sexta-feira, 14 de agosto de 2020

INDEPENDÊNCIA DO BAHREIN - (1971) - 14 DE AGOSTO DE 2020

 

Bahrein

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مَمْلَكَةُ البَحْرَين
(Mamlakat al-Baḥrayn)

Reino do Bahrein
Bandeira do Bahrein
Brasão de armas do Bahrein
BandeiraBrasão de armas
Hino nacionalBahrainona
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Gentílico: bareinita,[1][2] baremita,[3] baremense,[4] baremês[5]

Localização do Barém

Localização do Bahrein (a verde) na Ásia (a cinzento)
CapitalManama
Cidade mais populosaManama
Língua oficialárabe
Religião oficialislão
Governomonarquia constitucional
 - ReiHamad bin Isa al-Khalifa
 - Príncipe herdeiroSalman bin Hamad bin Isa Al Khalifa
 - Primeiro-ministroKhalifa bin Salman al-Khalifa
Independênciado Reino Unido 
 - Data (declarada)14 de agosto de 1971 
Área 
 - Total750 km² (184.º)
População 
 - Estimativa para 20171 442 659[6] hab. (n/a.º)
 - Densidade1 189,5 hab./km² (7.º)
PIB (base PPC)Estimativa de 2014
 - TotalUS$ 61,555 bilhões *[7] 
 - Per capitaUS$ 51 393[7] 
PIB (nominal)Estimativa de 2014
 - TotalUS$ 34,045 bilhões *[7] 
 - Per capitaUS$ 28 424[7] 
IDH (2018)0,838 (45.º) – muito alto[8]
MoedaDinar bareinita (BHR)
Fuso horário(UTC+3)
Org. internacionaisLiga ÁrabeONUConselho de Cooperação do Golfo
Cód. ISOBHR
Cód. Internet.bh
Cód. telef.+973
Website governamentalwww.bahrain.bh

Mapa do Barém

Presença Portuguesa no golfo pérsico.Verde - possessões e principais cidades. Verde escuro- aliados ou sob influência do império português.

Bahrein,[9] Barém,[10][11][12][9][13][14][15][16][17][18] Barein[2][9][11][16] ou Bareine[19] (em árabe‏البحرين Loudspeaker.svg? al-Baḥrayn) é um pequeno país insular do Golfo Pérsico, com fronteiras marítimas com o Irão a nordeste, com o Catar a leste e com a Arábia Saudita a sudoeste. A sua capital é Manama. Os desertos, com sua esterilidade, cobrem mais de trinta ilhas componentes desse país árabe. É, com 780km², a terceira menor nação na Ásia, após as Ilhas Maldivas e Singapura.[20][21]

Na região do Golfo Pérsico, onde se situa o país, há muito se praticam atividades econômicas muito importantes, como o comércio e as comunicações. Mas, a continuidade do subdesenvolvimento do país perdurou até ser descoberto o petróleo, em 1932, na ilha mais importante, que em árabe também se chama "Bahrayn". Hoje em dia, o país tem um dos melhores índices de Desenvolvimento Humano da região do Golfo, e um dos piores no capítulo das liberdades e direitos humanos.[22]

O Barém foi um protetorado do Reino Unido entre 1861 e 1971, quando adquiriu sua independência. Formalmente como um Emirado, foi declarado Reino em 2002. Em 2011, houve uma série de protestos no país, inspirados na Primavera Árabe, esmagados com ajuda militar da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.[23][24]

Manama é a sede do governo, a cidade mais populosa e o principal centro comercial do país.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome do país vem do árabe Bahrayn, que é a forma dual da palavra bahr ("mar") e significa, portanto, "dois mares". A que "dois mares" o nome do país se refere exatamente é tema que até a presente data gera debate: podem referir-se às baías a leste e a oeste da ilha,[25] aos mares a norte e a sul da mesma (o que a separa do Irão e da Arábia, respetivamente),[26] ou à água salgada e doce presente por cima e por baixo do solo. Outros sugerem que o primeiro mar é o que está em volta do país e o segundo "mar" representa metaforicamente a abundância natural de águas termais no interior da própria ilha.[carece de fontes]

Até finais da Idade Média, o arquipélago era conhecido entre os árabes pelo nome de Awal, ao passo que o termo al-Bahrayn referia-se à região leste da Arábia, que se estendia desde Baçorá, no Iraque, até ao estreito de Ormuz, em Omã, e incluía o Kuwait e as províncias de al-Hasa e al-Katif. É neste sentido que o termo é usado no Corão, onde aparece cinco vezes.[27] Não se sabe exatamente a partir de que momento o termo passou a designar apenas o arquipélago, mas já em 1556 o poeta português Luís de Camões refere a "ilha Barém" em Os Lusíadas.[28]

De resto, na língua portuguesa, a grafia mais tradicional para o nome do país é Barém,[9][12][13][14][15][16][17] encontrada já duas vezes em Os Lusíadas.[28] No Brasil, acabou por tornar-se recentemente[29] muito difundida a forma Barein,[2][9][11][16] homófona à forma tradicional, porém calcada nas transliterações francesa - Bahrain ou Bahrayn - ou inglesa - Bahreyn ou Bahrein - do topônimo. No entanto, essa grafia foge à regra ortográfica da língua portuguesa para as palavras terminadas no som de "-ei" nasalizado no final: "bem", "hem!", "porém", "também", "trem".[30]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História do Bahrein

As ilhas de Bahrein foram sempre compradas, vendidas e cobiçadas desde a Antiguidade, principalmente devido à sua posição geoestratégica privilegiada na região do Golfo. De 1521 a 1602, o país foi ocupado pelos portugueses. Em 1602 e com a ajuda dos ingleses as ilhas foram tomadas pelo Império Safávida tornando-se uma base estratégica e militar muito importante. Amade ibne Califa, um príncipe oriundo da Arábia Saudita, conquistou as ilhas e obteve a sua independência do Império Afixárida em 1783. Vários tratados forçados, feitos no século XIX, determinaram que o arquipélago se transformasse num protetorado militar e comercial britânico. O Bahrein conseguiu novamente a independência (saindo da situação colonial de protetorado ocupado militarmente) em 1971 e transformou-se em emirado.

Em 1973, foi promulgada uma constituição que estabeleceu o regime monárquico tradicional e criou um sistema bicameral de conselhos, um conselho consultivo e um conselho dos representantes. Em Fevereiro de 2011 eclodiu uma importante onda de protestos no país, em sintonia com os protestos no mundo árabe em 2010-2011.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Pôr-do-sol no Bahrein

O Bahrein é um arquipélago de trinta e cinco ilhas e ilhotas localizado no Golfo Pérsico, a leste da Arábia Saudita e a noroeste do Catar, das trinta e cinco ilhas, apenas três são habitadas: Barein, Umm Nassam e Muarraque. A maior das ilhas é a dhkle Bahrein, com 16 km de extensão no sentido leste-oeste e 48 km no sentido norte-sul. A ilha principal é unida às pequenas ilhas de Muarraque e Sitra por uma ponte. Em 1986 uma ponte que liga Bahrein à Arábia Saudita foi inaugurada. A superfície total do país é de 780 km².

A altitude máxima no arquipélago barenita é a colina de Jabal Dukhan, com 130 m, e que fica na ilha principal. O clima no país é árido, com temperaturas elevadas no verão, superando uma média de 28 °C, e moderadas no inverno, com média de 21 °C. As precipitações de chuvas não passam oitenta milímetros anuais, e se concentram no inverno. A escassez de água não impediu que as ilhas tenham algumas culturas de irrigação em torno dos mananciais na costa norte do país. O arquipélago possui cerca de 200 espécies vegetais. A fauna é formada por mamíferos, como a gazela, a lebre e o mangusto.

Biodiversidade[editar | editar código-fonte]

Púrpura-Portugueses no golfo Pérsico Séc.16 e 17. Principais cidades rotas e feitorias.

Mais de 330 espécies de aves foram registradas no Bahrein, 26 espécies das quais se reproduzem no país. Milhões de aves migratórias passam pela região do Golfo Pérsico nos meses de inverno e outono. Uma espécie globalmente ameaçada, Chlamydotis undulata, é um migrante regular no outono. As muitas ilhas e mares rasos do Bahrein são globalmente importantes para a criação do cormorão Socotra; até 100 000 pares desses pássaros foram registrados nas ilhas Hawar. O pássaro nacional do Bahrein é o bulbul, enquanto o animal nacional é o órix-da-arábia.[31]

Somente 18 espécies de mamíferos são encontradas no Bahrein, animais como gazellas, coelhos do deserto e ouriços são comuns na natureza, mas o órix da Arábia foi caçado até a extinção na ilha. Foram registradas 25 espécies de anfíbios e répteis, 21 espécies de borboletas e 307 espécies de flora. Os biótopos marinhos são diversos e incluem extensos leitos de capim-mar e planos de lama e recifes de coral. Os leitos de capim-mar são importantes áreas de forrageamento para algumas espécies ameaçadas, como dugongos e tartarugas verdes. Em 2003, o Bahrein proibiu a captura de vacas marinhas, tartarugas marinhas e golfinhos em suas águas territoriais.[31]

A Área Protegida das Ilhas Hawar fornece valiosos campos de alimentação e reprodução para uma variedade de aves marinhas migratórias, sendo um local reconhecido internacionalmente para a migração de aves. A colônia de reprodução do Cormorão Socotra, nas Ilhas Hawar, é a maior do mundo e os dugongos que se alimentam no arquipélago formam a segunda maior agregação de dugongos depois da Austrália.[32]

O Bahrein possui cinco áreas protegidas designadas, quatro das quais são ambientes marinhos: Ilhas HawarIlha Mashtan, na costa do país; Baía de Arad, em MuarraqueBaía de Tubli e o Al Areen Wildlife Park, que é um zoológico e um centro de criação de animais ameaçados de extinção, sendo a única área protegida em terra e também a única área protegida gerenciada diariamente.[31]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Subdivisões do Barém

O reino está dividido em quatro províncias (muhafazat):[33]

Nome árabeNomePopulaçãoÁrea (km2)MapaRef.
العاصمةCapital547 98375,4Capital Governorate in Bahrain 2014.svg[33]
الشماليةNorte342 315146Northern Governorate in Bahrain 2014.svg[33]
الجنوبيةSul287 434485Southern Governorate in Bahrain 2014.svg[33]
المحرقMuarraque245 99464,8Muharraq Governorate in Bahrain.svg[33]

Política[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Política do Bahrein
Rei Hamad bin Isa al-Khalifa do Bahrein

O Bahrein é uma monarquia constitucional com um primeiro-ministro e um gabinete integralmente apontados pelo Monarca.

O atual primeiro-ministro (que é o mesmo desde 1971), bem como a totalidade do gabinete são da família real.

Esse estado tem órgãos bicamerais compostos por um conselho consultivo e um conselho dos representantes. Na teoria esses dois conselhos deveriam equilibrar-se, mas, na prática, o primeiro tem completa ascendência sobre o segundo, gerando algumas tensões entre a maioria da população que se opõe à monarquia governante e à minoria que a apoia. No Bahrein a maioria da população (70%) é xiita, mas a família reinante Al Khalifa é sunita.

Direitos Humanos[editar | editar código-fonte]

Praça da Pérola. O monumento, que foi ponto de encontro dos dissidentes na Primavera Árabe, já não existe: foi arrasado pelo Governo do Bahrein na manhã de 18 de Março de 2011.

Conforme o perfil do país, traçado pela Freedom House, o Bahrein, outrora um promissor modelo de reforma política e transição democrática, tornou-se um dos estados mais repressivos do Médio Oriente. Após esmagar com violência um movimento popular de protesto pró-democracia em 2011, a monarquia, liderada por sunitas, eliminou sistematicamente uma ampla gama de direitos políticos e liberdades civis, desmantelou a oposição política e reprimiu duramente dissidentes xiitas.[34]

Num relatório de 2017, a Amnistia Internacional acusou os governos dos EUA e do Reino Unido de fechar os olhos aos horríveis abusos dos direitos humanos no Bahrein. [35] Em 31 de janeiro de 2018, o governo do Bahrein expulsou quatro dos seus cidadãos após ter revogado sua nacionalidade, transformando-os em apátridas.[36] O Bahrein está classificado em 2018 como "não livre" pela Freedom House.[37]

Símbolos nacionais[editar | editar código-fonte]

bandeira nacional é formada por um pano vermelho, com uma faixa vertical de cor branca ao lado. A cor branca representa a trégua feita com os países vizinhos. A borda desta faixa, que separa as cores, tem forma de serra dentada de cinco pontas, representando os pilares do islão.

brasão de armas foi desenhado nos anos 1930 pelo Conselheiro britânico do Rei do Bahrein (então o emir). O escudo contém o mesmo desenho encontrado na bandeira nacional com um escudo no centro. Consiste em um campo de gules com una franja dentada (com seis pontas) de prata, situada com o chefe. Ao redor do escudo apresentam-se lambrequíns de gules e prata que o decoram.

"Bahrainona" (Nosso Bahrein) é o hino nacional do Bahrein. Foi adoptado em 1971. A letra é de Mohamed Sudqi Ayyash (1925-), mas o autor da música é desconhecido.

Forças armadas[editar | editar código-fonte]

O reino possui uma pequena, mas bem equipada força militar, denominada Forças de Defesa do Bahrein, totalizando cerca de 13 000 militares. O comandante supremo das forças armadas do Bahrein é o rei Hamad bin Isa Al Khalifa.[38]

O governo do Bahrein possui relações estreitas com os Estados Unidos, tendo assinado um acordo de cooperação militar, em 1991, que permitiu a instalação de uma frota naval norte-americana no país.[39]

Economia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Economia do Bahrein

Cultura[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Cultura do Bahrein

A cultura do Bahrein é predominantemente árabe, além de ser islâmica, sendo muito semelhante à dos seus vizinhos da região do Golfo Pérsico. Nos últimos dois séculos, o Bahrein tornou-se, em grande parte uma nação cosmopolita, hospedando pessoas de uma variedade de lugares como a ÍndiaPaquistãoIrãEgitoMalásia, além de países do Ocidente. Embora a religião oficial seja o Islã, o país é tolerante com outras religiões; igrejas católicas e ortodoxas, templos hindus, bem como uma sinagoga judaica estão presentes na ilha.

Referências

  1.  «bareinita»Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Priberam Informática. Consultado em 25 de outubro de 2017
  2. ↑ Ir para:a b c Almanaque Abril, ed. 2010
  3.  «baremita»Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Priberam Informática. Consultado em 25 de outubro de 2017
  4.  «baremense»Dicionário da Língua Portuguesa da Porto EditoraInfopédia. Consultado em 25 de outubro de 2017
  5.  Dicionário Aurélio, 6ªed.
  6.  «Middle East :: Bahrain — The World Factbook». Consultado em 13 de abril de 2019
  7. ↑ Ir para:a b c d Fundo Monetário Internacional (FMI), ed. (outubro de 2014). «World Economic Outlook Database». Consultado em 29 de outubro de 2014
  8.  «2019 Human Development Report» (PDF) (em inglês). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2019. Consultado em 9 de dezembro de 2019
  9. ↑ Ir para:a b c d e Dicionário Aurélio, 6.ª ed, tabela de países: traz o nome do país como Bahrein/Barém/Barein
  10.  Vocabulário Onomástico da Academia Brasileira de Letras, 1999 (Lista de nomes de países e cidades na modalidade oficial da Língua Portuguesa no Brasil)
  11. ↑ Ir para:a b c Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (versão digital, acesso em 27 de fevereiro de 2015) traz bareinita, baremêsbaremense e baremita, indicando-as como gentílicos de Barém ou Barein
  12. ↑ Ir para:a b «Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (dos oito países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)»
  13. ↑ Ir para:a b OP/B.3/CRI, Serviço das Publicações -. «Serviço das Publicações — Código de Redação Interinstitucional — Anexo A6 — Códigos dos Estados e territórios»publications.europa.eu. Consultado em 25 de outubro de 2017
  14. ↑ Ir para:a b «Barém»Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia. Cópia arquivada em 2 de abril de 2015
  15. ↑ Ir para:a b Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e GentílicosI. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
  16. ↑ Ir para:a b c d «Dicionário Priberam (se estiver selecionado português europeu, dá "Barém"; se estiver selecionado português brasileiro, dá "Barein")»
  17. ↑ Ir para:a b Os Lusíadas, de Luís de Camões: em mais de uma estrofe da obra, Camões menciona o país, exclusivamente sob a grafia Barém. Vide estrofe 41 do Canto X.
  18.  Gonçalves, Rebelo (1947). Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa. Coimbra: Atlântida - Livraria Editora. p. 144
  19.  «Ministério das Relações Exteriores (Brasil)». Consultado em 6 de Dezembro de 2009. Arquivado do original em 20 de agosto de 2010
  20.  «The World Factbook — Central Intelligence Agency»www.cia.gov (em inglês). Consultado em 25 de outubro de 2017
  21.  «The smallest countries in the world by area». countries-ofthe-world.com
  22.  «Freedom in the World : Bahrein Profile». Freedom House. 2018
  23.  Khalifa, Reem (14 de Fevereiro de 2016). «Bahrain protesters clash with police on uprising anniversary». The Orange County Register
  24.  «A chilling account of the brutal clampdown sweeping Bahrain: Mahmoud, a Shia who lives near Bahrain's capital tells how Saudi soldiers wage a campaign of sectarian violence». The Guardian. 16 de Abril de 2011
  25.  Room, Adrian (2006). Placenames of the World: Origins and Meanings of the Names for 6,600 Countries, Cities, Territories, Natural Features, and Historic Sites. McFarland. ISBN 978-0-7864-2248-7.
  26.  «First encyclopaedia of Islam 1913–1936» E.J. Brill. 1993. p. 584. ISBN 978-90-04-09796-4.
  27.  Houtsma, M. Th. (1960). "Baḥrayn". Encyclopedia of IslamI. Leiden: E.J. Brill. p. 941.
  28. ↑ Ir para:a b «Os Lusíadas, canto X»
  29.  Ciberdúvidas/ISCTE-IUL. «Ainda Barém, Barein e Bareine - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa»ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 11 de setembro de 2015
  30.  dicionarioegramatica (9 de outubro de 2015). «Como se escreve "hein"? Qual a grafia de "hem"? Hem? Em? Êim? Heim? Ein? Hein?»DicionarioeGramatica.com. Consultado em 23 de Fevereiro de 2016
  31. ↑ Ir para:a b c «Towards a Bahrain National Report to the Convention on Biological Diversity» (PDF). Fuller & Associates. 2005. pp. 22, 23, 28. Cópia arquivada (PDF) em 17 de janeiro de 2013
  32.  «Country profile: Bahrain». Convention on Biological Diversity. Consultado em 24 de junho de 2012
  33. ↑ Ir para:a b c d e CP 2018.
  34.  «Freedom in the World 2017». Freedom House. 2017
  35.  «Document»www.amnesty.org (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2019
  36.  «Bahrain: Government expels citizens after having revoked their nationality»www.amnesty.org (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2019
  37.  https://freedomhouse.org/report/freedom-world/2018/bahrain
  38.  Pike, John. «Bahrain Defence Force (BDF)»globalsecurity.org. Consultado em 25 de outubro de 2017
  39.  «Home»www.cusnc.navy.mil. Consultado em 25 de outubro de 2017

GYOKUON-HÕSÕ - (DISCO COM O RESCRITO DO FIM DA GUERRA) - 1945 - 14 DE AGOSTO DE 2020

 

Gyokuon-hōsō

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Gyokuon-hōsō
玉音放送
Gyokuon-ban.jpg
O disco em que o discurso foi gravado, agora em exibição no Museu da Radiodifusão, da NHK.
Outros nomesTransmissão da Voz de Jóia
Duração12:00 –12:04 (tarde)
PaísJapão Japão
Idioma(s)Japonês clássico
Apresentador(es)Imperador Hirohito (昭和天皇, Shōwa-tennō)
Transmissão original15 de agosto de 1945

Gyokuon-hōsō (玉音放送 'Transmissão da Voz de Jóia'?) foi uma transmissão de rádio feito pelo Imperador do JapãoHirohito (Shōwa-tennō), lendo o Rescrito Imperial do Término da Guerra (大東亜戦争終結ノ詔書 Daitōa-sensō-shūketsu-no-shōsho?), anunciando ao povo japonês que o governo do país havia aceitado a Declaração de Potsdam, que exigia a rendição incondicional das forças armadas japonesas no fim da Segunda Guerra Mundial na Ásia. Este discurso foi feito ao meio-dia (UTC+9) em 15 de agosto de 1945, logo após as batalhas de Iwo Jima e de Okinawa, o bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki e a invasão soviética da Manchúria.[1][2]

O discurso, gravado no Palácio Imperial do Japão, foi, provavelmente, a primeira vez que o Imperador havia falado (ainda que através de um disco fonográfico) diretamente com o povo comum. O discurso foi feito em linguagem formal, usando o chamado japonês clássico, que poucas pessoas comuns realmente conseguiram entender tudo. Na fala do imperador, não foi mencionado a rendição do Japão, ao invés disso afirmando que o governo havia aceitado os termos da Declaração de Potsdam inteiramente. Isso criou confusão entre muitos ouvintes que não sabiam ao certo se o país tinha ou não aceitado a rendição. A qualidade ruim da transmissão, além da linguagem formal de corte do imperador, fez piorar ainda mais a confusão.[3] Uma versão digitalizada foi lançada em 30 de junho de 2015, permitindo ouvir as palavras do imperador de forma mais clara.[4]

Texto[editar | editar código-fonte]

  • Tradução livre
AOS NOSSOS BONS E LEAIS SÚDITOS:

Após ponderar intensamente nas tendências gerais do mundo e as condições reais que obtemos em nosso Império hoje, Nós decidimos acertar um entendimento da atual situação ao adotar uma medida extraordinária.

Nós ordenamos que o Nosso Governo comunicasse para os Governos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, China e União Soviética que Nosso Império aceita as provisões de sua Declaração Conjunta.[5]

Lutar pela prosperidade comum e pela felicidade de todas as nações, assim como a segurança e bem-estar dos Nossos súditos, é a obrigação solene que foi dada por Nossos Ancestrais Imperiais e que está em Nossos corações.

De fato, Nós declaramos guerra a América e a Bretanha pelo Nosso desejo sincero da auto-preservação do Japão e estabilização da Ásia Oriental, sendo longe do Nosso pensamento infringir a soberania de outras nações ou embarcar em engrandecimento territorial.

Mas agora a guerra durou quase quatro anos. Apesar do melhor que foi feito por todos – a luta galante das nossas forças militares e navais, a diligência e a assiduidade dos Nossos servos do Estado e o devoto serviço do Nosso povo de cem milhões – a situação da guerra se desenvolveu não necessariamente para a vantagem do Japão, enquanto a tendência geral do mundo se voltava contra seus interesses.

Mais ainda, o inimigo começou a usar uma nova e muito cruel bomba, com o poder de fazer dano, de fato, incalculável, ceifando várias vidas inocentes. Se Nós continuarmos a lutar, não apenas resultaria no colapso geral e obliteração da nação Japonesa, mas também levaria a total extinção da civilização humana.

Sendo este o caso, como é que Nós salvaremos os Nossos milhões de súditos ou como nós prestaríamos a Nós mesmos perante os Espíritos sagrados de Nossos Antepassados Imperiais? Esta é a razão pelo qual Nós ordenamos que fosse aceito as provisões da Declaração Conjunta das Potências.

Nós não podemos nada além de expressar nossos sentimentos de arrependimento as Nossas nações Aliadas na Ásia Oriental, que cooperaram consistentemente com o Império para a emancipação da Ásia Oriental.

O pensamento de que aqueles oficiais e homens, além de outros, que caíram nos campos de batalha, daqueles que morreram nos seus postos de dever, e aqueles que encontraram a morte definitiva e todas as suas famílias desoladas, traz dor ao Nosso coração noite e dia.

O bem-estar dos feridos e dos que sofreram na guerra, e aqueles que perderam suas casas ou seus meios de subsistência, são objetos de Nossa profunda solicitude.

As durezas e sofrimentos o qual o Nosso povo será sujeitado daqui em diante será grande. Estamos profundamente conscientes dos sentimentos mais íntimos de todos vocês, Nossos súditos. Contudo, está de acordo com os ditames do tempo e destino que Nós resolvemos abrir o caminho para uma paz grande para todas as gerações por vir ao suportar o insuportável e sofrer o insofrível.

Sendo capazes de resguardar e manter o Kokutai, Nós sempre estaremos com vocês, Nossos bons e leais súditos, contamos com a sua sinceridade e integridade.

Estejam cientes de que a mais estrita explosão de emoção que pode gerar complicações desnecessárias, ou qualquer disputa fraterna e luta que pode criar confusão, desviam você e te causam a perder confiança no mundo.

Que a nação inteira continue como uma família, de geração em geração, sempre firmes na fé na imperiabilidade da terra sagrada e cientes do fardo pesado da responsabilidade e da longa estrada adiante.

Unam sua força total, para a devoção da construção do futuro. Cultive os caminhos da retidão, forge o espírito da nobreza e trabalhem com resolução – para que assim vocês possam melhorar a glória inata do Estado Imperial e manter o passo de progresso do mundo.

(assinatura de Hirohito e o Selo Imperial)

15 de agosto de 1945
Imperial Rescript on the Termination of the War4.jpgImperial Rescript on the Termination of the War3.jpgImperial Rescript on the Termination of the War2.jpgImperial Rescript on the Termination of the War1.jpg
O manuscrito original do Rescrito Imperial do Término da Guerra,

escrito verticalmente em colunas indo de cima para baixo e em ordem da direita para a esquerda,
com o selo oficial do governo imperial e assinado pelo imperador Shōwa.

Página mostrando todo o Rescrito, com um dos selos oficiais.

Áudio original[editar | editar código-fonte]

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Gyokuon-hōsō, a transmissão de rádio do imperador Hirohito, a 15 de agosto de 1945, onde ele declarava o fim da guerra e a rendição do Japão.

Problemas para escutar este arquivo? Veja a ajuda.

Referências

  1.  «Hirohito's "Jewel Voice Broadcast"». The Air Force Association. Agosto de 2012. Consultado em 14 de agosto de 2013. Arquivado do original em 10 de setembro de 2013
  2.  «Most Influential Wartime Speeches No. 4 Emperor Hirohito 1945». RealClearWorld. 30 de novembro de 2010
  3.  Komori, Yōichi (Agosto de 2003). 天皇の玉音放送 [The Emperor's Jewel Voice Broadcast] (em japonês). TóquioJapão: Gogatsu Shobō. ISBN 9784772703949
  4.  "Japan's Imperial Household releases original audio of Emperor Hirohito's WWII surrender speech". Página acessada em 22 de junho de 2017.
  5.  «Proclamation Defining Terms for Japanese Surrender». 1945

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