quarta-feira, 20 de maio de 2020

DIA DA MARINHA - 20 DE MAIO DE 2020



Marinha

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âncora de cepo, o emblema quase universal da marinha.

marinha é o conjunto das organizações e dos meios (pessoal, equipamentos, infraestruturas e outros recursos) dedicados às atividades marítimas, sobre tempo de guerra ou paz.

A marinha subdivide-se em:

  • Marinha de guerra ou Armada (caso de Guerra Naval): organização militar responsável e encarregada da defesa e policiamento naval de um país, quer em ambiente marítimo quer nos ambientes fluvial, lacustre e aéreo - marítimo ou aéreo - naval. A sua acepção mais recente tem origem no mercantilismo medieval português.[1];
  • Observação: se torna responsável em caso de guerra naval, pela Marinha Mercante estabelecendo chefias-navais. Em alguns países, esse estado de guerra, faz - se necessário o denominado de "estandarte de guerra" [carece de fontes], muda a bandeira em alguns países a nível da Armada e, em alguns casos do próprio país quando "Guerra Total Nacional" [carece de fontes],
  • Marinha mercante: conjunto das organizações - navais encarregue e dos meios civis em tempo de paz; e dedicados às atividades marítimas - navais, de características fluviais e lacustres. Além de incluir as atividades portuárias e auxiliares comuns aos seus vários ramos navais, a marinha mercante subdivide-se em:
    • Marinha de comércio ou Transporte (em tempo de guerra): que reúne os meios dedicados ao transporte de mercadorias (equipamentos, em tempo de guerra) e de pessoas (soldados, em tempo de guerra);
    • Marinha de pesca: que reúne os meios dedicados à pesca;
    • Marinha de recreio (espionagem, em tempo de guerra): que reúne os meios dedicados ao desporto e outras atividades de recreativas.

A marinha de guerra[editar | editar código-fonte]

Força naval multinacional, incluindo navios das marinhas de guerra dos EUA, França, Itália, Reino Unido e Países Baixos.
Marinheiros da Marine nationale francesa, usando uma mistura dos uniformes branco e azul.
Fragata NRP Corte Real da Marinha Portuguesa.
Walrus da Koninklijke Marine neerlandesa.
Marinheiros e marinheiras do serviço naval australiano.
Navio de operações anfíbias USS Essex da Marinha dos EUA liderando uma flotilha.
Navio de guerra de minas HMS Älvborg da Marinha sueca.
Desembarque de marines britânicos.

A marinha de guerra é o ramo, das forças armadas de uma nação, especializado na condução da guerra naval e anfíbia. Conforme o país, a marinha de guerra pode ser designada, alternativamente, por termos como "armada", "marinha militar" ou "força naval". Nalguns países, tornou-se comum referir-se à marinha de guerra, simplesmente como "marinha", ainda que este termo, verdadeiramente e no sentido lato, inclua também a marinha mercante (isto é, a marinha não militar).

O objetivo estratégico ofensivo de uma marinha de guerra é o da projeção de forças em áreas para lá da costa do seu país, no sentido de controlar as linhas de navegação, transportar tropas ou atacar os navios, portos e instalações costeiras inimigas. Já o objetivo estratégico defensivo de uma marinha de guerra é o de dissuadir ou neutralizar a projeção de forças navais por parte de um inimigo.

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Guerra naval

A guerra naval foi criada a partir do momento em que o homem lutou entre si, a partir de embarcações aquáticas. A organização, a tática e os meios empregues na guerra naval foram evoluindo ao longo dos termos, acompanhando evolução militar e náutica. O futuro da armada:foi durante a primeira guerra mundial que o poder marítimo atingiu sua máxima importãncia.Acredita-se que o poder marítimo inglês tenha decidido a guerra.

Operações[editar | editar código-fonte]

Guerra das Malvinas foi o último grande confronto naval dos tempos modernos e o maior desde a Segunda Guerra Mundial. Normalmente, a marinha de guerra de um país opera a partir de uma ou várias bases navais instaladas na sua própria costa, ou na costa de países aliados. Uma base naval é um porto especializado em operações navais, que incluiu, normalmente, docas para as embarcações de guerra, alojamentos para as tripulações desembarcadas, oficinas de reparação naval, depósitos de combustível e paióis de munições. Em tempo de guerra, podem ser instaladas bases avançadas temporárias, em pontos estratégicos, para melhor poderem ser apoiadas as operações navais. As maiores potências navais aperceberam-se que lhes é vantajosa a obtenção de direitos de utilização de bases navais fora do seu território nacional, em áreas de interesse estratégico.

Os navios da marinha de guerra podem realizar operações independentes ou integradas em grupos de navios, que podem ser desde pequenas flotilhas de navios de um único tipo até grandes frotas navais compostas por navios especializados em várias áreas. O comandante de uma força naval desloca-se e exerce o seu comando a partir de um navio-chefe, que, normalmente, é o navio mais poderoso do grupo. Antes do desenvolvimento das telecomunicações por rádio, as ordens do navio chefe eram transmitidas, aos restantes navios da força naval, por bandeiras de sinais. Durante a noite eram utilizados sinais de luzes. Estas, mais tarde, foram substituídas por emissores de rádio, mantendo-se os sinais de luzes para quando era necessário o silêncio rádio.

Uma marinha de guerra oceânica (conhecida também pelo termo em Inglês "blue water navy" - literalmente "marinha de água azul") é aquela que é organizada e equipada de modo a ter a capacidade de operar afastada das águas costeiras do seu país. Este tipo de marinha de guerra possui navios capazes de operar por longos períodos de tempo no mar alto, bem como uma capacidade logística para os apoiar nessa operação. As marinhas oceânicas mais poderosas dispôem de navios propulsados a energia nuclear que podem operar quase ilimitadamente, uma vez que não precisam de ser abastecidos de combustível.

Em contrapartida, uma marinha costeira e fluvial (conhecida por "brown water navy" - "marinha de água castanha") dispôe de uma capacidade para operar nas águas costeiras, em rios e em lagos, áreas de operações, normalmente, inacessíveis aos grandes navios de guerra oceânicos.

Ultimamente, tem sido também utilizado o termo "green water navy" ("marinha de água verde") para designar as marinhas de guerra que mantêm alguma capacidade de intervenção oceânica, mas sem disporem de grandes navios como porta-aviões ou do apoio logístico suficiente para poderem desenvolver grandes operações autónomas.

Tradições[editar | editar código-fonte]

As diversas marinhas de guerra seguem um grande número de tradições, algumas delas comuns a todas elas, outras mais específicas.

A tradição mais básica é a de que uma embarcação de guerra, sob comando de um oficial, é referida sempre como "navio" e nunca como "barco". Quase todos os navios de guerra são baptizados como um nome próprio, sendo comum o uso de nomes de personalidades nacionais, de marinheiros ilustres, de temas marinhos ou de antigos navios históricos. Os nomes dos navios de algumas marinhas de guerra incluem um prefixo que identifica o navio como lhe pertencendo. Alguns dos prefixos mais antigos, ainda em uso, são o HMS da Royal Navy britânica, significando Her Majesty's Ship (Navio de Sua Majestade) - igualmente usado pela Marinha Sueca onde significa Hennes Majestäts Skepp -, o USS da Marinha dos EUA, significando United States Ship (Navio dos Estados Unidos) , o NRP da Marinha Portuguesa, significando "Navio da República Portuguesa" , o ARA da Armada Argentina, significando Armada de la República Argentina (Armada da República Argentina) e o HrMs da Koninklijke Marine neerlandesa, significando Harer Majesteits (de Sua Majestade).

Uma tradição comum a quase todas as marinhas é o uniforme naval, que é muito semelhante em quase todas elas, apesar das diferenças nacionais. O uniforme de gala de quase todas as marinhas baseia-se no uniforme introduzido pela Royal Navy, em meados do século XIX. Normalmente existe um uniforme azul - usado na estação fria - e um uniforme branco - usado na estação quente. É também tradicional, usar uma mistura dos uniformes azul e branco, nas estações intermédias.

Outra tradição em vigor em diversas marinhas é a do sino de bordo. Antigamente, este sino servia para marcar a passagem do tempo e bordo. Era também utilizado para emitir sinais de aviso de nevoeiro, sinais de alarme e em cerimónias. Atualmente o sino em mantido em muitos navios de guerra para efeitos, meramente cerimoniais, sendo dado muito cuidado ao seu polimento.

Quando alguma personalidade importante entra a bordo de um navio de guerra, a mesma é saudada por um apito. O apito era, originalmente, usado para a transmissão de ordens a bordo, que não poderiam ser ouvidas se transmitidas oralmente.

Um navio de guerra costuma prestar saudações através de salvas de artilharia. O número de salvas disparadas indicava a importância da personalidade que era saudada.

Navios de guerra[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Navio de guerra
Ver também: Artilharia naval

Antigamente os navios da marinha de guerra destinavam-se apenas ao combate. Eram projetados para resistir a danos e para infligir danos nas embarcações adversárias, só levando os abastecimentos estritamente necessários para a sua operação - não levando, portanto, carga. Tornou-se comum, também, que navios construídos para o transporte de carga - como os galeões ou os navios mercantes armados da Segunda Guerra Mundial - fossem adaptados a navios de combate, com a instalação de armamento.

Couraçado Yamato, da Marinha Imperial Japonesa. Integrou a classe Yamato (que também incluía seus navios "irmãos" Musashi e Shinano) e, foi maior navio de guerra já construído.

Mais recentemente, as marinhas de guerra passaram a dispor de navios não combatentes, destinados a apoiar a esquadra. Estes incluem os navios hidrográficos, navios de transporte de tropas e os navios de reabastecimento.

Até início do século XIX, os navios de combate dividiam-se em três categorias principais: navios de linhafragatas e bergantins. Os navios de combate modernos são, geralmente, divididos nas seguintes categorias: porta-aviõescruzadorescontratorpedeiros (destroyers), fragatascorvetasnavios patrulhanavios de guerra de minassubmarinos e navios de operações anfíbias. Existem também outros navios de apoio que incluem os navios hidrográficos, os navios-escola e os navios de reabastecimento.

Os navios de guerra atuais são significativamente mais rápidos do que nas épocas anteriores, graças aos sistemas de propulsão muito mais aperfeiçoados. A eficiência das máquinas melhorou também em termos da redução do consumo de combustível e da redução do número de pessoas necessárias para as operar.

Embarcações menores[editar | editar código-fonte]

As marinhas de guerra também dispõem de embarcações menores, não comandadas por oficiais - normalmente, de reduzida autonomia - destinadas a serem usadas na proximidade das bases ou dos navios principais. Algumas dessas embarcações são as lanchas de desembarque, os hovercrafts, as vedetas de transporte de pessoal, os botes de borracha e as lanchas de salvamento.

Organização naval[editar | editar código-fonte]

Cada navio de uma marinha de guerra constitui uma unidade naval. O agrupamento de várias unidades navais, sob o comando de um oficial designado, constitui uma força naval. Tradicionalmente, o maior tipo de força naval era a armada ou frota, sob o comando de um almirante. A frota dividia-se em esquadras e, estas, subdividiam-se em divisões. As unidades navais de menor porte agrupavam-se em forças navais designadas "flotilhas" ou "esquadrilhas". Hoje em dia, estes termos são usados sobretudo para designar agrupamentos administrativos de unidades navais que não constituem forças navais operacionais.

Atualmente, para efeitos operacionais, as unidades navais agrupam-se em forças navais temporárias designadas "grupos-tarefa" (TG - task groups), normalmente sob o comando de um oficial superior. Por sua vez, os grupos-tarefas podem agrupar-se em forças navais maiores, designadas "forças-tarefa" (TF - task forces), sob o comando de um oficial general e que normalmente incluem grandes navios de combate - como porta-aviões ou navios de assalto anfíbio - e uma série de navios de apoio logístico.

Patentes e graduações navais[editar | editar código-fonte]

Tal como nos exércitos, o pessoal naval está organizado em três grandes grupos: os oficiais, os sargentos (mestragem) e os praças (marinhagem). As designações dos postos da marinha de guerra - sobretudo a dos de oficial - são, no entanto, normalmente diferentes das dos postos dos exércitos.

Variando, de país para país, os postos dos oficiais designam-se, do de mais alta para o de mais baixa patente:

  1. Almirante da Armada / almirante da Frota
  2. Almirante
  3. Vice-almirante
  4. Contra-almirante
  5. Comodoro
  6. Capitão de mar e guerra / capitão de navio de linha / capitão
  7. Capitão de fragata / comandante
  8. Capitão de corveta / capitão-tenente / tenente-comandante
  9. Primeiro-Tenente
  10. Segundo-Tenente
  11. guarda-marinha
  12. suboficial

Os postos de sargento ou de mestragem designam-se, genericamente:

  1. Suboficial / mestre
  2. Sargento / contramestre
  3. Subsargento / guardião

Os postos de praça ou de marinhagem são:

  1. Cabo
  2. Marinheiro
  3. Grumete

Independentemente do posto que detêm, é tradição que os oficiais generais tenham o tratamento de "almirante", os oficiais superiores o de "comandante" e os subalternos o de "tenente". Tradicionalmente, o oficial segundo-comandante de um navio tem o título de "imediato".

Infantaria de marinha[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Infantaria de marinha

Já as forças navais do Império Romano incluíam legionários embarcados que se destinavam a realizar ações de abordagem. Estes legionários recebiam, essencialmente, uma instrução de combate terrestre, não estando habilitados a operar um navio. Mais tarde, na época da marinha à vela existiam soldados embarcados com funções semelhantes.

Em 1537, a Espanha criou o Terço da Armada, a primeira unidade do mundo de infantaria de marinha. O Terço da Armada era uma unidade de infantaria, especialmente treinada para guarnecer os navios de guerra e realizar operações de desembarque anfíbio. Unidades deste tipo foram criadas por outros países, ficando conhecidas por termos como "fuzileiros navais", "marines" ou "infantaria naval".

As forças de infantaria de marinha de alguns países ganharam capacidades para a realização de operações, não apenas a partir de navios e perto da costa, mas mesmo no interior de terra. O exemplo mais flagrante disto é o Marine Corps dos EUA, que se separou quase inteiramente da marinha, tornando-se num ramo independente das forças armadas.

Aviação naval[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Aviação naval
Navio de passageiros Costa Fortuna.
Navio de pesca Albatun II.
Veleiros TuigaLulworth e Cambria numa regata.

Muitas marinhas de guerra incluem um ramo de aviação naval que opera aeronaves em apoio das forças navais. Essas aeronaves desempenham diversos tipos de missões, desde a proteção aérea das forças navais até à busca e salvamento no mar. A aviação naval pode dividir-se em aviação embarcada - que inclui os helicópteros e os aviões que operam a partir de porta-aviõesporta-helicópterossubmarino porta-aviões ou de outros navios - e a aviação costeira - com aeronaves marítimas operadas a partir de bases em terra.

Marinha mercante[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Marinha mercante

A marinha mercante é, essencialmente, a marinha não militar. Engloba todas as organizações, meios e pessoal destinado à realização das atividades marítimas, fluviais ou lacustres de âmbito civil. Estas atividades são essencialmente económicas - como a pesca e os transportes - mas podem também incluir atividades de caráter científico ou de lazer.

A atividade da marinha mercante está regulamentada por leis nacionais e por convenções internacionais, sobretudo no que diz respeito à certificação do pessoal marítimo, à segurança dos navios e à proteção das espécies marítimas contra a pesca excessiva.

A organização da marinha mercante - sobretudo, no que diz respeito à organização interna a bordo dos navios maiores - segue modelos de hierarquia semelhantes aos da marinha de guerra. Tal como na marinha de guerra, o pessoal organiza-se nas categorias de oficiais, mestragem e marinhagem.

A marinha mercante inclui as organizações - como autoridades marítimas e portuárias - reguladores dos transportes marítimos e das das pescas, as instituições de ensino e formação náutica, os armadores e agências de navegação, as organizações de gestão logística portuária e as instituições de investigação marinha.

A marinha mercante, inclui a marinha de comércio, a marinha de pesca e a marinha de recreio.

Marinha de comércio[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Transporte marítimo

A marinha de comércio é o ramo da marinha mercante dedicado, essencialmente, à atividade de transporte de carga e de passageiros, através do mar, dos rios, dos lagos e dos canais.

Marinha de pesca[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Pesca

A marinha de pesca é o ramo dedicado à atividade da pesca marítima e fluvial.

Marinha de recreio[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Náutica de recreio

A marinha de recreio é o ramo dedicado às atividade de turismo e de lazer, no mar, nos rios e nos lagos. Também é conhecida como "náutica de recreio".

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  •  Marx, vol. III, p. 327
  • DIA MUNDIAL DA METROLOGIA - 20 DE MAIO DE 2020

    Metrologia

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    O termo metrologia vem do grego 'metron' que significa 'medida', e logos que significa 'estudo'. Segundo a definição que consta no VIM 2012, metrologia é o estudo das medições e suas aplicações.

    metrologia engloba todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer que seja a incerteza de medição e o campo de aplicação[1]. Medições e metrologia são essenciais a quase todos os aspectos dos empreendimentos humanos, pois são utilizados em atividades que incluem o controle da produção, a avaliação da qualidade do meio ambiente, da saúde e da segurança, e da qualidade de materiais, comida e outros produtos para garantir práticas seguras de comércio e a proteção ao consumidor, para citar alguns exemplos.

    A necessidade de medir as coisas é muito antiga e remete à origem das primeiras civilizações. Por um longo período de tempo cada povo teve o seu próprio sistema de medidas, que era estabelecido a partir de unidades arbitrárias e imprecisas como, por exemplo, as baseadas no corpo humano (palmo, pé, polegada, braça, côvado, etc.), o que acabava criando muitos problemas para o comércio, porque as pessoas de uma determinada região não estavam familiarizadas com o sistema de medidas das outras regiões.

    Os processos modernos de produção são caracterizados pela montagem de sistemas e equipamentos com peças e componentes comprados no mundo inteiro. Tal montagem só é possível se todos os agentes envolvidos na cadeia de produção seguirem padrões rígidos, onde as grandezas e medições envolvidas estiverem amparadas por um bom sistema metrológico, de modo a permitir condições de perfeita aceitabilidade na montagem e encaixe de partes de produtos finais, independente de onde sejam produzidas.

    Medições confiáveis em um país dependem de um sistema de metrologia nacional organizado de tal modo que possa prover os meios para a transferência de seus valores para instrumentos de medição comuns de acordo com procedimentos aceitos internacionalmente.

    As medições estão presentes em quase todas as operações comerciais, desde o comércio em larga escala (como o petróleo, o gás natural e a mineração) até a venda de produtos para o público em geral. Com isso, a metrologia também é crucial para o comércio internacional porque fornece os meios técnicos necessários para garantir que as transações comerciais sejam mais justas, transparentes e confiáveis. Para tanto, é necessário a implementação de sistemas harmônicos de medição, que incluem a adoção do Sistema Internacional de Unidades (SI), instrumentos exatos de medição que seguem normas internacionais (por exemplo, as recomendações da OIML) e métodos e procedimentos aprovados. Por fim, outra expressão importante é a de ‘infraestrutura metrológica’, que é usada para as unidades metrológicas de um país ou região referindo-se aos serviços de calibração e de verificação, seus institutos e laboratórios de metrologia, e a organização e administração de seu sistema de metrologia.

    Áreas da Metrologia[editar | editar código-fonte]

    Basicamente, a Metrologia é dividida em três grandes áreas de atuação: científica, industrial e legal[2]:

    • Metrologia Científica trata, fundamentalmente, dos padrões de medição internacionais e nacionais, dos instrumentos laboratoriais e das pesquisas e metodologias científicas relacionadas ao mais alto nível de qualidade metrológica. A metrologia científica realiza as unidades de medida a partir da definição, recorrendo à ciência (física e outras), bem como as constantes físicas fundamentais, desenvolvendo, mantendo e conservando os padrões de referência. Atua no nível da mais alta exatidão e incerteza, sendo independente de outras entidades em termos de rastreabilidade. A garantia dos valores obtidos assenta fortemente em exercícios de comparação interlaboratorial com outros laboratórios primários. Exemplos: a) a realização da Escala Internacional de Temperatura para a disseminação da grandeza temperatura através dos mais variados tipos de termômetros empregados em laboratórios e indústrias; b) a realização da unidade de resistência elétrica, o ohm, utilizando a constante de von Klitzing para exprimir o valor de um padrão de resistência elétrica de referência em função do efeito Hall quântico, com uma incerteza relativa de 10-7 em relação ao ohm, através do que se obtém a definição desta grandeza.
    • Metrologia Industrial abrange aos sistemas de medição responsáveis pelo controle dos processos produtivos e pela garantia da qualidade e segurança dos produtos finais. A metrologia industrial atua no âmbito das medições da produção e transformação de bens para a demonstração da qualidade metrológica em organizações com sistemas de qualidade certificados. As medições na indústria viabilizam a quantificação das grandezas determinantes à geração de um bem ou serviço, subsidiando com informações o planejamento, a produção e o gerenciamento dos processos que o produzem. A metrologia industrial baseia-se numa cadeia hierarquizada de padrões existentes em laboratórios e empresas, padrões estes rastreáveis a padrões primários (internacionais ou nacionais). Exemplos: a) Medidas de comprimento utilizando equipamentos a laser; b) Ensaios em produtos certificados, tais como brinquedos, extintores de incêndio, fios e cabos elétricos, entre outros.
    • Metrologia Legal é parte da metrologia relacionada às atividades resultantes de exigências obrigatórias, referentes às medições, unidades de medida, instrumentos e métodos de medição, que são desenvolvidas por organismos competentes. Tem como objetivo principal proteger o consumidor tratando das unidades de medida, métodos e instrumentos de medição, de acordo com as exigências técnicas e legais obrigatórias. Com a supervisão do Governo, o controle metrológico estabelece adequada transparência e confiança com base em ensaios imparciais. A exatidão dos instrumentos de medição garante a credibilidade nos sistemas de medição utilizados nas transações comerciais e pelos sistemas relacionados às áreas de saúde, segurança e meio ambiente. Exemplos: Elaboração de regulamentos, aprovação de modelo e verificação de instrumentos de medição que serão utilizados em atividades econômicas, ou que envolvam a saúde ou segurança das pessoas, como por exemplo: -  Comércio: balanças, pesos-padrão, hidrômetros, taxímetros, bombas medidoras de combustíveis; -  Saúde: termômetros clínicos, medidores de pressão sanguínea (esfigmomanômetros); -  Segurança: cronotacógrafos, medidores de velocidade de veículos, etilômetros; -  Meio Ambiente: analisadores de gases veiculares, opacímetros, módulos de inspeção veicular; -  Efeito Fiscal: medidores de velocidade de veículos, analisador de gases veiculares. Os instrumentos de medição sujeitos ao controle metrológico apresentam selos que impedem seu uso indevido e etiqueta identificando a validade da última verificação metrológica na forma “VERIFICADO”. A metrologia legal abrange ainda a verificação do conteúdo líquido de produtos pré-medidos (embalados e medidos sem a presença do consumidor), como por exemplo: produtos alimentícios vendidos nos supermercados, produtos de limpeza e higiene, etc.

    A importância da metrologia para as empresas[2][editar | editar código-fonte]

    A busca da metrologia como um diferenciador tecnológico e comercial para as empresas é, na verdade, uma questão de sobrevivência. No mundo competitivo em que estamos não há mais espaço para medições sem qualidade, e as empresas deverão investir recursos (humanos, materiais e financeiros) para incorporar e harmonizar as funções básicas da competitividade: normalização, metrologia e avaliação de conformidade. Numa empresa pode acontecer que um determinado produto seja produzido na fábrica com base em medições efetuadas por um Instrumento-1 e o mesmo produto seja verificado no departamento de controle da qualidade, ou pelo cliente, por meio de medições com um Instrumento-2. Imaginemos que os resultados sejam divergentes: qual dos dois é o correto? É natural que cada parte defenda o seu resultado, mas também é possível que nenhuma delas possa assegurar que o seu resultado é o correto. Esta situação, além do aspecto econômico que poderá levar à rejeição do produto, poderá ainda conduzir ao confronto cliente x fornecedor, refletindo-se em um desgaste neste relacionamento e podendo repercutir na sua participação no mercado.

    Sistema metrológico brasileiro[3][editar | editar código-fonte]

    Sinmetro[editar | editar código-fonte]

    O Sinmetro é um sistema brasileiro, composto tanto por entidades privadas quanto por órgãos públicos, que tem o papel de exercer serviços relacionados com metrologia, normalização, qualidade industrial e certificação de conformidade. O Sistema foi instituído em 11 de dezembro de 1973 e é composto por um órgão normativo (Conmetro) e outro executivo (Inmetro). Esse Sistema Nacional tem uma estrutura capaz de avaliar e certificar a qualidade dos produtos, dos processos e dos serviços, por meio de uma rede de laboratórios de ensaio e de calibração e de organismos liderados pelo Inmetro. Essa estrutura atende às necessidades do governo, da indústria, do comércio e da população em geral. Na área da Metrologia Legal, o sistema de defesa do consumidor é largamente difundido, ou seja, o trabalho de fiscalização é considerado de utilidade pública já que atinge mais de 5 mil municípios do Brasil. Dentre as organizações que compõem o Sinmetro, as seguintes podem ser relacionadas como principais: -  Conmetro e seus Comitês Técnicos -  Inmetro -  Organismos de Certificação Acreditados, (Sistemas da Qualidade, Sistemas de Gestão Ambiental, Produtos e Pessoal) -  Organismos de Inspeção Acreditados -  Organismos de Treinamento Acreditados -  Organismos Provedores de Ensaios de Proficiência Credenciados -  Laboratórios Acreditados – Calibrações e Ensaios (RBC/RBLE) -  Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) -  Institutos Estaduais de Pesos e Medidas (IPEM) -  Redes Metrológicas Estaduais

    Conmetro[editar | editar código-fonte]

    O Conmetro é o órgão normativo do Sinmetro e tem como sua secretaria executiva o Inmetro. O Conselho é responsável por garantir a uniformidade e a racionalização das unidades de medida utilizadas no Brasil, fixar critérios e procedimentos para certificação de qualidade de produtos industriais e também por aplicar penalidades nos casos de infração às leis referentes à metrologia, à normalização industrial e à certificação da qualidade de produtos industriais. Cabe ao Conmetro, também, a formulação, coordenação e supervisão da política nacional de metrologia, prevendo mecanismos de consulta que harmonizem os interesses públicos, das empresas e dos consumidores, além da coordenação da participação nacional nas atividades internacionais de metrologia. Compete ao Conmetro: -  Formular, coordenar e supervisionar a política nacional de metrologia, normalização industrial e certificação da qualidade de produtos, serviços e pessoal, prevendo mecanismos de consulta que harmonizem os interesses públicos, das empresas industriais e dos consumidores; -  Assegurar a uniformidade e a racionalização das unidades de medida utilizadas em todo o território nacional; -  Estimular as atividades de normalização voluntária no país; -  Estabelecer regulamentos técnicos referentes a materiais e produtos industriais; -  Fixar critérios e procedimentos para certificação da qualidade de materiais e produtos industriais; -  Fixar critérios e procedimentos para aplicação das penalidades nos casos de infração a dispositivo da legislação referente à metrologia, à normalização industrial, à certificação da qualidade de produtos industriais e aos atos normativos dela decorrentes; -  Coordenar a participação nacional nas atividades internacionais de metrologia, normalização e certificação da qualidade. O Conmetro atua por meio de seus comitês técnicos assessores, que são abertos à sociedade, pela participação de entidades representativas das áreas acadêmica, indústria, comércio e outras atividades interessadas na questão da metrologia, da normalização e da qualidade no Brasil. Os comitês técnicos assessores do Conmetro são: -  Comitê Brasileiro de Normalização (CBN) -  Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade (CBAC) -  Comitê Brasileiro de Metrologia (CBM) -  Comitê do Codex Alimentarius do Brasil (CCAB) -  Comitê de Coordenação de Barreiras Técnicas ao Comércio (CBTC) -  Comitê Brasileiro de Regulamentação (CBR) Adicionalmente, o Conmetro conta com os seguintes órgãos de assessoramento: -  Comissão Permanente dos Consumidores (CPCon) -  Comitê Gestor do Programa Brasileiro de Avaliação do Ciclo de Vida

    Inmetro[editar | editar código-fonte]

    Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), é o órgão executivo do Sinmetro. O Instituto tem, dentre suas competências, a) manter e conservar os padrões das unidades de medida, de forma a torná-las harmônicas internamente e compatíveis no plano internacional, visando à sua utilização como suporte ao setor produtivo, com vistas à qualidade de bens e serviços; b) verificar e fiscalizar a observância das normas técnicas e legais, no que se refere às unidades de medida, métodos de medição, medidas materializadas, instrumentos de medição e produtos pré-medidos; c) executar as atividades de acreditação de laboratórios de calibração e de ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos de avaliação da conformidade e de outros necessários ao desenvolvimento da infraestrutura de serviços tecnológicos no País; d) coordenar, no âmbito do SINMETRO, a atividade de avaliação da conformidade, voluntária ou compulsória, de produtos, serviços, processos e pessoas. As grandes áreas de atuação do INMETRO são: a) Metrologia Científica e Industrial, b) Metrologia Legal c) Acreditação d) Avaliação da Conformidade e) Superação de Barreiras Técnicas atuando como Ponto Focal do Acordo sobre Barreiras Técnicas da Organização Mundial do Comércio. Para acessar os serviços de calibração e ensaio, a empresa pode procurar o Inmetro e a rede de laboratórios acreditados em todo país. Para ter acesso à relação completa e atualizada dos laboratórios acreditados, basta acessar os Portais: Laboratórios de Calibração Acreditados: http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/rbc/ Laboratórios de Ensaio Acreditados: http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/rble/ Alguns serviços específicos são realizados pelo próprio Inmetro, serviços esses prestados pelos laboratórios da Diretoria de Metrologia Científica e Industrial, em diversas áreas, tais como: Acústica, Ultrassom e Vibração, Elétrica, Mecânica, Térmica, Óptica, Química, Materiais, Dinâmica de Fluidos e Telecomunicações. A relação destes serviços de calibração e de ensaios realizados pelos laboratórios da Dimci pode ser acessada pelos portais: http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/servicos/calibracao.asp http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/servicos/ensaio.asp O Inmetro, através dos seus laboratórios, também produz Materiais de Referência Certificados (MRC) e realiza Ensaios de Proficiência, a exemplo de algumas das estratégias desenvolvidas para facilitar e promover a competitividade brasileira e atender às demandas da sociedade em metrologia.

    Referências[editar | editar código-fonte]

    1.  Vocabulário Internacional de Metrologia – Conceitos fundamentais e gerais e termos associados (VIM 2012). Portaria Inmetro n.º 232, de 08 de maio de 2012.
    2. ↑ Ir para:a b Cartilha "Barreiras Técnicas e a Competitividade Industrial". Inmetro 2012.
    3.  «Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia»www.inmetro.gov.br. Consultado em 8 de janeiro de 2016

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