Tomás Ribas
Tomás Ribas | |
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Nome completo | Tomás Emílio Leopoldo de Carvalho Cavalcanti de Albuquerque Schiappa Pectra Sousa Ribas |
Nascimento | 20 de junho de 1918 Alcáçovas, Viana do Alentejo |
Morte | 21 de março de 1999 (80 anos) Lisboa |
Nacionalidade | Portugal |
Alma mater | Conservatório Nacional de Lisboa |
Ocupação | Escritor, professor, jornalista, encenador |
Condecorações | Comenda da Ordem do Mérito |
Tomás Emílio Leopoldo de Carvalho Cavalcanti de Albuquerque Schiappa Pectra Sousa Ribas, mais conhecido apenas como Tomás Ribas OM (Alcáçovas, Viana do Alentejo, 20 de junho de 1918 – Lisboa, 21 de março de 1999), foi um escritor, encenador, professor e jornalista português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascimento e formação[editar | editar código-fonte]
Nasceu em Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo, em 20 de junho de 1918.[1] Frequentou o liceu e depois a Faculdade de Letras de Lisboa, no curso de Histórico-Filosóficas, que não chegou a concluir.[1] Esteve depois no Conservatório Nacional, onde tirou o curso especial de Dança e Coreografia.[1] Viajou pela Europa e pelos Estados Unidos da América como bolseiro do Instituto de Alta Cultura e da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo trabalhado na Ópera de Paris e nos arquivos dos teatros líricos italianos, e fequentado vários cursos no Actors Studio de Nova Iorque, onde também participou num seminário da Universidade de Columbia sobre antropologia cultural.[1]
Carreira profissional e literária[editar | editar código-fonte]
Na área do teatro, foi encenador e coreografista.[1] Trabalhou como conservador arquivista no Teatro Nacional de São Carlos durante vários anos.[1]
Trabalhou como docente na Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa, onde também fez parte do conselho científico, no Instituto de Novas Profissões, e no Conservatório, onde deu aulas de dança, encenação e estética.[1]
Como jornalista, escreveu para vários jornais diários de Lisboa e revistas, incluindo O Século Ilustrado, Vértice, Vida Mundial e Mundo Literário, tendo-se destacado principalmente como crítico de bailado.[1]
Esteve igualmente no Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres, como chefe da divisão de Etnografia e Folclore.[1]
Ocupou a posição de delegado da Secretaria de Estado da Cultura, na cidade de Faro, e fez parte do Conselho da Região de Turismo do Algarve entre 1977 e 1986, tendo-se destacado pelo impulso que deu à etnografia e cultura da região.[1]
Deixou uma vasta obra literária, tendo publicado o seu primeiro livro, Monotonia, aos vinte e cinco anos, que foi a sua única obra de poesia.[1] Em prosa, escreveu sobre vários temas, destacando-se as obras Pavlova, sobre a bailarina russa Anna Pavlova, O Primeiro Negócio, de ficção, Cláudia e as Vozes do Mar, sobre teatro, e o ensaio Etnografia, Ballet, Danças Populares e Teatro.[1] Escreveu igualmente vários roteiros sobre Portugal, incluindo Guia de Recolha de Danças, Portugal Turístico, Guia Turístico de Faro (1987), e Beja à Descoberta de um Passado (1995).[1] Também redigiu o prefácio para a segunda edição do livro Um Algarve Outro - contado de boca em boca.[1] Em 1999, publicou a sua última obra, O Teatro Trindade - Cento e Vinte Anos de Vida, da editora Lello e Irmãos.[1]
Falecimento[editar | editar código-fonte]
Tomás Ribas faleceu em 21 de março de 1999, na cidade de Lisboa.[1]
Prémios e homenagens[editar | editar código-fonte]
Foi homenageado com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Dança de Paris.[1] Em 9 de junho de 1993, Tomás Ribas foi honrado com o grau de comendador na Ordem do Mérito.[2] O seu nome também foi colocado na toponímia da Nazaré e Alcáçovas.[1]
Obras publicadas[editar | editar código-fonte]
- Monotonia (1943)
- Montanha Russa (1946)
- O Primeiro Negócio
- Cláudia e as Vozes do Mar (1956)
- O Que É o Ballet? (1959)
- O cais das colunas (1959)
- A Dança e o Ballet no Passado e no Presente, (1959)
- Danças do povo português (1961)
- Pavlova (1962)
- A Ilha do Príncipe: Breve Memória Descritiva e Histórica (1964)
- Giovanna: histórias arquivadas (1965)
- Lisboa: Prosa (1966)
- A Casa de Isaac (1967)
- O teatro e a sua história (1970)
- Etnologia (2 volumes, 1977)
- Como Fazer Teatro (2 volumes, 1978-1979)
- O Teatro e a Sua História (1978)
- A dança e o ballet (2 volumes, 1980)
- Danças populares portuguesas (1983)
- Portugal Turístico (1984)
- Guia de Recolha de Danças Populares (1985)
- Guia Turístico de Faro (1987)
Referências
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8