terça-feira, 7 de julho de 2020

DELTA II - VEÍCULO DE LANÇAMENTO ESPACIAL - (2003) - 7 DE JULHO DE 2020


Delta II

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Foguete Delta II
Delta II Dawn liftoff 1.jpg
Tipo
Concepção
País de origem
Fabricação
Fabricante
foguete Delta II sendo lançado do Cabo Canaveral transportando o satélite Swift.

Delta II foi um veículo de lançamento descartável fabricado pela Divisão de Sistemas Integrados de Defesa da Boeing que esteve em uso de 1989 a 2018, sendo o ICEsat-2 o último satélite a usá-lo.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Trata-se de um foguete membro da família de foguetes Delta bastante modular que permite assumir diversas configurações. Pode ter dois ou três estágios acompanhados de foguetes auxiliares externos, fixados ao primeiro estágio.[1]

O foguete Delta II tem 37.8 metros de altura e coloca cargas de 891 até 2.142 kg em órbitas geoestacionárias de transição (órbita de transferência geoestacionária (GTO)) ou cargas de 2,7 até 6,0 toneladas em órbitas de baixa altitude (órbita terrestre baixa (LEO)).[2]

Utilização[editar | editar código-fonte]

Foguetes Delta II de dois estágios são tipicamente utilizados para colocar naves espacias em baixa altitude, como satélites de posicionamento global (Global Positioning System, GPS). Enquanto que foguetes de três estágios são utilizados para as missões à Marte ou para pesquisar cometas ou asteroides.[2]

São lançados por ano de 14 a 16 deste tipo de foguete. Geralmente são lançados da plataforma SLC17-A/B da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, do estado da Flórida, e da plataforma 2 West (SLC-2W) do complexo de lançamento espacial da Base da Força Aérea de Vandenberg, do estado da Califórnia.[3]

Os foguetes Delta II e suas variações, conseguiram 115 lançamentos com sucesso (até agosto de 2004), incluindo entre outras, várias missões da NASA para a exploração do planeta Marte, como as missões:[2][3]

Composição[editar | editar código-fonte]

Cada veículo lançador consiste de:[1][2][4]

  • Estágio I:
Tanques de querosene e oxigênio líquido que alimentam o motor principal de ascensão denominado de RS27A, fabricado em parceria pela Boeing e pela Rocketdyne.
Foguetes auxiliares externos de combustível sólido usados para aumentar a aceleração nos dois minutos iniciais do lançamento. São fabricados pela Alliant Techsystems (ATK) usando um motor grafite-epóxi.
O foguete de média capacidade Delta II possui nove foguetes auxiliares, sendo que seis deles são acionados no lançamento e funcionam por um minuto e três acionados pouco depois e também funcionam por um minuto. O modelo menos potente utiliza três ou quarto foguetes auxiliares e estes são todos acionados no momento do lançamento.
Motor Star 48 do segundo estágio do foguete Delta II
  • Estágio II: Um combustível que se auto-inflama alimenta um motor da Aerojet reiniciável modelo AJ-10. Este motor liga uma ou mais vezes durante o voo para inserir a nave espacial em uma órbita baixa em torno da Terra de forma conveniente. Este estágio contém um sistema redundante de controle de voo inercial, construído pela L3 Communications Space & Navigation (comumente conhecida por AlliedSignal Aerospace) que combina a plataforma inercial com a navegação computadorizada, para precisamente controlar o voo da nave.
  • Estágio III: Estágio opcional, contém um motor fabricado pela AtK Thiokol de combustível sólido denominado de Star 48, que fornece uma aceleração suficiente para que a nave espacial possa deixar a órbita.
Este estágio utiliza a rotação do conjunto para navegar, pois não possui um controle de navegação e depende do segundo estágio para obter a orientação apropriada de sua trajetória antes da separação do 2° e do 3° estágio.
Alguns foguetes Delta II tinham apenas dois estágios que geralmente eram utilizados para missões na órbita da Terra.
  • Invólucro: Trata-se de um cone feito de metal ou material composto delgado térmico-mecânico, que protege a nave espacial durante o lançamento. Ele é descartado durante o funcionamento do segundo estágio, quando a nave está fora da atmosfera terrestre.

Numeração dos foguetes Delta II[editar | editar código-fonte]

A família Delta II é mais tecnicamente conhecida pelo seu sistema de 4 dígitos que são:[4]

  • O primeiro dígito pode ser 6 ou 7, significando que o foguete seja da série 6000- ou 7000-, que voaram até 1992. Posteriormente foram equipados com um tanque extra no primeiro estágio com um motor RS-27.

O atual modelo da série 7000- é equipado com um motor RS-27A, com um longo cone na dianteira e de foguetes auxiliares de material composto, denominados motores grafite-epóxi (GEM).

  • O segundo dígito significa o número de foguetes auxiliares, geralmente 9. Nestes casos, seis deles são acionados durante a partida e três são acionados em pleno voo. Veículo Delta de médio porte pode ter 3 ou 4 foguetes auxiliares, todos acionados no momento do lançamento.
  • O terceiro dígito é o 2, indicando que o segundo estágio é impulsionado pelo motor da Aeolet AJ10. Este motor é reiniciável utilizado para missões mais complexas. Missões anteriores da série 6000 usaram um motor diferente, o TR201.
  • O último dígito indica o terceiro estágio. 0 significa que não existe o terceiro estágio. 5 significam que é um estágio com módulo de lançamento assistido (Payload Assist Module (PAM)) e é equipado com o motor Star 48 de combustível sólido. 6 indicam que o motor Star 37 equipa o terceiro estágio.
Transporte do primeiro estágio do Delta II

Um exemplo: O foguete Delta 7925, tem juntado ao primeiro estágio, 9 foguetes auxiliares e no terceiro estágio, um módulo de lançamento assistido. O foguete Delta II 7320 é um foguete de dois estágios do tipo médio leve, com três foguetes auxiliares no primeiro estágio.

  • O foguete Delta II de alta capacidade, utiliza foguetes auxiliares de alta potência denominados de GEM-46 ([GEM]Graphite-Epoxy Motor). Inicialmente foram denominados de Delta III. Eram denominados de 7xxxH.
Três tipos de cone protetor dianteiro são disponibilizados.

O cone original de paredes finas de alumínio, com 2.89 m de diâmetro (9,5 feet). O cone feito de material composto de 3.05 m (10 foot) que se distingue do outro por ser estreito na sua parte dianteira e na parte de fixação com o foguete. Por último o cone alongado de de 3,05 m (10 foot) de diâmetro, para acomodar naves espacias de grande tamanho.

Foguetes comparáveis[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. ↑ Ir para:a b c Nola Taylor Redd (27 de setembro de 2018). «Delta II Rocket: 30 Years of Launches». Space.com. Consultado em 11 de julho de 2019
  2. ↑ Ir para:a b c d «Heritage of Success». United Launch Alliance (ULA). Consultado em 11 de julho de 2019
  3. ↑ Ir para:a b «Delta II Data Sheet». Space Launch Report. 20 de outubro de 2018. Consultado em 11 de julho de 2019
  4. ↑ Ir para:a b «Delta II». Forecast International. Janeiro de 2012. Consultado em 11 de julho de 2019

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Delta II

BATALHA DE OTUMBA (1519) - 7 DE JULHO DE 2020


Batalha de Otumba

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Batalha de Otumba
Conquista do Império Asteca
The battle of Otumba.jpg
A batalha de Otumba.
Data7 de julho de 1520
LocalTenochtitlanMéxico
DesfechoVitória espanhola
Beligerantes
Flag of Cross of Burgundy.svg Espanha
EscudodeTlaxcala.png Tlaxcala
CodexMendoza01.jpg Tríplice Aliança Asteca
Comandantes
Flag of Cross of Burgundy.svg Hernán CortésCodexMendoza01.jpg Matlatzincatl 
Forças
Exército espanhol:
  • 500 soldados
  • + 20 cavaleiros
  • Mais canhões e navios pequenos

Exército Tlaxcalano:

  • Mais de 800 guerreiros
Desconhecido (mínimo de 20 000, máximo de 200 000 combatentes)
Baixas
~ 60 espanhóis mortos
Centenas de tlaxcalanos mortos ou feridos
Desconhecido (estima-se que muito altas)

Batalha de Otumba foi um confronto militar travado perto de Otumba de Gómez FaríasMéxico.

Precedentes[editar | editar código-fonte]

Por volta de março de 1519, Hernán Cortés, com um exército de conquistadores desembarcou na costa leste do México. Cortés havia recebido ordens de subjugar a região (na época dominada pelo Império Asteca) em nome do Reino da Espanha. Através de força bruta e manobras políticas, os espanhóis conseguiram firmar alianças com os povos Totonacas e Tlaxcaltecas (inimigos jurados dos astecas) e assim reuniram um grande exército e então marcharam rumo à cidade de Tenochtitlan, a maior da região. Em Novembro, tropas espanholas adentraram na cidade e foram recebidas pelo seu governante, o imperador Moctezuma II. Inicialmente, os conquistadores europeus foram bem recebidos e não houve tantos tumultos. Contudo, tensões entre as partes escalaram e no fim de Junho de 1520 os nativos expulsaram os espanhóis e os seus aliados tlaxcaltecas de Tenochtitlan, no evento que ficou conhecido como La Noche Triste ("A Noite Triste"). Cortés iniciou então uma retirada até Tlaxcala, enquanto as suas forças eram importunadas por guerrilheiros astecas. Foi então que a liderança asteca resolveu surpreendê-los enquanto recuavam.[1]

A batalha[editar | editar código-fonte]

Após ser expulso da cidade pelos nativos na "Noite Triste", as forças espanholas remanescentes fugiram para as planícies do vale de Otumba, onde eles encontraram uma grande tropa Asteca de no mínimo 20 000 combatentes. Os astecas não conseguiram sobrepujar o inimigo completamente, apesar destes estarem em muito menor número e, além disto, ainda estarem cansados e famintos. Os espanhóis também usaram muito bem os poucos cavaleiros que tinham, assustando os astecas com ataques frontais.[2]

No final, os espanhóis e os tlaxcalanos conseguiram pôr o exército asteca em retirada, após uma violenta batalha. Os conquistadores então se reagruparam e recuperam forças e mais tarde lançariam novas ofensivas em território asteca.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  The Spanish Invasion of Mexico 1519–1521. [S.l.: s.n.]
  2. ↑ Ir para:a b "Historia de la nación chichimeca" ISBN 978-84-9816-685-9.

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