domingo, 3 de maio de 2020

DIA DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE - 3 DE MAIO DE 2020

Nossa Senhora da Saúde

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Nossa Senhora da Saúde
Nossa Senhora da Boa Saúde
Nossa Senhora da Boa Saúde de Vailankanni
Instituição da festaEntre o século XVI e o século XVII
Venerada pelaIgreja Católica
Principal igrejaSantuário-Basílica de Nossa Senhora da Boa Saúde em VailankanniTâmil NaduÍndia
Festa litúrgica8 de setembro
AtribuiçõesAparições marianas em Vailankanni, na Índia, a dois jovens e a um grupo de portugueses
Nossa Senhora da Saúde é uma das invocações marianas atribuídas à Virgem Maria, sendo, sob essa designação, particularmente cultuada em Portugal. O seu culto foi incrementado com os relatos de aparições marianas reportadas por dois jovens indianos e por um grupo de comerciantes náufragos portugueses na localidade de Vailankanni, no estado de Tâmil Nadu, na Índia, onde hoje se ergue uma imponente basílica.

História[editar | editar código-fonte]

Tradicionalmente invocada pelos doentes (como afirma o Padre António Vieira no seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus: «Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde [...]»), tornou-se particularmente cultuada a partir dos finais do século XVI, sendo-lhe atribuída a intervenção miraculosa que levou ao fim de vários surtos de peste ocorridos em Portugal. Em sua honra, nas povoações libertas do flagelo, foram-lhe erigidas igrejas ou dedicadas velhas capelas preexistentes.
Assim, o primeiro surto, ocorrido em Lisboa no reinado de D. Sebastião, em 1568, atingiu o seu ponto máximo no Verão do ano seguinte; ante a elevada mortandade (que levou mesmo a que o rei pedisse ao tio Filipe II de Espanha que enviasse médicos para Portugal, para auxiliar no combate à doença), a população da capital começou a organizar procissões em honra da Virgem, para que por sua intercessão pudesse cessar a peste. Tendo a mortalidade decrescido até ao começo da Primavera seguinte, o povo agradecido passou a celebrar anualmente uma procissão em honra de Maria, sob a invocação de Nossa Senhora da Saúde, no 1.º Domingo de Maio (salvo raras excepções). A imagem protectora foi depositada na Igreja do Colégio de Jesus, tendo mais tarde sido transferida, em 1662, para a pequena Capela de Nossa Senhora da Saúde e de São Sebastião da Mouraria, na freguesia de Santa Justa, próxima ao Rossio. A sua procissão é amplamente concorrida todos os anos.
Um novo surto da doença, em 1599, tornou mais visível a devoção pela Senhora da Saúde. A pestilência era tão intensa que muitas pessoas fugiam da capital para os arredores, em busca de ares mais saudáveis. Foi nesse contexto que, por exemplo, nasceu a devoção à Senhora da Saúde na povoação de Montemor, em Loures, onde logo foi erguida uma capela à santa (Capela de Nossa Senhora da Saúde de Montemor).
Do mesmo modo, também nessa altura, em Sacavém, nos arredores da capital, foi encontrada uma imagem de Maria com o Menino nos braços que, invocada como Nossa Senhora da Saúde, se diz ter feito cessar a peste; a imagem foi depositada na Capela de Santo André aí existente, passando a ser todos os anos magnificamente cultuada com uma grandiosa procissão no primeiro fim-de-semana de Setembro.Em Vila Fresca de Azeitão (Concelho de Setúbal) também se venera Nossa Senhora da Saúde e se realiza uma Procissão integrada na Festa dedicada a Nossa Senhora da Saúde. Esta festa realiza-se anualmente no fim de semana mais próximo do dia 8 de Setembro e realiza-se desde 1723 na sequência de uma peste que ameaçou aquela região no Verão de 1723.

Santa padroeira[editar | editar código-fonte]

Basílica de Nossa Senhora da Boa Saúde em VelankanniTâmil NaduÍndia.
Capela de Nossa Senhora da Saúde, na Baixa Pombalina, em LisboaPortugal.
Igreja de Nossa Senhora da Saúde, em São PauloBrasil.
O culto da Nossa Senhora da Saúde espalhou-se por Portugal e, actualmente, há inúmeras capelas e igrejas (algumas das quais com o título de santuário) até no Brasil que a evocam. Nossa Senhora da Saúde é o orago (ou co-orago) das seguintes povoações:

Celebrações religiosas[editar | editar código-fonte]

É celebrada oficialmente, consoante os locais, ou a 22 de Abril (Lisboa), ou a 15 de Agosto (também dia da Assunção de Maria), ou a 8 de Setembro,ainda no primeiro Domingo de Setembro é celebrada a eucaristia e procissão em Honra de Nossa Senhora da Saúde na Coutada e também em 8 de dezembro na cidade de Japaratuba no estado de Sergipe. Na Diocese de Colatina, da qual é sua padroeira, sua festá é comemorada aos 21 de novembro, dia em que a igreja faz memória da Apresentação de Nossa Senhora.
Em Pereiro, uma aldeia pertencente à freguesia e concelho de Mação, a missa solene em honra de Nossa Senhora da Saúde, padroeira da aldeia, tem lugar no último domingo de Agosto de cada ano. Finda a missa solene, segue-se a grandiosa procissão que percorre todas as ruas da aldeia que nessa altura se encontram pomposamente enfeitadas com milhares e milhares de flores de plástico feitas pela sua população ao longo de todo o ano.
Para transportar o andor de Nossa Senhora da Saúde, na procissão do Pereiro, são necessárias dezasseis pessoas que, dessa forma, cumprem promessas feitas em momentos de maior aflição, ao longo do ano.
Esta romaria é visitada por milhares e milhares de pessoas que ali se deslocam, vindas de todos os pontos do país, aproveitando para ver as ruas enfeitadas e as festas desta aldeia (tanto a parte religiosa, como a pagã).
Em Abragão (concelho de Penafiel) as celebrações são realizadas no primeiro fim de semana de setembro. Na quinta-feira realiza-se a procissão de vela em honra da Nossa Senhora da Saúde. No Domingo celebra-se a missa, também em sua honra, na capela e da parte da tarde realiza-se a procissão em sua honra. Esta é uma das festas mais importantes a Norte de Portugal. Durante a semana da celebração das festas em honra da Nossa Senhora da Saúde, chegam peregrinos dos vários cantos do pais, a pé, para cumprir as suas promessas.
Em Itália (onde é conhecida como Madonna della Salute), é celebrada a 21 de Novembro e tem o seu maior santuário em Veneza - a Basílica de Santa Maria della Salute. A sua construção resultou da promessa do Doge da Sereníssima RepúblicaNicoletto Contarini, de construir uma basílica em honra da Senhora da Saúde, caso cessasse um surto de peste, em 1631.A veneração à Nossa Senhora da Saúde, foi trazida ao Brasil pelos imigrantes italianos da Região do Vêneto.
Em Boa Saúde-RN a Festa de Nossa Senhora da Saúde é realizada anualmente entre os dias 24 de Janeiro e 02 de Fevereiro,reunindo milhares de pessoas principalmente no dia 02 de Fevereiro onde a Procissão na Cidade reune mais de 15 mil pessoas, como ocorreu em sua última edição (2017). A devoção a santa no municipio dura a mais de 134 anos,sendo umas das maiores festa regiosa da região Agreste Potiguar.
Na Paróquia Nossa Senhora da Saúde em Curicica, Rio de Janeiro, a Festa da Padroeira é realizada na primeira quinzena de novembro, com a Novena, Carreata e Procissão da Padroeira. O dia da Festa da Padroeira é celebrado no dia 16 de novembro.

Ver também[editar | editar código-fonte]

ligações externas[editar | editar código-fonte]

DIA DO BOM PASTOR - 3 DE MAIO DE 2020

Bom Pastor

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Bom Pastor (desambiguação).
Estatueta do Bom Pastor.
Século III d.C., atualmente no Museu Pio-Cristão, no Vaticano.
O Bom Pastor é uma perícope encontrada em João 10:1-21 na qual Jesus aparece como o "bom pastor" que dá a sua vida por suas ovelhas. A mesma metáfora pode ser vista no Salmo 23 (22). Nos Evangelhos, a imagem do "Bom Pastor" aparece sempre em referência a Jesus não se permitindo perder nenhuma de suas ovelhas.

Arte cristã primitiva[editar | editar código-fonte]

Representação do Bom Pastor com a figura tradicional de Jesus.
Por Jean-Baptiste de Champaigne (séc. XVII).
A imagem do Bom Pastor é a representação simbólica mais comum encontrada na arte cristã primitiva nas catacumbas de Roma, antes que ela pudesse ser mais explícita. A imagem mostrando um jovem carregando uma ovelha nos ombros foi emprestada diretamente do kriophoros pagão, muito mais antigo, e, no caso de estatuetas (como a mais famosa, atualmente no Museu Pio-Cristão, no Vaticano - à direita), é impossível dizer se a imagem foi originalmente criada com a intenção de ter um significado cristão ou pagão. Esta representação de Jesus continuou a ser utilizada nos séculos seguintes à legalização do cristianismo no Império Romano (313 d.C.). Inicialmente, ela provavelmente não era entendida como sendo um "retrato de Jesus", mas um símbolo como outros utilizados na arte cristã primitiva[1] e, em alguns casos, ela pode também ter sido uma representação do Pastor de Hermas, uma obra literária cristã muito popular do século II d.C. (e que chegou aos nossos dias)[2][3]. Porém, a partir do século V d.C., a figura do pastor passou a ter a aparência da representação convencional de Cristo, já estabelecida nesta época, ganhando um halo e ricas vestimentas[4], como pode ser visto no mosaico na abside da Basílica de Santi Cosma e Damiano, em Roma. Imagens do Bom Pastor geralmente incluem uma ovelha em seus ombros, como na versão de Lucas da Parábola da Ovelha Perdida (em Lucas 15:1-7)[5].

Referência bíblica[editar | editar código-fonte]

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O que é mercenário, e não pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário, e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e as que são minhas, me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. Tenho também outras ovelhas que não são deste aprisco, estas também é necessário que eu as traga; elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um pastor. Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou. Tenho direito de a dar, e tenho direito de a reassumir; este mandamento recebi de meu Pai.
 

Parábola ou metáfora ?[editar | editar código-fonte]

Hermes Kriophoros.
Século V a.C., atualmente no Museu Barracco, em Roma.
Diversos autores (como Barbara Reid, Arland Hultgren e Donald Griggs) comentam que "notavelmente, as parábolas estão ausentes do Evangelho de João"[6][7][8] . De acordo com a Enciclopédia Católica"Não há nenhuma parábola no Evangelho de São João"[9] e, conforme a Encyclopædia Britannica"Aqui o ensinamento de Jesus não contém parábolas e somente três alegorias, enquanto que os sinóticos o apresentam como parabólico de ponta a ponta"[10]. Estas fontes sugerem que a passagem é melhor descrita como sendo uma metáfora do que uma parábola.

Simbolismo pagão[editar | editar código-fonte]

No culto grego antigo, kriophoros (ou criophorus - Κριοφόρος), o "carregador de carneiro", é uma figura que comemora o sacrifício solene de um carneiro. Ele se tornou um dos epítetos do deus grego Hermes (Hermes Kriophoros).
Na arte bi-dimensional, Hermes Kriophoros se transformou em Cristo carregando um cabrito e andando entre as suas ovelhas: "Assim, encontramos imagens de filósofos segurando rolos ou Hermes Kriophoros que puderam ser transformadas em Cristo ensinando a Lei (Traditio Legis) e o Bom Pastor respectivamente"[11].

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Eduard Syndicus; Early Christian Art; pp. 21-3, Burns & Oates, London, 1962
  2.  The Two Faces of Jesus by Robin M. Jensen, Bible Review, 17.8, October 2002
  3.  Understanding Early Christian Art by Robin M. Jensen, Routledge, 2000
  4.  Syndicus, 130-131
  5.  Walter Lowrie, Art in the Early Church, Pantheon Books, 1947, ISBN 1406752916, p. 69.
  6.  Barbara Reid, 2001 Parables for Preachers ISBN 0814625509 page 3
  7.  Arland J. Hultgren, 2002 The Parables of Jesus ISBN 080286077X page 2
  8.  Donald L. Griggs, 2003 The Bible from scratch ISBN 0664225772 page 52
  9.  Wikisource-logo.svg "Parables" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  10.  «Evangelho de São João» (em inglês). Encyclopædia Britannica (11ª edição). Consultado em 14 de novembro de 2011
  11.  Peter and Linda Murray, The Oxford Companion to Classical Art and architecture, p. 475.

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