quinta-feira, 2 de julho de 2020

ALETEIA - 2 DE JULHO DE 2020

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Discernindo entre a vida de solteiro e o casamento: desafios e dificuldades

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Por que juntamos as mãos para rezar?

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Arcebispo faz exorcismo no local onde estátua de santo foi vandalizada

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Como negociar com o seu filho

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O real motivo pelo qual não houve Audiência Geral do Papa Francisco hoje

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“ Fazer que uma boa ação siga a outra: é a perfeição da bondade ”

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INIMIGO PÚBLICO - 2 DE JUKHO DE 2020

2020 13:30
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Inimigo Público


Fronteira entre Portugal e Espanha reaberta oficialmente por Paulo Futre

Posted: 01 Jul 2020 04:32 AM PDT

A fronteira entre Portugal e Espanha reabre hoje oficialmente com uma cerimónia em Elvas e Badajoz na qual estarão presentes em representação do nosso país Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa e em representação do país vizinho Felipe VI e Pedro Sánchez, sendo a fita que separa os países rasgada simbolicamente por Paulo Futre […]

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Coreia do Norte recua: vai consagrar Pyongyang a Cristina Ferreira e não a Nossa Senhora de Fátima

Posted: 30 Jun 2020 01:46 PM PDT

A diocese de Pyongyang ia consagrar-se a Nossa Senhora de Fátima, mas as pessoas falaram lá umas com a outras, Kim Jong-un deu ordens de cima para baixo e afinal o que avança é um santuário em forma de Malveira dedicado a Cristina Ferreira. Da Coreia é tudo, a emissão contigo, Nuno Rogeiro.

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Adeptos do Benfica exigem construção de estátua do Bruno Lage para a poderem derrubar

Posted: 30 Jun 2020 09:09 AM PDT

Depois dos péssimos resultados mais recentes, Bruno Lage colocou o lugar à disposição e abandonou o Benfica, tendo os adeptos furiosos exigido a Luís Filipe Vieira que construa uma estátua do treinador para a poderem vandalizar, derrubar e partir em calhaus que possam ser atirados ao autocarro do clube. Luís Filipe Vieira desculpou-se com o […]

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DO TEMPO DA OUTRA SENHORA - 2 DE JULHO DE 2020

7/2020 11:40
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Do Tempo da Outra Senhora


Inocência Lopes e a negritude de “O Amor é cego”

Posted: 01 Jul 2020 09:43 AM PDT


"Amor é cego", negro. Inocência Lopes (1973-  ).

LER AINDA:
Figuras de negros

Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Luís de Camões (c.1524 – 1580)
Tradição versus inovação
A barrística popular de Estremoz não é imune à mudança a que se refere Camões. De há muito que se tem verificado uma renovação na abordagem dos temas tratados. Esta tem-se acentuado ultimamente, de modo a que os bonecos reflictam os contextos e as preocupações sociais que afligem a comunidade em geral e das quais o barrista é intérprete.
A ceifeira e o pastor de tarro e manta são registos etnográficos dum contexto sociológico agro-pastoril do Alentejo de antanho. Ficaram perpetuados nas esculturas populares dos nossos barristas, tal como no traje e reportório dos nossos grupos etnográficos, a que há que acrescentar o registo dos nossos escritores, fotógrafos e artistas plásticos.
A vida mudou, mas o barro e as mãos de quem o modela, conseguiram reportar uma época e os seus contextos sociais
Nos dias de hoje, os barristas continuam a modelar figuras criadas por aqueles que os antecederam, ainda que com as suas marcas identitárias muito próprias.
Porém cabe-lhes a importante missão de, para além disso, serem os repórteres do contexto e das preocupações sociais do presente. Apenas se lhe exige que sigam o modo de produção, reconhecido como sendo de Estremoz e que na sua essência utiliza na modelação de uma figura, a combinação da placa, do rolo e da bola. Esses têm que estar sempre presentes como “marca de água” que assegura a genuidade da nossa produção barrista, cuja origem remonta a setecentos.
O Amor é cego
“O Amor é cego”, cuja produção remonta ao séc. XIX, é uma figura de Carnaval e simultaneamente uma alegoria à cegueira do amor e ao Cupido de olhos vendados, tema recorrente na pintura e gravura universais, no adagiário português e no cancioneiro popular alentejano. Até ao presente, “O Amor é cego” tem sido representado como uma figura feminina, de pele branca.
Todavia, se o amor é mais forte do que tudo, se não conhece fronteiras, não distingue nem raças, nem credos, nem ideologias, se de facto “O Amor é cego”, esta figura da nossa barrística que é Património Imaterial da Humanidade, não pode ser um ícone exclusivo da raça branca. Tem por extensão de ser de todas as outras. É pois legítimo que a figura seja modelada com outras cores de pele [1] Foi o que pensou a barrista Inocência Lopes.
Faça-se negro
De acordo com o Génesis, no primeiro dia de Criação do Mundo “Deus disse: “Faça-se a luz!”. E a luz foi feita”. Pois bem, pensando em “O Amor é cego”, Inocência Lopes disse: “Faça-se negro”. E o negro foi feito.
Ao criar “O Amor é cego” negro [2], Inocência Lopes exalta a negritude e proclama a igualdade racial. Trata-se assim de uma figura com forte conotação ideológica que assume especial importância num período de fortes tensões sociais que à escala global traduzem o repúdio por actos racistas praticados por partidários da supremacia branca.
A rematar
A negritude é um tema fracturante a nível planetário. Ao assumir a maternidade de uma figura que a partir deste momento passa a ser paradigmática, a barrista mostrou uma atitude corajosa, pois revelou-nos de que lado da barricada está.
O arrojo na concepção e a qualidade da modelação e da decoração, merecem que eu diga:
- PARABÉNS, INOCÊNCIA LOPES!



[1]- À semelhança de inúmeras imagens devocionais de Nossa Senhora que existem por esse mundo fora e nas quais a Virgem é representada muitas vezes como Virgem Negra.
[2] - O Amor é cego” negro insere-se dentro daquilo que se convencionou chamar “Bonecos da Inovação” e nada tem a ver com figuras como “Preto a cavalo”, “Preta florista” e “Preta pequena” que integram os chamados “Bonecos da Tradição”. Estas últimas figuras são reveladoras da colonização africana ocorrida no Alentejo, que levou a que os negros ficassem perpetuados na barrística popular estremocense.

JOSÚ BARROSO - 2 DE JULHO DE 2020

Josú!Barroso


Posted: 30 Jun 2020 05:44 PM PDT

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