sábado, 11 de julho de 2020

SANTO TIRSO - FERIADO - 11 DE JULHO DE 2020


Santo Tirso

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Santo Tirso (desambiguação).
Santo Tirso
Brasão de Santo TirsoBandeira de Santo Tirso
Mosteiro de Santo Tirso.jpg
Mosteiro de Santo Tirso
Localização de Santo Tirso
GentílicoTirsense
Área136,60 km²
População71 530 hab. (2011)
Densidade populacional523,6  hab./km²
N.º de freguesias14
Presidente da
câmara municipal
Alberto Costa (PS)

Por renuncia de Joaquim Couto em 2019

Fundação do município
(ou foral)
1834
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Área Metropolitana do Porto
DistritoPorto
ProvínciaDouro Litoral
OragoSanta Maria Madalena
Feriado municipal11 de Julho
Código postal4780
Sítio oficialwww.cm-stirso.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg

É sede de um município com 136,60 km² de área[1] e 71 530 habitantes (2011[2]), subdividido em 14 freguesias.[3] O município é limitado a norte pelos municípios de Vila Nova de Famalicão e de Guimarães, a nordeste por Vizela, a leste por Lousada, a sueste por Paços de Ferreira, a sul por Valongo, a sudoeste pela Maia e a oeste pela Trofa. Santo Tirso está centrado entre BragaGuimarãesPóvoa de VarzimVila do Conde e Porto, que distam todas cerca de 20 km

Etimologia do nome[editar | editar código-fonte]

Santo Tirso foi o nome atribuído ao mosteiro fundado ou reedificado, no século X, pelos monges beneditinos na localidade de Moreira de Riba de Ave, sob patrocínio de Aboaçar Ramires, filho bastardo do rei Ramiro II. O uso do termo "Mosteiro de Santo Tirso", rapidamente substituiu o nome da localidade "Moreira de Riba de Ave".Trata-se assim de um hagiotopónimo.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [4]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
22 52623 34725 61028 37133 28835 23441 07851 75563 38977 13079 85593 482102 59372 39671 530

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

O decréscimo populacional registado no censo de 2001 resulta da criação em 1998 do concelho da Trofa, que abrangeu a área das freguesias de São Mamede do Coronado, São Martinho do Bougado, Covelas, São Cristóvão do Muro, Alvarelhos, Guidões, São Romão do Coronado e Santiago do Bougado.

Número de habitantes por Grupo Etário [5]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos10 15912 39012 69714 05020 06123 20429 19528 03526 96322 85412 1939 882
15-24 Anos5 2665 9526 8348 4008 75012 11713 69215 66018 60818 69010 6968 122
25-64 Anos11 64513 06913 50516 42019 98124 51030 23430 85040 35651 55840 09841 194
= ou > 65 Anos1 4191 6901 9222 0722 5943 3574 0095 3107 5559 4919 40912 332
> Id. desconh11638038160

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Geografia[editar | editar código-fonte]

O ponto mais alto do concelho situa-se no Alto de S. Jorge, na freguesia de Refojos de Riba d'Ave com 527 metros de altitude.

O perímetro actual do concelho é de 69 km.

Festas e romarias[editar | editar código-fonte]

Santo padroeiro é São Bento e é festejado anualmente no dia 11 de Julho[6], sendo por isso o feriado municipal. A padroeira do concelho é Nossa Senhora da Assunção que possui um orago no monte homónimo sobranceiro à cidade, situado na freguesia de Monte Córdova, um miradouro sobranceiro a todo o Vale do Ave e "cartão de visita" da região, onde se ergue um imponente santuário.

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

Santo Tirso tem ainda uma doçaria tradicional famosa já que aqui são produzidos, na Pastelaria e Confeitaria Moura, os Jesuítas[7][8][9].

Além deste pastel, destacam-se igualmente os limonetes, produzidos pelas diversas pastelarias da cidade.

Além dos Vinhos Verdes, em especial o da Quinta de Gomariz, em Sequeirô, o qual tem ganho algumas medalhas de ouro nos últimos anos dos concurso nacionais da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, é de realçar o Licor de Singeverga, produzido pelos monges beneditinos do mosteiro homónimo, na freguesia de Roriz. Está também localizado em (Roriz), o Convento de Santa Escolástica, onde são fabricadas de forma artesanal, diversas iguarias, entre as quais as bolachas conventuais e os bolinhos de mel.

Existe uma grande variedade de restaurantes de cozinha tradicional onde se degusta a tradição gastronómica nortenha.

História[editar | editar código-fonte]

De 978 até 1834 constituiu um couto cuja , sede era o Mosteiro de Santo Tirso, possuíndo propriedades por todo o Entre Douro e Minho. De 1836 até 1998 o actual concelho da Trofa esteve integrado no de Santo Tirso, que era, por isso, um dos 20 mais populosos do país. A cidade de Santo Tirso foi o berço da industrialização do têxtil em Portugal. A fábrica Fiação e Tecidos Rio Vizela, fundada em 1845, nas freguesias de Vila das Aves e São Tomé de Negrelos, foi a primeira unidade do ramo no país, chegando também a ser maior fábrica portuguesa.

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Santo Tirso.

O concelho de Santo Tirso está dividido em 14 freguesias:


Património[editar | editar código-fonte]

Economia[editar | editar código-fonte]

A economia de Santo Tirso apresenta um perfil mais industrial e menos terciarizado do que o da Área Metropolitana do Porto, em linha com o perfil produtivo que caracteriza o Vale do Ave. Em Valor acrescentado bruto (VAB) por sector de atividade, temos a seguinte distribuição [10]:

  • setor primário: 0,5%
  • setor secundário 67%
  • setor terciário: 32,5%

Esta economia predominantemente industrial assenta em dois clusters:

  • têxtil e vestuário
  • plásticos

A relevância histórica do cluster Têxtil e Vestuário para o concelho, tem determinado, nos últimos anos, uma importância vital para o funcionamento de toda a economia da região. Em termos de VAB do sector secundário, a indústria têxtil representa 30% e a do vestuário 23,6%, um total de 53,6%. Para este contributo estão as empresas históricas como a EndutexAdalberto EstampadosPolopiqueFelpinterA. Sampaio e FilhosFabrica de Tecidos VilarinhoMalhas Carjor, entre outras.

A consolidação de um novo setor de especialização (cluster) da indústria tirsense deu-se, sobretudo, nos últimos 20 anos. Iniciado pela Neoplástica em 1959, a indústria do plástico em Santo Tirso é hoje uma referência a nível europeu e assenta na transformação de filmes e lâminas em plástico Polietileno e Polipropileno. Em 2014, representava 25,4% do VAB industrial do concelho, ultrapassando o Vestuário, sendo que desde então continua com uma dinâmica de crescimento muito forte, com destaque para as empresas: IntraplásCasfil, Pentaplast (grupo Klöckner Pentaplast ), Vizelpas, PDA ( Plásticos Duarte AndradeArteplás ) e a holding IMG SGPS ( EvertisSelenis, Imatosgil anteriormente Neoplástica). Estas empresas têm impulsionado os dados das exportações do concelho, além de fomentarem a criação de um Curso Profissional de Transformação de Polímeros lecionado pela escola FORAVE [11]

Um relevo também para outras atividades em Santo Tirso, da fileira metalomecânica e de equipamentos. Ainda um negócio de comércio tradicional, que se tornou num símbolo incontornável da cidade e impacta na economia: Pastelaria e Confeitaria Moura, fundada em 1892, produz uma enorme variedade de iguarias de receita ancestral, sendo os Jesuítas a grande especialidade para o seu reconhecimento nacional.

À histórica atividade têxtil fortemente associada ao Vale do Ave e a Santo Tirso, aspeto que figura desde do início do século XX, muito contribuíram as grandes empresas, algumas delas emblemáticas, que se localizavam sobretudo a norte do concelho, tinham um negócio internacional muito relevante. A maioria dessas têxteis já enceraram as suas portas, fruto da profunda crise têxtil do final do século XX, na qual o sector em Portugal enfrentou uma falta de competitividade, em determinados sub-sectores têxteis, face a outros países do Médio Oriente e da Ásia. No entanto, a sua presença em Santo Tirso deixou uma inevitável marca local, um know-how na população que tem fomentado a criação de novas empresas até aos dias de hoje. Especial contributo das seguintes empresas: "Fábrica de Fiação e Tecidos Rio Vizela", "Abel Alves de Figueiredo & Filho", "Empresa Industrial de Santo Tirso" (Arco Têxteis) e "Fábrica de Fiação e Tecidos de Santo Thyrso".

O início do processo de industrialização na região foi marcado pela "Fábrica de Fiação e Tecidos Rio Vizela", que surgiu em 1845 e no início da década de 50 empregava 3.000 operários, com 31.624 fusos e 1.200 teares. Também a empresa "Abel Alves de Figueiredo & Filho", fundada por Abel Alves de Figueiredo, notável empresário tirsense, que num gesto nobre e reconhecido por todos os tirsenses, doou o atual espaço do estádio de futebol Estádio Abel Alves de Figueredo ao popular clube da cidade Futebol Clube Tirsense.

Desporto[editar | editar código-fonte]

O clube mais representativo da cidade de Santo Tirso é o Futebol Clube Tirsense. A equipa de futebol sénior conta com oito presenças na Primeira Divisão e conta com a maior massa associativa desportiva de todo o concelho.

Clima[editar | editar código-fonte]

[Esconder]Tabela climática de Santo Tirso
Temperatura
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezMédia
Máxima registada °C242829353642424138372823
Média Máxima °C13151820222628282723171521
Média °C9101214161921211916121015
Média minima °C4578101314141310759
Mínima registada °C-6-6-3-1215620-3-5
Precipitação
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezTotal
Total mm18514018010095502022601201751951342
Dados referentes entre 1931 até 1960. Fonte: Instituto de Meteorologia, IP Portugal

Cidades geminadas[editar | editar código-fonte]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Partido%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V%V
197619791982198519891993199720012005200920132017
PS33,3344,1443,3544,4556,4651,7550,9548,3548,4547,6545,0553,86
PPD/PSD28,6325,9240,3429,2335,5441,7440,3443,1441,5432,74
CDS-PP23,3216,318,5-5,7-3,9-1,7-4,5-3,5-
PCP/APU/CDU11,018,5-9,416,6-3,8-3,8-4,6-4,8-4,2-4,0-6,2-3,9-
AD45,15
PPD/PSD.CDS-PP35,63

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Partido%
197619791980198319851987199119951999200220052009201120152019
PS42,7139,2536,3248,6125,7930,6336,7949,4353,4745,6154,7048,1438,8136,5342,30
PPD/PSD26,0322,9526,3149,9950,0136,0229,4938,5925,6528,1537,2029,07
CDS-PP17,4913,4410,824,644,397,947,157,486,357,188,333,24
PCP/APU/CDU4,2110,998,3610,028,615,663,843,615,403,814,244,505,285,813,92
UDP1,001,290,910,390,870,410,23
AD43,5147,29
PRD22,993,960,51
PSN0,780,280,32
B.E.1,131,685,118,074,109,609,54
PAN0,641,102,73
PàF39,25

Tirsenses notórios[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013 Arquivado em 9 de dezembro de 2013, no Wayback Machine. (ficheiro Excel zipado). Acedido a 28 de novembro de 2013.
  2.  INE (2012) – "Censos 2011 (Dados Definitivos)""Quadros de apuramento por freguesia" (tabelas anexas ao documento: separador "Q101_NORTE"). Acedido a 27 de julho de 2013.
  3.  Diário da RepúblicaReorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I. Acedido a 19 de julho de 2013.
  4.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  5.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  6.  festas e romarias de Santo Tirso[ligação inativa]
  7.  O Doce Jesuita
  8.  Receita dos Jesuitas I
  9.  Receita dos Jesuitas II
  10.  «Porquê investir em Santo Tirso?»C.M. Santo Tirso. Acedido a 10 de Março de 2018 Verifique data em: |data= (ajuda)
  11.  «Empresas da região solicitam à FORAVE um curso na área de polímeros»Forave. 2014[ligação inativa]
  12.  Laura Fernández (5 de agosto de 2010). «Arte entre hermanos»La Región (em espanhol)
  13.  Gomes, Ana Rita; Santos, Luciano (1 de julho de 2017). «Prevalência das complicações da diabetes mellitus no ACeS Santo Tirso/Trofa: estudo descritivo»Revista Portuguesa de Clínica Geral33 (4): 252–260. ISSN 2182-5173doi:10.32385/rpmgf.v33i4.12225

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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