczpospolita 1939 Polish divisions.pngRibbentrop-Molotov.svgSoviet invasion on Poland 1939.jpg
Distribuição das divisões Polacas
1 de setembro de 1939. A
maioria das forças polacas estavam
concentrados na fronteira alemã.
A fronteira soviética tinha sido
praticamente despojada de unidades.
Divisão da Europa, previstos
e real de acordo com o
Pacto Molotov-Ribbentrop,
com posteriores adaptações.
Soldados soviéticos
na Polônia em 1939.

Campanha militar[editar | editar código-fonte]

O Exército Vermelho entrou nas regiões do leste da Polónia, com sete exércitos de campo compostos por 600.000 a 1.000.000 tropas.[4] Foram mobilizados em duas frentes: a Frente Bielorrussa sob o comando de Mikhail Kovalyov e a Frente Ucraniana com Semyon Timoshenko no comando.[4] Nesta altura, os polacos não estavam preocupados em defender as suas fronteiras ocidentais e, em resposta às incursões alemãs, tinham realizado um grande contra-ataque na Batalha de Bzura. O Exército Polaco originalmente tinha um plano defensivo bem desenvolvido para lidar com a ameaça da União Soviética, mas estavam completamente despreparados para enfrentar duas invasões de uma só vez. Os estrategistas militares polacos acreditavam que fizesse algum sentido oferecer mais do que uma resistência simbólica se fossem atacados pelos alemães e pelos soviéticos. No entanto, apesar dessa crença, os militares polacos não desenvolveram um plano de evacuação para essa contingência. Por isso, muitos soldados polacos morreram em um esforço de guerra que estava condenado à retirada.[28] No momento em que os soviéticos invadiram a Polónia, os comandantes polacos tinham enviado a maior parte das suas tropas para oeste a fim de enfrentar os alemães, deixando o leste protegido por apenas 20 batalhões desfalcados. Esses batalhões consistiam em cerca de 20.000 soldados do corpo de defesa de fronteira (korpus Ochrony Pogranicza), sob o comando do General Wilhelm Orlik-Rueckemann.[1][4]

Ao princípio, o comandante-em-chefe polaco, Marechal da Polónia Edward Rydz-Śmigły, ordenou as forças de fronteira que resistissem a invasão soviética. Mas mudou de ideia após consultar o Primeiro-Ministro Felicjan Sławoj Składkowski e ordenou-lhes que recuassem e apenas enfrentassem os soviéticos em legitima defesa.[1][5]

Os soviéticos entraram. Ordenei a retirada total para a Roménia e a Hungria pela rota mais curta. Não se combate os bolcheviques a menos que eles ataquem ou tentem desarmar as unidades. As tarefas para Varsóvia e as outras cidades é a de se defenderem sozinhas dos alemães - sem alterações. As cidades abordadas pelos bolcheviques deverão negociar a retirada das suas guarnições para a Hungria ou a Roménia.
— Edward Rydz-Śmigły, Comandante-em-chefe das forças armadas polacas, 17 de Setembro de 1939[29]

Os dois conjuntos de ordens opostas levou à confusão,[4] e quando o Exército Vermelho atacou as unidades polocas, inevitavelmente eclodiram confrontos e pequenas batalhas.[1] A resposta agressiva das etnias não polacas à situação acrescentou uma nova complicação. Em alguns casos, Ucranianos [m], Bielorrussos[30] e judeus [31] congratularam-se com as tropas invasoras aclamando-as como libertadores. A Organização dos Nacionalistas Ucranianos revoltaram-se contra os polacos e os partisans comunistas, organizando revoltas locais, como por exemplo, no Skidel [4][j].

Os planos militares polacos originais eram o de voltar a recuar e reagrupar ao longo da Cabeceira da Ponte romena,uma área no sudeste da Polónia perto da fronteira com a Roménia. A ideia foi a de adoptar posições defensivas lá e esperar pelo prometido apoio francês e britânico no oeste para relançarem o ataque a partir daquele ponto. Este plano presumia que a Alemanha teria de reduzir as suas operações na Polónia, a fim de lutar em uma segunda frente.[4] As forças polacas aliadas esperavam aguentar essa situação vários meses, mas o ataque soviético tornou essa estratégia impossível de ser realizada.

Os políticos polacos e os líderes militares sabiam que estavam perdendo a guerra contra a Alemanha, mesmo antes da invasão soviética ter dado o golpe final.[4] No entanto, recusaram-se a render-se ou a negociar um acordo de paz com a Alemanha. Em vez disso, o governo polaco ordenou a todas as unidades militares para evacuar a Polónia e se reagruparem na França.[4] O próprio governo cruzou a fronteira com a Roménia, cerca da meia-noite do dia 17 de Setembro de 1939 em Zaleszczyki. Os polacos continuaram a movimentar as unidades para a área da br romena, sustendo os ataques alemães em um flanco e, ocasionalmente, as tropas soviéticas no outro. Nos dias seguintes à ordem de evacuação, os alemães derrotaram os Exércitos polacos de Cracóvia e Lublin na Batalha de Tomaszow Lubelski que durou de 17 de Setembro a 20 de Setembro de 1939.[32]

As unidades Soviéticas encontravam frequentemente os seus homólogos alemães avançando na direção oposta. Vários exemplos de cooperação ocorram entre os dois exércitos no campo. A Wehrmacht passou pela Fortaleza de Brest que havia sido capturada após a Batalha de Brzesc Litewski pela 29ª Brigada de Tanques Soviética a 17 de Setembro.[33] O General alemão Heinz Guderian e o Brigadeiro Soviético Semyon Krivoshein realizada uma parada conjunta na cidade.[33] Lwów (Lviv) rendeu-se a 22 de Setembro, depois de os alemães entregaram o cerco aos soviéticos.[34][35] As forças soviéticas haviam tomado Wilno a 19 de Setembro, após uma batalha de dois dias e conquistaram Grodno a 24 de Setembro, após uma batalha de quatro dias. Até 28 de Setembro, o Exército Vermelho tinha alcançado a linha dos rios NarewBug Ocidental, Vistula e San, a fronteira acordada previamente com os alemães. Além disso, bolsas de resistência polaca no Espaço fortificado Sarny em Volhynian, perto da fronteira anterior a 1939, resistiram até 25 de setembro.

Apesar de uma vitória táctica polaca a 28 de Setembro, na Batalha de Szack, o resultado final do conflito nunca esteve em dúvida.[36] Milícias de voluntários civis e unidades reorganizadas, recuaram e ficaram cercadas na capital polaca, Varsóvia, até 28 de Setembro. A Fortaleza de Modlin, a norte de Varsóvia, rendeu-se no dia seguinte após intensos dezesseis dias de batalha. Em 1º de Outubro, as tropas soviéticas forçaram as forças polacas a recuar para a floresta de Wytyczno, onde se deu um dos últimos confrontos directos da campanha.[37]

Algumas guarnições polacas isoladas, conseguiram aguentar as suas posições durante algum tempo depois de cercadas. A última unidade operacional do Exército Polaco a render-se foi o Grupo Operacional Polaco independente (Samodzielna Grupa Operacyjna "Polesie") sob o comando do General Franciszek Kleeberg. Kleeberg rendeu-se a 6 de Outubro, após os quatro dias da Batalha de Kock (perto de Lublin), que encerrou a Campanha. Os soviéticos foram vitoriosos e a 31 de Outubro, Molotov reportou ao Soviete Supremo:

"Um breve golpe dado pelo exército alemão e, posteriormente, pelo Exército Vermelho, foi o suficiente para não sobrar nada desta criatura feia do Tratado de Versalhes."
— Vyacheslav Molotov, Ministro Soviético dos Negócios Estrangeiros, 31 de Outubro de 1939[38]
Poland1939 after 14 Sep.pngSpotkanie Sojuszników.jpgWrzesien2.jpg
Situação depois se
14 de setembro de 1939.
Encontro de oficiais Soviéticos
e alemães após a invasão
Soviética da Polónia.
Linha de demarcação entre
as forças militares alemãs
e soviéticas, após a invasão
da Polónia em Setembro de 1939.

Reação dos aliados[editar | editar código-fonte]

A reação da França e da Grã-Bretanha à situação da Polónia foi silenciada, uma vez que não queriam um confronto com a União Soviética, nessa fase.[39] Nos termos do acordo anglo-polaco de 25 de Agosto de 1939, os britânicos tinham prometido à Polónia assistência se fosse atacada por uma potência europeia [k], mas quando embaixador polaco Edward Raczyński recordou ao Secretário de EstadoLord Halifax, o pacto. Ele, sem rodeios, disse que era opção da Grã-Bretanha declarar ou não guerra à União Soviética.[39] O Primeiro-Ministro britânicoNeville Chamberlain considerou tornar público um compromisso de restaurar o Estado Polaco, mas no final emitiu apenas declarações gerais de condenação ao acto soviético.[39]

Os franceses também haviam feito promessas à Polónia, incluindo a prestação de serviços de apoio e estas não foram honrados. Quando os soviéticos invadiram a Polónia, os franceses e os britânicos decidiram que não havia nada que pudesse fazer para ajudar a Polónia a curto prazo e, começaram a planejar uma vitória a longo prazo. Os franceses tinham avançado timidamente no Sarre, no início de Setembro, mas após a derrota polaca, recuaram, a 4 de outubro, para trás da Linha Maginot.[40] Muitos polacos, ressentiram-se desta falta de apoio dos seus aliados ocidentais o que suscitou um sentimento de traição duradouro.

Desfecho[editar | editar código-fonte]

Prisioneiros de guerra polacos capturados pelo Exercito Vermelho durante a invasão
Policias e civis polacos "inimigos do povo" capturados pelo Exercito Vermelho durante a invasão

Em Outubro de 1939, Molotov relatou ao Soviete Supremo de que os soviéticos tinham sofrido 737 mortos e 1.862 feridos durante a campanha, apesar de especialistas polacos afirmarem que ouve 3.000 mortes e 8.000 a 10.000 feridos [e] e do lado polaco, entre 6000 e 7000 soldados mortos nos combates com o Exército Vermelho e 230.000 a 450.000 prisioneiro.[1][41] Os soviéticos frequentemente não honravam os termos da rendição. Em alguns casos, eles prometiam aos soldados polacos liberdade e, em seguida, prendiam-nos assim que estes lhes entregavam as armas.[4]

A União Soviética tinha deixado de reconhecer o estado polaco, no início da invasão.[9][10] Como resultado dessa acção, os dois governos nunca declararam guerra oficialmente entre eles. Os soviéticos, por conseguinte, não classificavam os militares polacos presos como prisioneiros de guerra, mas como rebeldes contra o novo governo legal da Bielorrússia e da Ucrânia [n]. Os soviéticos mataram dezenas de milhares de polacos prisioneiros de guerra. Alguns, como o General Józef Olszyna-Wilczyński que foi capturado, interrogado e fuzilado a 22 de Setembro, foram executados durante a campanha.[42][43]

A 24 de Setembro, os soviéticos mataram quarenta e dois funcionários e pacientes de um hospital militar polaco, na aldeia de Grabowiec, perto de Zamość.[44] Os soviéticos também executaram todos os oficiais polacos que capturaram após a Batalha de Szack, a 28 de setembro de 1939.[36] Mais de 20.000 militares polacos e civis pereceram no massacre de Katyn [4][33] e cerca de 300 polacos foram executados após a Batalha de Grodno.[45]

tortura foi utilizada em larga escala em várias prisões, especialmente as das pequenas cidades. Os presos foram escaldados com água a ferver em Bobrka, em Przemyslany, cortaram o nariz, as orelhas, os dedos e arrancavam os olhos, em Czortków, cortaram as mamas às mulheres e em Drohobycz, as vítimas eram ligadas entre si com arame farpado. Atrocidades semelhantes ocorreram em SamborStanislawowStryj e Zloczow.[46] Além disso, em Podolian uma cidade de Czortków, eclodiu uma revolta polaca em janeiro de 1940 que foi brutalmente reprimida pelos soviéticos. Segundo o historiador Jan T. Gross;

"Não podemos fugir à conclusão: Os órgãos estatais de segurança Soviéticos, torturavam os seus prisioneiros não só para obter confissões, mas também para os levar à morte. Não que o NKVD tivesse sádicos nas suas fileiras que tivessem fúrias descontroladas de chacina, antes pelo contrário, foi um processo amplo e sistemático"[47].

Os polacos e os soviéticos restabeleceram relações diplomáticas em 1941, na sequência do Acordo Sikorski-Mayski, mas os soviéticos quebraram-no outra vez em 1943 após o governo polaco exigir uma análise independente dos esqueletos descobertos enterrados em valas comuns de Katyn.[48] Os soviéticos em seguida, pressionaram os aliados ocidentais a reconhecer o governo polaco pró-soviético de Wanda Wasilewska em Moscovo.[49]

A 28 de setembro de 1939, a União Soviética e a Alemanha tinham mudado os termos do secreto Pacto Molotov-Ribbentrop. Eles mudaram para a Lituânia a esfera de influência soviética e deslocaram a fronteira a leste, na Polónia, dando mais território à Alemanha.[2] Com este acordo, muitas vezes descrito como a quarta partição da Polónia,[4] a União Soviética assegurava quase todos os território polacos a leste da linha dos rios Pisa, Narew, Western Bug e San. Isto aumentou o território soviético em cerca de 200.000 quilómetros quadrados de terra, habitada por 13,5 milhões de cidadãos polacos.[5]

O Exército Vermelho havia semeado confusão entre os moradores locais, afirmando que eles estavam ali para salvar a Polónia dos Nazis.[50] Mas os seus avanços, surpreendiam as comunidades polacas e os seus líderes que não tinham sido informados como responder a uma invasão soviética. Os cidadãos Polacos e judeus podem, no início, ter preferido um regime soviético a um alemão,[51] no entanto, os soviéticos foram rápidos a impor a sua ideologia sobre os modos de vida locais. Por exemplo, os soviéticos começaram rapidamente a confiscar, nacionalizar e a redistribuição todos as propriedades privadas e estatais polacas.[52] Durante os dois anos após a anexação, os soviéticos também prenderam cerca de 100.000 cidadãos polacos [53] e deportados entre 350.000 a 1.500.000, dos quais morreram entre 250.000 e 1.000.000, na sua maioria civis[b].[54]

Armia Czerwona, Wehrmacht 22.09.1939 wspólna parada.jpgKatyn - decision of massacre p1.jpgMapa 2 paktu Ribbentrop-Mołotow.gif
Generais Heinz Guderian (centro) e Semyon Krivoshein (direita) em uma parada militar em Brest.Nota de Lavrenty Beria (5 de março de 1940), aceite pelo Politburo do PCUS, sobre a decisão de executar oficiais polacos - prisioneiros de guerra.[p]"Segundo Pacto Ribbentrop-Molotov"
de 28 de Setembro de 1939.
Mapa da Polonia assinado por
Stalin e Ribbentrop ajustando definitivamente a fronteira Germano-Soviética após o desfecho da
invasão da Polónia.

Territórios da Segunda República Polaca anexada pela União Soviética[editar | editar código-fonte]

Dos 13,5 milhões de civis que viviam nos territórios recém-anexados, os polacos eram o maior grupo étnico, mas os Bielorrussos e os Ucranianos em conjunto constituíam mais de 50% da população [c]. A anexação não deu à União Soviética o controle de todas as áreas onde viviam Bielorrussos ou Ucranianos, alguns dos quais ficaram a oeste da nova fronteira germano-soviético[l], não obstante, foram unificados a grande maioria dos dois povos no seio das expandidas repúblicas soviéticas da Bielorrússia e da Ucrânia.

A 26 de Outubro de 1939, foram realizadas eleições para as assembleias bielorrussa e ucraniana, conferindo validade à anexação[i]. Os Bielorrussos e os Ucranianos da Polónia tinham sido cada vez mais alienados pelo Politização política do governo polaco e pela sua repressão dos movimentos separatistas, por isso sentiram pouca lealdade para com o Estado polaco.[55][56] No entanto, nem todos os Bielorrussos e Ucranianos, confiavam no regime soviético responsável pela fome ucraniana de 1932-33.[50] Na prática, os pobres geralmente congratularam-se com os soviéticos e as elites tenderam a unir-se a oposição, apesar de apoiarem a reunificação.[55][57]

Um poster de propaganda soviético proclamando os avanços do Exercito Vermelho na Ucrânia Ocidental, como os libertadores da Ucrânia. O texto em Ucraniano diz: "Nós esticamos a mão para os nossos irmãos, para que possam endireitar as costas e deitar fora o jugo do chicotes que durou séculos." A pessoa que chicoteava um camponês nas costas, vestindo um uniforme militar polaco, poderia ser interpretada como uma caricatura de Piłsudski.
Um cartaz de propaganda soviética dirigida à população ocidental ucraniana. O texto em ucraniano diz: "eleitores do povo trabalhador! Votem para a adesão da Ucrânia ocidental com a Ucrânia Soviética, para uma unida, livre e próspera República Socialista Soviética da Ucrânia. Vamos eliminar para sempre a fronteira entre a Ucrânia Ocidental e a soviética. Viva a República Socialista Soviética da Ucrânia!"

Os soviéticos rapidamente introduziram políticas de Sovietização na Bielorrússia Ocidental e na Ucrânia Ocidental, incluindo a coletivização obrigatória de toda a região. No processo, eles impiedosamente eliminaram partidos políticos e associações públicas e os seus líderes foram presos e executados como "inimigos do povo".[50] As autoridades também reprimiram a Organização Nacionalista Ucraniana de teor antipolaco que tinha resistido ativamente ao regime polaco desde os anos 1920, apesar da sua mudança de chefia, os nacionalistas ucranianos continuavam a apontar para um Estado ucraniano independente unificado.[57][58] A unificações de 1939 foi um acontecimento decisivo na história da Ucrânia e da Bielorrússia, porque foram criadas duas repúblicas independentes que se tornariam estados de direito a partir de 1991.[59]

Desde 1654, quando os czares começaram progressivamente a estender o seu controle sobre a Ucrânia, os ucranianos haviam vivido em dois mundos distintos: um governado pelos russos outro por polacos ou austríacos. Como resultado da Segunda Guerra Mundial, a dicotomia Oriente/Ocidente ucraniana finalmente deixou de existir, pelo menos no plano político. O processo de fusão e de unificação de dois longas-ramos separados do povo ucraniano, foi não só um aspecto importante do pós-guerra, mas um acontecimento de significado histórico na história da Ucrânia.

Censura[editar | editar código-fonte]

Os censores soviéticos posteriores suprimiram muitos detalhes da invasão de 1939 e das suas consequências.[61] O Politburo tinha desde o início chamado à operação de "campanha de libertação" e, mais tarde, declarações e publicações Soviética nunca fugiram dessa linha.[62] A 30 de novembro de 1939, Stalin afirmou que não foi a Alemanha que tinha atacado a França e a Inglaterra, mas sim a França e a Inglaterra, que tinha atacado Alemanha [63] e no mes de Março seguinte, Molotov alegou que a Alemanha havia tentado fazer a paz e que esta havia sido negada pelos "imperialistas anglo-franceses" [o]. Os governos soviéticos posteriores negaram que alguma vez se tivesse feito um protocolo secreto para o Pacto Molotov-Ribbentrop, mas quando o documento foi descoberto, em 1989, nos arquivos soviéticos, a verdade foi finalmente reconhecida.[7] A censura também foi aplicada na República Popular da Polónia, para preservar a imagem da amizade Polaco-Soviética promovida pelos dois governos comunistas. a política oficial permitia apenas que se fala-se da campanha de 1939, retratando apenas a reunificação dos povos bielorrusso e ucraniano e uma libertação do povo polaco da oligarquia capitalista. As autoridades desencorajavam fortemente qualquer outro estudo ou ensaio sobre o tema.[15][33] No entanto, diversas publicações clandestinas (bibuła) abordavam a questão,[37] bem como outros meios de comunicação, tais como a canção de protesto de 1982 de Jacek Kaczmarski (Ballada wrześniowa.).[64]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Invasão soviética da Polónia

Notas[editar | editar código-fonte]

a. ^ Um número crescente de unidades KOP, bem como unidades do Exército polaco estacionados na fronteira oriental em tempos de paz, foram enviadas para a fronteira polaca-alemã antes ou durante a invasão alemã. As forças KOP que guardavam a fronteira oriental eram cerca de 20.000 unidades.[4] A 21 de Setembro de 1939, um "exército" KOP improvisado tinha uma força de 8.700 soldados. Unidades do exército polaco que lutaram contra os soviéticos tinham sido quase sempre perturbado e enfraquecido pela sua retirada dos alemães, fazer estimativas da sua força é problemático; estima-se que cerca de 250.000 tropas confrontaram-se na linha de avanço soviética e ofereceram resistência esporádica <ref. name = "Sanford" /> o exército polaco total a 1 de Setembro de 1939, contando com os desmobilizados (e às vezes, nunca mobilizados) era de cerca de 950 mil unidade.[2] Os historiadores concordam que a grande maioria dessas forças nunca chegou a combater contra os soviéticos.

b. 1 2 O número exato de pessoas deportadas no período 1939-1941 permanece desconhecida, e as estimativas variam entre 350,000[65] e (antigas estimativas da Segunda Guerra Mundial por parte do Polish Underground State) mais de dois milhões. A primeira figura é baseada em registros do NKVD e não inclui os cerca de 180 mil prisioneiros de guerra em cativeiro soviético. A maioria dos historiadores modernos estima que o número de todas as pessoas deportadas de áreas tomadas pela União Soviética durante este período, entre 800 mil e 1,5 milhão. Por exemplo, Rummel estima o número de 1,2 milhões e Kushner e Knox em 1.500.000.[66] Bernd Wegner cita a estimativa de Norman Davies que metade de cerca de um milhão de cidadãos deportados poloneses foram mortos no momento em que foi assinado o acordo de Sikorski-Mayski Agreement em 1941.[67]

As deportações foram motivadas pela propaganda de guerra-soviética que insistia na mensagem, de que eles estavam lutando uma guerra contra a barbárie em nome da civilização e obsessivas preocupações com a segurança. Vantagens menos abertamente admitidas das deportações foram a redistribuição de habitação e terra aos deportados, o estabelecimento de uma força de trabalho para suportar a inevitável guerra com a Alemanha, e a alteração radical da situação demográfica étnica da região anexada.[54]

c. ^ Entre a população dos territórios orientais havia cerca de 38% poloneses, 37% ucranianos, 14,5% bielorrussos, 8,4% judeus, 0,9% russos e 0,6% alemães.[68]

d. ^ Estonia and Latvia were placed in the Soviet sphere of influence and Lithuania in the German. According to Joachim von Ribbentrop, Germany had agreed to what Britain had refused: a free hand in the Baltic and a free hand in the Balkan states. On 28 September, the border was redefined by adding the area between the Vistula and Bug to the German sphere and moving Lithuania into the Soviet sphere.[69]

e. ^ "Polish specialists claim up to 3000 killed and 8,000–10,000 wounded."[70]

f. ^ On 7 September 1939, Stalin told the secretary general of the CominternGeorgi Dimitrov: "War is going on between two groups of capitalist countries…for the division of the world, for domination of the entire world. We are not against their tearing one another to pieces and weakening one another." He called Poland a fascist state which had oppressed Ukrainians, Byelorussians and others, and stressed that "the liquidisation of this government under present conditions would mean one fascist government less. It wouldn’t be so bad if as a result of the destruction of Poland we extended the socialist system to new territories and populations."[71]

g. ^ The Soviets in effect repudiated the Riga Peace Treaty and the Soviet-Polish Non-Aggression Pact. They also violated the 1919 Covenant of the League of Nations (to which the USSR subscribed in 1934), the Briand-Kellog Pact of 1928 and the 1933 London Convention on the Definition of Aggression.[72]

h. ^ "The USSR proposed a ten-year Anglo-French-Soviet alliance which would include Rumania and Poland."[73]

i. ^ The voters had a choice of only one candidate for each position of deputy; the communist party commissars then provided the assemblies with resolutions that would push through nationalization of banks and heavy industry and transfers of land to peasant communities.[74]

j. ^ For other examples, described by an officer witness, see: Bronisław Konieczny, in Mój wrzesień 1939. Pamiętnik z kampanii wrześniowej spisany w obozie jenieckim and Moje życie w mundurze. Czasy narodzin i upadku II RP.

k. ^ The "Agreement of Mutual Assistance between the United Kingdom and Poland" (London, 25 August 1939) states in Article 1: "Should one of the Contracting Parties become engaged in hostilities with a European Power in consequence of aggression by the latter against that Contracting Party, the other Contracting Party will at once give the Contracting Party engaged in hostilities all the support and assistance in its power."[75]

l. ^ Some Ukrainians and Belarusians lived in the áreas traded to Germany by the Soviets in the agreement of 28 October. For example, Chełm and Lemkivshchyna (Łemkowszczyzna), both with significant Ukrainian populations, were among the Ukrainian enclaves left in German-occupied Poland (see maps).

m. ^ "How are we … to explain the phenomenon of Ukrainians rejoicing and collaborating with the Soviets? Who were these Ukrainians? That they were Ukrainians is certain, but were they communists, Nationalists, unattached peasants? The answer is "yes—they were all three".[76]

n. ^ "The Soviet Union's invasion and occupation of Eastern Poland in September 1939 was a clear act of aggression in international law…But the Soviets did not declare war, nor did the Poles respond with a declaration of war. As a result there was confusion over the status of soldiers taken captive and whether they qualified for treatment as PoWs. Jurists consider that the absence of a formal declaration of war does not absolve a power from the obligations of civilised conduct towards PoWs. On the contrary, failure to do so makes those involved, both leaders and operational subordinates, liable to charges of War Crimes and Crimes against Humanity."[77]

o. ^ "It is generally known, however, that the British and French governments turned down German peace efforts, made public by her already at the end of last year, which for its part, owed to preparations to escalate the war." Vyacheslav Molotov, 29 March 1940.[78]

p. ^ Esta imagem mostra apenas a primeira página do documento, que fala dos alegados movimentos de resistência dos oficiais polacos capturados. A segunda página dá instruções à NKVD para aplicar "a solução suprema, o fuzilamento" de 25.700 prisioneiros polacos.

Referências[editar | editar código-fonte]

Esta secção lista as fontes citadas neste artigo, incluindo textos disponíveis na Internet e referências curtas de livros impressos. Para referências completas dos livros, veja a seção Bibliografia, mais abaixo.

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h (Polonês) Edukacja Humanistyczna w wojskuArquivado em 29 de setembro de 2007, no Wayback Machine.. 1/2005. Dom wydawniczy Wojska Polskiego. (Humanist Education in the Army.) 1/2005. Publishing House of the Polish Army). Retrieved 28 November 2006.
  2. ↑ Ir para:a b c d e (Em polaco) Kampania wrześniowa 1939 (Campanha de Setembro de 1939) de PWN EncyklopediaInternet Archive, meados-2006. obtido em 16 de Julho de 2007
  3.  Colonel-General Grigory Fedot KrivosheevSoviet casualties and combat losses in the twentieth century
  4. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n o p q Sanfordp. 20–24.
  5. ↑ Ir para:a b c Gross, p. 17.
  6.  Piotrowski, p. 199.
  7. ↑ Ir para:a b c d Anna M. Cienciala (2004). The Coming of the War and Eastern Europe in World War II (notas de leitura, University of Kansas). Obtido a 15 de Março de 2006.
  8.  Diplomatas alemães tinha instado a União Soviética a intervir contra a Polónia pelo leste, desde o início da guerra. Roberts, Geoffrey (1992). The Soviet Decision for a Pact with Nazi GermanySoviet Studies 44 (1), 57–78; The Reich Foreign Minister to the German Ambassador in the Soviet Union (Schulenburg) Arquivado em 29 de junho de 2007, no Wayback Machine. @ Avalon Project e documentos seguintes. A União Soviética estava relutante em intervir porque Varsóvia ainda não tinha caído. A decisão Soviética de invadir as partes oriental da Polónia, anteriormente acordado como zona de influência soviética, foi comunicada ao embaixador alemão Friedrich Werner von der Schulenburg a 9 de Setembro, mas a invasão foi adiada por mais de uma semana. Roberts, Geoffrey (1992). The Soviet Decision for a Pact with Nazi GermanySoviet Studies 44 (1), 57–78; The German Ambassador in the Soviet Union (Schulenburg) to the German Foreign Office Arquivado em 5 de novembro de 2007, no Wayback Machine. @ Avalon Project.Os serviços de inteligência polacos tomaram conhecimento dos planos Soviéticos por volta de 12 de Setembro.
  9. ↑ Ir para:a b c Telegrams sent by Schulenburg, German ambassador to the Soviet Union, from Moscow to the German Foreign Office: No. 317 Arquivado em 7 de novembro de 2009, no Wayback Machine. de 10 de Setembro de 1939, No. 371 Arquivado em 30 de abril de 2007, no Wayback Machine. de 16 de Setembro de 1939, No. 372 Arquivado em 30 de abril de 2007, no Wayback Machine. ode 17 de Setembro de 1939. The Avalon ProjectYale Law School. Supostamente de 14 de Novembro de 2006.
  10. ↑ Ir para:a b «1939 wrzesień 17, Moskwa Nota rządu sowieckiego nie przyjęta przez ambasadora Wacława Grzybowskiego» (em polaco) (nota do governo soviético para o governo polaco, emitida em 17 de Setembro de 1939, recusada pelo embaixador polaco Wacław Grzybowski). Ver Degras, pp. 37–45. Ver também excertos do discurso de Molotov, no Wikiquote.
  11.  M.I.Mel'tyuhov. Stalin's lost chance. The Soviet Union and the struggle for Europe 1939–1941, p.132. Мельтюхов М.И. Упущенный шанс Сталина. Советский Союз и борьба за Европу: 1939–1941 (Документы, факты, суждения). — М.: Вече, 2000.
  12.  «obozy jenieckie żołnierzy polskich» (em polaco). Consultado em 29 de julho de 2009. Arquivado do original em 4 de novembro de 2013 (Prison camps for Polish soldiers). Encyklopedia PWN. Retrieved 28 November 2006.
  13.  Rummel, p.130; Rieber, p. 30.
  14.  Rieber, p 29.
  15. ↑ Ir para:a b Ferro 2003, p. 258; Orlik-Rückemann 1985, p. 20.
  16.  Shaw, p 119; Neilson, p 298.
  17.  "Natural Enemies: The United States and the Soviet Union in the Cold War 1917-1991" by Robert C. Grogin 2001 Lexington Books page 28
  18.  "Scandinavia and the Great Powers 1890-1940"Patrick Salmon 2002 Cambridge University Press
  19.  Kenez, pp. 129–31.
  20.  Davies, Europe: A History, p. 997.
  21.  Dunniganp. 132.
  22.  Sanford, pp. 20–25; Snyderp. 77.
  23.  Gelvenp.236.
  24.  «The Avalon Project at Yale Law School; The German Ambassador in the Soviet Union, (Schulenburg) to the German Foreign Office, Telegram VERY URGENT Moscow, September 10, 1939-9:40 p. m. STRICTLY SECRET». Consultado em 29 de julho de 2009. Arquivado do original em 7 de novembro de 2009
  25. ↑ Ir para:a b Zaloga, p. 80.
  26.  Weinberg, p. 55.
  27.  Degras, pp. 37–45. Extracts from Molotov's speech on Wikiquote.
  28.  Szubański, Plan operacyjny "Wschód".
  29.  Sowiety wkroczyły. Nakazuję ogólne wycofanie na Rumunię i Węgry najkrótszymi drogami. Z bolszewikami nie walczyć, chyba w razie natarcia z ich strony albo próby rozbrojenia oddziałów. Zadania Warszawy i miast które miały się bronić przed Niemcami - bez zmian. Miasta do których podejdą bolszewicy powinny z nimi pertraktować w sprawie wyjścia garnizonów do Węgier lub Rumunii. Andrzej M. Kobos, "Agresja albo nóż w plecy"Arquivado em 23 de agosto de 2009, no Wayback Machine(Polonês)
  30.  Piotrowski, p 199.
  31.  Gross, pp. 32–33.
  32.  Taylor, p. 38.
  33. ↑ Ir para:a b c d Fischer, Benjamin B., ""The Katyn Controversy: Stalin's Killing Field", Studies in Intelligence, Winter 1999–2000. Retrieved 16 July 2007.
  34.  (Polonês) Artur Leinwand (1991). «Obrona Lwowa we wrześniu 1939 roku». Instytut Lwowski Retrieved 16 July 2007.
  35.  Ryś, p 50
  36. ↑ Ir para:a b «Szack» (em polaco) Encyklopedia Interia. Retrieved 28 November 2006.
  37. ↑ Ir para:a b Orlik-Rückemann, p. 20.
  38.  Moynihan, p. 93; Tucker, p. 612.
  39. ↑ Ir para:a b c Prazmowska, pp. 44–45.
  40.  Jackson, p. 75.
  41.  (em russo) Отчёт Украинского и Белорусского фронтов Красной Армии Мельтюхов, с. 367. [1][ligação inativa]. Retrieved 17 July 2007.
  42.  Sanford, p. 23; (Polonês) Olszyna-Wilczyński Józef Konstanty Arquivado em 6 de março de 2008, no Wayback Machine., Encyklopedia PWN. Retrieved 14 November 2006.
  43.  «Śledztwo w sprawie zabójstwa w dniu 22 września 1939 r. w okolicach miejscowości Sopoćkinie generała brygady Wojska Polskiego Józefa Olszyny-Wilczyńskiego i jego adiutanta kapitana Mieczysława Strzemskiego przez żołnierzy b. Związku Radzieckiego. (S 6/02/Zk)» (em polaco) Polish Institute of National Remembrance. Internet Archive, 16.10.03. Retrieved 16 July 2007.
  44.  «Rozstrzelany Szpital» (PDF) (em polaco). Consultado em 29 de julho de 2009. Arquivado do original (PDF) em 7 de março de 2007 (Executed Hospital). Tygodnik Zamojski, 15 September 2004. Retrieved 28 November 2006.
  45.  Investigation concerning the murder of approximately 300 civil and military
  46.  Gross, p. 181
  47.  Gross, p. 182
  48.  Soviet note unilaterally severing Soviet-Polish diplomatic relations, 25 April 1943. English translation of Polish document.Arquivado em 9 de setembro de 2005, no Wayback Machine. Retrieved 19 December 2005; Sanford, p. 129.
  49.  Sanford, p. 127; Martin Dean Collaboration in the Holocaust.Retrieved 15 July 2007.
  50. ↑ Ir para:a b c Davies, Europe: A History, pp. 1001–1003.
  51.  Gross, pp. 24, 32–33.
  52.  Piotrowski, p.11
  53.  «Represje 1939-41 Aresztowani na Kresach Wschodnich»(em polaco). Consultado em 29 de julho de 2009. Arquivado do original em 21 de outubro de 2006 (Repressions 1939–41. Arrested on the Eastern Borderlands.) Ośrodek Karta. Retrieved 15 November 2006.
  54. ↑ Ir para:a b Rieber, pp. 14, 32–37.
  55. ↑ Ir para:a b (Polonês) Marek Wierzbicki, Stosunki polsko-białoruskie pod okupacją sowiecką (1939–1941) Arquivado em 23 de junho de 2008, no Wayback Machine.. "Białoruskie Zeszyty Historyczne", Biełaruski histaryczny zbornik, 20 (2003), p. 186–188. Retrieved 16 July 2007.
  56.  Norman DaviesBoże Igrzysko (God's Playground), vol 2, pp. 512–513.
  57. ↑ Ir para:a b Andrzej NowakThe Russo-Polish Historical ConfrontationSarmatian Review, January 1997, Volume XVII, Number 1. Retrieved 16 July 2007.
  58.  Miner, pp. 41–2.
  59.  Wilson, p. 17.
  60.  Subtelny, p. 487.
  61.  Kubik 1994, p. 277; Sanford 2005, pp. 214-216
  62.  Rieber 2000, p. 29
  63.  «Pravda» (em russo) 30 November 1939. Retrieved on 2007-07-16.
  64.  «Ballada wrześniowa» (em polaco). Consultado em 29 de julho de 2009. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2012 (September's tale). Text at Jacek Kaczmarski's official page. Retrieved on 2006-11-15.
  65.  «Okupacja Sowiecka W Polsce 1939–41» (em polaco)Encyklopedia PWN Retrieved 14 March 2006.
  66.  Rummel, p. 132; Kushner, p. 219.
  67.  Wegner, p. 78.
  68.  Trela-Mazur, p. 294.
  69.  Sanford, p. 21; Weinberg, p. 963.
  70.  Sanford, p 23.
  71.  Rieber, p. 29.
  72.  Piotrowski, p. 295.
  73.  Gronowicz, p. 51.
  74.  Rieber, pp. 29–30.
  75.  Stachura, p.125.
  76.  Piotrowski, p.199.
  77.  Sanford, p 39, 22–3.
  78.  Molotov, V.M., Report On The Foreign Policy Of The Government, 29 March 1940. Moscow News, 1 April 1940. Retrieved 16 July 2007.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Esta seção lista referências impressas utilizadas para este artigo. Para outro tipo de citações, veja Adendas ou Notas acima.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

MANUEL DA MAIA - Arquitecto e Engenheiro - NASCEU EM 1768 - 17 DE SETEMBRO DE 2020

 


Manuel da Maia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Manuel da Maia
Nascimentojulho ou agosto de 1677
LisboaReino de Portugal Portugal
Morte17 de setembro de 1768 (91 anos)
LisboaReino de Portugal Portugal
OcupaçãoArquitecto e engenheiro
Assinatura
Assinatura Manuel da Maia.svg

Manuel da Maia (Lisboa5 de Agosto de 1677 (baptizado) — Lisboa17 de Setembro de 1768) foi um arquitecto e engenheiro português.

Manuel da Maia, que foi regente da Aula de Fortificação, onde teve o futuro rei D. José I como aluno, foi incumbido da realização de trabalhos de fortificação em LisboaEstremoz (1703), Beira (1704) e Abrantes (1704). Em 1747, participou da mesma forma, na reedificação do novo Hospital Termal da Rainha D. Leonor nas Caldas da Rainha com a autoria do projecto de execução de Eugénio dos Santos, nesta altura ainda não reconhecido pelo seu trabalho.

Nomeado Engenheiro-Mor do Reino em 1754, esteve directamente envolvido e foi o responsável pela elaboração da planta da cidade de Lisboa e por alguns dos mais ambiciosos projectos de engenharia da sua época, como o Aqueduto das Águas Livres, em Lisboa.

Foi alvo de várias homenagens em vida, das quais se destaca o título de fidalgo da Casa Real e de General.

Contudo, seria em Novembro de 1755, na altura com cerca de 80 anos, na sequência do Terramoto de Lisboa, que Manuel da Maia deixaria, talvez, o seu maior legado: a coordenação da reconstrução da cidade de Lisboa. Optando pela proposta do capitão de engenharia Eugénio dos Santos, é um dos responsáveis pela Baixa Pombalina tal como a conhecemos hoje.

Menos conhecido, mas igualmente de grande importância para a história de Portugal, foi o trabalho desenvolvido por Manuel da Maia enquanto 31.° Guarda-mor da Torre do Tombo, lugar que assumiu em 12 de Novembro de 1745 e até 1768, quando faleceu. Foi sepultado no Convento de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto.

Museu da Água, em Lisboa, dedicado à história do abastecimento de água à cidade, homenageia Manuel da Maia.

Arquivos da Torre do Tombo[editar | editar código-fonte]

Se hoje os arquivos da Torre do Tombo estão intactos muito se deve ao seu guarda-mor. Pouco depois das nove da manhã de 1 de Novembro de 1755, Lisboa sucumbiu ao terramoto e ao maremoto. Enquanto a população fugia apavorada das explosões e dos múltiplos incêndios, Manuel da Maia, deixou a sua casa a arder e correu até ao topo do Castelo de São Jorge, onde estavam as instalações do Arquivo Real.

Tinha 75 anos, mas esqueceu-se das dores da idade e enfrentou as chamas para retirar os documentos. A coragem serviu de exemplo a empregados e populares, que, sob o seu comando, acabaram por resgatar todo o recheio, um património acumulado de 1161 a 1696 na torre do castelo. Os quase 90 mil documentos originais, reunidos em 526 calhamaços, ficaram armazenados num barracão improvisado próximo do castelo.

A solução provisória corria o risco de se tornar definitiva à boa moda portuguesa. Foi a teimosia do engenheiro militar que acabou por ditar mais uma vez os destinos do arquivo. Deu cabo da paciência ao Marquês de Pombal com sucessivas cartas, advertindo para os perigos a que o seu tesouro estava exposto. E foi portanto pela sua insistência que o espólio passou poucos anos depois para o Convento de São Bento.

Consta o seu nome de rua em Loures, no Seixal, em Portimão, nas Caldas da Rainha, em Sesimbra, Évora ou Amadora. Em Lisboa até lhe atribuíram uma avenida[1].

Referências

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue