domingo, 16 de agosto de 2020

VILA VIÇOSA - FERIADO - 16 DE AGOSTO DE 2020

 

Vila Viçosa

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Vila Viçosa
Brasão de Vila ViçosaBandeira de Vila Viçosa
Vila Viçosa September 2013-5a.jpg
Localização de Vila Viçosa
GentílicoCalipolense
Área194,86 km²
População8 319 hab. (2011)
Densidade populacional42,7  hab./km²
N.º de freguesias4
Presidente da
câmara municipal
Manuel Condenado (CDU)
Fundação do município
(ou foral)
1270
Região (NUTS II)Alentejo
Sub-região (NUTS III)Alentejo Central
DistritoÉvora
ProvínciaAlto Alentejo
OragoNossa Senhora da Conceição,
Padroeira de Portugal
Feriado municipal16 de agosto
Código postal7160
Sítio oficialCM Vila Viçosa
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg

Vila Viçosa é uma vila portuguesa no distrito de Évora, na região do Alentejo e na sub-região do Alentejo Central, com 5 023 habitantes (2012).[1]

É sede de um município com 194,86 km² de área[2] e 8 319 habitantes (2011),[3][4] subdividido em 4 freguesias.[5] O município é limitado a norte e leste pelo município de Elvas, a sul pelo Alandroal, a oeste pelo Redondo e a noroeste por Borba.

Em Vila Viçosa mantiveram os duques de Bragança, durante vários séculos, até à Proclamação da República, as suas propriedades e o magnífico Paço Ducal de Vila Viçosa.

É em Vila Viçosa que se encontra a imagem original de Nossa Senhora da Conceição, padroeira e rainha de Portugal, no Santuário Nacional.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes[6]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
6 3836 3267 0137 1637 5897 8978 4449 81910 0449 9749 2088 5469 0688 8718 319

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário[7]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos2 2682 4942 4192 7263 0222 7912 6082 3001 8311 7171 2761 061
15-24 Anos1 4301 3941 5051 6671 8091 8861 6991 2451 3941 2881 220829
25-64 Anos3 1123 2083 3003 7244 2834 5584 8534 4654 1194 5924 6614 478
= ou > 65 Anos4064724725376927398141 0501 2021 4711 7141 951
> Id. desconh61051633

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

História[editar | editar código-fonte]

Terreiro do Paço de Vila Viçosa, com o Convento de Santo Agostinho e a estátua do rei D. João IV de Portugal

Vila Viçosa foi ocupada sucessivamente pelos romanos e muçulmanos. É conquistada para o reino de Portugal em 1217, durante o reinado de D. Afonso II. Em 1270 recebe foral de D. Afonso III, vendo o seu nome mudado de Vale Viçoso para Vila Viçosa. O foral é bastante idêntico ao de MonsarazEstremoz e Santarém, atribuindo grandes regalias a Vila Viçosa. No século XIVD. Dinis manda erigir o Castelo de Vila Viçosa.

Na Crise de 1383-1385, o comendador-mór da Ordem de Avis, Vasco Porcalho, traiu e, tomando o partido de Castela, apossou-se de Vila Viçosa com duzentos e cinquenta homens seus e duzentos castelhanos, o que obrigou a população a fugir para Borba.[8] Um ano e alguns meses depois, na debandada geral que se seguiu à Batalha de Aljubarrota, Vasco Porcalho e a sua hoste abandonaram quer a vila quer o castelo.[9] Em 1461 Vila Viçosa passou a fazer parte do Ducado de Bragança. Em 1500Jaime I, Duque de Bragança, foi convidado a regressar à corte pelo rei D. Manuel I, sendo-lhe restituídos os títulos e as terras do ducado. Em 1502 com o início da construção do Paço Ducal de Vila Viçosa, Vila Viçosa tornou-se a sede do Ducado de Bragança. Em 1512, Vila Viçosa recebe o foral de D. Manuel I.

Durante o domínio filipino, Vila Viçosa, era sede da maior corte ducal da Península Ibérica. Em 1640, um grupo de conspiradores convenceu o então João II, Duque de Bragança, a aceitar o trono de Portugal, tornando-se a 1 de Dezembro de 1640D. João IV (1640-1656) dando início à Dinastia de Bragança. A partir desta data, Vila Viçosa, perdeu fulgor e tornou-se na residência real de férias. Em 1646João IV de Portugal ofereceu a coroa de Portugal a Nossa Senhora da Conceição como agradecimento pela boa campanha da Guerra da Restauração, tornando-se Nossa Senhora da Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal. A partir desta data, mais nenhum Rei de Portugal usou a coroa na cabeça.

Em 1755, Vila Viçosa foi fortemente abalada pelo Terramoto de 1755. No início do século XIX, Vila Viçosa foi saqueada durante as Invasões Francesas.

Com a Proclamação da República a 5 de Outubro de 1910, Vila Viçosa caiu em decadência, devido ao objectivo dos republicanos em apagar todos os vestígios da monarquia. Contudo, na década de 1930, com a exploração dos mármores (Mármore de Estremoz) e abertura do Paço Ducal de Vila Viçosa para turismo, Vila Viçosa começou a modificar-se até aos dias de hoje. Actualmente, como acontece com muitas cidades alentejanas, sua população encontra-se em diminuição, cujo principal factor responsável é a emigração para outras regiões de Portugal ou mesmo do estrangeiro.

Político[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V%V
APU/CDUPSCDS-PPPPD/PSDIND
197648,39328,68119,191
197951,93314,81-30,472
198256,10324,48115,871
198550,52340,962
198928,23146,15321,021
199331,01226,4914,48-34,182
199734,11220,54119,86122,621
200139,35232,2129,15-16,091
200551,08328,7221,99-13,69-
200939,50246,4932,12-9,47-
201343,44324,431PPD/PSDCDS-PP15,901
201736,73235,11215,071

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PCPPSPSDCDSUDPAPU/CDUADFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197637,2834,9411,736,551,62
1979APU17,99ADAD1,5246,1528,11
1980FRS0,6042,6128,2621,47
198328,7417,644,310,6044,18
198515,7822,421,910,9237,4016,67
1987CDU16,3137,751,800,4630,517,01
199125,3443,112,5720,510,441,64
199544,0022,247,260,4321,43
199947,5622,156,8017,560,371,40
200244,1128,627,6915,021,14
200553,3119,684,0615,293,94
200933,1021,758,3517,3412,32
201128,4931,8410,1217,694,800,35
201536,96PàFPàF17,6310,020,4328,19

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias de Vila Viçosa após reforma de 2013

O concelho de Vila Viçosa está dividido em 4 freguesias:

Educação[editar | editar código-fonte]

  • Santa Casa da Misericórdia de Vila Viçosa
  • Creche "A Casinha"
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA VIÇOSA[editar | editar código-fonte]
  • Jardim de Infância de Vila Viçosa
  • Jardim de Infância de Pardais
  • Jardim de Infância de Bencatel
  • Jardim de Infância de São Romão
  • Escola Básica do 1º Ciclo do Carrascal (Vila Viçosa)
  • Escola Básica do 1º Ciclo do Castelo (Vila Viçosa)
  • Escola Básica do 1º Ciclo de Bencatel
  • Escola Básica do 1º Ciclo de Pardais
  • Escola Básica do 1º Ciclo de S. Romão
  • Escola Básica 2,3 D. João IV (Vila Viçosa)
  • Escola Secundária Públia Hortênsia de Castro (Vila Viçosa)

Geografia[editar | editar código-fonte]

Escultura em mármore de Vila Viçosa do artista Pedro Roque. Museu do mármore de Vila Viçosa

Vila Viçosa está situada a 4 km de Borba, a 9 km do Alandroal, a 17 km de Estremoz, a 30 de Elvas, a 58 km de Évora, a 40 km de Espanha e a 185 km de Lisboa. O concelho compreende as serras de Borba, Vigária e d'Ossa. É ainda atravessado pela Ribeira d'Asseca, um afluente do Guadiana.

Economia[editar | editar código-fonte]

A economia do concelho de Vila Viçosa assenta essencialmente na indústria de extracção e transformação do mármore. O mármore de Vila Viçosa é reconhecido a nível mundial, e Vila Viçosa é conhecida a nível nacional como Capital do Mármore. O segundo sector económico mais importante do concelho, é o turismo, recebendo Vila Viçosa anualmente cerca de cem mil turistas. A agro-pecuária é ainda uma importante fonte de receitas para o concelho.

Cultura[editar | editar código-fonte]

Património Arquitectónico[editar | editar código-fonte]

Vista de Vila Viçosa a partir do castelo
Praça principal de Vila Viçosa
As muralhas de Vila Viçosa

Museus[editar | editar código-fonte]

  • Paço Ducal de Vila Viçosa
  • Museu dos Coches
  • Museu da Caça
  • Museu da Arqueologia
  • Museu da Arte Sacra
  • Museu do Mármore ou Museu Raquel Castro
  • Museu Etnográfico


Heráldica[editar | editar código-fonte]

A constituição heráldica das Armas do concelho de Vila Viçosa fundamenta-se em três privilégios - três excepcionais honrarias que a Vila Viçosa couberam no decurso da história. São eles, por ordem cronológica:

  1. Ter sido aqui estabelecida a Corte da Casa de Bragança e Estado de Bragança, pertença dos nobres mais poderosos do país, depois da família reinante;
  2. Ter sido proclamada pelas Cortes de 1646, Padroeira de Portugal a imagem de Virgem da Conceição, venerada na igreja matriz;
  3. Ter sido o Castelo um baluarte heróico na defesa de Portugal, sobretudo quando em 1665, resistiu durante oito dias ao assalto do poderosíssimo exército castelhano.

Cada uma das peças (símbolos ou signos) do Brasão tem, pois, relação com um desses factos gloriosos.

ASPA : Conjunto de duas faixas - a banda e a contrabanda - que se cruzam em em forma de X. A Aspa também se chama «Cruz de Santo André», por ter sido uma cruz deste tipo o instrumento de suplício em que foi torturado este Santo. A Aspa, de cor vermelha, apresenta cinco escudetes azuis, situando-se um deles na região central da cruz. Disposição idêntica se vê nas Armas Nacionais, na Bandeira das Quinas de Portugal.

(A Aspa é uma referência à Corte da Casa e Estado de Bragança, porque o 1º Duque de Bragança, Afonso de Bragança, tomou por Armas uma aspa vermelha e sobre ela cinco escudetes das Quinas de Portugal).

Quinas de Portugal: estão relacionadas com o chamado Milagre de Ourique. É tradição que, na véspera da Batalha de Ourique contra os Mouros, Jesus Cristo apareceu pregado na cruz ao primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques, prometendo-lhe a vitória na peleja e a sua protecção a favor do novo reino. Em recordação deste sucesso, o monarca, adoptou por brasão as cinco chagas de Cristo representadas por cinco escudetes dispostos em cruz, apresentando cada escudete cinco marcas circulares chamadas besantes ou moedas. A contagem das moedas, dá o total de trinta, contando-se duas vezes as do escudete do centro da cruz. As trinta moedas simbolizam os trinta dinheiros recebidos pelo traidor Judas.

(As duas Quinas do Brasão de Portugal, que figuram nas Armas de Vila Viçosa, significam que as lutas pela defesa da Pátria, tão importantes elas foram).

Tanto a Aspa como as duas Quinas «estão em chefe». Quer isto dizer que esses símbolos se situam no terço superior do campo do escudo. O terço inferior chama-se contrachefe.

Torres torreadas: São de esmalte vermelho e aberturas azuis. É uma torre rematada por outra mais pequena.

(Simbolizam o Castelo, e a cor vermelha significa a sua extraordinária importância histórica nas lutas da independência nacional).

Imagem de uma santa: Esta imagem vestida de prata, com o manto azul e uma auréola de nove estrelas, o crescente sob os pés e este sobre o globo terrestre de esmalte azul e envolvido numa serpente de prata.

(Simboliza a Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal, venerada na Igreja de Santa Maria do Castelo).

Esta figuração da Imaculada fundamenta-se na visão do Profeta João - identificado como o Apóstolo S. João - que no Apocalipse escreveu: «depois, apareceu um grande sinal no céu - uma mulher revestida de Sol, tendo a Lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça».

Também pintores célebres dos séculos XVI e XVII, como MuriloTintoreto e outros, fixaram na tela representações da Imaculada Conceição, idênticas à que figura no Brasão Calipolense.

Serpente: Representa a serpente referida no Génesis (Antigo Testamento) - «Então o Senhor disse à serpente:

- Por teres feito isto (induzir a mulher a comer o fruto proibido), serás maldita entre todos os animais..., rastejarás sobre o teu ventre..., e a mulher esmagar-te-à a cabeça ao tentares mordê-la no calcanhar». (Na essência, a serpente simboliza as forças do mal, o Demónio, que hostiliza a doutrina de Deus).

COROA MURAL DE QUATRO TORRES : É a peça que encima o escudo e, é a coroa estabelecida por lei para caracterizar as vilas.

Significado das cores e esmaltes

Ouro : Indica fé, constância e fidelidade, atributos evidenciados pelos calipolenses através dos tempos. Por isso o campo das armas é de ouro.

Azul : Exprime lealdade, zelo e caridade, qualidades demonstradas pelos moradores de Vila Viçosa nas lutas pela independência e liberdade do Povo Português.

Vermelho : Simboliza guerras e vitórias, e põe em destaque os actos heróicos praticados no Castelo desde o século XIV ao século XIX.

O actual Brasão Calipolense foi confirmado oficialmente pela Portaria de 27 de Junho de 1934, assinada, curiosamente, por um calipolense, o Sr. António Gomes Pereira, à data Ministro do Interior, e que anteriormente havia desempenhado os cargos de Presidente do Município de 'Vila Viçosa e Governador Civil de Évora e de Setúbal.

In Torrinha, Alexandre; (1982), "Há tanta ideia perdida"

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

Grupos Musicais[editar | editar código-fonte]

  • Grupo de Música Tradicional Portuguesa "Alento do Alentejo"
  • Banda de Apartamento "rustYheads"

Festas e Romarias[editar | editar código-fonte]

  • Festas dos Capuchos - 2º fim-de-semana de Setembro
  • Solenidade da Imaculada Conceição - 8 de Dezembro

Geminações[editar | editar código-fonte]

Vila Viçosa está geminada com:

Meios de Comunicação Social[editar | editar código-fonte]

Calipolenses ilustres[editar | editar código-fonte]

    Postscript-viewer-blue.svgVer também a categoria: Naturais de Vila Viçosa

    Referências

    1.  INE (2013). Anuário Estatístico da Região Alentejo 2012. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 30. ISBN 978-989-25-0214-4ISSN 0872-5063. Consultado em 5 de maio de 2014
    2.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
    3.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Alentejo. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 99. ISBN 978-989-25-0182-6ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
    4.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_ALENTEJO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013
    5.  Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
    6.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
    7.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
    8.  Crónica de el-rei D. João I, de Fernão Lopes, capítulos XCIX a CI
    9.  Crónica de el-rei D. João I, de Fernão Lopes, 2.ª parte, capítulo LXI

    SÃO ROQUE DO PICO - AÇORES - FERIADO - 16 DE AGOSTO DE 2020

     

    São Roque do Pico

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    São Roque do Pico
    Brasão de São Roque do PicoBandeira de São Roque do Pico
    São Roque, vista Parcial, concelho de São Roque do Pico, ilha do Pico, Açores, Portugal.JPG
    São Roque do Pico, vista parcial.
    Localização de São Roque do Pico


    Área144,31 km2
    População3 388 hab. (2011[1])
    Densidade populacional23,48 hab./km2
    N.º de freguesias5
    Presidente da
    Câmara Municipal
    Mark Silveira (PS)
    Fundação do município1542
    Região AutónomaRegião Autónoma dos Açores
    IlhaIlha do Pico
    Antigo DistritoHorta
    OragoSão Roque
    Feriado municipal16 de agosto[2]
    Código postal9940
    Site oficialwww.cmrsp.pt
    Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
    Reedição do alvará da criação da vila de São Roque, que se encontra na Igreja de São Roque.
    Monumento ao baleeiro na vila de São Roque do Pico.

    São Roque do Pico é uma vila e sede do concelho homónimo da ilha do PicoRegião Autónoma dos Açores, com cerca de 1 300 habitantes.

    É sede de um município com 144,31 km² de área e 3 388 habitantes (2011)[1], subdividido em 5 freguesias. O município é limitado a sul pelo município de Lajes do Pico, a oeste pela Madalena e a norte pelo oceano Atlântico.

    História[editar | editar código-fonte]

    Este concelho foi criado por Foral datado de 10 de Novembro de 1542 por ordem do rei Dom João III de Portugal e desde então tem passado pela evolução dos tempos, sendo muito marcado pela caça à baleia que deixou, um pouco por toda a ilha do Pico, mas nesta vila em particular a sua marca. Foi igualmente um concelho exportador de trigo e pastel para o Reino. Os terrenos de lava foram arduamente trabalhados e transformados em férteis pomares de laranjeiras, cujos frutos são de grande qualidade. Cultivaram-se produtivos vinhedos, onde se destaca a Casta de Verdelho.[3]

    Assim é de salientar o Museu da Indústria Baleeira,[4] antiga Fábrica de Vitaminas, Óleos, Farinhas e Adubos, cuja matéria prima era a baleia. Este museu é formado por três corpos rectangulares, alinhados pela fachada, com cisterna acoplada e localizada no Porto Comercial do Cais do Pico.

    Esta fábrica actualmente encontra-se transformada num museu, o Museu da Antiga Fábrica das Armações Baleeiras permite a observação dos apetrechos e equipamentos utilizados na transformação daqueles cetáceos. Com umas impressionantes caldeiras e fornalhas é internacionalmente considerado um dos melhores museus industriais do seu género.

    Nesta localidade é de referir a existência de um monumento em homenagem ao Baleeiro que se situa frente à já referida Fábrica de Vitaminas, Óleos, Farinhas e Adubos, tal como o imponente Convento de São Pedro de Alcântara, cuja construção recua ao século XVIII.

    Este convento datado de 1658 e localizado no povoado do Cais do Pico e que pertence à Ordem dos Frades Menores veio absorver uma antiga ermida dedicada a Nossa Senhora do Livramento.[5]

    Equipamentos[editar | editar código-fonte]

    Esta vila tem um dos principais portos comerciais da ilha do Pico, o Porto Comercial do Cais do Pico, a Câmara Municipal de São Roque do Pico, o Tribunal da Comarca do Pico, a escola secundária e as principais instalações comerciais e urbanas do concelho.

    Neste concelho existe um jardim onde é possível observar grande número de plantas endémicas da flora laurissilva, típicas das florestas da Macaronésia que é o Jardim dos Serviços Florestais; localizado na estrada regional. Este jardim tem percursos pedonais, zonas de merenda, balneários, uma vez que se encontra anexo a uma sonha de banho marítimos e um parque infantil.

    Aqui existe uma apreciável variedade de árvores, arbustos e flores, destacando-se algumas araucáriasdragoeirosciprestescriptomériascameleirasmetrosiderosurzesHibiscosroseirasjarrosnarcisos, entre outras.

    zona balnear que se localiza junto ao mar é composta por piscinas naturais, estando os balneários de apoio localizados no interior do jardim. Numa das extremidades do jardim situam-se duas construções (habitação e instalações de serviços públicos) edificadas nos anos sessenta e uma outra mais recente.

    Um pouco antes do referido jardim e do Convento de São Pedro de Alcântara, encontra-se uma estátua do rei D. Dinis de Portugal, com os olhos postos no mar. Esta estátua teve a sua inauguração no dia 16 de Agosto de 1940. Nesse acontecimento fez-se o lançamento por avião de flores de hortênsias.

    Devido às vicissitudes de se localizar num arquipélago fortemente marcado pelos acontecimentos telúricos, a Igreja Matriz de São Roque ao longo dos séculos e teve várias reconstruções.

    O primeiro templo, e segundo Silveira Macedo, datava de 1480. Em 1542 foi necessário proceder à construção de um novo templo, que apesar de várias obras de manutenção, particularmente em 1776, é o que actualmente (2010) ainda se pode observar.

    Neste templo salienta-se os seus preciosos altares em talha dourada, assim como imagens do século XVI do santo patrono e do Século XVII de Santa Ana, uma estante de missal em madeira de jacarandá com embutidos de marfim e um lampadário em prata oferecido pelo Rei D. João V de Portugal no século XVIII.

    População[editar | editar código-fonte]

    Número de habitantes [6]
    186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
    7 2176 9366 6216 3145 8325 2145 1125 4005 6585 2924 6603 6783 6753 6293 388

    (Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

    Número de habitantes por Grupo Etário [7]
    190019111920193019401950196019701981199120012011
    0-14 Anos1 7241 6841 4801 4461 5191 4741 3511 070S/ dados791613447
    15-24 Anos915719758887817913780645S/ dados505520449
    25-64 Anos2 7562 4402 0712 1212 3202 6452 6102 235S/ dados1 6801 8251 832
    = ou > 65 Anos861924850681631590551710S/ dados699671660
    > Id. desconh211239753

    (Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

    Freguesias[editar | editar código-fonte]

    As freguesias de São Roque do Pico são as seguintes:

    Património construído[editar | editar código-fonte]

    Património natural[editar | editar código-fonte]

    Ver também[editar | editar código-fonte]

    Referências

    1. ↑ Ir para:a b «Resultados Provisórios dos Censos 2011». Consultado em 7 de Fevereiro de 2012
    2.  «Feriados - Região Autónoma dos Açores». Vice-Presidência do Governo dos Açores. Consultado em 15 de agosto de 2015Cópia arquivada em 15 de agosto de 2015
    3.  São Roque do Pico
    4.  «Museus dos Açores». Consultado em 6 de novembro de 2010. Arquivado do original em 12 de novembro de 2008
    5.  Idalmiro Ferreira. Esta terra, esta gente. São Roque do Pico: Câmara Municipal de São Roque do Pico, 1992. p. 24
    6.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
    7.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros

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