sexta-feira, 27 de março de 2020

GUERRA DA CRIMEIA - 27 DE MARÇO DE 2020

Guerra da Crimeia

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Guerra da Crimeia
Parte das guerras russo-turcas e guerras otomanas na Europa
Fall of Sevastopol.jpg
Zuavos franceses e soldados russos enfrentam-se na torre Malakoff durante a Batalha de Sevastopol.
Data16 de outubro de 1853 – 30 de março de 1856
LocalCrimeiaCáucasoBalcãsMar NegroMar BálticoMar brancoExtremo Oriente
DesfechoVitória aliada, Tratado de Paris
Combatentes
Império Otomano Império Otomano
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg Império Francês
Reino Unido Reino Unido
Itália Reino da Sardenha
 Império Russo
Líderes e comandantes
Império Otomano Abdul Mejide I
Império Otomano Omar Paxá
Império Otomano İskender Paxá
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg Napoleão III
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg Jacques Leroy de Saint Arnaud
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg Maréchal Canrobert
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg Aimable Pélissier
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg François Achille Bazaine
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg Patrice de Mac-Mahon
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda Rainha Vitória
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda Conde de Aberdeen
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda Lord Raglan
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda Sir James Simpson
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda Sir William Codrington
Itália Vítor Emanuel II
Itália Alfonso La Màrmora
Império Russo Nicolau I
Império Russo Alexandre II
Império Russo Píncipe Menshikov
Império Russo Pavel Nakhimov 
Império Russo Vasily Zavoyko
Império Russo Nikolay Muravyov
Império Russo Yevfimy Putyatin
Império Russo Vladimir Istomin 
Império Russo Conde Tolstoy
Forças
Total: 603 132
Império Otomano 165 000[1]
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg 309 268[1]
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda 107 864[1]
Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg 21 000[1]
Flag of Russia.svg 888 000
Vítimas
Império Otomano 45 400[1]
10 100 mortos em combate
10 800 mortos de ferimentos
24 500 mortos de doenças
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg 135 485[1]
8 490 mortos em combate
11 750 mortos de ferimentos
75 375 mortos de doenças
39 870 feridos
 40 462[1]
2 755 mortos em combate
1 847 mortos de ferimentos
17 580 mortos de doenças
18 280 feridos
Flag of Italy (1861-1946) crowned.svg 2 166[1]
28 mortos em combate
2 138 mortos de doenças
25 000 mortos em combate
16 000 mortos de ferimentos
89 000 mortos de doenças
80 000 feridos[2][3]
Guerra da Crimeia foi um conflito que se estendeu de 1853 a 1856, na península da Crimeia (no mar Negro), no sul da Rússia e nos Bálcãs. Envolveu, de um lado o Império Russo e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, a França, o Reino da Sardenha - formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda - e o Império Otomano (atual Turquia). Esta coligação, que contou ainda com o apoio do Império Austríaco, foi formada como reação às pretensões expansionistas da Rússia.
Nessa guerra, foi importante o papel da marinha de corso, pela França e Reino Unido.[4]

A guerra[editar | editar código-fonte]

Desde o fim do século XVIII, os russos tentavam aumentar a sua influência na península dos Bálcãs, região entre o mar Negro e o mar Mediterrâneo. Em 1853, o czar Nicolau I invocou o direito de proteger os lugares santos dos cristãos em Jerusalém, então parte do Império Otomano. Sob esse pretexto, as suas tropas invadiram os principados otomanos do Rio Danúbio (Moldávia e Valáquia, na atual Romênia). O sultão otomano, contando com o apoio da Grã-Bretanha e da França, rejeitou as pretensões do czar, declarando guerra à Rússia. Mediante a declaração de guerra, a frota russa destruiu a frota turca na Batalha de Sinop.
O Reino Unido, sob a rainha Vitória, temia que uma possível queda da cidade de Constantinopla diante das tropas russas lhe pudesse retirar o controle estratégico dos estreitos de Bósforo e Dardanelos, cortando-lhe as comunicações com a Índia. Por outro lado, Napoleão III de França mostrava-se ansioso para mostrar que era o legítimo sucessor de seu tio, Napoleão I. Mediante a derrota naval dos turcos, ambas declararam guerra à Rússia no ano seguinte, seguidos pelo Reino da Sardenha (governado por Vítor Emanuel II e o seu primeiro-ministro Cavour). Em troca, os turcos permitiriam a entrada de capitais ocidentais no Império.
O conflito iniciou-se efetivamente em março de 1854. Em agosto, os turcos, com o auxílio de seus aliados, já haviam expulsado os invasores dos Bálcãs. De forma a encerrar definitivamente o conflito, as frotas dos aliados convergiram sobre a península da Crimeia, desembarcando tropas a 16 de setembro de 1854, iniciando o bloqueio naval e o cerco terrestre à cidade portuária fortificada de Sebastopol, sede da frota russa no mar Negro. Embora a Rússia tenha sido vencida em batalhas como a de Balaclava e em Inkerman, o conflito arrastou-se com sua recusa em aceitar os termos de paz. Entre as principais batalhas desta fase da campanha registam-se:
Durante o cerco a Sebastopol, a doença cobrou um pesado tributo às tropas britânicas e francesas, tendo se destacado o heroico esforço de Florence Nightingale dirigindo o atendimento hospitalar de campanha. A praça-forte, em ruínas, só caiu um ano mais tarde, em setembro de 1855.

O Tratado de Paris[editar | editar código-fonte]

Fronteiras do Império Otomano nos Bálcãs. Depois do tratado de Paris de 1856 (linha azul clara); e
Depois do Tratado de Berlim de 1878 (linha vermelha).
Ver artigo principal: Tratado de Paris (1856)
A guerra terminou com a assinatura do tratado de Paris de 30 de março de 1856. Pelos seus termos, o novo czarAlexandre II da Rússia, devolvia o sul da Bessarábia e a embocadura do rio Danúbio para o Império Otomano e para a Moldávia, renunciava a qualquer pretensão sobre os Bálcãs e ficava proibido de manter bases ou forças navais no mar Negro.
Por outro lado, o Império Otomano, representado por Aali-pachà ou Meliemet Emin era admitido na comunidade das potências europeias, tendo o sultão se comprometido a tratar seus súditos cristãos de acordo com as leis europeias. A Valáquia e a Sérvia passaram a estar sob proteção internacional.

Novas hostilidades[editar | editar código-fonte]

Na Conferência de Londres (1875), a Rússia obteve o direito de livre trânsito nos estreitos de Bósforo e Dardanelos. Em 1877, iniciou nova guerra contra a Turquia, invadindo os Bálcãs em consequência da repressão turca a revoltas de eslavos balcânicos. Diante da oposição das grandes potências, os russos recuaram outra vez. O Congresso de Berlim (1878), consagrou a independência dos Estados balcânicos e as perdas turcas da ilha de Chipre, para o Reino Unido, da Arménia e parte do território asiático para a Rússia e da Bósnia e Herzegovina para o Império Austro-Húngaro. Em 1895, o Reino Unido apresentou um plano de partilha da Turquia, rechaçado pela Alemanha, que preferia garantir para si concessões ferroviárias. Nos Bálcãs, no início do século XX, o crescente nacionalismo eslavo contra a presença turca levou a região à primeira das Guerras Balcânicas. Esta política russofóbica iria perdurar até a Entente anglo-russa de 1907 quando começa a emergir o Império Alemão na política europeia.[6]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h Clodfelter 2017, p. 180.
  2.  Mara Kozelsky, "The Crimean War, 1853–56." Kritika: Explorations in Russian and Eurasian History 13.4 (2012): 903–917 online.
  3.  Zayonchkovski, Andrei Medardovich (2002). Восточная Война 1853–1856 [Eastern War 1853–1856] (em russo). Volume II part 2. Saint Petersburg, Russia: Полигон [Polygon]. ISBN 978-5-89173-158-5OCLC 701418742. Consultado em 29 de janeiro de 2020
  4.  Vasconcellos, J.S. (1939). Princípios de defesa militar. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército
  5.  «Центральный военно-морской музей» (em russo). Consultado em 6 de maio de 2012
  6.  F. William Engdahl, A Century of War: Anglo-American Oil Politics and the New World Order, Londres, Pluto Press, 2004, pp. 29-30.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Arnold, Guy. Historical dictionary of the Crimean War (Scarecrow Press, 2002)
  • Badem, Candan. The Ottoman Crimean War (1853–1856) (Leiden: Brill, 2010). 432 pp. ISBN 90-04-18205-5
  • Bridge and Bullen, The Great Powers and the European States System 1814–1914, (Pearson Education: London), 2005
  • Bamgart, Winfried The Crimean War, 1853–1856 (2002) Arnold Publishers ISBN 0-340-61465-X
  • Clodfelter, M. (2017). Warfare and Armed Conflicts: A Statistical Encyclopedia of Casualty and Other Figures, 1492-2015 4th ed. Jefferson, North Carolina: McFarland. ISBN 978-0786474707
  • Cox, Michael, and John Lenton. Crimean War Basics: Organisation and Uniforms: Russia and Turkey (1997)
  • Curtiss, John Shelton. Russia's Crimean War (1979) ISBN 0-8223-0374-4
  • Figes, Orlando, Crimea: The Last Crusade (2010) Allen Lane. ISBN 978-0-7139-9704-0; the standard scholarly study; American edition published as The Crimean War: A History (2010) excerpt and text search
  • Goldfrank, David M. The Origins of the Crimean War (1993)
  • Gorizontov, Leonid E (2012). «The Crimean War as a Test of Russia's Imperial Durability». Russian Studies in History51 (1): 65–94. doi:10.2753/rsh1061-1983510103
  • Greenwood, Adrian (2015). Victoria's Scottish Lion: The Life of Colin Campbell, Lord Clyde. UK: History Press. p. 496. ISBN 978-0-7509-5685-7
  • Hoppen, K. Theodore. The Mid-Victorian Generation, 1846–1886 (1998) pp. 167–83; summary of British policy online
  • Lambert, Andrew (1989). «Preparing for the Russian War: British Strategic Planning, March, 1853 – March 1854». War & Society7 (2): 15–39. doi:10.1179/106980489790305605
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  • Pearce, Robert. "The Results of the Crimean War," History Review (2011) #70 pp. 27–33.
  • Ponting, Clive The Crimean War (2004) Chatto and Windus ISBN 0-7011-7390-4
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  • Puryear, Vernon J (1931). «New Light on the Origins of the Crimean War». Journal of Modern History3 (2): 219–234. JSTOR 1871715doi:10.1086/235723
  • Ramm, Agatha, and B. H. Sumner. "The Crimean War." in J.P.T. Bury, ed., The New Cambridge Modern History: Volume 10: The Zenith of European Power, 1830–1870 (1960) pp. 468–92, short survey online
  • Rath, Andrew C. The Crimean War in Imperial Context, 1854–1856 (Palgrave Macmillan, 2015). excerpt
  • Rich, Norman Why the Crimean War: A Cautionary Tale (1985) McGraw-Hill ISBN 0-07-052255-3
  • Ridley, Jasper. Lord Palmerston (1970) pp. 425–54
  • Royle, Trevor Crimea: The Great Crimean War, 1854–1856 (2000) Palgrave Macmillan ISBN 1-4039-6416-5
  • Schroeder, Paul W. Austria, Great Britain, and the Crimean War: The Destruction of the European Concert (Cornell Up, 192) online
  • Schmitt, Bernadotte E (1919). «The Diplomatic Preliminaries of the Crimean War». American Historical Review25 (1): 36–67. JSTOR 1836373doi:10.2307/1836373hdl:2027/njp.32101066363589
  • Seton-Watson, R. W. Britain in Europe, 1789–1914 (1938) pp 301–60.
  • Small, Hugh. The Crimean War: Queen Victoria's War with the Russian Tsars (Tempus, 2007); diplomacy, pp. 62–82
  • Strachan, Hew (1978). «Soldiers, Strategy and Sebastopol». Historical Journal21 (2): 303–325. JSTOR 2638262doi:10.1017/s0018246x00000558
  • Taylor, A.J.P. The Struggle for Mastery in Europe: 1848–1918 (1954) pp. 62–82.
  • Temperley, Harold W. V. England and the Near East: The Crimea (1936) online
  • Trager, Robert F. "Long-term consequences of aggressive diplomacy: European relations after Austrian Crimean War threats." Security Studies 21.2 (2012): 232-265. Online
  • Troubetzkoy, Alexis S. (2006). A Brief History of the Crimean War. London: Constable & Robinson. ISBN 978-1-84529-420-5
  • Wetzel, David The Crimean War: A Diplomatic History (1985) Columbia University Press ISBN 0-88033-086-4
  • Zayonchkovski, Andrei (2002) [1908–1913]. Восточная война 1853–1856 [Eastern War 1853–1856]. Col: Великие противостояния (em Russian). St Petersburg: Poligon. ISBN 978-5-89173-157-8

Histografia e memórias[editar | editar código-fonte]

  • Gooch, Brison D. "A Century of Historiography on the Origins of the Crimean War", American Historical Review 62#1 (1956), pp. 33–58 in JSTOR
  • Edgerton, Robert B. Death or Glory: The Legacy of the Crimean War (1999) online
  • Kozelsky, Mara. "The Crimean War, 1853–56," Kritika (2012) 13#4 online
  • Lambert, Albert (2003). «Crimean War 1853–1856," in David Loades, ed.». Reader's Guide to British History1: 318–19
  • Lambert, Andrew. The Crimean War: British Grand Strategy Against Russia, 1853–56 (2nd ed. Ashgate, 2011) the 2nd edition has a detailed summary of the historiography, pp. 1–20 excerpt
  • Markovits, Stefanie. The Crimean War in the British Imagination (Cambridge University Press: 2009) 287 pp. ISBN 0-521-11237-0
  • Russell, William Howard, The Crimean War: As Seen by Those Who Reported It (Louisiana State University Press, 2009) ISBN 978-0-8071-3445-0
  • Small, Hugh. "Sebastopol Besieged," History Today (2014) 64#4 pp. 20–21.
  • Young, Peter. "Historiography of the Origins of the Crimean War" International History: Diplomatic and Military History since the Middle Ages (2012) online

Fontes contemporâneas[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Guerra da Crimeia

Ver também

DIA NACIONAL DO DADOR DE SANGUE - 27 DE MARÇO DE 2020

Doação de sangue

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Doação de sangue em Brasília
Doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou hemocentro para um uso subsequente em uma transfusão de sangue. Trata-se de um processo de fundamental importância para o funcionamento de um hospital ou centro de saúde.
A Organização Mundial de Saúde comemora, desde 2005, o dia 14 de junho como o Dia Mundial do Doador de Sangue[1], para homenagear os voluntários que doam sangue, além de conscientizar sobre o ato. A data foi escolhida por conta do nascimento do médico austríaco Karl Landsteiner, ganhador do Premio Nobel e Fisiologia ou Medicina em 1930 pelo descobrimento do sistema AOB de tipagem sanguínea[1].
Desde 2015 o movimento Eu Dou Sangue pelo Brasil realiza a campanha Junho Vermelho, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue[2]. Alguns prédios ou monumentos públicos utilizam uma iluminação vermelha para chamar a atenção para doações.

Contexto geral[editar | editar código-fonte]

Todos os procedimentos médicos que demandam transfusão de sangue precisam dispor de um fornecimento regular e seguro deste elemento. Daí a importância de se manter sempre abastecidos os bancos de sangue por meio das doações, que não engrossam nem afinam o sangue do doador. É fácil e seguro, e não se pode mentir nem omitir informações, pois quem recebe o sangue pode ser contaminado.
Doar sangue é um procedimento simples, rápido, sigiloso e seguro. Para o doador em geral não há riscos; algumas complicações leves, como queda de pressão e tontura, muitas vezes estão ligadas à ansiedade [3]. Após a doação, pequenos hematomas e dores no local da picada também são raros. Os componentes do sangue doado são rapidamente repostos pelo organismo, e o normal é não haver qualquer consequência da doação.[4]

Requisitos para a doação[editar | editar código-fonte]

Qualquer pessoa poderá doar sangue, desde que sejam observadas algumas condições, a fim de garantir a segurança e a qualidade do procedimento:[5][6]
Requisitos básicos
  • Estar em boas condições de saúde.
  • Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos.
  • Pesar no mínimo 50kg.
  • Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas).
  • Para mulheres: não é recomendado executar a doação caso tenha menstruado menos de 7 dias antes da doação ou feito na semana outros exames sanguíneos
  • Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).
  • Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social).
Impedimentos temporários
  • Resfriado: aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas.
  • Gravidez
  • 90 dias após parto normal ou abortamento e 180 dias após cesariana.
  • Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses).
  • Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.
  • Tatuagem / maquiagem definitiva nos últimos 12 meses.
  • Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.
  • Qualquer procedimento endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia etc): aguardar 6 meses.
  • Extração dentária (verificar uso de medicação) ou tratamento de canal (verificar medicação): por 7 dias.
  • Cirurgia odontológica com anestesia geral: por 4 semanas.
  • Acupuntura: se realizada com material descartável: 24 horas; se realizada com laser ou sementes: apto; se realizada com material sem condições de avaliação: aguardar 12 meses.
  • Vacina contra gripe: por 48 horas.
  • Herpes labial ou genital: apto após desaparecimento total das lesões.
  • Herpes Zoster: apto após 6 meses da cura (vírus Varicella Zoster).
Impedimentos definitivos

Procedimentos[editar | editar código-fonte]

A coleta de sangue para doação consiste na retirada de cerca de 450ml de sangue, através do uso de material descartável, de uso único e estéril. O tempo de permanência do doador no Banco de Sangue, incluindo coleta e triagem, é de aproximadamente 12 minutos.
No Brasil, o Ministério da Saúde exige a realização de alguns procedimentos específicos antes e depois da doação, a fim de prevenir complicações para o doador e contaminação para o receptor durante o período de janela imunológica de doenças.
Antes da doação, o candidato irá passar por uma entrevista de triagem clínica, na qual podem ser detectadas algumas condições adicionais que possam impedir a doação. Após cada doação serão realizados os seguintes exames no sangue coletado:
  • tipagem sanguínea ABO e Rh;
  • pesquisa de anticorpos eritrocitários irregulares (PAI);
  • Teste de Coombs Directo;
  • fenotipagem do Sistema Rh (D,C,E.c,e), fenotipagem de outros sistemas;
  • testes sorológicos para: Hepatite B, Hepatite C, Doença de Chagas, Sífilis, HIV (AIDS), HTLV I/II.
Esse procedimento se repetirá após cada doação e os resultados serão comunicados ao doador.

Cuidados-pós doação[editar | editar código-fonte]

  • Permanecer pelo menos 15 minutos no local após a doação para observação;
  • Não fumar na 1ª hora após a doação;
  • Tomar bastante líquidos (ex.: água, suco, chá);
  • Evitar atividades físicas vigorosas ou que coloquem em risco a sua segurança e a de outros nas próximas 12 horas;
  • Evitar utilizar intensamente o braço onde foi realizada a punção;
  • Comunicar o Serviço de Hemoterapia caso você queira informar algo que omitiu na entrevista ou achar que seu sangue pode ser prejudicial a outra pessoa;
  • Procurar o Serviço de Hemoterapia caso apresente qualquer problema que você ache que possa estar relacionado com a doação;
  • Respeitar o intervalo mínimo entre as doações: 2 meses para o homem e 3 meses para a mulher;

Maior doador de sangue[editar | editar código-fonte]

O catarinense Orestes Golanovski foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o Maior doador de sangue do Brasil, entrando em 2011 para o RankBrasil – Recordes Brasileiros. Até junho de 2006, ele já havia feito 187 doações. O recordista doou sangue até completar 65 anos, idade limite para a ação solidária.

Direitos[editar | editar código-fonte]

No Brasil[editar | editar código-fonte]

A lei nº 10.205, de 21 de março de 2001, regulamenta o §4º do art. 199 da Constituição Federal, relativo à coleta da história e o processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados e estabelece o ordenamento institucional indispensável à execução adequada dessas atividades.
No Brasil, trabalhador sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) poderá deixar de comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, por um dia, em cada doze meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada (art. 473 da CLT). Os funcionários públicos civis federais, sem qualquer prejuízo, podem se ausentar do serviço por um dia para doação de sangue, sem limite anual de doações (art. 97 da lei nº 8.112/1990). Nos estados do Paraná e Espirito Santo é possível pagar meia entrada em eventos culturais, desde que a pessoa esteja formalmente cadastrada no banco de sangue, Lei estadual 13.964/2002.
Há ainda a lei federal nº 1.075, de 27 de março de 1950, que permite que a doação de sangue seja incluída na folha de serviço de funcionário público civil ou militar e que, não se enquadrando nestas categorias, que o doador seja incluído entre os que prestam serviços relevantes à sociedade e à Pátria.

Nas unidades federativas[editar | editar código-fonte]

No estado de Mato Grosso, a lei nº 7.713, de 12 de setembro de 2002, autoriza o doador regular de sangue a receber isenção do pagamento de taxas de inscrição em concursos públicos promovidos pelo Governo do Estado. padronizado de sua condição de doador regular expedido pelo Banco de Sangue, público ou privado, autorizado pelo Poder Público, em que faz a doação.
No estado do Paraná, a lei nº 13.964, de 20 de dezembro de 2002, concede ao doador regular de sangue desconto de 50% (cinquenta por cento) em Eventos Culturais Artísticos no estado. Para tanto, o doador deve estar registrado no hemocentro e nos bancos de sangue dos hospitais do estado, identificado por documento oficial expedido pela Secretaria de Estado da Saúde.
No Distrito Federal, a lei nº 1.321, de 26 de dezembro de 1996, prescreve que os doadores regulares de sangue ficam dispensados do pagamento de taxa de inscrição em concurso público para preenchimento de vagas na administração pública direta, indireta e fundacional do Distrito Federal e da Câmara Legislativa, sendo necessária a comprovação de pelo menos três doações de sangue realizadas no período de um ano antes da data final das inscrições cuja isenção seja pleiteada.
No estado de São Paulo, a lei nº 12.147, de 12 de dezembro de 2005, também autoriza o doador de sangue a ser isento do pagamento de taxas de inscrição nos concursos públicos realizados pela Administração Direta, Indireta, Fundações Públicas e Universidades Públicas do Estado. Para ter direito à isenção, o doador terá que comprovar a doação de sangue, que não poderá ser inferior a 3 (três) vezes em um período de 12 (doze) meses.
No estado de Santa Catarina, a lei nº 10.567, de 7 de novembro de 1997, o doador de sangue fica isento do pagamento de taxas de inscrição a concursos públicos realizados pelo estado, equiparando-se a doador de sangue para os efeitos desta lei, a pessoa que integre a Associação de doadores e que contribua, comprovadamente para estimular de forma direta e indireta, a doação. A comprovação da qualidade de doador de sangue será efetuada através da apresentação de documento expedido pela entidade coletora, que deverá ser juntado no ato de inscrição e deverá discriminar o número e a data em que foram realizadas as doações, não podendo ser inferior a 03 (três) vezes anuais.
No estado do Ceará, a lei nº 12.634, de 14 de novembro de 1996, dispõe que s servidores estaduais farão jus ao cômputo de 01 (uma) semana para efeito de contagem de tempo de serviço para aposentadoria, a cada doação de sangue efetuada exclusivamente nos Hemocentros, entidade vinculada à Secretaria de Saúde do Estado do Ceará - SESA-CE, mas isto vale apenas para aqueles que comprovarem a doação até o advento da Emenda Constitucional nº 20/98, de 15 dezembro de 2008, deve pleitear, através de requerimento, a averbação desse tempo, pois a Constituição Federal estabeleceu que a ``a lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício´´. Ainda, a lei nº 12.559, de 29 de dezembro de 1995, a exemplo de outras unidades federativas, estabeleceu que os doadores de sangue que contarem o mínimo de 02 (duas) doações, num período de 01 (um) ano, estarão isentos do pagamento da taxa de inscrição em concursos públicos estaduais, realizados num prazo de até 12 meses decorridos da última doação.

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Referências

  1. ↑ Ir para:a b Organização Panamericana de Saúde. Dia Mundial do Doador de Sangue 2014 enfoca a maternidade com o tema "Doe sangue para as que dão a vida". Disponível em http://www.paho.org/bireme/index.php?option=com_content&view=article&id=247%3Adia-mundial-do-doador-de-sangue&Itemid=73&lang=pt
  2.  MACEDO, Rosayne. O sangue conecta todos nós e pode salvar vidas. Blog Vida e Ação, Jornal O DIA. Rio de Janeiro, 14 de junho de 2016. Disponível em http://blogs.odia.ig.com.br/vidaeacao/gerais/o-sangue-que-conecta-todos-nos-pode-salvar-vidas/
  3.  «Hemominas - Critérios gerais de doação»www.hemominas.mg.gov.br. Consultado em 17 de outubro de 2015
  4.  «Hemominas - Critérios gerais de doação»www.hemominas.mg.gov.br. Consultado em 17 de outubro de 2015
  5.  «Requisitos básicos para doação de sangue»Pró Sangue - Homocentro de São Paulo. Consultado em 20 de julho de 2016. Arquivado do original em 15 de julho de 2016
  6.  «Quem não pode doar?»Pró Sangue - Homocentro de São Paulo. Consultado em 20 de julho de 2016. Arquivado do original em 17 de agosto de 2016

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