segunda-feira, 29 de junho de 2020

FERREIRA DE CASTRO (jOSÉ MARIA) - ESCRITOR - MORREU EM 1974 - 29 DE JUNHO DE 2020


Ferreira de Castro

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Disambig grey.svg Nota: Para o advogado brasileiro, outrora vice-governador do Piauí, veja Francisco Ferreira de Castro. Para o advogado brasileiro, outrora vice-governador do Ceará, veja Francisco Castelo de Castro.
Ferreira de Castro
Nome completoJosé Maria Ferreira de Castro
Nascimento24 de maio de 1898
Oliveira de AzeméisPortugal
Morte29 de junho de 1974 (76 anos)
PortoPortugal
Nacionalidadeportuguês
CônjugeDiana de Lis (1927-1930)

Elena Muriel (1938, 1 filha)

OcupaçãoEscritor
PrémiosPrémio Ricardo Malheiros (1934)

Prémio Águia de Ouro de Festival do Livro de Nice (1970)
Prémio da Latinidade (1971)

Magnum opusA Selva

José Maria Ferreira de Castro (OsselaOliveira de Azeméis24 de Maio de 1898 — Porto, 29 de Junho de 1974) foi um escritor português.

Existe uma biblioteca e uma escola secundária com o seu nome em Oliveira de Azeméis e uma escola secundária e um museu em Sintra.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Busto do autor de A Selva em Manaus

Filho mais velho de José Eustáquio Ferreira de Castro e de Maria Rosa Soares de Castro. Aos 8 anos ficou órfão de pai, um camponês pobre e decide, aos 12 anos, emigrar com a intenção de sustentar a família. A 7 de Janeiro de 1911 embarcou no vapor " Jerôme" com destino a Belém do Pará, no Brasil[1]. Ali viria a publicar o seu primeiro romance Criminoso por ambição, em 1916.

Durante quatro anos viveu no seringal Paraíso, em plena floresta amazónica, junto à margem do rio Madeira. Depois de partir do seringal Paraíso, viveu em precárias condições, tendo de recorrer a trabalhos como, colar cartazes, embarcadiço em navios do Amazonas etc.

Mais tarde, em Portugal, foi redator do jornal O Século, diretor do jornal O Diabo e colaborador das revistas O domingo ilustrado[2] (1925-1927), Renovação (1925-1926) [3] e Ilustração [4] (iniciada em 1926). Ao serviço do jornal de Pereira da Rosa, assinou crônicas vibrantes, como o dia em que se deixou prender no Limoeiro para testemunhar a vida dos reclusos nas cadeias portuguesas ou a sua entrevista exclusiva em Dublin com Eamon de Valera, líder do Sinn Fein em 1930.[5]

Em 1930 publica A Selva, a obra que o tornaria um escritor de dimensão internacional, inclusive candidato a Prêmio Nobel. O livro recebe críticas positivas no The New York Times e abre-lhe caminho em Hollywood e possibilita-lhe o ingresso no Pen Clube francês. Nessa altura perde tragicamente a esposa, Diana de Liz, a quem dedicou o livro.

Após o falecimento da esposa, Ferreira de Castro partiu para Inglaterra de barco, na companhia do escritor Assis Esperança. Fica doente, com septicemia, mas é tratado pelo médico e historiador de arte Reynaldo dos Santos. Em consequência do estado de luto, em Dezembro de 1931 Ferreira de Castro tenta o suicídio sem sucesso. Para convalescer parte para a Madeira, onde escreve o romance Eternidade (1933), cujo tema é a obsessão pela morte[6].

Ferreira de Castro ordenou a transladação dos ossos da esposa Diana e erigiu-lhe um mausoléu.

Faleceu em 1974, pouco depois do 25 de Abril, tendo chegado a desfilar no 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Encontra-se enterrado em Sintra, por sua expressa vontade [7].

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Foi casado com Diana de Liz, escritora, defensora da emancipação feminina, que morreu em 1930 de causas desconhecidas. Voltou a casar-se com Elena Muriel, pintora espanhola refugiada no Estoril. Com ela viveu 40 anos e teve uma filha, Elsa Beatriz.

Relevância da obra[editar | editar código-fonte]

Emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista, é hoje em dia, ainda, um dos autores com maior obra traduzida em todo o mundo, podendo-se incluir a sua obra na categoria de literatura universal moderna, precursora do neorrealismo, de escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica.

A exemplo da sua ainda grande atualidade pode referir-se a recente adaptação ao cinema, com muito sucesso, da obra A Selva.

Casa-Museu Ferreira de Castro[editar | editar código-fonte]

Localiza-se na Rua Escritor Ferreira de Castro, em Ossela.[8]

Ferreira de Castro, um dos maiores vultos de sempre da cultura portuguesa, era um trabalhador incansável, na verdadeira acepção do termo.

Não dispondo ou não querendo utilizar máquina de escrever e ainda a uma enorme distância dos nossos computadores, veja-se a montanha de papel que Ferreira de Castro, laboriosamente, escreveu, para produzir uma das suas mais importantes obras: " As Maravilhas Artísticas do Mundo".

Em 1967, Ferreira de Castro doa a propriedade à autarquia, que se comprometeu, desde essa data, a mantê-la e conservá-la, proporcionando visitas guiadas a todos que o quisessem fazer.

Obras[editar | editar código-fonte]

Obras da Adolescência e Juventude[editar | editar código-fonte]

  • Criminoso por Ambição (1916)
  • Alma Lusitana (1916)
  • Rugas Sociais (1917)
  • Mas ... (1921)
  • Carne Faminta (1922)
  • O Êxito Fácil (1923)
  • Sangue Negro (1923)
  • A Metamorfose (1924)
  • A Boca da Esfinge (1924)
  • Sendas de Lirismo e de Amor (1925)
  • O Drama da Sombra (1926)
  • A Epopeia do Trabalho (1926)
  • A Morte Redimida (1925)
  • A Peregrina do Mundo Novo (1926)
  • A Casa dos Móveis Dourados (1926)
  • O voo nas Trevas (1927)
  • Sim, uma Dúvida Basta (1936)- publicado em 1994
  • O Intervalo (1936)- publicado em 1974
  • Os Fragmentos (1974)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY - ESCRITOR DO "PRINCIPEZINHO" - NASCEU EM 1900 - 29 DE JUNHO DE 2020


Antoine de Saint-Exupéry

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Antoine de Saint-Exupéry
Saint-Exupéry no Canadá em maio de 1942
Nome completoAntoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry
Nascimento29 de junho de 1900
Lyon
Morte31 de julho de 1944 (44 anos)
Incerto; ao largo de Marselha
OcupaçãoEscritorilustradorpiloto
PrémiosPrémio Femina (1931)

Grande prémio de romance da Academia francesa (1939)

Magnum opusBrasilO Pequeno Príncipe /Portugal: O Principezinho

Antoine Jean-Baptiste Marie Roger Foscolombe, Conde de Saint-Exupéry, popularmente conhecido como Antoine de Saint-Exupéry (Lyon29 de junho de 1900 — litoral sul da França31 de julho de 1944) foi um escritorilustrador e piloto francês, terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe.

Biografia

Interessado em mecânica, estudou no colégio jesuíta de Notre-Dame, em Mans, de 1909 a 1914. Neste ano, juntamente com seu irmão François, transfere-se para o colégio dos Marianistas, na Suíça, onde permanece até 1917. Em abril de 1921, inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval.

Em 17 de junho, obtém em Rabat, para onde fora mandado, o brevê de piloto civil. Em 1922, já é piloto militar brevetado, com o posto de subtenente da reserva. Em 1926, recomendado por amigo, o Abade Sudour, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação , onde começa então sua carreira como piloto de linha, voando entre ToulouseCasablanca e Dacar, na mesma equipe dos pioneiros Vacher, Mermoz, Guillaumet e outros. Foi por essa época, quando chefiou o posto de cabo Juby,[1] no sul de Marrocos e uma colónia espanhola, que os mouros lhe deram o cognome de senhor das areias. Ficou 18 meses no Cabo Juby,[carece de fontes] durante os quais escreveu o romance Courrier sud ("Correio do Sul")[1] e negociou com as tribos mouras a libertação de pilotos que tinham sido detidos após acidentes ou aterragens forçadas.

Monumento a Saint-Exupéry em Tarfaya (Cabo Juby), Marrocos, uma das escalas da Aéropostale

Após quase 25 meses na América do Norte, Saint-Exupéry retornou à Europa para voar com as Forças Francesas Livres e lutar com os Aliados num esquadrão do Mediterrâneo. E com 43 anos, ele era mais velho que a maioria dos homens designados para funções, e sofria de dores, devido às suas muitas fraturas. Ele foi designado com um grupo de pilotos para pilotar aviões P-38 Lightning.

A última tarefa de Saint-Exupéry foi recolher informação sobre os movimentos de tropas alemãs em torno do Vale do Ródano antes da invasão aliada do sul da França. Em 31 de julho de 1944, ele partiu de uma base aérea na Córsega e não retornou. Uma mulher relatou ter visto um acidente de avião em torno de meio-dia de 1 de agosto perto da Baía de Carqueiranne, Toulon. Um corpo não identificável ​​usando cores francesas foi encontrado vários dias depois a leste do arquipélago Frioul ao sul de Marselha e enterrado em Carqueiranne em setembro.

O alemão Horst Rippert assumiu ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião e disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry.[2] Em 3 de novembro, em homenagem, recebeu as maiores honras do exército. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilômetros da costa de Marselha. Seu corpo não foi encontrado.

Em 1998, um pescador de Marselha, Jean Claude Bianco, pescou uma pulseira prateada, com o nome de Antoine de Saint Exupéry e da mulher inscritos. Luc Vanrell, arqueólogo submarino iniciou uma busca que duraria 10 anos e viria a revelar os destroços de duas avionetas - um Messerschmitt do príncipe alemão zu Bentheim uns Steinfurt, e o Lightning de St Exupéry. Uma parte do aparelho encontra-se hoje no Museu do Ar e do Espaço de Bourget.[3]

Obras

As suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.

Destaca-se BrasilO Pequeno Príncipe /Portugal: O Principezinho de 1943, livro de grande sucesso de Saint-Exupéry.

Le Petit Prince pode parecer simples, porém apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranquilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem em busca de amigos, que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.

O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor quão equivocados podem ser os nossos julgamentos, e como eles podem nos levar à solidão. O livro nos leva à reflexão sobre a maneira de nos tornarmos adultos, entregues às preocupações diárias, e esquecidos da criança que fomos e somos.

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