O instrumento de rendição assinado em
Reims no dia 7 de maio de 1945.
O
Instrumento da Rendição Alemã marcou o
fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. O documento foi assinado em 7 de maio de 1945 por representantes do
Oberkommando der Wehrmacht (OKW) e da Força Expedicionária Aliada em conjunto com o Alto Comando Soviético, representantes do governo francês assinaram como testemunhas. Um novo documento foi assinado em 8 de maio pelos representantes das Forças Aéreas, do Exército e Marinha do OKW e pelas Forças Aliadas Expedicionárias em conjunto com o Alto Comando do Exército Vermelho, representantes franceses e americanos assinaram como testemunhas. Essa data ficou conhecida como
Dia da Vitória na Europa, enquanto que para os soviéticos a data passou a ser
celebrada no dia 9 de maio, uma vez que o documento foi assinado após a meia noite no horário de Moscou. Na Alemanha a data ficou conhecida como
Dia da Capitulação (
Tag der Kapitulation),
[1] porém esse termo raramente é utilizado.
Existem versões do documento em alemão, inglês e russo, porém somente as duas últimas possuem efeito legal.
a capitulação da Alemanha deveria ser registrada em um único documento de rendição incondicional.
[2]
O comitê também sugeriu que o instrumento de rendição seja assinado pelos representantes do Alto Comando Alemão. Essa recomendação tinha como objetivo prevenir a repetição da
lenda da punhalada pelas costas, criada pela Alemanha após a derrota na
Primeira Guerra Mundial, desde que o
ato de rendição de novembro de 1918 foi assinado os representantes do governo e os militates alemães afirmavam que o Alto Comando não era responsável pela derrota.
Nem todos concordaram com as previsões do Comitê de Segurança a respeito do fim da guerra. O embaixador
William Strang, representante britânico na CAE, afirmou:
É impossível no momento presente prever em quais circunstâncias as hostilidades com a Alemanha podem ser suspensas. Portanto, não podemos dizer qual o procedimento seria o mais adequado, se, por exemplo, a melhor saída será um armistício completo e detalhado ou um armistício breve conferindo poderes gerais ou quem sabe nenhum armistício, mas uma série de capitulações locais por comandante inimigo.
[3]
Os termos de rendição foram primeiramente discutidos no primeiro encontro da CAE em 14 de janeiro de 1944.
Em 14 de março de 1945, a CAE teve uma reunião com os representantes da
Tchecoslováquia,
Países Baixos,
Bélgica,
Luxemburgo,
Noruega,
Iugoslávia e
Grécia para discutir o instrumento de rendição. O governo tcheco propôs que deveria ser incluído um parágrafo no documento contra a aquisição de territórios através do uso da força e mencionar a responsabilidade do estado alemão para com a guerra. Devido terem desempenhados um papel menor junto as
Nações Aliadas, os representantes da Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo recomendaram que o instrumento de rendição deveria deixar claro qual o papel dos países menores no controle da Alemanha. O governo norueguês requisitou que fossem incluídas referências específicas para a rendição das tropas alemãs em seu território. O governo iugoslavo declarou não ter intenção de fazer nenhuma recomendação específica até um acordo da unidade de governo entre
Josip Broz Tito e o primeiro-ministro
Ivan Šubašić. O governo grego requisitou que fosse incluído no documento uma cláusula de que todo o equipamento militar das tropas alemãs que estivessem em território grego no momento da rendição deveria ser incorporado ao Governo Real Grego.
[4]
Os soviéticos diziam que a rendição era um evento histórico único e singular. Eles também acreditavam que não deveria ocorrer em território libertado, vitimado pelas agressões alemãs, mas sim do local onde as ordens de ataque do governo alemão eram dadas: Berlim.
[8] O lado soviético insistia que o ato de rendição deveria ser considerao um "protocolo preliminar de rendição",
[9] então os aliados concordaram que outra cerimônia deveria acontecer em Berlim.
[9] O segundo ato militar de rendição foi assinado pouco depois da meia noite de 8 de maio
[10] e ocorreu na Administração Militar Soviética em Berlin-
Karlshorst, atual
Museu Alemão-Russo Berlin-Karlshorst..
Representantes:
Referências
- ↑ Grosshistoricher Weltatlas, 1965 edition See end of World War II map
- ↑ Memorandum by the Working Security Committee, 3rd January 1944, Foreign Relations of the United States 1944, vol I, p. 101
- ↑ Memorandum by Lord Strang, 15th January 1944, Foreign Relations of the United States 1944, vol. I, p. 113
- ↑ Report of the Allied Consultation Committee to the European Advisory Commission, 14 March 1945 Foreign Relations of the United States 1945, vol. III, pp. 191–198
- ↑ I remember the German surrender, Kathryn Westcott, BBC News, 4 May 2005.
- ↑ Act of Military Surrender Signed at Rheims at 0241 on the 7th day of May 1945, The Avalon Project, Yale Law School, © 1996–2007, The Lillian Goldman Law Library in Memory of Sol Goldman.
- ↑ Video: Beaten Nazis Sign Historic Surrender, 1945/05/14 (1945). Universal Newsreel. 1945. Consultado em 20 de fevereiro de 2012
- ↑ Pinkus, p. 501-3
- ↑ Ir para:a b Chaney p. 328
- ↑ Earl F. Ziemke References CHAPTER XV:The Victory Sealed Page 258 second last paragraph
- Chaney, Otto Preston. Zhukov. University of Oklahoma Press, 1996, ISBN 0-8061-2807-0, ISBN 978-0-8061-2807-8.
- Pinkus, Oscar . The war aims and strategies of Adolf Hitler, McFarland, 2005, ISBN 0-7864-2054-5, ISBN 978-0-7864-2054-4
- Ziemke, Earl F. "The U.S. Army in the occupation of Germany 1944–1946" Center of Military History, United States Army, Washington, D. C., 1990, Library of Congress Catalog Card Number 75-619027