sábado, 20 de junho de 2020

TOMÁS RIBAS ou simplesmente TOMÁS EMÍLIO LEOPOLDO DE CARVALHO CAVALCANTI ALBUQUERQUE SCHIAPPA PECTRA SOUSA RIBAS - Escritor - NASCEU EM 1918 - 20 DE JUNHO DE 2020

Tomás Ribas

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Tomás Ribas
Nome completoTomás Emílio Leopoldo de Carvalho Cavalcanti de Albuquerque Schiappa Pectra Sousa Ribas
Nascimento20 de junho de 1918
AlcáçovasViana do Alentejo
Morte21 de março de 1999 (80 anos)
Lisboa
NacionalidadePortugal Portugal
Alma materConservatório Nacional de Lisboa
OcupaçãoEscritor, professor, jornalista, encenador
CondecoraçõesComenda da Ordem do Mérito

Tomás Emílio Leopoldo de Carvalho Cavalcanti de Albuquerque Schiappa Pectra Sousa Ribas, mais conhecido apenas como Tomás Ribas OM (AlcáçovasViana do Alentejo, 20 de junho de 1918 – Lisboa, 21 de março de 1999), foi um escritor, encenador, professor e jornalista português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascimento e formação[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo, em 20 de junho de 1918.[1] Frequentou o liceu e depois a Faculdade de Letras de Lisboa, no curso de Histórico-Filosóficas, que não chegou a concluir.[1] Esteve depois no Conservatório Nacional, onde tirou o curso especial de Dança e Coreografia.[1] Viajou pela Europa e pelos Estados Unidos da América como bolseiro do Instituto de Alta Cultura e da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo trabalhado na Ópera de Paris e nos arquivos dos teatros líricos italianos, e fequentado vários cursos no Actors Studio de Nova Iorque, onde também participou num seminário da Universidade de Columbia sobre antropologia cultural.[1]

Carreira profissional e literária[editar | editar código-fonte]

Na área do teatro, foi encenador e coreografista.[1] Trabalhou como conservador arquivista no Teatro Nacional de São Carlos durante vários anos.[1]

Trabalhou como docente na Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa, onde também fez parte do conselho científico, no Instituto de Novas Profissões, e no Conservatório, onde deu aulas de dança, encenação e estética.[1]

Como jornalista, escreveu para vários jornais diários de Lisboa e revistas, incluindo O Século IlustradoVérticeVida Mundial e Mundo Literário, tendo-se destacado principalmente como crítico de bailado.[1]

Esteve igualmente no Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres, como chefe da divisão de Etnografia e Folclore.[1]

Ocupou a posição de delegado da Secretaria de Estado da Cultura, na cidade de Faro, e fez parte do Conselho da Região de Turismo do Algarve entre 1977 e 1986, tendo-se destacado pelo impulso que deu à etnografia e cultura da região.[1]

Deixou uma vasta obra literária, tendo publicado o seu primeiro livro, Monotonia, aos vinte e cinco anos, que foi a sua única obra de poesia.[1] Em prosa, escreveu sobre vários temas, destacando-se as obras Pavlova, sobre a bailarina russa Anna PavlovaO Primeiro Negócio, de ficção, Cláudia e as Vozes do Mar, sobre teatro, e o ensaio Etnografia, Ballet, Danças Populares e Teatro.[1] Escreveu igualmente vários roteiros sobre Portugal, incluindo Guia de Recolha de DançasPortugal TurísticoGuia Turístico de Faro (1987), e Beja à Descoberta de um Passado (1995).[1] Também redigiu o prefácio para a segunda edição do livro Um Algarve Outro - contado de boca em boca.[1] Em 1999, publicou a sua última obra, O Teatro Trindade - Cento e Vinte Anos de Vida, da editora Lello e Irmãos.[1]

Falecimento[editar | editar código-fonte]

Tomás Ribas faleceu em 21 de março de 1999, na cidade de Lisboa.[1]

Prémios e homenagens[editar | editar código-fonte]

Foi homenageado com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Dança de Paris.[1] Em 9 de junho de 1993, Tomás Ribas foi honrado com o grau de comendador na Ordem do Mérito.[2] O seu nome também foi colocado na toponímia da Nazaré e Alcáçovas.[1]

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Monotonia (1943)
  • Montanha Russa (1946)
  • O Primeiro Negócio
  • Cláudia e as Vozes do Mar (1956)
  • O Que É o Ballet? (1959)
  • O cais das colunas (1959)
  • A Dança e o Ballet no Passado e no Presente, (1959)
  • Danças do povo português (1961)
  • Pavlova (1962)
  • A Ilha do Príncipe: Breve Memória Descritiva e Histórica (1964)
  • Giovanna: histórias arquivadas (1965)
  • Lisboa: Prosa (1966)
  • A Casa de Isaac (1967)
  • O teatro e a sua história (1970)
  • Etnologia (2 volumes, 1977)
  • Como Fazer Teatro (2 volumes, 1978-1979)
  • O Teatro e a Sua História (1978)
  • A dança e o ballet (2 volumes, 1980)
  • Danças populares portuguesas (1983)
  • Portugal Turístico (1984)
  • Guia de Recolha de Danças Populares (1985)
  • Guia Turístico de Faro (1987)

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n o p q r MARREIROS, 2015:408-409
  2.  «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Presidência da República Portuguesa. Consultado em 11 de Fevereiro de 2018

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8


BEATA MAFALDA DE PORTUGAL - Filha do rei de Portugal Dom Sancho I - 20 DE JUNHO DE 2020

Beata Mafalda de Portugal

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Mafalda de Portugal
Rainha consorte de Castela
Reinado1215-1216
Rainha titular de Portugal
Senhora de Arouca
em oposição a Afonso II de Portugal
Reinado1217-1256
CônjugeHenrique I de Castela
CasaDinastia de Borgonha (por nascimento)
Casa de Ivrea (Borgonha) (por casamento)
Nome completoMafalda Sanches
Nascimento11 de janeiro de 1195/97
 Portugal
Morte1 de maio de 1256 (61 anos)
 Rio Tinto ou AmarantePortoPortugal
EnterroMosteiro de AroucaPortugal
PaiSancho I de Portugal
MãeDulce de Aragão
ReligiãoCristianismo
Beata Mafalda de Portugal, O. Cist.
Beata Mafalda de Portugal
Veneração porIgreja Católica
Beatificação27 de junho de 1793 por Papa Pio VI
Principal temploMosteiro de AroucaPortugal
Festa litúrgica2 de maio
Gloriole.svg Portal dos Santos
Realeza Portuguesa
Casa de Borgonha
Descendência
PortugueseFlag1185.svg

D. Mafalda Sanches de PortugalO. Cist. (1195/ ou 1196 — Amarante1 de maio de 1256), infanta de Portugal e rainha de Castela por um breve período de tempo, sendo ainda considerada beata pela Igreja Católica, e venerada sob o nome de Rainha Santa Mafalda.

Foi educada por D. Urraca Viegas de Ribadouro, filha de Egas Moniz IV de Ribadouro[1], que lhe deixou vários bens em testamento, como a posse do Mosteiro de Tuias[2].

Rainha de Castela[editar | editar código-fonte]

Quadro de Mafalda no Mosteiro de Arouca.

Era filha do rei Sancho I de Portugal e de Dulce de Aragão, tendo recebido em herança o nome da avó, a rainha Mafalda de Saboia. Em 1215, Mafalda casou-se com Henrique I de Castela; como ambos eram muito jovens, o casamento não foi consumado, e dissolvido no ano seguinte.

Querelas com Afonso II de Portugal, seu irmão[editar | editar código-fonte]

Por morte de Sancho I de Portugal, Mafalda deveria receber, segundo as disposições testamentárias do pai, o castelo de Seia, com o resto do termo da vila, e todos os rendimentos aí produzidos, podendo usar o título de rainha enquanto senhora desse mesmo castelo; recebia também o mosteiro de Bouças.

Isto gerou uma luta com seu irmão Afonso II de Portugal, que desejando centralizar o poder, obstou à prossecução do testamento do pai, impedindo a infanta-rainha de receber os títulos e os réditos a que tinha direito - de facto Afonso II temia que esta pudesse passar a eventuais herdeiros o vasto património que o testamento lhe legava, criando assim um problema à soberania do rei de Portugal e dividindo quase o país ao meio.

O testamento previa também terras e castelos para as suas irmãs Teresa e Sancha, tendo-se formado um partido de nobres afectos às infantas, liderado pelo infante D. Pedro (que se acolheu a Leão sob a protecção de Teresa, então rainha de Leão, e tomou algumas praças transmontanas), mas que acabaria por sair derrotado; só com a morte de Afonso II, o seu filho Sancho II resolveu o problema, concedendo os rendimentos dos castelos às tias, nomeando os seus alcaides de entre os nomes que estas propusessem, pedindo-lhes apenas que renunciassem ao título de rainhas - assim se estabeleceu enfim a paz no reino, em 1223.

Vida religiosa e beatificação[editar | editar código-fonte]

Mais tarde, tornou-se monja cisterciense revitalizando o mosteiro feminino de Arouca. Faleceu no mosteiro de Rio Tinto, nas proximidades do Porto. Quando o seu corpo foi mais tarde exumado para ser trasladado para a abadia de Arouca, foi descoberto incorrupto, o que gerou uma onda de fervor religioso em torno do corpo da infanta.

A 27 de junho de 1793 foi beatificada pelo Papa Pio VI, acompanhando assim aos altares as suas irmãs Teresa e Sancha, já declaradas beatas no início desse século. É festejada no dia 2 de Maio pela Igreja Católica.

Referências

Ver também[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Beata Mafalda de Portugal
Precedida por:
Leonor Plantageneta
Royal Arms of Castille (1214-15th Century).svg
Rainha-consorte de Castela

1215 — 1217
Sucedida por:
Berengária de Castela
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