domingo, 26 de abril de 2020

BELMONTE - FERIADO - 26 DE ABRIL DE 2020

Belmonte (Portugal)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Belmonte
Brasão de BelmonteBandeira de Belmonte
Villa de Belmonte.jpg
Vista sobre a vila de Belmonte
Localização de Belmonte
GentílicoBelmontense
Área118,76 km²
População6 859 hab. (2011[1])
Densidade populacional57,8  hab./km²
N.º de freguesias4
Presidente da
câmara municipal
António Pinto Dias Rocha (Independente)
Fundação do município
(ou foral)
1211
Região (NUTS II)Centro (Região das Beiras)
Sub-região (NUTS III)Beiras e Serra da Estrela
DistritoCastelo Branco
ProvínciaBeira Baixa
OragoSão Tiago e Nossa Senhora da Esperança
Feriado municipal26 de Abril
Código postal6250
Sítio oficialhttp://www.cm-belmonte.pt/
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Belmonte é uma vila portuguesa do distrito de Castelo Branco, na província da Beira Baixaregião do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela, com cerca de 3 500 habitantes.
É sede de município com 118,76 km² de área e 6 859 habitantes (2011),[1] subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Guarda, a leste pelo Sabugal, a sudoeste pelo Fundão e a oeste pela Covilhã.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [2]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
4 7435 2395 6946 5737 2617 3628 1909 5729 8489 1096 5226 7657 4117 5926 859
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [3]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos2 2742 7312 6202 8593 2162 9112 5431 4751 2001 2591 106808
15-24 Anos1 2051 2431 4131 5611 6581 7541 5258201 094965925677
25-64 Anos2 8332 9593 0023 4474 0584 3204 2703 1753 1913 7193 7603 536
= ou > 65 Anos2673333464606037217719801 2801 4681 8011 838
> Id. desconh374428
(Obs.: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Belmonte
O concelho de Belmonte é constituído por 4 freguesias:

Educação[editar | editar código-fonte]

  • Jardim de Infância de Caria
  • Jardim de Infância do Colmeal da Torre[4]
  • Escola Básica do 1º ciclo de S. Marcos (Caria)
  • Escola Básica do 1º ciclo do Colmeal da Torre
  • Centro Educativo de Belmonte (Ensino de 1º ciclo, e com Salas de Apoio em Maçainhas e Carvalhal Formoso)
  • Escola Básica e Secundária Pedro Álvares Cabral

História[editar | editar código-fonte]

A história da vila remonta ao século XII, quando o concelho municipal recebeu foral de D. Sancho I em 1211.
Belmonte e a vizinha Covilhã, apesar de situados no interior de Portugal estão conotados como poucas regiões portuguesas com os Descobrimentos marítimos Portugueses. Entre as curiosidades que permeiam a história da vila está o facto de que o descobridor do Brasil no século XV, o navegador Pedro Álvares Cabral, ter nascido em Belmonte.
Belmonte é um Concelho quase tão antigo como a Nacionalidade. A vila de Belmonte teve foral em 1199 e está situada no panorâmico Monte da Esperança (antigos Montes Crestados), em cujo morro mais rochoso foi construído nos finais do séc. XII o seu castelo que juntamente com os castelos de Sortelha e Vila de Touro, formaram até à assinatura do Tratado de Alcanices (1297), a linha defensiva do Alto Côa, apoiada na retaguarda pela muralha natural da Serra da Estrela e pelo Vale do Zêzere. Por ser tempo de guerras contra leoneses e castelhanos, o castelo de Belmonte foi sendo melhorado nos reinados de D. Afonso III, D. Dinis e D. João I. A bravura e a lealdade da família dos Cabrais, foi sempre lendária e temida, sobretudo a do seu primeiro Alcaide-mor – Fernão Cabral, que uma vez nomeado a título definitivo e hereditário, em 1466 por D. Afonso V, transformará o castelo numa Residência Senhorial Fortificada, onde seu filho Pedro Álvares Cabral viverá os seus primeiros anos de vida. No séc. XIII atesta-se a existência de uma já próspera comunidade Judaica, responsável pela existência de uma sinagoga de que resta uma inscrição datada de 1296, que provavelmente viveria numa judiaria localizada no atual bairro de Marrocos. Em consequência da expulsão dos judeus de Espanha em 1492, pelos Reis Católicos é provável que esta comunidade tenha aumentado, até que em 1496, D. Manuel I decreta a conversão forçada ao catolicismo, seguindo-se uma série de perseguições e a criação de uma comunidade cripto-judaica que sobreviveu ao longo dos séculos, mantendo os seus rituais e tradições. É ainda o mesmo monarca que em 1510 renova o foral de Belmonte. Em 1989 foi oficialmente criada a comunidade judaica de Belmonte, cuja sinagoga foi inaugurada em 1997, atualmente é uma das poucas comunidades com Rabi.[5]
O Homem ocupou estas terras desde a Pré-história como atestam os vestígios megalíticos com cerca de 6 mil anos nas freguesias de Inguias e de Caria. Igualmente importantes são os sinais da proto-história, que assumem novos conceitos e estratégias de ocupação do território. Nesta época privilegiam-se os cumes dos relevos montanhosos como forma de domínio territorial e de ostentação social. É o exemplo do castro da Chandeirinha, na Serra da Senhora da Esperança. Verdadeiramente marcante neste concelho foi a presença romana. Efetivamente, os romanos atraídos pela riqueza mineira e agrícola desta região, depressa se aperceberam da importância estratégica e económica deste território atravessando-o com vias. Surgem, assim as villae da Quinta da Fórnea na freguesia de Belmonte e de Centum Cellae, na freguesia de Colmeal da Torre. Com a sua imponente torre é um dos mais monumentais sítios da época romana de Portugal e tem sido alvo de várias interpretações históricas e arqueológicas.
Em 1199, D. Sancho I e o Bispo de Coimbra outorgaram Carta de Foral a Belmonte com o intuito de “povoar e restaurar”, assegurando, desta forma, o controlo político da região pela coroa portuguesa.
Em 1258, D. Afonso III concedeu ao bispo de Coimbra, D. Egas Tafes, autorização para a construção da torre de menagem e do castelo nas terras deste concelho. No séc. XIII, Belmonte é já uma vila bastante povoada por cristãos e judeus, justificando a existência de duas igrejas (S. Tiago e Sta Maria) e uma sinagoga. A administração militar (alcaidaria) de Belmonte foi entregue por este rei a Aires Pires Cabral, da família senhorial dos Cabrais.
Na sequência das Guerras Fernandinas e da Crise de 1383/85, atendendo a que “o seu castello de bellmonte he muy despouado por rezam desta guerra”, D. João I concederia Belmonte, por Carta de Couto ao Bispo de Coimbra e, em 1397, à família de Álvaro Gil Cabral, nomeando alcaide do castelo Luís Álvares Cabral, que herdara em Belmonte o morgadio instituído por sua tia Maria Gil Cabral. Em 1466 a família Cabral fixa-se definitivamente em Belmonte, aquando da doação a título hereditário da Alcaidaria-mor do Castelo a Fernão Cabral, recebendo também doação régia de todas as rendas, foros e direitos da vila de Belmonte, de «juro e herdade».
Em 1 de Junho de 1510 Belmonte recebeu nova Carta de Foral no âmbito da Leitura Nova (1496-1520).
Em 1527, Belmonte tinha a segunda maior densidade populacional na comarca de Castelo Branco, e era uma comunidade rural dependente da pecuária e da agricultura e com algum comércio praticado maioritariamente por Judeus.
Apesar disso os Cabrais continuariam a afirmar-se como elite política: entre 1549 e 1550, a culminar uma carreira por altos cargos de nomeação régia, D. Jorge Cabral tornar-se-ia 15.° governador da Índia.[6]

Comunidade judaica[editar | editar código-fonte]

A comunidade de Belmonte abriga um importante facto da história judaica sefardita, relacionado com a resistência dos judeus à intolerância religiosa na Península Ibérica.
No século XVI, aquando da expulsão dos judeus da Península Ibérica, e da reconquista das terras espanholas e portuguesas pelos Reis católicos e por D. Manuel, foi instaurada uma lei que obrigava os judeus portugueses converterem-se ou a deixarem o país.
Muitos deles acabaram abandonando Portugal, por medo de represálias da Inquisição. Outros converteram-se ao cristianismo em termos oficiais, mantendo o seu culto e tradições culturais no âmbito familiar.
Um terceiro grupo de judeus, porém, tomou uma medida mais extrema. Vários decidiram isolar-se do mundo exterior, cortando o contacto com o resto do país e seguindo suas tradições à risca. Tais pessoas foram chamadas de Marranos, uma alusão à proibição ritual de comer carne de porco. Durante séculos os Marranos de Belmonte mantiveram as suas tradições judaicas quase intactas, tornando-se um caso excecional de comunidade criptojudaica. Somente nos anos 70 a comunidade estabeleceu contacto com os judeus de Israel e oficializou o judaísmo como sua religião.
Em 2005 foi inaugurado na cidade o Museu Judaico de Belmonte, o primeiro do género em Portugal, que mostra as tradições e o dia-a-dia dessa comunidade.

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V%V%V
PSAPU/CDUPPD/PSDADPRDIND
197647,49316,10115,831
197924,41134,112AD37,582
198222,10132,06239,072
198518,8313,83-29,21243,062
198937,8523,50-33,66217,901
199322,95118,11150,833
199729,86212,62-50,903
200149,4735,68-38,282
200552,5434,17-38,172
200949,6936,67-30,452
201356,9747,44-26,381
201756,6936,40-31,242

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PSCDS-PPPPD/PSDPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNBEPANPàF
197644,9316,7714,486,921,18
197936,14ADADAPU1,3438,6614,14
1980FRS1,0340,1712,8636,07
198344,1312,5222,530,4711,68
198525,398,8425,210,889,9220,88
198726,523,8246,85CDU0,656,316,83
199134,353,5350,984,230,852,39
199559,416,3627,310,473,21
199957,216,0726,885,060,82
200248,336,5636,643,741,02
200563,783,3020,754,233,68
200944,026,6025,456,579,75
201137,428,1133,206,515,230,70
201543,44PàFPàF7,9011,050,4227,32

Desporto[editar | editar código-fonte]

Ao nível do futebol no concelho existe a União Desportiva de Belmonte, que participa no Campeonato Distrital de Castelo Branco. desde as categorias de formação até aos seniores[7], o clube possui várias valências desportivas, entre elas, a Academia de Golfe da Quinta da Bica.[8]
Na modalidade de futsal existe a União Desportiva Cariense, da freguesia de Caria, que se dedica ás camadas de formação e tem também uma equipa sénior na II.ª Divisão Nacional de Futsal[9], existe ainda o Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Carvalhal Formoso, da aldeia de Carvalhal Formoso, freguesia de ínguias, que tem uma equipa sénior no campeonato distrital.

Património[editar | editar código-fonte]

Nossa Senhora da Esperança na Igreja Matriz de Belmonte
  • Castelo de Belmonte
  • Torre de Centum Cellas
  • Igreja de Santiago
  • Igreja da Sagrada Família - Igreja Matriz (destaque para o altar em talha dourada onde se encontra a venerada Imagem de Nossa Senhora da Esperança, que acompanhou Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500)
  • Capela do Calvário
  • Capela de Santo António
  • Sinagoga
  • Praça do Pelourinho
  • Rua Direita e Judiaria
  • Capela de Santo Antão (na estrada de acesso à Pousada Convento de Belmonte)
  • Fórnea - complexo romano
  • Coreto do Jardim Municipal
  • Parque Natural do Machorro

Cultura[editar | editar código-fonte]

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

Em Belmonte destacam-se os licores e compotas, arroz doce, papas de carolo, cabrito na telha, farófias, filhoses, cavacas, biscoitos de azeite, sopas da água do feijão e, com maior destaque, o vinho.

Naturais ilustres[editar | editar código-fonte]

Postscript-viewer-blue.svgVer também a categoria: Naturais de Belmonte (Portugal)

Geminações[editar | editar código-fonte]

O concelho de Belmonte é geminado com as seguintes cidades:[10]

Referências

PRIMEIRA MISSA NO BRASIL (1500) - 26 DE ABRIL DE 2020

Primeira missa no Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
A Primeira Missa no Brasil, quadro de Victor Meirelles.
A primeira missa no Brasil foi celebrada por Henrique de Coimbra, frade e bispo português, no dia 26 de abril de 1500 (6 de maio, no calendário atual), um domingo, na praia da Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, no litoral sul da Bahia.

História[editar | editar código-fonte]

Foi um marco para o inicio da História do Brasil e descrita por Pero Vaz de Caminha em Carta a El-Rei D. Manuel, que enviou ao rei de PortugalD. Manuel I (1469-1521), dando conta da chegada ao Brasil, então Ilha de Vera Cruz, pela armada de Pedro Álvares Cabral que se dirigia à Índia.[1]
Participaram da missa os portugueses que faziam parte da expedição, cuja maioria era composta por marinheiros. Cabral e Caminha também estavam presentes. Pero Vaz de Caminha fez este relato interessante:
Aparentemente alguns indígenas acompanharam pacificamente a missa católica, parecendo copiar os movimentos feitos pelos portugueses, como o de se sentar. Este fato, fez com que Caminha concluísse que a futura conversão dos nativos ao catolicismo seria uma missão fácil e tranquila.[2]
Nos dias seguintes, os portugueses tentaram mostrar para os índios o respeito que tinham com a cruz, se ajoelharam um por um e a beijaram. Alguns índios fizeram o mesmo gesto, o que fez com que fossem considerados inocentes e fáceis de evangelizar. Vaz de Caminha pede ainda para o rei que venha logo o clérigo para batizá-los a fim de conhecerem mais sobre a fé deles.[3]
O dia é ainda marcado como feriado, em Portugal, no município de Belmonte, terra natal de Cabral.

Quadro de Victor Meirelles[editar | editar código-fonte]

O momento encontra-se retratado, de modo fantasioso, num quadro, A Primeira Missa no Brasil, uma das principais obras de Victor Meireles, pintado em 1860.
O quadro foi classificado e exposto no Salon da École des Beaux-Arts em 1861.[4]

Referências

Ícone de esboçoEste artigo sobre História do Brasil é um esboço relacionado ao Projeto História do Brasil. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue