segunda-feira, 22 de junho de 2020

Estátuas Insólitas Espalhadas Pelo Mundo

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Em todo o mundo, podemos encontrar milhares de estátuas, a maioria delas localizadas em lugares públicos para comemorar um evento ou homenagear a uma pessoa. Muitas outras tem finalidades artísticas ou políticas. Embora grande parte das estátuas permaneçam fieis aos estilos acadêmicos mais conservadores, algumas não seguem essa tendência. Confira alguns exemplos!

Rinoceronte pendurado, Alemanha

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Homem pendurado no edifício, República Tcheca

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Jacaré comendo um capitalista - Brooklyn, Nova Iorque, EUA

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Charles La Trobe, Melbourne, Austrália

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Picolé de Vaca, Budapest, Hungria

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A Mão Gigante, Chile

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Músico sem Cabeça, Amsterdam, Holanda

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O Homem Rio, no rio Guadalquivir, Espanha

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Homem Cortando um Galho, Amsterdam, Holanda

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Violinista Saindo do Solo, Holanda

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Mulher na Cabine Telefônica, Londres, RU

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Fila de Indigentes durante a Grande Depressão, Nova Jérsei, EUA

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Uma estanha estátua equestre em Praga, República Tcheca

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O Homem na Água, Estocolmo, Suécia

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Arma com Nó, Nova Iorque, EUA

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Crianças no Rio, Singapura

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Homem Preso na Parede, Paris, França

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Banco na saída de um museu em Seul, Coreia do Sul

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A Banhista, Alemanha

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O Tombo do Policial, Bruxelas, Bélgica

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A Vaca Astronauta, Suécia

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Homem Despertando, Washington, EUA

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Paparazzo, Eslováquia

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Polegar, Paris, França

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Homem Trabalhando, Eslováquia

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Estátuas urinando, Praga, República Tcheca

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Hashire, Japão

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Caminhando Para o Céu, Pensilvânia, EUA

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Metamorfose, Charlotte, Carolina do Norte, EUA

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Sala Keoku, Tailândia

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Porta da Nuvem, Chicago

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Buscando a Utopia, Holanda

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Homem Nadando, Londres, Inglaterra

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Tubarão Headington, Oxford, RU

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Torneira Gigante, Suíça

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Franz Kafka, Praga, República Tcheca

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Cabeça Empresarial, Los Angeles, EUA

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Deus Pai no Arco do Céu, Suécia

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O Casal, estação de King's Cross/St.Pancras, Londres, RU

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O Touro de Wall Street, Nova Iorque, EUA

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Fonte: Ashlaya F.

DO TEMPO DA OUTRA SENHORA - 22 DE JUNHO DE 2020

020 12:41

Para:

Você

Do Tempo da Outra Senhora

Jorge Carrapiço, um barrista em construção

Posted: 21 Jun 2020 02:58 PM PDT

O amor é cego (2020). Jorge Carrapiço (1968- ).

LER AINDA:

Bonecos de Estremoz: Jorge Carrapiço

Falar de Jorge Carrapiço

Hoje é dia de falar de Jorge Carrapiço. Não é a primeira vez que o faço. Já falei dele no meu livro “Bonecos de Estremoz”, assim como no blogue “Do Tempo da Outra Senhora”, no qual reproduzi imagens de trabalhos seus.

Nunca é demais falar de um barrista, das suas criações e da sua obra. Obra cuja construção só termina com o finamento do autor. Até lá, o seu trabalho é uma procura incessante de caminhos, a proclamação de mensagens e a revelação de marcas identitárias. É o que se passa com o barrista Jorge Carrapiço, que transporta consigo a pesada herança de ser bisneto de Ana das Peles. A carga genética propiciou terreno fértil à aprendizagem da modelação do barro, primeiro com o seu vizinho e pintor de construção civil, Óscar Cavaco e depois com o seu professor de Trabalhos Manuais e artista plástico, Aníbal Falcato Alves. O seu pai, pintor de construção civil, ensinou-o a utilizar as tintas e a misturá-las até àquela cor e não outra, que é capaz de transmitir um determinado estado de alma. É assim que as pinceladas mágicas nascidas da mão do pintor, acabam por falar connosco, como se tivessem vida.

O percurso de Jorge Carrapiço não é como os demais. Não aprendeu em contexto oficinal nem familiar, nem em qualquer acção de formação. Aprendeu nas condições já referidas e o resto depois tem sido com ele.

Uma figura que cega

Hoje é um dia de cegueira. Fiquei cego pela luz que irradia do seu “Amor é cego”. Uma figura luminosa pela predominância de cores quentes e pelo recurso pouco usual ao verniz brilhante, que constitui uma das suas marcas identitárias. Jorge Carrapiço intuiu e bem o calor que deve irradiar desta figura, para traduzir o calor e a cegueira da paixão.

Os tons ocre usados no calçado e no toucado, tons de pigmentos “terras de Siena” indiciam que o amor aqui abordado alegoricamente é “Eros”, o amor romântico que se vive na Terra.

As flores que ornamentam os braços da figura em tonalidades de vermelho e com corolas amarelas, sugerem gerberas, flores que ao longo da História das Civilizações, de uma forma ou de outra, têm traduzido a beleza da vida e a energia positiva proveniente da natureza. O simbolismo induzido pela suas cores é variável. As gerberas vermelhas estão associadas à inconsciência e à total imersão no amor (cegueira do amor).

A sensualidade expressa pelos lábios vermelhos da figura é reforçada pelas rosetas avermelhadas nas maçãs do rosto ou não se desse o caso da paixão afoguear as faces.

À espera de mais

Estou a lembrar-me de um poema de Vinicius de Morais intitulado “Operário em Construção”. Parafraseando o título do celebérrimo poeta carioca, sou levado a concluir que Jorge Carrapiço é um “Barrista em Construção”. Surpreende-me em cada trabalho em que recria o que já tinha sido criado e revela muito daquilo que tem para nos dar e nós esperamos vir a receber.

Hernâni Matos

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