sexta-feira, 4 de setembro de 2020

EFEMÉRIDES - WIKIPÉDIA - 4 DE SETEMBRO DE 2020

 

4 de setembro

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Setembro
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Ano:2020
Década:2020
Século:XXI
Milênio:3.º

4 de setembro é o 247.º dia do ano no calendário gregoriano (248.º em anos bissextos). Faltam 118 para acabar o ano.

Eventos históricos

1998: O Google é fundado
2010: Estação ferroviária Kaiapoi após o sismo

Nascimentos

Anterior ao século XIX

Século XIX

Século XX

1901–1950

1951–2000

Mortes

Anterior ao século XIX

Século XIX

Século XX

Século XXI

Feriados e eventos cíclicos

Brasil

Cristianismo

Outros calendários

Idade da Lua

Para saber a Idade da Lua neste dia procure em cada ano a letra correspondente (minúscula ou maiúscula), por exemplo, em 2019, para a Epacta e Idade da lua é a letra E:

Letraabcdefghiklmnpqrstu
Idade12131415161718192021222324252627282930
LetraABCDEFFGHMNP
Idade12345667891011

Assim, em 4 de setembro de 2019 a idade da Lua é 5.

RAUL DE CARVALHO - POETA - NASCEU EM 1920 - 4 DE SETEMBRO DE 2020

 

Raul de Carvalho (poeta)

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Raul de Carvalho
Nome completoRaul Maria de Carvalho
Nascimento4 de setembro de 1920
AlvitoAlvito
Morte3 de setembro de 1984 (64 anos)
Porto
ResidênciaLisboa
Nacionalidadeportuguês
OcupaçãoPoeta
Principais trabalhosTudo é Visão (1971)
PrémiosPrémio Simon Bolívar (Siena, Itália)

Raul Maria de Carvalho (AlvitoAlvito4 de Setembro de 1920 — Porto3 de Setembro de 1984), foi um poeta português.

Foi incluído no lote dos 100 melhores poetas do século XX português, por Jorge de Sena e Eduardo Lourenço considerou-o herdeiro de Álvaro de Campos.[1]

Vida[editar | editar código-fonte]

Raul de Carvalho nasceu a 4 de Setembro de 1920 em Alvito, localidade da província Baixo Alentejo.[2] Quase desde criança se envolve com a escrita e com a pintura.[1] Filho de um sapateiro e de uma doméstica, cedo começou a trabalhar numa farmácia na sua vila no distrito de Beja e depois em Lisboa, onde viria a viver quase toda a sua vida.[3]

Já adulto, Raul de Carvalho vai acabar a sua formação de Liceu e chega a inscrever-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.[1]

Na década de 1940, torna-se frequentador do café Martinho da Arcada, contactando regularmente com personalidades do meio literário[2], e começa a publicar em 1942.[1]

Para além de colaborador de revistas como "Távola Redonda" ou "Cadernos de Poesia",[2] Raul de Carvalho fundou com Ramos RosaJosé Terra, Luís Amaro, José Luís Moita, a que se juntou Egito Gonçalves no último número, a revista de poesia "Árvore".[1] [4] Foi co-director desta revista de 1951 a 1953,[2] que veio a ser extinta pela censura.[1]

Em pouco mais de quatro décadas, entre 1942 e o ano da sua morte 1984, publica 25 obras,[1] tendo sido premiado, em Itália, com o "Prémio Simon Bolívar", em 1956, no Concurso Internacional de Poetas de Siena.[2]

Na sua vida, foi ainda um fotógrafo apaixonado e pintor com exposições públicas, ao mesmo tempo que militante inscrito no Partido Comunista e homossexual assumido.[1]

Uma doença do coração de que recusa fazer-se operar começa a afectá-lo desde a década de 1970.[1]

A morte, na sequência de um ataque cardíaco, iria encontrá-lo no Porto, quando estava em casa de amigos.[1]

Raul de Carvalho morreu a 3 de Setembro de 1984, no Hospital de São João, na véspera de completar 64 anos.[5] Pouco tempo depois da sua morte, a sua casa foi assaltada, tendo sido roubados manuscritos inéditos seus e obras de arte de autores consagrados, tudo de valor inestimável.[6]

Obra[editar | editar código-fonte]

Raul de Carvalho esteve fortemente ligado ao movimento neo-realista e surrealista que marcaram as décadas de 1950 e de 1960 em Portugal.[7]

Algumas obras[editar | editar código-fonte]

  • As Sombras e as Vozes (1949)
  • Poesia 1949-1958 (1965)
  • Tautologia (1968)
  • Tudo É Visão (1970)
  • Poemas Inactuais (1971)
  • Tempo Vazio (1975)
  • A Casa Abandonada (1977)
  • Duplo Olhar (1978)
  • Elsinore (1980)
  • Mágico Novembro (1982)
  • Um mesmo livro (1984)

Tradução[editar | editar código-fonte]

Prémio de poesia[editar | editar código-fonte]

Em 1997, a Câmara Municipal de Alvito instituiu o "Prémio de poesia Raul de Carvalho". Para além de homenagear o poeta local, este prémio pretende ainda apoiar e divulgar de novos talentos.[9][10]

Prémio de poesia Raul de Carvalho
EdiçãoAnoTítuloAutorRef.
In.d."Na Lassidão do Sono"Leonilde Leal[11][12]
II1999"Além-Rio"Arlinda Mártires[13]
IIIn.d."A Casa dos Afectos"Fernando Fitas[10][14]
IV2005"O Livro do Regresso"Xavier Zarco[15][16]

Bienal Internacional[editar | editar código-fonte]

A “Bienal Internacional Raul de Carvalho” foi instituída em 2008 pela Câmara Municipal de Alvito. Este evento incluía secções de Fotografia, Pintura, Prosa e Conto, Poesia e Escultura e vinha substituir o prémio de poesia.[17][18]

Em 2010 não se viria a realizar a segunda edição em virtude da reprovação da proposta de Regulamento da Bienal em sessão de Assembleia Municipal.[19]

Notas

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j Mª João Marçalo & Mª Célia Lima-Hernandes, Elisa Esteves, Mª do Céu Fonseca, Olga Gonçalves, Ana Luísa Vilela, Ana Alexandra Silva. "Língua portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturas". Universidade de Évora. 2010. ISBN: 978-972-99292-4-3. Acesso 2011-10-12
  2. ↑ Ir para:a b c d e Perfil do Autor no Instituto Camões. Acesso 2011-10-12
  3.  LEAL, Maria Luísa (1993). “Notícia biográfica sobre Raul de Carvalho”. Obras de Raul de Carvalho I – Obra Publicada em Livro (com Nota de Luiz Fagundes Duarte). Lisboa: Caminho. 1015-1023. Citada in "Língua portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturas" Acesso 2011-10-12
  4.  Árvore: folhas de poesia (1951-1953) cópia digital, Hemeroteca Digital
  5.  MARTINS, Albano. "Morreu o poeta Raul de Carvalho". In: Revista Colóquio/Letras. Letras em Trânsito, n.º 81, Set. 1984, p. 114. Acesso 2011-10-12
  6.  Referido por Mário Viegas no programa "Palavras Vivas".
  7.  "Câmara de Alvito e Universidade de Évora estudam obra de Raul de Carvalho" in Correio Alentejo Acesso 2011-10-12
  8.  Co-traduzido com M. S. Lourenço.
  9.  "RAUL DE Carvalho: a vila de Alvito homenageia o seu poeta". In: Revista Colóquio/Letras. Letras em Trânsito, n.º 142, Out. 1996, p. 285. Acesso 2011-10-12
  10. ↑ Ir para:a b Grupo de Acção Local Terras Dentro. Projectos Aprovados. Ficha 2. 29 de Julho de 2003. Acesso 2011-10-12
  11.  Serafim Ferreira. Apresentação do livro. Centro Cultural de Alvito.3 de Outubro de 1998. Acesso 2011-10-12
  12.  Livro no Catálogo Geral da Biblioteca Municipal de Beja[ligação inativa] Acesso 2011-10-12
  13.  Breve biografia da autora no Instituto CamõesAcesso 2011-10-13
  14.  Livro no Catálogo Geral da Biblioteca Municipal de Beja[ligação inativa] Acesso 2011-10-12
  15.  Ficha do livro na editora. Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine. Acesso 2011-10-12
  16.  Notícia da Câmara Municipal de Alvito Acesso 2011-10-12
  17.  Notícia in Correio Alentejo. 15 de Maio de 2008 Acesso 2011-10-12
  18.  Notícia in Rádio Pax. 14 de Maio de 2008[ligação inativa] Acesso 2011-10-12
  19.  Notícia da Câmara Municipal de Alvito Acesso 2011-10-12

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