terça-feira, 11 de agosto de 2020

TUMULTOS DE WATTS - (1965) - 11 DE AGOSTO DE 2020

 

Tumultos de Watts

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Edifícios em chamas durante os tumultos.

Os Tumultos de Watts (em inglêsWatts Riots)[1] foram distúrbios civis no distrito de Watts, em Los Angeles, na Califórnia, nos Estados Unidos, que ocorreram de 11 a 15 de Agosto de 1965. Os distúrbios resultaram em 34 mortes, 1 032 feridos, 3 438 prisões e mais de 40 milhões de dólares estadunidenses em danos materiais. Foi o tumulto mais severo na história da cidade até os distúrbios de Los Angeles em 1992.

Incitamento[editar | editar código-fonte]

Na noite de quarta-feira, 11 de Agosto de 1965, Marquette Frye, um homem afro-americano de 21 anos, foi parado por um policial de moto da California Highway Patrol chamado Lee Minikus sob suspeita de estar dirigindo embriagado. Minikus estava convencido de que Frye estava sob o efeito de álcool e passou uma mensagem no rádio comunicando que o carro seria apreendido. O irmão de Marquette, Ronald, um passageiro no carro, caminhou até sua casa nas proximidades e trouxe sua mãe de volta com ele.[2] Policiais de apoio chegaram e tentaram prender Frye usando força física para dominá-lo.

À medida em que a situação se intensificava, multidões crescentes de moradores locais observando o evento começaram a gritar e a arremessar objetos nos policiais.[3] A mãe e o irmão de Frye lutaram com os policiais e foram, eventualmente, presos junto com Marquette.[4] Após a prisão dos Frye, a multidão continuou a crescer. A polícia tentou parar a multidão algumas vezes naquela noite, mas foram atacados por pedras e concreto.[5] Vinte e nove pessoas foram presas.[6]

O tumulto[editar | editar código-fonte]

Polícia prendendo um homem durante os tumultos.

Após uma noite de agitação crescente, a polícia e líderes negros da comunidade local realizaram uma reunião na terça-feira, 12 de Agosto, para discutir um plano e acalmar os ânimos. A reunião, porém, falhou. Mais tarde naquele dia, o chefe da polícia de Los Angeles William H. Parker pediu a ajuda da Guarda Nacional do Exército da Califórnia.[6] A revolta se intensificou e, na sexta-feira, 13 de Agosto, aproximadamente 2 300 homens da Guarda Nacional se juntaram à polícia para tentar manter a ordem nas ruas.

Aquele número cresceu para 13 900 na meia-noite de sábado, 14 de Agosto. O sargento Ben Dunn disse que "As ruas de Watts lembravam uma total zona de guerra em algum país distante, não tinham nenhuma semelhança com os Estados Unidos da América." A lei marcial foi declarada e o toque de recolher foi aplicado pela Guarda Nacional, que colocou um cordão de isolamento em uma vasta região de South Central Los Angeles.[7] Em adição à guarda, 934 homens da Polícia de Los Angeles e 718 homens do Departamento de Xerife do Condado de Los Angeles foram mobilizados durante a revolta.[6]

Edifícios de Empresas e PrivadosEdifícios PúblicosTotal
Danificado/queimado: 258Danificado/queimado: 14Total: 272
Saqueado: 192Total: 192
Ambos danificado/queimado & saqueado: 288Total: 288
Destruído: 267Destruído: 1Total: 268
Total: 977
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Referências

  1.  «Watts Rebellion (Los Angeles, 1965)»King Encyclopedia. Stanford University. Consultado em 23 de novembro de 2011. Arquivado do original em 13 de janeiro de 2013
  2.  Dawsey, Darrell (19 de agosto de 1990). «To CHP Officer Who Sparked Riots, It Was Just Another Arrest»Los Angeles Times. Consultado em 23 de novembro de 2011
  3.  Abu-Lughod, Janet L. Race, Space, and Riots in Chicago, New York, and Los Angeles. New York: Oxford University Press, 2007.
  4.  Walker, Yvette (2008). Encyclopedia of African American History, 1896 to the Present: From the Age of Segregation to the Twenty-first Century. [S.l.]: Oxford University Press
  5.  Barnhill, John H. (2011). «Watts Riots (1965)». In: Danver, Steven L. Revolts, Protests, Demonstrations, and Rebellions in American History, Volume 3. [S.l.]: ABC-CLIO
  6. ↑ Ir para:a b c «Violence in the City: An End or a Beginning?». Consultado em 3 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 14 de maio de 2012
  7.  «A Report Concerning the California National Guard's Part in Supressing the Los Angeles Riot, August 1965» (PDF)

BATALHA DA PRAIA DA VITÓRIA - (1829) - 11 DE AGOSTO DE 2020

 

Batalha da Praia da Vitória

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Batalha da Praia da Vitória
Guerras Liberais
Batalha da Praia da Vitória.jpg
Batalha da Praia da Vitória
Data11 de agosto de 1829 (191 anos)
LocalBaía da PraiaTerceiraAçores
DesfechoVitória dos Liberais
Beligerantes
Flag of Portugal (1830).svg LiberaisFlag of Portugal (1707).svg Miguelistas
Comandantes
Flag of Portugal (1830).svg Duque da TerceiraFlag of Portugal (1707).svg José António de Azevedo Lemos
Forças
Forças navais:
  • 1 nau
  • 3 fragatas
  • 2 corvetas
  • 5 charruas
  • 5 brigues
  • 2 patachos
  • 2 escunas
  • 2 iates

Forças terrestres:

  • 3 000 homens
Baixas
Desconhecidas400 homens

batalha da Praia foi um combate naval ocorrido no dia 11 de agosto de 1829, na baía da então Vila da Praia, em que forças Miguelistas intentaram um desembarque naquele trecho do litoral da Ilha Terceira, nos Açores. A derrota dos absolutistas neste recontro foi decisiva para a afirmação e posterior vitória das ideias liberais em Portugal.

História[editar | editar código-fonte]

O dia 11 de agosto apresentou-se com nevoeiro e tempo brusco, com pancadas de chuva e rajadas de vento. No mar, apresentou-se uma esquadra composta por vinte e uma embarcações, sob o comando do almirante José Joaquim da Rosa Coelho (1773-1833), com cerca de 3 mil homens, artilhada com um total de 370 canhões:

  • nau (Nau "D. João VI")
  • fragatas (Fragatas "Pérola", "Dianna" e "Amazona")
  • corveta (Corveta "Princeza Real")
  • charruas (Charruas "Jaya Cardozo", "Galatea", "Orestes", "Princeza da Beira" e "Princeza Real")
  • brigues (Brigues "13 de Maio", "Infante D. Sebastião", "Providência", "Glória" e "Devina Providência")

A força de desembarque era comandada pelo coronel Azevedo Lemos (que, em agosto de 1828 conquistara a Madeira), transportada em:

  • patachos (Patachos "Bom-fim" e "Carmo e Almas")
  • escunas (Escunas "da Graciosa" e "Triunfo d'Inveja")
  • iates (Iates "Bom Despacho" e "Santa Luzia")

A esta força acrescentavam-se seis barcas canhoneiras, cada uma com uma peça.

Pelo lado de terra, um arco de pequenos fortes de marinha e baterias, leais a Maria II de Portugal, defendiam aquele trecho de litoral com cerca de cinco quilómetros de extensão:

A batalha iniciou-se com a clássica abertura de pesado fogo da artilharia dos navios da esquadra sobre os fortes, tendo o bombardeamento se estendido por quatro horas. Estima-se que foram disparados, pelos navios, cerca de 5 mil tiros, a que os fortes resistiram como puderam.

Com o vento Oeste impelindo os navios para Leste, os invasores intentaram um primeiro desembarque junto ao Forte do Espírito Santo seguido por um segundo, mais para dentro do areal e próximo à Vila da Praia, a coberto da artilharia embarcada. Ambas as tentativas foram, entretanto, repelidas pelos defensores em terra, os chamados "Voluntários da Rainha", homens recém-incorporados, com pouco treino, sob o comando de militares liberais evadidos de outras unidades do Exército Português e que haviam conseguido alcançar a ilha.

Ao fim do dia de luta os Miguelistas levantaram ferro, deixando nas mãos dos liberais algumas centenas de mortos e prisioneiros. A derrota Miguelista é atribuída a erros de estratégia por parte de seus comandantes.

A vitória liberal nesta batalha transformou a percepção da Terceira, antes considerada como "a ratoeira", agora vista como "baluarte da liberdade".

Após o fim do conflito, a soberana concederia à vila o título de Praia da Vitória.

Navios[editar | editar código-fonte]

Flag of Portugal (1707).svg Frota Miguelista
Almirante ?
NavioTipo de navioCanhõesComandanteCausasNotes
MortosDesaparecidosTotal
"Dom João VI"
76
Capitão: José Gregório PegadoNavio Almirante
"Amazona"
54
Capitão: Joaquim José da Cunha
"Pérola"Fragata44Comodoro: ?

Capitão: ?

1
5
6
"Dianna"
???
Capitão:
" Portuense"
26
Capitão: Blackstone
"Vila Flor"BrigueCapitão: Ruxton
11
12
23
"Maia e Cardoso"
Charrua
??
"Galatea"
Charrua
??
"Orestes"24
Desconhecido??
Desconhecido??
lllll
Fonte: "Pozição dos Navios da Esquadra Portugueza na Bahia da Villa da Praia (Ilha Terceira) no combate do dia 11 de agosto de 1829". Acervo: Biblioteca Nacional, Lisboa.

Referências

  1.  Litografia "Ataque da 3ª no dia 11 de agosto de 1829" pelo tenente Gualvão do Regimento dos Voluntários da Rainha, e augmentada com os nomes das embarcações e fortificações." in MARTINS, Francisco Ernesto de Oliveira. Açores, Gravuras Antigas. s.l., Secretaria Regional de Educação e Cultura; Direcção Regional dos Assuntos Culturais; Secretaria Regional de Transportes e Turismo; Direcção Regional do Turismo, 1986.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Catálogo da Exposição Bibliográfica e Iconográfica Comemorativa da Batalha da Vila da Praia. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1930.

Ver também[editar | editar código-fonte]

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