domingo, 19 de julho de 2020

SS GREAT BRITAIN - NAVIO TRANSATLÂNTICO - LANÇADO EM 1843 - 19 DE JULHO DE 2020



SS Great Britain

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SS Great Britain
Bristol MMB 43 SS Great Britain.jpg
Carreira  Reino Unido
OperadorGreat Western Steamship
Company
FabricanteWilliam Patterson Shipbuilders
HomônimoGrã-Bretanha
Batimento de quilhajulho de 1839
Lançamento19 de julho de 1843
Viagem inaugural26 de julho de 1845
Descomissionamentofevereiro de 1886
Porto de registoBristolInglaterra
EstadoNavio museu
Características gerais
Tipo de navioTransatlântico
Deslocamento3.674 t
Maquinário2 motores a vapor de ação
direta de 2 cilindros
Comprimento98 m
Boca15,39 m
Calado4,9 m
Propulsão5 mastros (1845–1853)
3 mastros (1853–1886)
1 hélice
Velocidade11 nós (20 km/h)
Tripulação130
Passageiros360 (1845–1851)
730 (1851–1886)
Carga1.200 t

SS Great Britain foi o primeiro navio transatlântico a ter um casco e uma hélice propulsora de ferro e, quando foi lançado em 1843, era o maior navio da época. Foi originalmente projetado para carregar 120 passageiros de 1ª classe (26 dos quais em cabines separadas), 132 passageiros de segunda classe e 120 oficiais da tripulação, mas quando um convés extra foi construído sua capacidade aumentou para 730 passageiros. Em 26 de Julho de 1845, o navio fez sua viagem inaugural para Nova Iorque, uma jornada completada em 14 dias.[1] Atualmente é uma atração no museu do porto de Bristol.

História[editar | editar código-fonte]

O SS Great Britain foi projetado por Isambard Kingdom BrunelThomas GuppyChristopher Claxton e William Patterson para a Great Western Steamship Company e construído num dique seco especialmente adaptado em Bristol.

Botadura do Great Britain em Bristol. Quadro de Joseph Walter.

lançamento ocorreu em 19 de Julho de 1843. As condições do tempo eram favoráveis mas jornais registraram que após um início maçante, o tempo melhorou com apenas algumas chuvas intermitentes. A atmosfera no dia pode ser melhor definida pela reportagem do dia seguinte no The Bristol Mirror: "Largas multidões começaram a chegar cedo no dia incluindo muitas pessoas que viajaram a Bristol para ver o espetáculo. O caminho havia sido limpo e Temple Street decorada com bandeiras, flores e faixas. Meninos da City School e meninas da Red Maids foram enfileirados numa elegante formação por todo o comprimento do Exchange. A rota era uma massa de cores e todos estavam nas ruas como em um feriado. A atmosfera de alegria até permitiu que os problemas da dissensão política em Londres fossem esquecidos".

Great Britain encalhado na baía de Dundrum (1846).

Em Novembro de 1846, com apenas poucos anos após ter sido lançado, o navio encalhou nas areias da baía de Dundrum, no condado de Down na Irlanda e havia sérias dúvidas se seria possível desencalhá-lo. O próprio Brunel aconselhou que se havia um engenheiro naval que pudesse fazê-lo este seria Andrew Swan de Brisbane. Bremner foi contratado e o Great Britain foi desencalhado em Agosto de 1847. Entretanto, o custo de salvar o navio levou à falência a Great Western Steamship Company, e o SS Great Britain foi vendido e transformado em um barco de emigração.

Great Britain passou então a fazer a maioria de suas viagens entre o Reino Unido e a Austrália. Em 1852, fez sua primeira viagem a MelbourneAustralia, levando 630 emigrantes. O interesse pela embarcação foi tão grande na cidade que aproximadamente 4 000 pessoas pagaram um shilling para vê-lo.

Entre 1855 e 1858, também foi usado para transporte de tropas, durante a Guerra da Criméia e a Revolta dos sipais e em 1882, foi transformado num veleiro, para transporte de carvão mas, depois de um incêndio a bordo em 1886, foi seriamente danificado. Foi então vendido para a Falkland Islands Company, permanecendo nas Ilhas Malvinas como navio cisterna para armazenamento de carvão até a década de 1930, quando foi sucateado e abandonado. No seu papel como reservatório de carvão, foi utilizado para reabastecer a marinha do Atlântico Sul que derrotou a frota do Almirante Graf Maximilian von Spee, durante a Primeira Guerra Mundial na Batalha das Ilhas Malvinas. Na Segunda Guerra Mundial, parte do seu aço foi utilizado para reparar o HMS Exeter, um dos navios da Marinha Real Britânica que foi seriamente danificado na Batalha do Rio da Prata.

Restauração[editar | editar código-fonte]

Great Britain em restauração (Julho de 1978).

Em abril de 1970, a embarcação foi "reflutuada" numa embarcação especial, a Mulus 3, e levada de volta a Bristol pelo rebocador Varius II, para ser conservado como um navio museu. O SS Great Britain retornou então ao seu local de nascimento, o dique seco do estaleiro da Great Western, que foi desativado devido a uma bomba durante a Segunda Guerra e classificado como um Listed building.[2] A operação de salvamento só foi possível graças a diversas doações, incluindo uma de Sir Jack Hayward, e outra de Sir Paul Getty. A intenção original era de restaurar a embarcação conforme o estado original de 1843 entretanto, a filosofia do projeto foi alterada recentemente e a conservação de todo o material pre-1970 se tornou o objetivo.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1.  «Brunel's SS Great Britain». Consultado em 20 de agosto de 2006
  2.  «Great Western Dry Dock»Images of England. Consultado em 20 de agosto de 2006

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons possui imagens e outros ficheiros sobre SS Great Britain

GRANDE INCÊNDIO DE ROMA - NO ANO DE 64 - 19 DE JULHO DE 2020


Grande incêndio de Roma

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O incêndio de Roma, 18 de julho de 64,
óleo de Hubert Robert, no Museu de Arte Moderna André Malraux, em Le Havre

grande incêndio de Roma teve início na noite do dia 18 de julho de 64 d.C., afetando 10 das 14 zonas da antiga cidade de Roma, três das quais foram completamente destruídas.[1]

O fogo alastrou-se rapidamente pelas áreas mais densamente povoadas da cidade, com as suas ruelas sinuosas. O fato de a maioria dos romanos viverem em ínsulas, edifícios altamente inflamáveis devido à sua estrutura de madeira, de três, quatro ou cinco andares, ajudou à propagação do incêndio.[2]

Nestas condições, o incêndio prolongou-se por seis dias seguidos até que pudesse ser controlado. Mas por pouco tempo, já que houve focos de reacendimento que fizeram o incêndio durar por mais três dias[carece de fontes]. O antigo Templo de Júpiter Estator e o lar das Virgens Vestais foram destruídos, bem como dois terços da antiga cidade.[2]

Nero e o incêndio de Roma[editar | editar código-fonte]

Existem várias versões sobre a causa do incêndio. A versão mais contada é a de que os moradores que habitavam as construções de madeira usavam do fogo para se aquecer e se alimentar. E por algum acidente, o fogo se alastrou. Para piorar a situação, ventos fortes arrastavam o fogo pela cidade.[2]

Outra versão famosa, é de que o imperador Nero teria ordenado o incêndio com o propósito de construir um complexo palaciano, já que o senado romano havia indeferido o pedido de desapropriação para a obra[3]. Há ainda a versão, concebida por romancistas cristãos pósteros que, atribuindo ao imperador a condição de demente, pretende que ele provocou o incêndio para inspirar-se, poeticamente, e poder produzir um poema, como Homero ao descrever o incêndio de Troia.

Segundo algumas fontes, enquanto o fogo consumia a cidade, Nero contemplava o cenário, tocando com sua lira[1]. Esta cena é retratada no romance Quo Vadis.[4]

Há ainda uma versão da história que cita que, no momento do incêndio, Nero estava em outra cidade e, ao saber do ocorrido, retornou a Roma, esforçando-se para socorrer os desabrigados, inclusive mandando abrir os jardins de seu palácio para acolhê-los

[carece de fontes]. Todavia, o fato de, posteriormente, ter usado seus agentes para adquirir, a preço vil, terrenos nas imediações de seu palácio, com a provável intenção de ampliá-lo, tornou-o suspeito, junto ao povo, de ter responsabilidade no sinistro.[5]

Para Massimo Fini, Nero teria sido caluniado, por historiadores romanos e cristãos, nesse episódio do grande incêndio de Roma.[6]

Os cristãos e o incêndio de Roma[editar | editar código-fonte]

Não se sabe ao certo o momento e as razões que levaram os cristãos a serem acusados de responsáveis pelo incêndio. Historiadores cristãos e também romanos (como Tácito e Suetônio, cujas obras denotam acentuada antipatia pelo imperador) sustentam que se tratou de uma manobra de Nero, para desviar as suspeitas de sua pessoa. Uma vez que a tese de "incêndio criminoso" se disseminara, era necessário encontrar os culpados, e os cristãos podem ter-se tornado "bodes expiatórios" ideais, pelo fato de serem mal vistos em Roma.[2] De fato, Suetônio relata que as crenças cristãs eram tidas, na época, como "'superstição nova e maléfica'"[7] enquanto Tácito, embora acusando Nero de ter injustamente culpado os cristãos, declara-se convencido de que eles mereciam as mais severas punições porque cometiam "infâmias" e eram "inimigos do gênero humano".[8]

Hoje a Igreja Católica celebra a memória desses "Santos Protomártires" todos anos no dia 30 de junho. E entre os mais ilustres estavam São Pedro que foi crucificado no Circo de Nero, actual Basílica de São Pedro, e São Paulo que foi decapitado junto à estrada de Roma para Óstia.[9]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Incêndio de Roma». Infopédia. Consultado em 18 de julho de 2012
  2. ↑ Ir para:a b c d Antonio Gasparetto Junior (14 de novembro de 2011). «Grande Incêndio de Roma». InfoEscola. Consultado em 18 de julho de 2012
  3.  The Great Fire of Rome
  4.  Henryk Sienkiewicz, "Quo Vadis", 1895
  5.  César. Série de Documentários da TV Escola sobre os imperadores romanos: Nero2008
  6.  FINI, Massimo (1993). Nero. o imperador maldito. 1 1 ed. [S.l.]: Scritta. 286 páginas. 8585328436
  7.  SuetônioVidas dos Doze Césares, século I
  8.  Tácito, "Anais". século I
  9.  Santos Protomártires da Igreja de Roma, 64-67, evangelizo.org

Bibliografia

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