sexta-feira, 10 de julho de 2020

FURACÃO DINIS - (2005) - 10 DE JULHO DE 2020


Furacão Dennis

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Furacão Dennis
Categoria 4 (EFSS)
O furacão Dennis em 09 de Julho de 2005 às 18:45, em seu pico de intensidade (UTC)
Formação4 de Julho de 2005
Dissipação13 de Julho de 2005
Vento mais forte (1 min)135 nós (250 km/h, 155 mph)
Pressão mais baixa930 hPa (mbar) ou 698 mmHg
Danos4 bilhões de dólares (valores em 2005)
Inflação4,41 bilhões de dólares (valores em 2008)
Fatalidades42 diretas, 47 indiretas
Áreas afetadasGranadaHaitiJamaicaCuba e Estados Unidos (FlóridaAlabamaMississippiGeórgiaTennessee e regiões do vale do rio Ohio)
Parte da
Temporada de furacões no Atlântico de 2005

furacão Dennis foi um furacão "maior" de formação antecipada que esteve ativo na região do Caribe e no golfo do México durante a bastante ativa temporada de furacões no Atlântico de 2005. Dennis foi a quarta tempestade tropical dotada de nome, o segundo furacão e o primeiro furacão "maior" da temporada. Por se formar durante o mês de Julho, o furacão bateu vários recordes de atividade tropical e de formação antecipada, se tornando tanto o sistema tropical com nome começado em "D" a se formar de forma mais antecipada numa temporada como o mais intenso furacão atlântico a se formar antes de Agosto, sendo que o último Dennis deteve apenas por seis dias antes de ser superado pelo furacão Emily.

Dennis atingiu Cuba em duas ocasiões como um furacão de categoria 4 na escala de furacões de Saffir-Simpson e fez landfall no panhandle da Flórida como um furacão de categoria 3, menos de um ano depois do furacão Ivan fazer o mesmo. Dennis causou no mínimo 89 mortes (42 diretas)e(63)feridos nos Estados Unidos e no Caribe e causou 2,23 bilhões de dólares (valores em 2005) em prejuízos somente dos Estados Unidos, bem como um valor equivalente em prejuízos no Caribe e principalmente em Cuba.

História meteorológica[editar | editar código-fonte]

O caminho de Dennis

Dennis começou como a depressão tropical Quatro no sudeste do mar do Caribe na noite de 4 de Julho, sendo o primeiro sistema tropical a se formar distante das costas do México e da América Central. Quase que imediatamente, o sistema fez landfall em Granada como uma depressão tropical, com ventos de até 45 km/h.[1] Na manhã de 5 de Julho, a depressão de fortaleceu para a tempestade tropical Dennis no leste do Caribe; este evento foi a mais antecipada formação da quarta tempestade tropical dotada de nome no Atlântico numa temporada (para fins de comparação, durante a temporada de 2004, o furacão Alex, o primeiro sistema tropical daquela temporada, se formou no começo de Agosto, e o furacão Charley atingiu Cuba em 12 de Agosto). Dennis então começou a seguir rapidamente para oeste-noroeste.[1]

Estava claro em modelos de previsão de furacões que Dennis tinha o potencial de ser uma intensa tempestade e já estava previsto que o sistema iria se tornar um furacão "maior" enquanto o sistema ainda era uma depressão.[2] Dennis alcançou a intensidade de um furacão na tarde de 6 de Julho enquanto se aproximava da costa sul da ilha de Hispaniola e rapidamente se tornou um furacão de categoria 1 na escala de furacões de Saffir-Simpson.[1] No dia seguinte, Dennis se fortaleceu para um furacão "maior" de categoria 4, se tornando o furacão que alcançou essa intensidade de forma mais antecipada na temporada desde o furacão Audrey na temporada de 1957. Após a rápida intensificação, Dennis começou a seguir mais ligeiramente ao norte, seguindo pelo mar do Caribe entre a Jamaica e o Haiti em 7 de Julho; ambos os países experimentaram fortes chuvas e ventos.[1] Assim que Dennis se aproximava de Cuba e se fortalecendo para um nível logo abaixo da categoria 5, a trajetória de Dennis começou a ficar instável. Os meteorologistas do Centro Nacional de Furacões (NHC) disseram que "este tipo de trajetória errática não é anormal para furacões "maiores" em desenvolvimento".[3] Ainda naquele dia, avisos de furacões foram emitidos para a costa cubana às 15:00 (UTC). Dennis fez landfall perto de Punta del Inglés com ventos de até 220 km/h mais tarde naquele dia e se enfraqueceu para um furacão de categoria 3 enquanto cruzava a península. Após seguir sobre o golfo de Guacanayabo, Dennis voltou a se intensificar, alcançando novamente seu pico de intensidade, com ventos máximos sustentados de 240 km/h. O furacão, então, atingiu a costa sudoeste cubana, logo a oeste de Punta Mangles Altos em 8 de Julho, novamente com ventos de até 220 km/h.[1]

O furacão Dennis às 15:50 (UTC) de 7 de Julho, começando a passar ao norte da Jamaica. A ilha, o leste de Cuba e a ilha de Hispaniola foram obscurecidos pela tempestade

Assim que o sistema cruzou os terrenos montanhosos cubanos, a circulação ciclônica de baixos níveis ficou prejudicada, causando o enfraquecimento de Dennis, que se enfraqueceu para um furacão de categoria 1.[4] No entanto, os meteorologistas do NHC continuaram a indicar a possibilidade de Dennis voltar a ser um furacão de categoria 4 após o restabelecimento das áreas de convecção, além das condições meteorológicas continuarem favoráveis. A previsão de confirmou quando Dennis se intensificou rapidamente na tarde de 9 de Julho sobre a corrente de Loop do golfo do México, uma reintensificação descrita pelo NHC como ocorrida "a um nível beirando à insanidade".[5] A tempestade alcançou novamente a intensidade de um furacão de categoria 4 na manhã de 10 de Julho. Ao meio-dia (UTC), a tempestade alcançou seu pico definitivo de intensidade, com uma pressão central mínima de 930 mbar, se tornando o furacão atlântico mais intenso a estar ativo antes de Agosto; o novo recorde durou apenas por seis dias antes do furacão Emily ter superado Dennis, alcançando uma pressão central mínima de 929 mbar.[1]

A tempestade continuou a seguir para norte-noroeste em direção à costa do golfo central dos Estados Unidos, que já tinha sido atingida pela tempestade tropical Arlene em Junho e pelo furacão Cindy na semana anterior. Na manhã de 10 de Julho, avisos de furacões foram emitidos para a Costa do Golfo dos Estados Unidos, mais precisamente para as costas do panhandle da Flórida, do Alabama e do Mississippi, com avisos de tempestade tropical sendo estendidos mais a oeste e mais a leste ao longo da costa. O NHC previu Dennis atingindo a costa como um forte furacão de categoria 4 naquela tarde. No entanto, assim como o furacão Ivan, que atingiu a mesma área no ano anterior, a tempestade se enfraqueceu pouco antes do landfall; seus ventos máximos sustentados caíram de 235 km/h, intensidade de um furacão de categoria 4, para 195 km/h, intensidade de um furacão de categoria 3.[1]

landfall final de Dennis ocorreu na Ilha Santa RosaFlórida, entre Pensacola e Navarre Beach, às 19:25 (UTC) de 10 de Julho, como um furacão de categoria 3, com ventos entre 185 e 195 km/h. A mais alta velocidade oficial de uma rajada de vento registrada foi de 195 km/h em Navarre Beach.[6] A tempestade perdeu intensidade durante aquele dia e era uma simples depressão tropical no começo da madrugada (UTC) de 11 de Julho. A depressão persistiu, no entanto, e ganhou um pouco de intensidade enquanto permanecia praticamente estacionária sobre o estado americano de Illinois no dia seguinte. O sistema finalmente se dissipou sobre OntárioCanadá, em 13 de Julho, terminando assim os avisos de tempestade três dias completos após Dennis ter atingido a costa.

Preparativos[editar | editar código-fonte]

Combinado com o landfall do furacão Cindy na Costa do Golfo dos Estados Unidos, as incertezas sobre o landfall final de Dennis causaram a disparada do preço do petróleo, que chegou a um preço recorde de 61,28 por barril (valores em 2005),[7] e para 61,50 em 7 de Julho,[8] embora tenham caído para abaixo de 60 dólares em 8 de Julho. Dennis foi originalmente previsto atingir a costa da Luisiana, uma das regiões produtoras de petróleo da costa do golfo. Picos especulativos no preço do petróleo devido ao furacão Dennis previam os picos muito maiores causados pelos furacões Katrina e Rita no final de Agosto e em Setembro.

No Haiti, as autoridades retiraram residentes da costa, mas boa parte das retiradas não eram obrigatórias.[9] Em Cuba, mais de 600.000 pessoas deixaram suas residências para procurarem abrigos emergenciais governamentais ou outros lugares como forma de preparativo à chegada de Dennis.[10] Todas as escolas foram fechadas e a maior parte dos voos no país foram suspensos ou cancelados.[11]

Nos Estados Unidos, os governos da Flórida, do Alabama, do Mississippi e da Luisiana declararam estado de emergência. Às 23:00 (UTC) de 9 de Julho, todas as estradas ao sul da Intersate 65, entre Mobile e Montgomery, foram fechadas. O tráfego foi redirecionado, com todas as pistas em direção ao norte para permitir as evacuações.[12] Ainda no Alabama, todos os residentes do condado de Mobile e aqueles ao sul da I-10 no condado de Baldwin foram ordenados a deixar suas residências.[13] Ordens semelhantes foram declaradas no Mississippi para parte dos condados de Jackson, de Hancock e de Harrison, além das partes costeiras do panhandle da Flórida, entre os condados de Escambia e de Bay.[13] Da mesma forma, instalações militares tais como a NAS Pensacola, a Whiting Field, a Eglin AFB, a Hurlburt Field e a Tyndall AFB foram evacuadas antes da chegada da tempestade. Além disso, oficiais da Cruz Vermelha abriram 87 abrigos temporários por todo o estado, que foram capazes de abrigar mais de 14.000 pessoas.[12]

Na Flórida, cerca de 50.000 turistas nas Florida Keys foram forçados a deixar as ilhas em 8 de Julho.[14] O MacDill Air Force Base, em Tampa, remanejou temporariamente todas as suas aeronaves para a McConnell Air Force Base perto de WichitaKansas.[15] 700.000 pessoas foram retiradas de áreas de risco no panhandle da Flórida nos dias precedentes à chegada de Dennis à região, sendo que 100.000 somente no condado de Escambia.[16] Como resultado das grandes evacuações, mais de 300 caminhões proveram cerca de 1,8 milhões de galões de gasolina.[17] A Cruz Vermelha também deslocou cerca de 60 cantinas móveis capazes de servir 30.000 refeições por dia em Hattiesburg e em Jackson, no Mississippi.[18] Guardas nacionais foram mobilizados e quatro equipes de emergências médicas, cada uma capaz de montar um pequeno hospital, ficaram em estado de atenção.[19] Também, em Egin Air Force Base, cerca de 20.000 militares foram retirados, além da retirada de 15.000 militares e suas famílias em Hurlburt Field.[20]

Impactos[editar | editar código-fonte]

Mortes relacionadas à passagem do furacão Dennis
PaísTotalEstadoTotal
do estado
CondadoTotal
do estado
Mortes
diretas
Cuba1616
Haiti5622
Jamaica10
Estados Unidos15Flórida14Broward31
Charlotte30
Escambia10
Monroe11
Nassau11
Walton10
Desconhecido40
Geórgia1DeKalb11
Totais8942
Por causa das diferentes fontes, os totais podem não coincidir.

O furacão Dennis causou entre 4 a 6 bilhões de dólares (valores em 2005) e pelo menos 89 mortes e (63) feridos em sua trajetória no Haiti, na Jamaica, em Cuba e no Estados Unidos.

Caribe[editar | editar código-fonte]

Dennis afetou primeiramente a Jamaica enquanto era uma fraca tempestade. Uma pessoa foi morta e os danos foram estimados em 32 milhões de dólares (valores em 2005).[1]

No Haiti, a Organização Pan-Americana de Saúde relatou a ocorrência de 56 fatalidades e de 36 feridos; a tempestade também destruiu 929 residências e danificou outras 3.000, deixando 1.500 famílias desabrigadas.[21] Entre as fatalidades, 16 foram mortos quando uma ponte ruiu durante a passagem do furacão.[10] Além do mais, 24 pessoas ainda estão listadas como desaparecidas.

De lá, a tempestade seguiu para Cuba, deixando 16 pessoas mortas e 1,4 bilhões de dólares (valores em 2005) em prejuízos assim que despejava sua fúria pela ilha, danificando residências e derrubando árvores e linhas de transmissão de eletricidade. Fortes chuvas ocorreram naquele país, com precipitação acumulada de 1.092 mm em algumas localidades. Estes registros fizeram de Dennis o furacão mais chuvoso a passar pela ilha cubana desde o furacão Flora, em 1963.[22] De acordo com relatos do governo cubano, 120.000 residências foram danificadas, 15.000 dos quais foram totalmente destruídas. As plantações de vegetais e de cítricos foram devastadas; estas são as duas principais plantações em Cuba. Além disso, Fidel Castro recusou publicamente a ajuda dos Estados Unidos após a passagem do furacão como protesto ao bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba, dizendo que "Se eles oferecerem 1 bilhão de dólares, falaremos não".[23] Relatos de meteorologistas cubanos disseram que uma rajada de vento de 239 km/h foi registrada na província de Cienfuegos. Além disso, disseram que 85% das linhas de transmissão de eletricidade foram ao chão, além de extensos danos à infraestrutura das comunicações. Dennis foi mais destrutivo do que o furacão Charley, do ano anterior, e, segundo as autoridades cubanas, foi o pior furacão a atingir Cuba desde o furacão Flora na temporada de 1963.

Estados Unidos[editar | editar código-fonte]

Este artigo faz parte da série
Furacão Dennis
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Efeitos
Correlatos

Nos Estados Unidos, os danos não foram tão altos como originalmente previstos, devido principalmente à natureza mais compacta e pela velocidade de deslocamento mais alta do que previsto anteriormente. Dennis fez landfall a aproximadamente 48 km a leste de onde o furacão Ivan ter feito o mesmo dez meses antes, mas não fez tantos estragos quanto Ivan, devido à sua rápida velocidade de deslocamento, à sua natureza compacta, e também porque a área não tinha se recuperado totalmente dos estragos causados por Ivan. Dennis seguia a pelo menos 11 km/h mais veloz do que Ivan no momento do landfall, e seu raio de ventos superiores a 120 km/h era de apenas 65 km, sendo que Ivan tinha 170 km.[10][24] Durante a passagem da tempestade, Dennis produziu marés ciclônicas tão altas quanto 3 m na região da baía de Apalachee, e tão altas quanto 2 m no panhandle da Flórida,[25] além de deixar cerca de 680.000 pessoas sem o fornecimento de eletricidade em pelo menos quatro estados americanos.

Uma residência defronte ao mar em Navarre BeachFlórida, que foi praticamente destruída pelo furacão Dennis

No sul da Flórida, os danos foram limitados a moderadas rajadas de vento; no condado de Miami-Dade, as rajadas de vento derrubaram vários postes de iluminação ao longo da U.S. Route 1 na Flórida, a única rota de saída e de entrada das Florida Keys.[26] Um homem morreu em Fort Lauderdale quando ele pisou num cabo caído de eletricidade e foi eletrocutado.[27] Os danos foram na maior parte mínimos e limitados às bandas externas da tempestade e aos tornados na região central da Flórida.[28] Os danos mais severos ocorreram no panhandle da Flórida. Em Navarre Beach, ventos sustentados de 158 km/h foram registrados, com rajadas de 195 km/h, enquanto que uma torre no Aeroporto Regional de Pensacola registrou ventos sustentados de 132 km/h com rajadas de 154 km/h.[1] Em Milton, foi registrado uma precipitação acumulada de 180 mm, a maior precipitação acumulada registrada na Flórida causada por Dennis.[29] Nenhum dano significativo foi relatado na maior parte das construções; no entanto, seguradoras estimaram inicialmente prejuízos de 3 a 5 bilhões, ou de 6 a 10 bilhões em prejuízos totais (os danos sob seguro são geralmente contados como a metade dos prejuízos totais).[30] No entanto, o Relato Oficial do NHC sobre o furacão Dennis relatou apenas 2,23 bilhões em danos nos Estados Unidos.[1]

No Alabama, os ventos sustentados tiveram a intensidade de um furacão mínimo no interior do estado.[31] No total 280.000 pessoas no Alabama ficaram sem o fornecimento de eletricidade durante a passagem da tempestade.[32] No estado, nenhuma morte ocorreu, embora tenha o furacão tenha causado três feridos.[33] Os prejuízos totais no estado chegaram a 127 milhões de dólares (valores em 2005);[33] boa parte dos prejuízos foram causados devido a danos em construções. Também houve sérios danos à plantações de algodão.[34] No Mississippi, os prejuízos não foram tão severos como previsto anteriormente.[35] Assim que Dennis atingiu aquele estado, uma maré ciclônica de 0,61 - 1,2 metros acima do normal foi registrada.[1] A precipitação acumulada variou entre 25 e 125 mm,[36][37] e a menor pressão atmosférica foi de 994,2 mbar, registrada perto de Pascagoula.[1] As rajadas de vento chegaram a 95 km/h, causando danos a milhares de árvores e danificando 21 residências.[37]

Dennis causou pelo menos 10 tornados nos Estados Unidos, embora nenhum deles tenha alcançando a intensidade F1 na escala Fujita.[1] A tempestade causou 2500 mm de chuvas em algumas áreas do Alabama e da Geórgia. Partes da Geórgia, que tinham recebido chuvas intensas causadas pela passagem do furacão Cindy dias antes, sofreram com severas enchentes, além de enxurradas relatadas nas vizinhanças da região metropolitana de Atlanta.[38][39]

Nos Estados Unidos, 15 mortes foram relatadas devido à passagem de Dennis, 14 somente na Flórida, incluindo uma no condado de Walton,[40] três no condado de Broward,[1][41] três no condado de Charlotte e um nos condados de Nassau e Escambia,[41] além de um na cidade de Decatur, na Geórgia.[42] No golfo do México, a tempestade danificou seriamente o Thunder Horse, uma plataforma petrolífera da BP a cerca de 240 km a sudeste de Nova OrleansLuisiana, causando à plataforma a declinar seriamente.[43]

Tornados[editar | editar código-fonte]

Lista de tornados confirmados - Sábado, 9 de Julho de 2005
F#
Localidade
Condado
Coord.
Hora (UTC)
Comprimento da
trajetória
Danos
Flórida
F0Sul de WauchulaHardeeCoordenadas : formato inválido09:501,6 kmBreve toque ao chão, uma pousada de madeira foi totalmente destruída. Cerca de 50.000 dólares em prejuízos.
F1Leste-nordeste of BradentonManateeCoordenadas : formato inválido10:00800 mBreve toque ao chão, um celeiro de concreto entrou em colapso. Várias árvores ao chão. Cerca de 210.000 dólares em prejuízos
F0Região de TampaHillsboroughCoordenadas : formato inválido10:30500 mBreve toque ao chão, danos pequenos a uma construção, além da derrubada de várias árvores.
F0Sudoeste de BrandonHillsboroughCoordenadas : formato inválido10:301 kmBreve toque ao chão, 18 residências danificadas, além da queda de várias árvores. Cerca de 40.000 dólares em prejuízos.
F0Sudeste de Pinellas ParkPinellasCoordenadas : formato inválido10:55200 mBreve toque ao chão, apenas árvores foram danificadas.
F0Nordeste de MangoHillsboroughCoordenadas : formato inválido16:00800 mBreve toque ao chão, sem prejuízos relatados.
F0Norte de LecantoCitrusCoordenadas : formato inválido18:401,1 kmBreve toque ao chão, apenas danos a árvores.
F0Região de Live OakSuwanneeCoordenadas : formato inválido02:401,6 kmBreve toque ao chão, danos a várias residências.
Lista de tornados confirmados - Domingo, 10 de Julho de 2005
Flórida
F0Norte de Live OakSuwanneeCoordenadas : formato inválido21:4016,1 kmUma residência e um estacionamento danificados pelo tornado.
Lista de tornados confirmados - Segunda, 11 de Julho de 2005
Geórgia
F0Sudoeste de ClevelandWhiteCoordenadas : formato inválido01:408 kmDois celeiros destruídos, além de mais de 300 árvores danificadas. Cerca de 75.000 dólares em prejuízos.
Fontes:

NCDC Tornado History Project 7/9-11/05

Retirada do nome[editar | editar código-fonte]

O nome Dennis foi retirado da lista de nomes de furacões durante a primavera (hemisfério norte) de 2006 e nunca será utilizado novamente para dar nome a um furacão atlântico. O nome substituto escolhido é Don, na lista III da lista de nomes de furacões no Atlântico, que será utilizado pela primeira vez durante a temporada de 2011.[44]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Furacão CatrinaPortal da
meteorologia
Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Furacão Dennis

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n Jack Beven (2005). «Hurricane Dennis Tropical Cyclone Report» (PDF)Centro Nacional de Furacões (em inglês). Consultado em 10 de março de 2008
  2.  Avila (2005). «Tropical Depression Four discussion number 2»Centro Nacional de Furacões (em inglês). Consultado em 8 de março de 2008
  3.  Centro Nacional de Furacões. «Discussion for Hurricane Dennis, 11:00 a.m. EDT, July 8, 2005»NOAA (em inglês). Consultado em 2 de dezembro de 2005
  4.  Stewart (2005). «Hurricane Dennis discussion number 17»Centro Nacional de Furacões (em inglês). Consultado em 8 de março de 2008
  5.  Centro Nacional de Furacões. «Discussion for Hurricane Dennis, 10:00 p.m. CDT, July 9, 2005»NOAA (em inglês). Consultado em 2 de dezembro de 2005
  6.  National Weather Service, Mobile-Pensacola Forecast Office. «Public Information Statement»NOAA (em inglês). Consultado em 2 de dezembro de 2005
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  8.  «Oil Prices surges to record»Bloomberg Television(em inglês). 7 de julho de 2005
  9.  «Hurricane Dennis kills 10 in Cuba»BBC (em inglês). 11 de julho de 2005
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  19.  Gannett News Service (2005). «Savvy Florida residents brace for another hurricane» (em inglês). Consultado em 14 de março de 2008
  20.  Associated Press (2005). «Florida Panhandle Military Evacuation»WTVY News (em inglês). Consultado em 19 de março de 2008. Arquivado do original em 5 de janeiro de 2013
  21.  International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies. «Operations Update-Caribberan:Hurricanes Dennis & Emily» (PDF) (em inglês). Consultado em 26 de dezembro de 2005
  22.  Instituto Nacional de Recursos Hidráulicos (2003). «Lluvias intensas observadas y grandes inundaciones reportadas» (em Spanish). Consultado em 10 de fevereiro de 2007. Arquivado do original em 12 de março de 2007
  23.  «Castro: Cuban death toll from Hurricane Dennis raised to 16»USA Today (em inglês). 12 de julho 2005
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  25.  Federal Emergency Management Agency (7 de julho de 2006). «Monday Marks Hurricane Dennis Anniversary»FEMA (em inglês). Consultado em 8 de julho de 2006
  26.  Michael Wilson (2005). «Hurricane Dennis Nears, on a Familiar Path»New York Times (em inglês). Consultado em 11 de março de 2008
  27.  Roger Roy, Wes Smith and Jason Garcia (2005). «Florida's Gulf Coast finds damage from Hurricane Dennis less than anticipated» (em inglês). Consultado em 11 de março de 2008
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  31.  Hurricane Research Division (2008). «Chronological List of All Hurricanes which Affected the Continental United States: 1851-2005»National Oceanic and Atmospheric Administration (em inglês). Consultado em 3 de abril de 2008
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  38.  National Weather Service, Southern Regional Headquarters. «The Menace of Dennis»NOAA (em inglês). Consultado em 5 de fevereiro de 2006. Arquivado do original em 31 de agosto de 2006
  39.  Stephanie Schupska (University of Georgia). «Dennis' rain, flooding slams Georgia homes, crops»UGA College of Agriculture and Environmental Sciences (em inglês). Consultado em 5 de fevereiro de 2006
  40.  «Dennis speeds through Florida Panhandle»Ledger-Enquirer (em inglês). 10 de julho 2005 [ligação inativa][ligação inativa]
  41. ↑ Ir para:a b «2 deaths apparently storm-related»Miami Herald(em inglês). 11 de julho 2005 [ligação inativa][ligação inativa]
  42.  «Storm Topples Tree, Kills Father»WXIA-TV (em inglês). 12 de julho 2005 [ligação inativa][ligação inativa]
  43.  «Big BP oil rig listing badly in U.S. Gulf»MarketWatch(em inglês). 11 de julho 2005
  44.  "Dennis, Katrina, Rita, Stan, and Wilma "Retired" from List of Storm Names." NOAA. March 25, 2006.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

TELSTAR - PRIMEIRO SATÉLITE DE COMUNICAÇÕES - (1962) - 10 DE JULHO DE 2020


Telstar

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Disambig grey.svg Nota: Para o console de jogo, veja Coleco Telstar. Para a bola oficial das Copas FIFA de 1970 e 1974, veja Adidas Telstar.
Telstar
Ilustração do primeiro Telstar; na parte superior ficavam as antenas telemétricas, no centro as antenas receptoras (o aro de pequenos quadrados) e as antenas transmissoras (os quadrados maiores); nas partes inferior e superior do globo várias baterias solares.

OperaçãoEstados UnidosNASA
Tipo de missãoSatélite de Comunicações
ContratanteBell Laboratories
Satélite daTerra
Lançamento10 de julho de 1962 às 08:35:00 UTC
LocalEstados UnidosCabo KennedyFlóridaEstados Unidos
Duração da missão1 ano
Massa77 kgElementos orbitais
Excentricidade0,24186
Inclinação44,8º
Apoastro5 643 km
Periastro945.0 km
Período orbital157,8 minutos

Telestar foi o nome de um projeto comum da NASA e da empresa estadunidense de telecomunicação AT&T, responsável pelo primeiro satélite de telecomunicação civil. Os satélites Telstar foram os primeiros satélites que permitiam ligações eventuais entre as estações munidas de grandes antenas de acompanhamento.

Telstar 1[editar | editar código-fonte]

Lançado em 10 de julho de 1962 da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, foi o satélite que possibilitou a primeira transmissão de televisão ao vivo entre Europa e os Estados Unidos.[1]

A primeira transmissão de sinal televisivo ocorreu no dia 23 de julho. O satélite possuía uma órbita elíptica, com o ponto mais afastado a 5 653 km, e o mais perto a 954 km, numa velocidade 25 mil km/h.[1]

Sua atividade durou 7 meses; era alimentado por baterias solares que geravam a eletricidade para acionar os seus dispositivos internos. Antenas de recepção e transmissão permitiam que estações terrestres acompanhassem sua trajetória espacial.[1]

Seu transmissor com a potência ínfima de 2¼ watts tinha sinais tão fracos que as estações que o acompanhavam os recebiam e ampliavam 10 bilhões de vezes, através de antenas parabólicas com 30 m de diâmetro.[1]

Para que a primeira transmissão de televisão via satélite ocorresse entre os dois continentes os sinais eram gerados em Nova York por uma emissora local, depois repassados a uma estação em Andover (mais ao norte) e dali, por meio do Telstar I, até a estação de Goonhilly, no Reino Unido, e dali para Londres, que as retransmitia por via terrestre.[1]

Essas transmissões não eram contínuas, pois o giro orbital rapidamente colocava o satélite fora do alcance das estações. Entretanto, o Telstar era usado para a telefonia como também para a coleta de dados sobre o ambiente sideral que, ao fim de pouco mais de seis meses, danificaram seus equipamentos.[1]

Apesar de não funcionar mais, ele ainda se encontra na órbita da Terra.[2] Na época, o lançamento do satélite foi cobertura da mídia impressa brasileira sob diversos aspectos, como uma integração do Brasil com o projeto, sob o aspecto da telefonia e uma crise gerada no meio da televisão. [3]

Satélites sucessores[editar | editar código-fonte]

Os sucessores do Telstar 1 foram o Telstar 2, lançado em 13 de maio de 1963, e o Syncom (também lançado no mesmo ano), bastante aperfeiçoados em relação ao pioneiro, já como parte de uma rede de satélites que viria a tornar a telecomunicação mais fácil.[1]

Nos anos 80, o nome Telstar foi reativado pela empresa AT&T para denominar uma série de satélites geoestacionários.

Satélites[editar | editar código-fonte]

NomeData do lançamentoVeículo de lançamentoLocal do lançamentoPosição orbitalPlataformaMassa[4]
Telstar 1[5]10 de julho de 1962Delta-DM19Cabo Canaveral945×5 643 km
×45
77 kg
Telstar 27 de maio de 1963Delta BCabo Canaveral972×10 802 km
×43°
79 kg
Telstar 301 [6]28 de julho de 1983Delta-3920 PAM-DCabo Canaveral76° WHS-376625 kg
Telstar 30230 de agosto de 1984DiscoveryCabo Canaveral125° WHS-376625 kg
Telstar 30317 de junho de 1985DiscoveryCabo Canaveral76° WHS-376630 kg
Telstar 40116 de dezembro de 1993Atlas IIASCabo Canaveral97° WAS-70003 375 kg
Telstar 4029 de setembro de 1994Ariane 42LKourouAS-70003 485 kg
Telstar 4
(Telstar 402R, Telstar 403)
24 de setembro de 1995Ariane 42LKourou89° WAS-70003 410 kg
Telstar 5
(Intelsat Americas 5, IA-5
Galaxy 25)
24 de maio de 1997Proton-K/Block-DM4Baikonur97° WSSL-13003 600 kg
Telstar 6
(Intelsat Americas 6, IA-6
Galaxy 26)
15 de fevereiro de 1999Proton-K/Block-DM3Baikonur93° WSSL-13003 763 kg
Telstar 7
(Intelsat Americas 7, IA-7
Galaxy 27)
25 de setembro de 1999Ariane 44LPKourou127° WSSL-13003 790 kg
Telstar 8
(Intelsat Americas 8, IA-8
Galaxy 28)
23 de junho de 2005Zenit-3SLOdyssey89° WSSL-1300S5 493 kg
Telstar 9(não foi lançado)SSL-1300S5 493 kg
Telstar 10 (Apstar 2R)16 de outubro de 1997Longa Marcha 3BXichang76,5° ESSL-13003 700 kg
Telstar 11 (Orion 1)29 de novembro de 1994Atlas IIACabo Canaveral37,5° WEurostar-20002 361 kg
Telstar 11N26 de fevereiro de 2009Zenit-3SLBBaikonur37,5° WSSL-13004 012 kg
Telstar 12 (Orion 2)19 de outubro de 1999Ariane 44LPKourou15° WSSL-13003 814 kg
Telstar 12V (Telstar 12 Vantage)24 de novembro de 2015H-IIA-204Centro Espacial de Tanegashima15° WEurostar-30005 000 kg
Telstar 13 (EchoStar 9,
Intelsat Americas 13, IA-13
Galaxy 23)
8 de agosto de 2003Zenit-3SLPlataforma da Sea Launch121° WSSL-13004 737 kg
Telstar 14 (Estrela do Sul 1)11 de janeiro de 2004Zenit-3SLPlataforma da Sea Launch63° WSSL-13004 694 kg
Telstar 14R (Estrela do Sul 2)20 de maio de 2011Proton-M/Briz-MBaikonur63° WSSL-13005 000 kg
Telstar 18 (Apstar 5)29 de janeiro de 2004Zenit-3SLPlataforma da Sea Launch138° ESSL-13004 640 kg
Telstar 18V (Telstar 18 Vantage)10 de setembro de 2018Falcon 9 v1.2Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral138° ESSL-130048 000 kg
Telstar 19V (Telstar 19 Vantage)22 de julho de 2018Falcon 9 v1.2Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral63° WSSL-130047 000 kg

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