terça-feira, 25 de agosto de 2020

PENALVA DO CASTELO - FERIADO - 25 DE AGOSTO DE 2020

 

Penalva do Castelo

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Penalva do Castelo
Brasão de Penalva do CasteloBandeira de Penalva do Castelo
Localização de Penalva do Castelo
GentílicoPenalvense
Área134,34 km²
População7 956 hab. (2011)
Densidade populacional59,2  hab./km²
N.º de freguesias11
Presidente da
câmara municipal
Francisco Carvalho (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1240
Região (NUTS II)Centro (Região das Beiras)
Sub-região (NUTS III)Viseu Dão-Lafões
DistritoViseu
ProvínciaBeira Alta
OragoSão Ginésio
Feriado municipal25 de Agosto
Código postal3550 Penalva do Castelo
Sítio oficialwww.cm-penalvadocastelo.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg

Penalva do Castelo é uma vila portuguesa do distrito de Viseu, situada na província da Beira Altaregião do Centro (Região das Beiras) e sub-região Viseu Dão-Lafões, com cerca de 2 000 habitantes.

É sede de um município com 134,34 km² de área[1] e 7 956 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 11 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelo município de Sátão, a nordeste por Aguiar da Beira, a leste por Fornos de Algodres, a sul por Mangualde e a oeste por Viseu.

A 26 de Agosto de 1988, o cantor Carlos Paião morreu a caminho de Penalva do Castelo, quando se deslocava para um concerto das festas da Vila em Honra de S. Ginésio.

Cumberland nos Estados Unidos é vila gémea de Penalva do Castelo, vivem cerca de 2000 Penalvenses em Cumberland.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O topónimo Penalva do Castelo advém da existência de uma antiga fortaleza, que se localizaria numa penha situada na margem esquerda do Rio Dão, da qual não restam quaisquer vestígios e que deu nome à localidade de Castelo de Penalva. Contudo, desde uma data que permanece incerta, a vila designou-se de Castendo[5] até ao ano de 1957.

Política[editar | editar código-fonte]

A Câmara é constituída pelo presidente, pelo vice-presidente e, ainda, por três vereadores[6]. Quanto à Assembleia Municipal, o órgão legislativo do município, esta é formada por 26 deputados, sendo que 11 destes são membros por inerência por serem presidentes das respectivas juntas de freguesia.

Divisão administrativa[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Penalva do Castelo.

O concelho de Penalva do Castelo está subdividido em 11 freguesias:

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [7]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
11 71012 81013 25213 74214 04213 18513 40414 26715 02813 68611 04510 1729 1669 0197 956

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário [8]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos4 6985 0574 5464 5624 9454 9514 4933 2652 6091 9931 372979
15-24 Anos2 5102 3502 2852 5622 4042 3342 1301 5651 5981 3091 307786
25-64 Anos5 6935 5155 2465 2735 5775 9535 6464 7804 1684 0414 2153 890
= ou > 65 Anos8401 0649591 0801 1781 3801 4171 4351 7971 8232 1252 301
> Id. desconh911342449

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Segundo o Recenseamento Populacional de 2001 vivem no concelho de Penalva do Castelo 9019 pessoas que constituem um total de 3424 famílias sendo que o número médio de pessoas por família é de 2,63, um número que diminui desde 1991 (média de 3 pessoas).[9] Inserido num fenómeno próprio dos países desenvolvidos, a dimensão das famílias no concelho tem vindo a diminuir. A população distribui-se pelas 13 freguesias que constituem a concelho, sendo que o grosso desta (cerca de 69%) se concentra na freguesia de Castelo de PenalvaÍnsuaPindo e Sezures. Durante o período que vai de 1981 (10142 habitantes) a 1991 (8980 habitantes) é possível verificar uma diminuição da população com uma diferença de cerca de 1000 pessoas), facto que estará relacionado com a situação económica que se fazia sentir nesta altura nas zonas interiores do país, caracterizada pelo desemprego e pela ausência de indústrias o que levou a uma vaga de emigração rumo ao litoral ou ao estrangeiro. Já no período correspondente a 1991-2001 os resultados do Recenseamento Populacional demonstram que o número de habitantes estagnou face à década anterior, verificando-se mesmo um pequeno aumento da população para 9019 habitantes.[9] Este resultado, certamente, que surge do facto se verificar uma melhoria das condições sociais e económicas e ao regresso de alguns emigrantes. A freguesia de Pindo é desde 1981 a freguesia com o maior número de habitantes (um total de 2245 habitantes).

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V%V
CDS-PPPSPPD/PSDPPMPSD-CDS
197633,91233,11224,101
197966,21423,441
198244,01323,30123,981
198534,67217,31143,402
198930,56225,74138,832
199348,9631,77-45,692
19972,92-6,94-35,34250,033
200133,52260,023
2005PPD/PSD28,461CDS-PP62,784
200938,79248,103
201350,71341,502
201767,874PSD-CDS24,741

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
CDSPSDPSPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197634,6128,9322,811,060,94
1979ADAD17,49APU0,9672,483,06
1980FRS0,4770,343,7317,13
198326,4232,1530,900,343,07
198521,7137,9423,620,583,406,69
19877,3964,5917,11CDU0,421,811,27
19916,2066,1920,851,220,461,30
199510,2945,9738,360,351,220,26
19999,9245,6337,701,890,400,53
200210,4856,1927,651,451,23
20056,7242,6340,732,372,56
200913,0337,2835,763,424,64
201112,1547,6328,033,581,910,36
2015PàFPàF31,393,864,690,2850,87

Património[editar | editar código-fonte]

A feira semanal ja existe a alguns séculos, é das mais antigas feiras do país, mesmo que chova ou neve sexta-feira é sempre dia de feira em Penalva do Castelo, durante o verão a feira proporciona a vinda de milhares de pessoas até Penalva do Castelo.

Produtos[editar | editar código-fonte]

Como próprio nome indica, esta variedade terá aparecido na aldeia de Esmolfe, no Concelho de Penalva do Castelo, há cerca de 200 anos. Provavelmente terá sido obtida a partir de uma árvore de semente, cujos frutos foram muito apreciados, originando uma intensa procura de material e enxertia e a disseminação da variedade.

A existência de condições agro-climáticas favoráveis à manutenção das características que a tornaram apreciada, permitiu o seu alastramento a concelhos vizinhos e garantiu-lhe o estatuto de variedade dominante de que desfrutava em meados deste século.

Descrição do produto A maça bravo de Esmolfe tem como principais características : calibre médio e pequeno, forma oblonga-cónica epiderme esbranquiçada, eventualmente com manchas avermelhadas; manchada e/ou ralada de carepa na fossa peduncular, podendo atingir até 20% d aepiderme; polpa branca, macia, sucosa, doce, com boas qualidades gustativas, aroma intenso, agradável e bastante sui generis; colheita a partir da 2º quinzena de Setembro ; conserva-se no frio entre 4 a 5 meses ;

As arvores apresentam : Porte erecto e ramificações de ângulos fechados, vigor muito grande, folhas novas de cor verde clara, tormentosas na página inferior e glabras na superior, folhas adultas ovadas e oblongas, com um comprimento quase duplo da largura, apresentando coloração verde amarelada. Floração tardia Produtividade média a baixa, com a produção a verificar-se na grande maioria na madeira de dois ou mais anos, com escalonamento médio da maturação.

Entrada muito lenta em produção, grande necessidade em frio invernal para quebra de dormência

O pastor ordenha as ovelhas ao cair da noite e de manhã cedo. Há quem faça o queijo à noite e de manhã. Outros, porém, juntam o leite da ordenha da noite ao da manhã. o leite é levado para casa, deitando-se da “ferrada” para um “tacho” onde é “amornado” ao lume, isto é, aquecido lentamente sem ferver. Em seguida, “moe-se o cardo” com sal. A operação seguinte consiste em se colocar um pano branco, chamado “coedor”, na boca da panela que normalmente tem duas “asas”. Ata-se o pano às “asas” para não cair de panela. Põe-se o cardo no “coador”, deitando o leite em seguida para o “coador”, tira-se o “coador”, espremendo-se na panela de à medida que se tira .

“Mexe-se” depois o leite que já está na panela de “asas”, para o cardo se dissolver no leite todo, a fim de este “coalhar” bem. Depois põem à sua frente à “francela”, o “acincho” e um tacho grande por baixo da francela, para aparar o soro destinado ao fabrico do requeijão. A queijeira depois de 30 – 45 minutos, vai “mexendo a coalhada “ para se ir separando o soro da “coalhada” (chama-se “pular a coalhada”) .

Pega num copo ou tigela e vai tirando a “coalhada” para o “acincho”, indo espremendo com as mãos a “coalhada” até o queijo ficar pronto. Em seguida, tira o “acincho” do queijo, pondo-lhe a “empresga” (pano branco) à volta do queijo. O “acincho” é colocado novamente à volta do queijo, voltando a espremer lentamente até não deitar soro algum.

A operação seguinte é a colocação de uma pedra num prato ou tábua sobre o “acincho”, para o queijo ficar direito, desde o início em que a queijeira tira a primeira “coalhada “ para o “acincho” até à colocação da pedra, gastam-se cerca de 21-22 horas. Aqui o queijo “desacincha-se”, isto é, tira-se a pedra, o “acincho” e o pano (empresga). Depois põe-se sal em toda a volta e por cima, e coloca-se num prato durante 24 horas .

Em seguida, tira-se para as tábuas da “queijeira”, colocando-se um pano branco por baixo, fecha-se a queijeira e todos os dias se limpa e volta com um pano branco. Ali vai “reimando”, deitando as impurezas “até que se cure” (fique amarelo).

Vinho do Dão

O vinho é decerto o produto Rei que predomina nas terras penalvenses, Penalva esta no Coração da Zona demarcada do Dão.

Turismo[editar | editar código-fonte]

Património Natural[editar | editar código-fonte]

Penalva do Castelo foi outrora conhecida por Vila Nova de Santo Sepulcro, nome que decorre do facto de nela se ter instalado a Ordem Militar e Canónica de Jerusalém, também chamada de Ordem do Santo Sepulcro. É, no entanto, ponto assente que a antiga vila não se encontrava precisamente no local onde hoje está situada a Vila de Penalva do Castelo (que até 1957 era designada Castendo).

Os forais foram as primeiras células da nossa organização politíca e administrativa. O foral mais antigo, que faz referência a este concelho, é o de Azurara da Beira (hoje Mangualde), com a data de 1102, que foi expedido pelo conde D.Henrique. D.Sancho II concede às terras de Penalva foral; D.Afonso III, em 1275, atribui a Penalva uma Carta de Foro; contudo, o foral de D.Manuel I, datado de 10 de Fevereiro de 1514, é o mais referenciado e conhecido documento régio sobre Penalva do Castelo.

O Marquesado de Penalva do Castelo formou-se no reinado de D.João V e tem as suas raízes no Condado de Tarouca; o Marquesado de Penalva é filiado no Marquesado de Alegrete.

A história de Penalva do Castelo está intrinsicamente ligada ao poder e influência de outras famílias senhoriais, como os fidalgos da Casa da Moita, da Casa de Real ou da Casa Magalhães Coutinho. As terras de Penalva estão, sobretudo, ligadas à Casa da Ínsua e à notoriadade e importância que esta adquiriu de Luís de Albuquerque ter sido Governador do Estado do Mato Grosso, no Brasil, entre 1771 e 1790.

Situado no coração do Dão, o concelho de Penalva do Castelo, essencialmente agrícola e com boas condições agronómicas, salienta-se entre os melhores produtores de Vinho do Dão, de frutas (é o "berço" da Maça de Bravo de Esmolfe) e do Queijo da Serra de Estrela. O concelho tem onze freguesias : União das freguesias de Antas e Matela, União das freguesias de Vila Cova do Covelo e Mareco,  Castelo de Penalva, Esmolfe, Germil, Ínsua (Penalva do Castelo), Lusinde, Pindo, Real, Sezures, e Trancozelos.

Artesanato[editar | editar código-fonte]

Os Esteireiros de Vila Cova do Covelo colhiam, ao findar do Verão, a junça nos valejos da serra. Nos longos serões do Outono e do Inverno, construíram entrançados sem fim. Faziam estreiras para casa e para a Igreja e para armazéns e adegas.

Os Latoeiros de Pindo e da Matela são afamados por léguas sem fim. Ainda aparecem em bancas da feira, com baldes de zinco, potes de azeite, francelase e achinhos para pastores, lampiões e candeias para fins ornamentais. A Cestaria dos Vales de rija verga das madeiras da região (castanho, carvalho, vime), de apurada execução, abastece amplos mercados da Beira. Cestos para frutas e roupa para o trabalho são as peças que mais se vendem.

Os Fogueteiros de Lusinde animam as festas e romarias da região. Constroem com simplicidade esses mágicos foguetes que estrondosamente festejam um santo ou eferméride feliz. A Cantaria em granito de Esmolfe é o material mais rico na construção civil. São trabalhos executados com pedra aparelhada (escadas, pilares, colunas, cimalhas, etc...), muito apreciadas na região. Os Estalinhos de Carnaval dos Cantos têm fama pela singularidade e mistérios que envolvem.

Percursos Pedestres[editar | editar código-fonte]

Percurso Arqueológico de Esmolfe

O percurso inicia-se junto ao cruzeiro de Ildefonso; siga em frente e pode observar as alminhas das eiras que se encontram assentes numa ara votiva anepígrafa. Depois do cruzamento, vire à direita e pode observar a necrópole medieval constituída por três núcleos: das Eirinhas, de S.Martinho e da Capela. Volte para trás e siga em direcção à Anta do Penedo do Com, (anta de grandes dimensões de câmara poligonal de nove esteios, com corredor constituído por quatro monolíticos. A 200 metros da anta do lado esquerdo pode observar o Penedo do Com, abrigo natural, sob um penedo de granito de grandes dimensões. Siga em frente e tome o caminho de asfalto em direcção ao cimo da Serra da Paramuna, onde se situa o Castro da Paramuna ou dos Mouros, e uma gravura rupestre.

Caminho dos Galegos

Percorrido durante séculos por peregrinos que caminhavam em busca de Santiago de Compostela (Galiza, Espanha) para prestar homenagem junto da sepultura do Apóstolo, o Caminho dos Galegos é constituído por um execelente lajeado de acentuada antiguidade, provocada pelo desgaste de múltiplas passagens, marcando profundamente a pedra granítica. A freguesia de Mareco foi durante séculos propriedade da Ordem de Santiago, sendo os seus habitantes "reguengueiros encabeçados". Nesta localidade, existe a antiga casa da Ordem, que possui gravada na ombreira da porta uma estilizada cruz de Santiago, cruzada por dois cajados de peregrino. Num cenário natural de rara beleza, o Caminho dos Galegos faz parte de um inúmero conjunto de vias que percorrem a Peninsula Ibérica e Europa, denominados - Caminhos de Santiago.

Rota da Senhora da Ribeira

Esta Rota situa-se na freguesia de Pindo, concelho de Penalva do Castelo. Com a Rota pedestre de Nossa senhora da Ribeira pretende-se estimular a observação do Património Natural e Monumental da Freguesia de Pindo. O pedestrianismo surge como um instrumento pedagógico extremamente eficaz na sensibilização de toda a comunidade para as questões patrimoniais-ambientais e no incremento da actividade turística. Esta rota permite-lhe observar recursos naturais de rara beleza como a Agricultura, Avifauna, Rio e Floresta. Procura-ser acima de tudo que descubra os itinerários sugeridos, caminhando pela história de uma terra onde a força e a vontade humana moldaram a natureza e criaram uma nova paisagem.

Figuras Ilustres[editar | editar código-fonte]

Festividades[editar | editar código-fonte]

Desde 1991 Penalva do Castelo organiza a Feira do Pastor e do Queijo, onde se destacam os produtos locais de qualidade como o queijo, o vinho do Dão, o azeite e a Maçã Bravo de Esmolfe.[10]

Referências

  1.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
  2.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Centro. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 105. ISBN 978-989-25-0184-0ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
  3.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_CENTRO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013
  4.  Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  5.  «Penalva do Castelo». Câmara Municipal de Penalva do Castelo. 2018. Consultado em 6 de julho de 2018
  6.  «Câmara Municipal». Consultado em 10 de Junho de 2010[ligação inativa]
  7.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  8.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  9. ↑ Ir para:a b «Demografia (Município de Penalva do Castelo)». Consultado em 10 de Junho de 2010[ligação inativa]
  10.  Gazeta Rural n.º 263, 31 de janeiro de 2016, pág. 8.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

INCÊNDIO DO CHIADO - LISBOA - 25-8-1988 - (32 ANOS) - 25 DE AGOSTO DE 2020

 

Incêndio do Chiado

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Placa de 2013

Incêndio do Chiado deflagrou a 25 de Agosto de 1988 nos Armazéns Grandella do lado da Rua do Carmo em Lisboa.[1][2][3]

O fogo que deflagrou por volta das 5 horas da manhã, destruiu 18 edifícios e uma área que equivale a quase oito estádios de futebol.

Os carros de bombeiro não conseguiram entrar na Rua do Carmo, à data reservada aos peões e enfeitada em anchura com canteiros altos de betão - obra polémica que se deveu ao mandato executivo de Nuno Abecassis, o então presidente da Câmara Municipal de Lisboa. O fogo propagou-se rapidamente aos edifícios contíguos à Rua Garrett.

Além de lojas e escritórios, foram destruídos muitos edifícios do século XVIII. Os piores estragos foram naturalmente na Rua do Carmo, vedada ao acesso das viaturas de socorro. Aí perderam-se os armazéns do Grandella e a Perfumaria da Moda (cenários da fita O Pai Tirano), assim como os Grandes Armazéns do Chiado e o arquivo histórico de gravações de som da Valentim de Carvalho.

Depois do incêndio[editar | editar código-fonte]

Depois do incêndio, os bombeiros continuaram no local durante cerca de dois meses, na remoção de escombros.

Durante esse tempo, 58 dias após o incêndio, depois de removidos todos os escombros depararam com uma vítima mortal, um electricista reformado do Arsenal da Marinha com cerca de 70 anos.

Outra das vítimas mortais, um bombeiro de 31 anos, Joaquim Ramos, morreu no início de Setembro de 1988 no Hospital de São José. Enquanto combatia o fogo na Rua do Carmo foi atingido por uma "língua de fogo" e "gases muito quentes". Ficou com 85% do corpo queimado.

Reconstrução[editar | editar código-fonte]

O projecto de reconstrução preservou muitas fachadas originais e foi dirigido pelo arquitecto português Álvaro Siza Vieira.

Após o incêndio o edifício ficou em ruína, teve de ser parcialmente demolido para consolidação. No interior mantiveram-se as abóbadas e paredes de alvenaria que haviam pertencido ao Convento do Espírito Santo da Pedreira, e as fachadas mantiveram-se quase na totalidade.

O inquérito levantado pela Polícia Judiciária foi arquivado em 1992, quatro anos depois da tragédia.

O projecto de estruturas que reabilitou e reconstruiu o edifício foi desenvolvido pelo gabinete de engenharia civil Teixeira Trigo, Lda.

O edifício tem uma área total de 21 000 m2 ao longo de nove pisos. O desenho estrutural foi fortemente condicionado pelas várias pré-existências que se deveriam preservar.

Referências

SÃO JOSÉ CALASÂNCIO ou CALASANZ - MORREU 25-8-1648 - 25 DE AGOSTO DE 2020

 

José de Calasanz

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Disambig grey.svg Nota: Para outros santos de mesmo nome, veja São José (desambiguação).
São José de Calasanz, S.P.
Estátua de São José de Calasanz na Basílica de Montserrat.
Confessor; Fundador da Ordem dos Escolápios
Nascimento11 de setembro de 1557 em Peralta de la SalAragãoReino da Espanha
Morte25 de agosto de 1648 (90 anos) em RomaEstados Papais
Veneração porIgreja Católica
Beatificação7 de agosto de 1748Roma por papa Bento XIV
Canonização16 de julho de 1767Roma por papa Clemente XIII
Principal temploSan PantaleoneRoma
Festa litúrgica25 de agosto
Padroeiroescolas
Gloriole.svg Portal dos Santos

José de Calasanz foi um religioso canonizado pela Igreja Católica e fundador da primeira escola pública cristã e da Ordem Religiosa das Escolas Pias. Estudou nas universidades de LéridaValência e Alcalá de Henares, onde se doutorou.

Vida e obras[editar | editar código-fonte]

José Calasanz nasceu no ano de 1557, em Peralta de la Sal, diocese de Urgel, em Aragão, Espanha. Ordenou-se sacerdote em 1583, e depois de ordenado, trabalhou por algum tempo na diocese de Lérida e de La Seu d'Urgell; em 1592 foi para Roma onde abriu as primeiras escolas de crianças pobres e abandonadas. Logo outros sacerdotes se lhe juntaram e assim nasceu a Ordem Religiosa das Escolas Pias, que se estenderam rapidamente pela ItáliaEspanha e Alemanha. Estes sacerdotes se lhes deu o nome de escolápios. Por toda a vida dedicou-se à educação da juventude.[1]

Morreu aos 90 anos, em 25 de agosto de 1648, em Roma. Anos depois, em 1748, foi aberto o processo para sua beatificação pelo papa Bento XIV e, em 16 de julho de 1767, foi canonizado pelo papa Clemente XIII. Em 1948, o papa Pio XII declarou José de Calasanz como patrono das escolas cristãs.[2]

Várias ordens religiosas seguem o seu carisma e espiritualidade, entre elas as escolápias e a calasancias.

Referências

  1.  «Musical sobre São José de Calasanz é apresentado em Minas Gerais.»Gaudium Press. 28 de Novembro de 2017
  2.  San José de Calasanz. Página oficial dos Escolápios (em espanhol)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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