sexta-feira, 6 de março de 2020

CAPELA SISTINA - OBRA DE MIGUEL ANGELO - NASCIDO EM 1475 - 6 DE MARÇO DE 2020



Capela Sistina

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Capela Sistina
Interior e Nave da Capela Sistina
Estilo dominanteClássico
ArquitetoBaccio Pontelli
Início da construção1473
Fim da construção1481
ReligiãoCatolicismo
DioceseDiocese de Roma
Ano de consagração15 de agosto de 1483 (536 anos)
WebsitePágina oficial
Geografia
País Vaticano
LocalCidade do Vaticano
Capela Sistina (em latim: Sacellum Sixtinum; em italianoCappella Sistina) é uma capela situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa na Cidade-Estado do Vaticano. É famosa pela sua arquitetura, inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento, e sua decoração em afrescos, pintada pelos maiores artistas da Renascença, incluindo MichelangeloRafaelPerugino e Sandro Botticelli.
A capela tem o seu nome em homenagem ao Papa Sisto IV, que restaurou a antiga Capela Magna, entre 1477 e 1480. Durante este período, uma equipe de pintores que incluiu Pietro PeruginoSandro Botticelli e Domenico Ghirlandaio criaram uma série de painéis de afrescos que retratam a vida de Moisés e de Cristo, juntamente com retratos papais e da ancestralidade de Jesus. Estas pinturas foram concluídas em 1482, e em 15 de agosto de 1483, Sisto IV consagrou a primeira missa em honra a Nossa Senhora da Assunção.
Desde a época de Sisto IV, a capela serviu como um lugar tanto para religiosos, como funcionários para atividades papais. Hoje é o local onde se realiza o conclave, o processo pelo qual um novo Papa é escolhido.

Contexto histórico[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Renascimento
A virada do Quattrocento para o Cinquecento foi um dos momentos mais marcantes para a História da arte ocidental, quiçá mundial. A Itália, com epicentro em Florença, deu ao mundo uma tal gama de geniais artistas que parece milagrosa. "Não há como explicar a existência do gênio. É preferível apreciá-lo", diz Gombrich,[1] tentando entender por que tantos grandes mestres nasceram no mesmo período.

Sisto IV, por Melozzo da Forlì
A Capela Sistina é um dos locais mais propícios para aquilatar a dimensão desta explosão criativa. Para a sua feitura concorreram os maiores nomes de que dispunha a Itália no momento.
Sisto IV, como parte da política que empreendia para o restabelecimento do prestígio e fortalecimento do papado, convocou a Roma os maiores artistas da Itália. Florença era o centro de excelência até então. De lá e da Úmbria vieram os maiores nomes, fato que deslocaria para Roma a capitalidade cultural, que atingiria o zênite algumas décadas depois, com a eleição de Júlio II para ocupar a Cátedra de São Pedro. Para a história da cultura o significado do projeto e construção da Sistina é imenso, juntamente com as demais obras encomendadas por Sisto IV. Não somente porque marca o deslocamento da capitalidade cultural para Roma, mas por se tratar do ciclo pictórico de maior relevo da Itália no final do século XV, "constituindo além disso um documento inapreciável para observar as virtudes e os limites da pintura do Quattrocento".[2]
Com exceção de Ghirlandaio, os pintores que nela assinalaram seus talentos avançam com a sua obra no século seguinte e os gênios que mudaram os rumos da pintura no período estão todos estreitamente relacionados com eles: Ghirlandaio fora mestre de Michelangelo; Rafael aprendiz de Perugino; e pelo atelier de Verrocchio passaram Leonardo, Perugino e Botticelli.
Mais que um liame entre o Quattrocento e o Cinquecento, esta geração de artistas "representa um ponto final, a constatação de uma crise. Algo que ficará manifesto pelo fato de que tanto Leonardo como Michelangelo construíram em boa medida suas respectivas linguagens sobre a negação da deles".[2]

Arquitetura e decoração[editar | editar código-fonte]

Baccio Pontelli foi o autor do projeto arquitetônico para a construção da capela. Este florentino era um dos responsáveis pela reformulação e revitalização urbanística que Sisto IV efetuava em Roma, tendo realizado dezenas de obras públicas.

Vista externa da Capela Sistina do alto da Basílica de São Pedro.

A Criação de Adão de Michelangelo
No projeto, construído com a supervisão de Giovannino de Dolci entre 1473 e 1484, emprestaram seus dons: Perugino, Botticelli, Ghirlandaio, RosselliSignorelliPinturicchioPiero di CosimoBartolomeo della Gatta, Rafael e outros. Coroando este festival, alguns anos depois, um dos maiores gênios artísticos de todos os tempos: Michelangelo Buonarroti.
As dimensões do projeto de Baccio Pontelli tiveram como inspiração as descrições contidas no Antigo Testamento relativas ao Templo de Salomão. A sua forma é retangular medindo 40,93 m de longitude, 13,41 m de largura e 20,70 m de altura. Os numerosos artistas vestiram o seu interior, esculpindo e pintando as suas paredes, transformando-a em um estupendo e célebre lugar conhecido em todo o mundo pelas maravilhosas obras de arte que encerra.
Uma finíssima transenna de mármore, em que trabalharam Mino de FiesoleGiovanni Dalmata e Andrea Bregno, divide a capela em duas partes desiguais. Os mesmos artistas levaram a cabo a construção do coro.
Internamente, as paredes, divididas por cornijas horizontais, apresentam três níveis:
  • o primeiro nível, junto ao chão em mármore - que, em alguns setores, apresenta o característico marchetado cosmatesco - simula refinadas tapeçarias. No lado direito, próximo à transenna, está o coro;
  • o intermediário é onde figuram os afrescos, narrando os episódios da vida de Cristo e de Moisés. A cronologia inicia-se a partir da parede do altar, onde se encontravam, antes da feitura do Juízo Final de Michelangelo, as primeiras cenas e um retábulo de Perugino representando a Virgem da Assunção, a quem foi dedicada a capela.
  • o nível mais alto, onde estão as pilastras que sustentam os pendentes do teto. Acima da cornija estão situadas as lunettes, entre as quais foram alocadas as imagens dos primeiros papas.

Afrescos[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Teto da Capela Sistina
Afrescos inspirados em cenas do Velho e do Novo Testamento decoram as paredes laterais, assim como o teto.

A Entrega das Chaves a São Pedro - Perugino
Precisamente, na parede esquerda, a partir do altar, estão as cenas do Velho Testamento a representar:
  • 1 – Moisés a caminho do Egito e a circuncisão de seus filhos, obra de Pinturicchio;
  • 2 – Cenas da Vida de Moisés, de Botticelli;
  • 3 – Passagem do Mar Vermelho, de Cosimo Rosselli;
  • 4 – Moisés no Monte Sinai e a Adoração do Bezerro de Ouro, de Rosselli;
  • 5 – A Punição de Korah, Natan e Abiram, de Botticelli;
  • 6 – A Morte de Moisés, de Lucas Signorelli.
Na parte direita, também a partir do altar, as cenas do Novo Testamento:
  • 1 – O Batismo de Jesus, de Pinturicchio;
  • 2 – Tentação de Cristo e a Purificação do Leproso, de Botticelli;
  • 3 – Vocação dos Apóstolos, de Ghirlandaio;
  • 4 – Sermão da Montanha, de Rosselli,
  • 5 – A Entrega das Chaves a São Pedro, de Perugino;
  • 6 – A Última Ceia,de Rosselli.
Entre as janelas, seis de cada lado, figuram 24 retratos de papas, pintados por Botticelli, Ghirlandaio e Fra Diamante. Na abóbada estão os famosos afrescos de Michelangelo, pintados entre 1508 e 1512. O mesmo artista realizaria entre os anos de 1535 e 1541, na parede do altar, o Juízo Final.
Rafael realizou uma série de tapeçarias que, em ocasiões especiais, vestem as paredes.
Ver artigo principal: Cartões de Rafael

As cenas de Botticelli[editar | editar código-fonte]

Botticelli, o talentoso discípulo de Filippino Lippi, exercia seu ofício em Florença. Chamado a Roma por Sisto IV para a decoração da capela, ali executou entre 1481 e 1482 alguns afrescos: A Punição de Korah, Dathan e AbiramTentação de Cristo e a Purificação do Leproso e Cenas da Vida de Moisés.
Cenas da Vida de Moisés, afresco medindo 348 cm x 558 cm, é a obra mais complexa. Botticelli teve que se empenhar para entrelaçar os diversos episódios que ali figuram numa narrativa bem articulada.[3] O quadro tem certas irregularidades. É mais apreciado em virtude de detalhes isolados do que pelo conjunto. Os episódios estão narrados no Livro do Êxodo, capítulos II, III e XIII.
A Punição de Korah, medindo 348,5 cm x 570 cm, é a representação da narrativa contida no Livro dos Números, capítulo XVI, onde Korah, subleva 250.000 hebreus contra a autoridade de Moisés e de seu irmão Aarão.
Tentação de Cristo e a Purificação do Leproso, medindo 345,5 cm x 555 cm, ilustra as três tentações de Cristo no deserto e a cura do leproso narradas no Evangelho de Mateus, capítulos IV e VIII. No centro do quadro vê-se o edifício do Hospital do Santo Espírito mandado construir por Sisto IV.

O teto da Capela Sistina (Michelangelo)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Teto da Capela Sistina

Vista do teto da Capela Sistina, projetada por Michelangelo
Na realização desta grandiloquente obra concorreram amor e ódio. Michelangelo teria feito este trabalho contrariado, convencido que era mais um escultor que um pintor. Encarregado pelo Papa Júlio II, sobrinho de Sisto IV, de pintar o teto da capela, julgou ser um conluio de seus rivais para desviá-lo da obra para a qual havia sido chamado a Roma: o mausoléu do Papa. Mas dedicou-se à tarefa e o fez com tanta maestria que praticamente ofuscou as obras primas de seus antecessores na empresa. Os afrescos no teto da Capela Sistina são, de fato, um dos maiores tesouros artísticos da humanidade.

Diagrama
É difícil acreditar que tenha sido obra de um só homem, pois dispensara os assistentes que havia contratado inicialmente, insatisfeito com a produção destes, e que o mesmo ainda encontraria forças para retornar ao local, duas décadas depois, e pintar na parede do altar, sacrificando, inclusive, alguns afrescos de Perugino, o Juízo Final, entre 1535 e 1541, já sob o pontificado de Paulo III.
A superfície da abóbada foi dividida em áreas concebendo-se arquitetonicamente o trabalho de maneira que resultasse numa articulação do espaço entremeado por pilares. Nas áreas triangulares alocou as figuras de profetas e sibilas; nas retangulares, os episódios do Gênesis. Para entender estas últimas deve-se atentar para as que tocam a parede do fundo:
  • Deus separando a Luz das Trevas;
  • Deus criando o Sol e a Lua;
  • Deus separando a terra das águas;
  • A Criação de Adão;
  • A Criação de Eva;
  • O Pecado Original e a Expulsão do Paraíso;
  • O Sacrifício de Noé;
  • O Dilúvio Universal;
Assim como ocorre com parte da obra de Leonardo da Vinci, Benjamin Blech e Roy Doliner sugerem no seu livro Segredos da Capela Sistina que Michelangelo teria usado de criptografia para inscrever mensagens atacando o papado. O artista teria usado seus conhecimentos dos textos judaicos e cabalísticos, antagônicos à doutrina cristã estabelecida, para transmitir em sua pintura aquilo em que verdadeiramente acreditava.[4]

O Juízo Final (Michelangelo)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Juízo Final

O Juízo Final
A parede do altar foi destinada a conservar a maior pintura na qual Michelangelo dedicou, desde 1534, todo seu engenho e força: o Juízo Final.
O afresco ocupa inteiramente a parede atrás do altar. Para sua execução, duas janelas foram fechadas e algumas pinturas da época de Sisto IV apagadas: os primeiros retratos de papas; a primeira cena da vida de Cristo e a primeira da vida de Moisés. Uma imagem da Virgem da Assunção de Perugino, e os afrescos das duas lunettes, onde o próprio Michelangelo havia pintado os ancestrais de Cristo.
A grandiosidade da personalidade do grande mestre se revela aqui, com toda sua potência, devido sobretudo à concepção e a força de realização da obra.
Aqui, o "Pai do Barroco", como querem alguns, já desnuda de forma marcante os novos rumos que o artista imprimira em sua arte. A liberdade em relação aos cânones anteriores,[5] da chamada Alta Renascença, manifesta-se na rigorosa maneira com que trata a figura humana.[6] O que o levaria a ser chamado o terribile por seus contemporâneos.[7]
Michelangelo expressa vigorosamente o conceito de Justiça Divina, severa e implacável em relação aos condenados. O Cristo, parte central da composição, é o Juiz dos eleitos que sobem ao Céu por sua direita, enquanto os condenados, abaixo de sua esquerda esperam Caronte e Minos.
A ressurreição dos mortos e os anjos tocando trombetas completam a composição.

A polémica do restauro[editar | editar código-fonte]

No último quartel do século XX, obras empreendidas no teto da Capela Sistina no intuito de recuperar o brilho original do tempo de Michelangelo foram motivo de inúmeras controvérsias[8].
Restauros vinham sendo feitos ao longo dos anos, e desde a década de 1960 já se trabalhava nos frescos mais antigos. O projeto mais audacioso, a cargo do restaurador Gianluigi Colalucci, iniciou-se em 1979 com a limpeza da parede do altar: o Juízo Final, de Michelangelo.
Durante este período a capela esteve fechada ao público que visita o Museu do Vaticano - cerca de três milhões de visitantes por ano - só voltando a ser reaberta em 8 de abril de 1994.[9]

Conclaves[editar | editar código-fonte]

Os Conclaves que foram realizados na Capela Sistina

Século XV[editar | editar código-fonte]

ConclaveDuraçãoCardeal EleitoPapaPontificado
06/08/1492-10/08/149204diasRodrigo BorgiaAlexandre VI10/08/1492-18/08/1503

Século XVI[editar | editar código-fonte]

ConclaveDuraçãoCardeal EleitoPapaPontificado
16/08/1503-16/09/150301mêsFrancesco Todeschini PiccolominiPio III16/09/1503-18/10/1503
31/10/1503-01/11/150302diasGiuliano della RovereJúlio IIO.F.M.01/11/1503-20/02/1513
04/03/1513-19/03/151315diasGiovanni di Lorenzo de' MediciLeão X19/03/1513-01/12/1521
27/12/1521-09/01/152213diasAdriano Floriszoon BoeyensAdriano VI09/01/1522-14/09/1523
01/10/1523-19/11/152301mês18diasGiulio di Giuliano de' MediciClemente VII19/11/1523-25/09/1534
11/10/1534-13/10/15343diasAlessandro FarnesePaulo III13/10/1534-10/11/1549
25/11/1549-29/11/15495diasGiovanni Maria Ciocchi Del MonteJúlio III29/11/1549-25/03/1555
05/04/1555-07/04/155503diasMarcelo CerviniMarcelo II07/04/1555-30/04/1555
15/05/1555-23/05/155508diasGian Petro CarafaPaulo IVC.R.23/05/1555-18/08/1559
05/09/1559-26/12/155903meses21diasGiovanni Angelo MediciPio IV26/12/1559-09/12/1565
20/12/1565-07/01/156618diasMichele GhislieriSão Pio VO.P.07/01/1566-01/05/1572
12/05/1572-13/05/157202diasUgo BoncompagniGregório XIII13/05/1572-10/04/1585
21/04/1585-24/04/158503diasFelici PerettiSixto VO.F.M. Conv.24/04/1585-27/08/1590
07/09/1590-15/09/159008diasGiovanni Battista CastagnaUrbano VII15/09/1590-27/09/1590
08/10/1590-05/12/159001mês27diasNicooló SfrondratiGregório XIV05/12/1590-16/10/1591
27/10/1591-03/11/159106diasGiovanni Antonio FacchinettiInocêncio IX03/11/1591-30/12/1591
10/01/1592-30/01/159220diasIppolito AldobrandiniClemente VIII30/01/1592-05/03/1605

Século XVII[editar | editar código-fonte]

ConclaveDuraçãoCardeal EleitoPapaPontificado
14/03/160501/04/160518diasAlessandro Ottaviano de' MediciLeão XI01/04/160527/04/1605
08/05/160516/05/160508diasCamilo BorghesePaulo V16/05/160528/01/1621
08/02/162109/02/162102diasAlessandro LudoviciGregório XV09/02/162108/07/1623
19/07/162306/08/162318diasMafeo BarberiniUrbano VIII06/08/162329/07/1644
09/08/164415/09/164401mês06diasGiovanni Battista PamphiljInocêncio X15/09/164407/01/1655
18/01/165507/04/165503meses20diasFabio ChigiAlexandre VII07/04/165522/05/1667
02/06/166720/06/166718diasGuilio RospigliosiClemente IX20/06/166709/12/1669
20/12/166929/04/167004meses09diasEmilio AltieriClemente X29/04/167022/07/1676
02/08/167621/09/167601mês19diasBenedetto OdescalchiBeato Inocêncio XI21/09/167612/08/1689
23/08/168906/10/168901mês13diasPietro Voti OttoboniAlexandre VIII06/10/168901/02/1691
12/02/169121/07/169105meses09diasAntonio PignatelliInocêncio XII21/07/169127/09/1700
09/10/170023/11/170001mês14diasGiovanni Francesco AlbaniClemente XI23/11/170019/03/1721

Século XVIII[editar | editar código-fonte]

ConclaveDuraçãoCardeal EleitoPapaPontificado
31/03/172108/05/172101mês08diasMichelangelo dei ContiInocêncio XIII08/05/172107/03/1724
20/03/172429/05/172402meses09diasPietro Francesco OrsiniBento XIIIO.P.29/05/172421/02/1730
05/03/173007/04/173001mês02diasLorenzo CorsiniClemente XII07/04/173006/02/1740
18/02/174017/08/174006meses01diasProspero Lorenzo LambertiniBento XIV17/08/174003/05/1758
15/05/1758-06/07/175801mês22diasCarlo della Torre RezzonicoClemente XIII06/07/1758-02/02/1769
15/02/176919/05/176903meses04diasGiovanni Vicenzo Antonio GanganelliClemente XIVO.F.M. Conv.19/05/176922/09/1774
05/10/177415/02/177504meses10diasGiovanni Angelo BrachiPio VI15/02/177529/08/1799

Século XIX[editar | editar código-fonte]

ConclaveDuraçãoCardeal EleitoPapaPontificado
02/09/182328/09/182326diasAnnibale Sermatti della GengaLeão XII28/09/182310/02/1829
24/02/182931/03/182901mês07diasFrancesco Severino CastiglionePio VIII31/03/182930/11/1830
14/12/183002/02/183101mês19diasBartolomeu Albert CappellariGregório XVIO.S.B. Cam.02/02/183101/06/1846
14/06/184616/06/184603diasGiovanni Maria Mastai-FerrettiBeato Pio IXO.F.S.16/06/184607/02/1878
18/02/187820/02/187803diasGioacchino Vicenzo Raffaele Luigi PecciLeão XIII20/02/187820/07/1903

Século XX[editar | editar código-fonte]

ConclaveDuraçãoCardeal EleitoPapaPontificado
31/07/190304/08/190305diasGiuseppe Melchiore SartoSão Pio XO.F.S.04/08/190320/08/1914
31/08/191403/09/191404diasGiacomo della ChiesaBento XV03/09/191422/01/1922
02/02/192206/02/192204diasAchille RattiPio XI06/02/192210/02/1939
01/03/193902/03/193902diasEugenio PacelliPio XII02/03/193909/10/1958
25/10/195828/10/195803diasAngelo Giuseppe RoncalliSão João XXIIIO.F.S.28/10/195803/06/1963
19/06/196321/06/196303diasGiovanni Battista MontiniBeato Paulo VI21/06/196306/08/1978
25/08/197826/08/197802diasAlbino LucianiJoão Paulo I26/08/197828/09/1978
14/10/197816/10/197803diasKarol Józef WojtyłaSão João Paulo II16/10/197802/04/2005

Século XXI[editar | editar código-fonte]

ConclaveDuraçãoCardeal EleitoPapaPontificado
18/04/200519/04/200502diasJoseph Alois RatzingerBento XVI19/04/200528/02/2013
12/03/2013-13/03/201302diasJorge Mario BergoglioFrancisco13/03/2013 - até hoje

Anatomia humana nos afrescos[editar | editar código-fonte]

Nas últimas décadas, médicos de diferentes áreas têm defendido a tese que, entre os afrescos, Michelangelo retratou órgãos humanos disfarçados entre as figuras. Em 1990, Frank Lynn Meshberger publicou um artigo no Journal of the American Medical Association, indicando a semelhança entre a cena A Criação de Adão a um corte do cérebro humano. Em 2000, o nefrologista Garabed Ekynoyan identificou um rim direito no manto da figura de Deus em A Separação das Águas da Terra. Em 2004, o médico Gilson Barreto e o químico Marcelo de Oliveira publicaram o livro A Arte Secreta de Michelangelo identificando um órgão diferente em cada uma das 38 cenas do afresco.[10]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1.  GOMBRICH, ErnstA História da Arte, página 287.
  2. ↑ Ir para:a b História Geral da Arte, Pintura I. Rio de Janeiro: Ed. del Prado, página 124s.
  3.  BOTTICELLI. In, Larousse Dictionary of Painters. Córdoba: Hamlyn.
  4.  Doliner, Benjamin. Segredos da Capela Sistina. Ed. Objetiva
  5.  Sobre estas novas inclinações e a importância para a história da arte consulte o artigo Maneirismo
  6.  "Com o Juízo Final, não só a influência correspondente de Michelangelo se torna efetiva no verdadeiro sentido da palavra, como aí se inicia o período do Maneirismo e da arte ocidental em geral, que pode ser descrita como michelangelesca par excellence" (HAUSER, 1993, página 139s).
  7.  WÖLFFLIN, 2000, pg.94s.
  8.  BBC News: Sistine Chapel Restored (1999) - A polémica do restauro (em inglês)
  9.  Homilia de João Paulo II durante Celebração Eucarística por ocasião da inauguração do restauro dos afrescos de Miguel Ângelo na Capela Sistina]
  10.  MIRANDA, Sérgio. Lição de Anatomia. Aventuras na História, São Paulo, n. 12, p. 62-67, ago. 2004.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • GILSON, Barreto e OLIVEIRA, Marcelo G. - Arte Secreta de Michelangelo - Uma Aula de Anatomia na Capela Sistina Editora ARX, 2004.
  • ARGAN, G. C. e FACIOLO, Maurizio. Guia de História da Arte. Lisboa: Estampa, 1992.
  • DURANT, WillHistória da Civilização. São Paulo: CEN, 1957, vol. XII e XIII.
  • GOMBRICH, E. H.A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
  • HAUSER, Arnold. Maneirismo. São Paulo: Perspectiva, 1993.
  • HISTÓRIA GERAL DA ARTEPintura I. Madrid: Ediciones del Prado, 1995.
  • LARROUSSE DICIONARY of PAINTERS. Córdoba: Hamlyn
  • LEICHT, Hermann. História Universal da Arte. São Paulo: Melhoramentos, 1967, cap. 20 e 21.
  • ROMA y VATICANO. – Guia Ilustrado Kodak, s.d.
  • WADIA, Bettina. BOTTICELLI. Coleção Biblioteca de Arte. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1987.
  • WÖLFFLIN, HeinrichRenascença e Barroco. São Paulo: Perspectiva, 2000.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Capela Sistina

MARIA HELENA VIEIRA DA SILVA - Pintora - MORREU EM 1992 - 6 DE MARÇO DE 2020

Maria Helena Vieira da Silva

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Vieira da Silva
Nome completoMaria Helena Vieira da Silva
Nascimento13 de junho de 1908
LisboaReino de Portugal Portugal
Morte6 de março de 1992 (83 anos)
Paris França
ResidênciaParis
NacionalidadePortugal França Luso-francesa
CônjugeArpad Szenes
OcupaçãoPintora
Maria Helena Vieira da Silva GCSE • GCL (Lisboa13 de junho de 1908 — Paris6 de março de 1992) foi uma pintora portuguesanaturalizada francesa em 1956.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu no seio de uma família rica, filha única do embaixador Marcos Vieira da Silva, falecido em Leysin a 14 de Fevereiro de 1911, e neta materna de José Joaquim da Silva Graça, jornalista, fundador, proprietário e diretor do jornal O Século e proprietário da revista Ilustração Portuguesa, tendo vivido na casa do avô materno, em Lisboa.
Despertou cedo para a pintura. Aos onze anos ingressou na Academia de Belas-Artes, em Lisboa, onde estudou desenho e pintura. Motivada também pela escultura, estudou Anatomia na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Em 1928 foi residir para Paris, onde estudou com Fernand Léger, e trabalhou com Henri de Waroquier (1881-1970) e Charles Dufresne. Em Paris conheceu o seu futuro marido, o também pintor Árpád Szeneshúngaro, com quem se casou em 1930.
Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, Lisboa
Realizou inúmeras viagens à América Latina para participar de exposições, como em 1946 no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).
Devido ao facto de o seu marido ser judeu e de ela ter perdido a nacionalidade portuguesa, eram oficialmente apátridas. Então, o casal decidiu residir por um longo tempo no Rio de janeiro - Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial e no período pós-guerra. No Brasil, entraram em contacto com importantes artistas locais, como Carlos Scliar e Djanira. Ambos exerceram grande influência na arte brasileira, especialmente entre os modernistas.
Vieira da Silva foi autora de uma série de ilustrações para crianças que constituem uma surpresa no conjunto da sua obra. Kô et Kô, les deux esquimaux, é o título de uma história para crianças inventada por ela em 1933. Não se sentindo capaz de a escrever, a pintora entregou essa tarefa ao seu amigo Pierre Guéguen e assumiu o papel de ilustradora, executando uma série de guaches.
Mais tarde a artista viveu e trabalhou em Paris, no número 34 da rua de l'Abbé Carton, no XIV bairro da cidade.
A partir de 1948 o Estado Francês começa a adquirir as suas pinturas e em 1956 tanto ela como o marido obtêm a nacionalidade francesa. Em 1960 o Governo Francês atribui-lhe uma primeira condecoração, em 1966 é a primeira mulher a receber o Grand Prix National des Arts, a 9 de Dezembro de 1977 é agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, em 1979, torna-se Dama da Ordem Nacional da Legião de Honra de França e a 16 de Julho de 1988 é agraciada com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.[1]
Participou na Europália, em 1992, e veio a morrer nesse ano.

Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

Para honrar a memória do casal de pintores, foi fundada em Portugal a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, sediada em Lisboa e a Escola Vieira Da Silva, em Carnaxide.
Em 2013, a União Astronómica Internacional deu o nome da artista plástica a uma cratera em Mercúrio.
Em abril de 2016, a sua obra Biblioteca em fogo (imagem ao lado) foi seleccionada como uma das dez mais importantes obras artísticas de Portugal pelo projeto Europeana.[2]
Em agosto de 2019 foi inaugurada em Paris uma rua com o nome da artista, situada no 14.º bairro[3].

Algumas obras[editar | editar código-fonte]

  • As Bandeiras Vermelhas (1939, 80 × 140 cm)
  • A Partida de Xadrez (1943, 81x100 cm)
  • História Trágico-Marítima (1944, 81,5 × 100 cm)
  • O Passeante Invisível (1949-1951, 132 × 168 cm)
  • O Quarto Cinzento (1950, Tate Gallery, Londres, 65 × 92 cm)
  • L'Allée Urichante (1955, 81 × 100 cm)
  • Les Grandes Constructions (1956, 136 × 156,5 cm)
  • Londres (1959, 162 × 146 cm)
  • Landgrave (1966, 113,6 × 161 cm)
  • Biblioteca em fogo (Bibliothéque en Feu) (1974, 158 × 178 cm)
  • Painéis de azulejo para as estações do Metropolitano de Lisboa do Rato[4] e da Cidade Universitária.
  • quarto manta de 1935

Leilões[editar | editar código-fonte]

  • A obra Saint-Fargeau (1965), foi vendida num leilão em Paris por 1,3 milhões de euros em 22 de Outubro de 2011, o valor mais alto para um quadro de um artista português. A pintura fazia parte de um conjunto de obras da colecção privada do coleccionador Jorge de Brito (1927-2006) que foram levadas a hasta em Paris, pela leiloeira Tajan.[5]
  • A pintura “L’Incendie 1” (“O Incêndio”), foi leiloada pela Christie’s em 6 de março de 2018 pelo valor recorde de 2,290 milhões de euros. A obra pertencia a uma coleção privada de arte, não identificada — que a tinha comprado aos herdeiros de Jorge de Brito, em 2008.
  • A obra, L’Incendie II, ou Le Feu (1944) foi leiloada, em 11 de fevereiro de 2020, em Londres, por 1,9 milhões de euros[6].

Referências

  1.  «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Maria Helena Vieira da Silva". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 17 de fevereiro de 2015
  2.  Página da Europeana[1]
  3.  «Paris inaugura rua com nome de artista Vieira da Silva no sábado»
  4.  A Estação do Rato Arquivado em 22 de janeiro de 2011, no Wayback Machine. na página do Metropolitano de Lisboa] (consultado em 31 de Janeiro de 2010)
  5.  «Quadro de Vieira da Silva vendido por recorde de 1,3 milhões»
  6.  «Quadro da portuguesa Vieira da Silva leiloado por quase dois milhões de euros em Londres»

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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