domingo, 1 de março de 2020

VERGILIO FERREIRA - ESCRITOR - MORREU EM 1996 - 1 DE MARÇO DE 2020

Vergílio Ferreira

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Vergílio FerreiraGold Medal.svg
Nome completoVergílio António Ferreira
Nascimento28 de janeiro de 1916
MeloGouveiaPortugal
Morte1 de março de 1996 (80 anos)
LisboaPortugal
ResidênciaFontanelas; Avenida Estados Unidos da América, Lisboa
NacionalidadePortugal Portugal
CônjugeRegina Kasprzykowsky (1944 - 1996, 1 filho)
OcupaçãoEscritor e professor
PrémiosMedalha de Honra de Gouveia (1980)
Magnum opusAparição
Vergílio António Ferreira GOSE (GouveiaMelo28 de janeiro de 1916 — Lisboa1 de março de 1996) foi um escritor e professor português. Tem uma biblioteca com o seu nome em Gouveia, bem como uma escola em Carnide, a Escola Secundária de Vergílio Ferreira.
Professor liceal (vejam-se as referências em Manhã Submersa e Aparição), foi como escritor que mais se distinguiu. O seu nome continua actualmente associado à literatura através da atribuição do Prémio Vergílio Ferreira. Em 1992, foi galardoado com o Prémio Camões.[1]
A sua vasta obra, geralmente dividida em ficção (romanceconto), ensaio e diário, costuma ser agrupada em dois períodos literários: o Neo-Realismo e o Existencialismo. Considera-se que Mudança é a obra que marca a transição entre os dois períodos.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Vergílio Ferreira nasceu em Melo, aldeia do concelho de Gouveia, na Beira Alta, a meio da tarde do dia 28 de janeiro de 1916,[2][3] filho de António Augusto Ferreira, fogueteiro, e de Josefa Ferreira, doméstica, que, em 1927, emigraram para o Canadá (ou Estados Unidos), em busca de uma vida melhor, ficando Vergílio com os irmãos mais novos, César e Judite. Esta dolorosa separação é descrita em Nítido Nulo. A neve - que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco - é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Aos 12 anos, após uma peregrinação a Lourdes, entra no seminário do Fundão,[4] que frequentará durante seis anos. Esta vivência será o tema central de Manhã Submersa.
Em 1936, deixa o seminário e acaba o Curso Liceal no Liceu da Guarda.[5] Entra para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continuando a dedicar-se à poesia,[6] nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em Conta-Corrente e, em 1939, escreve o seu primeiro romance, O Caminho Fica Longe. Licenciou-se em Filologia Clássica em 1940. Concluiu o Estágio no Liceu D.João III (1942), em Coimbra. Começa a leccionar em Faro. Publica o ensaio "Teria Camões lido Platão?" e, durante as férias, em Melo, escreve "Onde Tudo Foi Morrendo". Em 1944, passa a leccionar no Liceu de Bragança, publica "Onde Tudo Foi Morrendo" e escreve "Vagão "J" que, publicou em 1946, no mesmo ano em que se casou, com Regina Kasprzykowsky, professora polaca refugiada em Portugal, com quem Vergílio ficará até à sua morte. Após uma passagem pelo liceu de Évora (onde escreveu o mundialmente conhecido romance Manhã Submersa, corria o ano de 1953), fixa-se como docente em Lisboa, leccionando o resto da sua carreira no Liceu Camões.
A 3 de Setembro de 1979 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[7]
Em 1980, o realizador Lauro António adapta para o cinema, o romance Manhã Submersa e, Vergílio Ferreira interpreta um dos principais papéis,[6][8] o de Reitor do Seminário, contracenando assim com outros grandes vultos da cena portuguesa, tais como: Eunice MuñozCanto e CastroJacinto Ramos e Carlos Wallenstein. Em 1992 foi eleito para a Academia das Ciências de Lisboa; no mesmo ano recebeu, pelo conjunto da obra, o "Prémio Camões", o mais importante prémio literário dos países da língua portuguesa.[6] Vergílio morreu no dia 1 de março de 1996,[2] em sua casa, em Lisboa, na freguesia de Alvalade. O funeral foi realizado no cemitério de Melo, sua terra-natal e, a seu pedido, o caixão fora enterrado virado para a Serra da Estrela.

Existencialismo[editar | editar código-fonte]

Atravessa a sua obra o discurso da alegria e felicidade, como um dos aspectos mais profundos da condição humana, sempre acompanhado pelo ruido das escadas da sua antiga casa, que advém do abandono da sua primeira namorada

Diários[editar | editar código-fonte]

Durante treze anos (1981-1994) Vergílio Ferreira publicou nove volumes de diário,[9] ao qual pôs o título genérico de Conta-Corrente. Os textos contidos nesses volumes vão desde Fevereiro de 1969 (altura em que iniciou a sua escrita) até Dezembro de 1992 (altura em que terá abandonado o género). Os volumes subdividem-se em duas séries: a primeira composta por cinco volumes e a segunda composta por quatro volumes.
A publicação do diário de Vergílio Ferreira foi uma das poucas tempestades na bonançosa comunidade literária pós 25 de abril, como também é «um documento precioso sobre a evolução da ideias do século XX português. Vergílio Ferreira era um homem atento a tudo aquilo que o rodeava, quer tivesse interesse político, ou social, ou estético, ou literário. O seu diário veio, assim, agitar a comunidade portuguesa pensante, criando alguns focos de conflito por um lado e manifestações de apoio por outro.
O autor já tinha por várias vezes tentado escrever um diário, mas foi só em 1969 que leva o seu projecto em frente: «Fiz cinquenta e três anos há dias. (…) É a opinião do Registo Civil (…). E então lembrei-me: e se eu tentasse uma vez mais o registo diário do que me foi afectando?» . Esta frase é sem dúvida elucidativa das intenções do autor: primeiro, tentar escrever um registo diário; segundo, escrever nele tudo aquilo que o foi marcando. Nesta frase também se pode verificar que não é a primeira vez que o autor tenta escrever um diário: «e se eu tentasse mais uma vez».
O tentar escrever um diário é algo que está sempre presente, e, muitas vezes, a escrita desse mesmo diário torna-se difícil, pois o autor sente que se está a expor em demasiado perante o leitor, sente que o leitor pode “lê-lo”: «Extremamente difícil continuar este diário.(…) Que me leiam um romance, não me perturba. Mas não que me leiam a mim.» Existe a questão do íntimo sempre presente ao longo deste volume e o próprio autor refere que colocar ao alcance dos seus leitores a sua intimidade, os seus desabafos, não é propriamente algo que lhe agrada: «o desejo de “desabafar” não é propriamente um desejo sublime».

Obras[editar | editar código-fonte]

Ficção[editar | editar código-fonte]

  • 1938 A curva de uma vida (póstumo 2010, do espólio)
  • 1943 O Caminho Fica Longe
  • 1944 Onde Tudo Foi Morrendo
  • 1946 Vagão "J"
  • 1947 Promessa (póstumo 2010, do espólio)
  • 1949 Mudança
  • 1953 A Face Sangrenta
  • 1954 Manhã Submersa
  • 1959 Aparição
  • 1960 Cântico Final
  • 1962 Estrela Polar
  • 1963 Apelo da Noite
  • 1965 Alegria Breve
  • 1971 Nítido Nulo
  • 1972 Apenas Homens
  • 1974 Rápida, a Sombra
  • 1976 Contos
  • 1979 Signo Sinal
  • 1983 Para Sempre
  • 1986 Uma Esplanada Sobre o Mar
  • 1987 Até ao Fim
  • 1990 Em Nome da Terra
  • 1993 Na Tua Face
  • 1995 Do Impossível Repouso
  • 1996 (póstuma) Cartas a Sandra

Ensaios[editar | editar código-fonte]

  • 1943 Sobre o Humorismo de Eça de Queirós
  • 1957 Do Mundo Original
  • 1958 Carta ao Futuro
  • 1963 Da Fenomenologia a Sartre
  • 1963 Interrogação ao Destino, Malraux
  • 1965 Espaço do Invisível I
  • 1969 Invocação ao Meu Corpo
  • 1976 Espaço do Invisível II
  • 1977 Espaço do Invisível III
  • 1981 Um Escritor Apresenta-se
  • 1987 Espaço do Invisível IV
  • 1988 Arte Tempo
  • 1998 Espaço do Invisível V (póstumo)

Diários[editar | editar código-fonte]

  • 1980 Conta-Corrente I
  • 1981 Conta-Corrente II
  • 1983 Conta-Corrente III
  • 1986 Conta-Corrente IV
  • 1987 Conta-Corrente V
  • 1992 Pensar
  • 1993 Conta-Corrente-nova série I
  • 1993 Conta-Corrente-nova série II
  • 1994 Conta-Corrente-nova série III
  • 1994 Conta-Corrente-nova série IV
  • 2001 Escrever (póstumo)
  • 2010 Diário Inédito (póstumo, do espólio 1944-1949)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  «Prêmio Camões de Literatura». Brasil: Fundação Biblioteca Nacional. Cópia arquivada em 16 de Março de 2016
  2. ↑ Ir para:a b «Vergílio Ferreira»Porto Editora. Infopédia. Consultado em 1ª de março de 2014 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  3.  Rodrigues de Paiva 2007, pp. 28.
  4.  Silva Gordo 1995, pp. 121.
  5.  Afonso Borregana 1999.
  6. ↑ Ir para:a b c Rodrigues de Paiva 2007, pp. 706.
  7.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Vergílio Ferreira". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 17 de fevereiro de 2015
  8.  Martins, Luís; Ramos, Susana (2000–2002). «Manhã Submersa» (PDF)Universidade de Lisboa. Faculdade de Ciências. Consultado em 01 de março de 2014. Arquivado do original (PDF) em 10 de junho de 2007 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  9.  Barbosa Machado 2014.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Afonso Borregana, António (1999). Aparição de Vergílio Ferreira: o texto em análise 2ª ed. [S.l.]: Texto Editora. 62 páginas. ISBN 9724711889
  • Barbosa Machado, José (2014). Estudos de Literatura e Cultura Portuguesas revisada ed. [S.l.]: Ediçoes Vercial. 221 páginas. ISBN 9898392258
  • Rodrigues de Paiva, José (2007). Vergílio Ferreira: Para sempre, romance-síntese e última fronteira de um território ficcional. [S.l.]: Editora Universitária UFPE. 720 páginas. ISBN 8573154594
  • Silva Gordo, António da (1995). A escrita e o espaço no romance de Vergílio Ferreira. [S.l.]: Porto Editora. 128 páginas. ISBN 9720340835

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Wikiquote
Wikiquote possui citações de ou sobre: Vergílio Ferreira

ALVARO RIBEIRO - FILÓSOFO - NASCEU EM 1905 - 1 DE MARÇO DE 2020

Álvaro Ribeiro (filósofo)

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Álvaro Ribeiro
Nascimento1 de março de 1905
Porto
Morte9 de outubro de 1981 (76 anos)
Lisboa
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoEscritor, filósofo e tradutor
Magnum opusO Problema da Filosofia Portuguesa, 1943.
Álvaro Ribeiro (Porto, 1905 - Lisboa, 1981) foi um filósofoescritor e crítico português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Álvaro de Carvalho de Sousa Ribeiro, filho único de José de Sousa Oliveira Guimarães Daun e Lorena Ribeiro e de Angélica Cândida de Carvalho de Sousa Ribeiro, nasceu em Miragaia, no Porto no dia 1 de Março de 1905 e morreu em Lisboa no dia 9 de Outubro de 1981.
Entre 1917 e 1919, foi aluno interno num colégio dominicano em Paris, só mais tarde ingressou no Curso Geral dos Liceus no Liceu Rodrigues de Freitas. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde foi discípulo de Leonardo Coimbra e condiscípulo de Adolfo Casais Monteiro e de Delfim Santos.
Fundou em Lisboa o movimento da Filosofia Portuguesa com a publicação, em 1943, do manifesto O Problema da Filosofia Portuguesa, grupo a que logo se juntou o seu amigo José Marinho e também Santana Dionísio, António Alvim, Miguel Summavielle, Eudoro de Sousa, entre outros. Aquele manifesto foi editado por Eduardo Salgueiro, que fora seu colega anos antes no movimento da Renovação Democrática[1].
Em Lisboa manteve animada tertúlia em torno do seu magistério durante décadas[2], renovando o seu movimento ao longo de sucessivas gerações, vindo a incluir Afonso BotelhoAntónio Braz TeixeiraAntónio Quadros, António Telmo, Pinharanda Gomes, Orlando Vitorino, Cunha Leão (filho), Francisco Moraes Sarmento, entre outros pensadores. Dirigiu a revista Princípio [3] (1930) e colaborou no Diário Popular, Acção Republicana, Atlântico, Democracia, jornal 57 [4] (1957-1962), Escola Formal e Ensaio, folha de cultura e opinião. Foi um dos sócios fundadores da Sociedade de Língua Portuguesa.
Um dos seus discípulos mais fieis, António Quadros, escreveria mais tarde: “Marinho era o contemplador do número, do espírito recôndito, na experiência anagógica da visão unívoca. Mas Álvaro Ribeiro era o operário de Deus, o trabalhador que, dobrado sobre a grande máquina do mundo e sobre o formigueiro dos homens, tentava fazê-los mover, arrolando cada um de nós para uma função própria e levando-nos as instruções deixadas pelo fabricante de origem. A cada pensador português, o seu poeta. Se Junqueiro para Bruno, Antero para Sérgio, Pascoaes para Leonardo e Marinho, Pessoa para Agostinho, o poeta de Álvaro Ribeiro era José Régio…” (Memórias das Origens Saudades do Futuro).

Obras[editar | editar código-fonte]

  • O problema da filosofia portuguesa (Lisboa, 1943)
  • Leonardo Coimbra: apontamentos de biografia e de bibliografia (Lisboa, 1945)
  • Sampaio Bruno (Lisboa, 1947)
  • Os Positivistas: subsídios para a história da filosofia em Portugal (Lisboa, 1951)
  • Apologia e Filosofia (Lisboa, 1953)
  • A Arte de Filosofar (Lisboa, 1955)
  • A Razão Animada: sumário de Antropologia (Lisboa, 1957)
  • Escola Formal (Lisboa, 1958)
  • Estudos Gerais (Lisboa, 1961)
  • Liceu Aristotélico (Lisboa, 1962)
  • Escritores Doutrinados (Lisboa, 1965)
  • A Literatura de José Régio (Lisboa, 1969)
  • Filosofia e Filologia (Braga, 1972)
  • Uma coisa que pensa: ensaios (Braga, 1975)
  • Memórias de um Letrado (três volumes - Lisboa, 1977)
  • Cartas para Delfim Santos 1931 - 1956 (Lisboa, 2001)
  • Correspondência com José Régio (Lisboa, 2008)

Traduções[editar | editar código-fonte]

  • Kant, de Émile Boutroux (Lisboa, 1943)
  • Do Hábito, de Félix Ravaisson (Lisboa, 1945)
  • Elogio da Loucura, de Erasmo (Lisboa, 1951)
  • Ensaios, de Francisco Bacon (Lisboa, 1952)
  • A Cidade do Sol, de Campanella (Lisboa, 1953)
  • O Banquete, de Kierkegaard (Lisboa, 1953)
  • A Origem da Tragédia, de Nietzsche (Lisboa, 1954)
  • A Verdade do Amor, de Vladimir Soloviev (Lisboa, 1958)
  • Os Heróis, de Tomás Carlyle (Lisboa, 1956)
  • Estética, Arquitectura e Escultura, de Hegel (Lisboa, 1962)
  • Estética, Pintura e Música, de Hegel (Lisboa, 1974)
  • Reorganizar a sociedade, de Augusto Comte (Lisboa, 1977)
  • Lucinda, de Schlegel (1979).

Bibliografia passiva[editar | editar código-fonte]

  • AAVV. O Pensamento e a Obra de José Marinho e de Álvaro Ribeiro. Lisboa: INCM, 2005.
  • RÉGIO, José. Correspondência com Álvaro Ribeiro. Lisboa: INCM, 2008.
  • TEIXEIRA, António Braz. "Ribeiro (Álvaro Carvalho de Souza)", Logos - enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia, Lisboa / São Paulo: Editorial Verbo, 1992, vol. IV, pg. 758-768.
  • TEIXEIRA, António Braz. "Álvaro Ribeiro", in: Pedro Calafate (organizador), História do pensamento filosófico português, Vol. V, tomo 1 - O século XX. Lisboa: Editorial Caminho, 2000, pg. 179-209.

Referências

  1.  Res publica, José Adelino Maltez, Tópicos Político-Jurídicos, 12-04-2009
  2.  Filipe Delfim SANTOS, org. (2012) Jorge de Sena e Delfim Santos, correspondência 1943-1959, Lisboa: Guerra & Paz, 108 e n. 56.
  3.  Rita Correia (11 de dezembro de 2008). «Ficha histórica: Princípio : publicação de cultura e política (1930)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 27 de março de 2015
  4.  Álvaro de Matos (24 de Junho de 2008). «Ficha histórica: 57 : folha independente de cultura» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de Janeiro de 2015

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

RENOVAÇÃO ANUAL DO FOGO SAGRADO DE ROMA, PELAS VESTAIS - 1 DE MARÇO DE 2020

Vesta

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Vesta (desambiguação).
Vesta
Deusa do fogo sagrado, da pira doméstica e da cidade
Local de cultoTemplo de Vesta
PaisSaturno e Ops
Irmão(s)JúpiterNetunoPlutãoJuno e Ceres
Grego equivalenteHéstia
Vesta é uma deusa romana que personifica o fogo sagrado, a pira doméstica e a cidade. Corresponde à Héstia dos gregos, embora o seu culto na península Itálica seja anterior à influência helénica no mundo romano, e, até certo ponto, à Agni dos hindus.
Era muito comum utilizar a sua imagem nas moradas dos jovens que iam adquirir conhecimento longe de sua terra natal. Cortejada pelos deuses, e especialmente pelo belo Apolo e por Netuno, Vesta rejeitou todas as propostas amorosas e conseguiu que o próprio Júpiter protegesse sua virgindade.
Vesta segurando uma pátera e cetro no reverso de uma moeda, ca. 253 d.C.
Ruínas do Templo de Vesta, no Fórum Romano
Devido à sua vontade de permanecer casta, suas sacerdotisas, as vestais, que vigiavam em permanência o fogo sagrado nos templos, também se mantinham assim. De onde saiu a expressão virgem vestal.
Vesta era a filha primogênita de Cibele e Saturno, a irmã mais velha da primeira geração de deuses olímpicos, e a solteira da segunda. Por direito de primogenitura, era uma das doze deusas olímpicas principais
Foi engolida por Saturno e posteriormente resgatada por Júpiter. Representada trajando um longo vestido, muitas vezes com a própria cabeça coberta por um véu, ela é a deusa que nunca abandona o lar, o Olimpo, e jamais se envolve nas brigas e guerras de deuses ou mortais. Ajudou-o a tornar-se dono do universo. Desprezou o amor tanto de Netuno como de Apolo (Febo), resolvendo permanecer solteira. Como deusa de coração quente, ela representava a divindade do lar e defendia a vida da família. Era adorada antes dos outros deuses em todas as festas, uma vez que era a mais antiga e preciosa das deusas do Olimpo. Um juramento feito em seu nome era o mais sagrado dos juramentos. Segundo Heródoto era uma das divindades cujo nome não se originou no Egito ou no Oriente próximo. O animal mais sagrado à deusa é o asno.
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