sábado, 29 de fevereiro de 2020

CERCO DE SARAVEJO - TERMINA EM 1996 - 29 DE FEVEREIRO DE 2020




Cerco de Sarajevo

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Cerco de Sarajevo
Parte da(o) Guerra da Bósnia
Evstafiev-sarajevo-building-burns.jpg
Parlamento bósnio em chamas após ser bombardeado pela artilharia sérvia.
Data5 de abril de 1992[1] – 29 de fevereiro de 1996[2]
LocalSarajevoBósnia e Herzegovina
DesfechoFim do cerco por conta do Acordo de Dayton; numerosos civis mortos.
Combatentes
Bósnia e Herzegovina Bósnia e Herzegovina (1992–96)
OTAN OTAN (1994–96)
 Iugoslávia (1992)
Flag of the Republika Srpska.svg República Srpska (1992–96)
Líderes e comandantes
Bósnia e Herzegovina Alija Izetbegović
Bósnia e Herzegovina Jovan Divjak
Bósnia e Herzegovina Mustafa Hajrulahović Talijan
Bósnia e Herzegovina Vahid Karavelić
Bósnia e Herzegovina Nedžad Ajnadžić
OTAN Leighton W. Smith
República Socialista Federativa da Iugoslávia Milutin Kukanjac (março-julho 1992)
Flag of the Republika Srpska.svg Radovan Karadžić
Flag of the Republika Srpska.svg Ratko Mladić
Flag of the Republika Srpska.svg Tomislav Šipčić (julho-setembro de 1992)
Flag of the Republika Srpska.svg Stanislav Galić (setembro de 1992 – agosto de 1994)
Flag of the Republika Srpska.svg Dragomir Milošević (agosto de 1994 – fevereiro de 1996)
Forças
Bósnia e Herzegovina 70 000 soldadosFlag of the Republika Srpska.svg 13 000 soldados
Vítimas
6 110 soldados mortos ou desaparecidos[3]2 229 soldados mortos ou desaparecidos[3]
Civis: 11 541 mortos, 56 000 feridos[4]
cerco de Sarajevo foi o mais longo cerco da história da guerra moderna,[5][6] tendo sido realizado pelas forças sérvias da autoproclamada República Srpska e do Exército Popular Iugoslavo. Durou de 5 de abril de 1992 a 29 de Fevereiro de 1996, durante a Guerra da Bósnia, entre as mal equipadas forças de defesa da Bósnia e Herzegovina, o Exército Popular Iugoslavo e o Exército da República Srpska, situados nas colinas que rodeiam a cidade.
Após a Bósnia e Herzegovina fazerem sua declaração de independência da República Socialista Federativa da Iugoslávia, os sérvios, cujo objetivo estratégico era criar um novo Estado sérvio da República Srpska, o qual incluiria parte do território da Bósnia e Herzegovina,[7] cercaram Sarajevo com uma força de cerca de 18.000[8] homens. Baseados nas colinas circundantes, assaltaram a cidade com armamento pesado, que incluía artilharia, morteiros, tanques, canhões antiaéreos, metralhadoras pesadas, lançadores múltiplos de foguetes, mísseis lançados de aeronaves e rifles sniper.[8] Em 2 de maio de 1992, os sérvios bloquearam a cidade. As forças de defesa do governo bósnio, que estavam muito mal equipadas, foram incapazes de romper o cerco.
Estima-se que mais de 12.000 pessoas foram mortas e 50.000 feridas durante o cerco, sendo 85% das vítimas civis. Por causa dessas mortes e da migração forçada, em 1995, a população da cidade caiu para 334.663 pessoas (64% da população de antes da guerra).[9]
Em janeiro de 2003, a Câmara de Julgamento do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia condenou o primeiro comandante do Corpo de Sarajevo Romanija, Stanislav Galić, pelas campanhas de terror, que incluíram bombardeios e franco-atiradores, contra Sarajevo, principalmente o massacre do mercado Markale.[10] O General Galić foi condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade durante o cerco.[11] Em 2007, o general sérvio Dragomir Milosevic, que havia substituído Galić no cargo de comandante do Corpo de Sarajevo Romanija, foi considerado culpado dos mesmos crimes e condenado a 33 anos de prisão. A Câmara de Primeira Instância concluiu que o mercado Markale foi atingido em 28 de Agosto de 1995 por um morteiro de 120 mm disparado a partir de posições do Corpo de Sarajevo Romanija.[12]

Referências

  1.  5 de abril de 1992 foi a data do primeiro ataque a Sarajevo por parte do JNA e de paramilitares sérvios, e é considerada a data de início do cerco. Porém, já no dia 1º de março de 1992, barricadas e homens armados começavam a aparecer nas ruas de Sarajevo.
  2.  O dia 29 de fevereiro de 1996 foi quando ocorreu a declaração oficial do governo bósnio a respeito do fim do cerco. A guerra terminou com a assinatura do Acordo de Dayton em 21 de novembro de 1995 e com o Protocolo de Paris de 14 de dezembro de 1995. A razão para o cerco ainda não ter sido declarado acabado foi em decorrência de os sérvios não terem havido ainda implementado o parte do acordo que os obrigavam a retirar tropas do norte e do oeste de Sarajevo, assim como de outras áreas da cidade. Os sérvios também violaram a paz de Dayton ao atirarem uma granada em um bonde de Sarajevo em 9 de janeiro de 1996, matando 1 pessoa e ferindo 19.
  3. ↑ Ir para:a b «Ljudski gubici u Bosni i Hercegovini 91–95 – Sarajevo». The Research and Documentation Center (RDC). p. 16. Consultado em 11 de maio de 2010
  4.  Bassiouni, Cherif (27 de maio de 1994). «Final report of the United Nations Commission of Experts established pursuant to security council resolution 780». United Nations. Consultado em 10 de maio de 2010
  5.  [1]
  6.  [2]
  7.  [3]
  8. ↑ Ir para:a b Times Online, retrieved on April 4 2009
  9.  Historia de Sarajevo
  10.  Veredicto Galić: Francotiradores y bombardeos de civiles en zonas urbanas
  11.  Galić: culpable de los crímenes
  12.  SENSE - Dragomir MILOSEVIC condenado a 33 años

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

CUAUHTÉMOC - Imperador Azteca morto em 1525 - 28 DE FEVEREIRO DE 2020




Suplício de CUAUHTÉMOC

Cuauhtémoc

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados de Cuauhtémoc, veja Cuauhtémoc (desambiguação).
Cuahtémoc
Imperador Asteca
Busto de Cuauhtémoc na Praça da Constituição na Cidade do México
Tenochtitlan Glyph ZP.svg
8º Huey Tlatoani
Reinado1521 – 1525
predecessorCuitlahuac
sucessorJuan Velázquez Tlacotzin
CasaDinastia Imperial Asteca
Nome completo
kʷiˈt͡ɬawak
Nascimento1502
Tenochtitlan
Morte26 de fevereiro de 1525 (23 anos)
PaiAhuitzotl
MãeTlilancapatl
Cuauhtémoc (1502 - 1525), também chamado Cuauhtemotzin ou Guatimozin), foi o último Tlatoani de Tenochtitlán e o último Huey Tlatoani asteca que não foram empossados pelos espanhóis . Seu nome significa "ataque da águia" na língua Nahuatl (cuauhtli significa águia; temoc, declinante) pode também ser interpretado como "sol se pondo".

Vida[editar | editar código-fonte]

Data do nascimento de Cuauhtémoc não consta em nenhum documento histórico, sua vida era praticamente desconhecida até que se tornou Tlatoani [1]. Era o filho legítimo mais velho de Ahuitzotl [2] e pode muito bem ter assistido a última cerimônia de Fogo Novo que marca o início de uma nova ciclo de 52 anos no calendário asteca [3]Cuauhtémoc era sobrinho do imperador Moctezuma II, e sua jovem esposa , Isabel (1509–1551), era uma das filhas de Montezuma.
Como o resto da biografia posterior de Cuauhtemoc, esta é inferida a partir do conhecimento de sua idade, e dos eventos e prováveis ​​caminho de alguém de seu posto cursou [4]. Após estudar no Calmecac , a escola da elite, e, em seguida, prestar o serviço militar, foi nomeado cuauhtlatoani ("governante águia") de Tlatelolco, em 1515 [3][5] . Para ter chegado a esta posição de governo, Cuauhtemoc deveria ser um nobre e um guerreiro que capturasse inimigos para o sacrifício [5].
Quando Cuauhtémoc foi eleito tlatoani em 1520, aos 18 anos de idade, Tenochtitlan já tinha sido abalada pela invasão dos espanhóis e seus aliados indígenas, a morte de Moctezuma II, e a morte de Cuitlahuac, que o sucedeu como governante e era irmão de Moctezuma (morreu de varíola pouco depois de ser eleito tlatoani). De acordo com a prática tradicional, o candidato mais capaz entre os nobres foi escolhido pelo voto do Conselho [3], embora seja provável que, após o massacre do Templo Maior, poucos capitães astecas restassem.
Em 13 de agosto de 1521, Cuauhtémoc foi para pedir reforços aos camponeses para a decadente Tenochtitlán, após oito dias de contínuos combates contra os espanhóis o número de aliados espanhóis aumentou com a deserção de muitas cidades anteriormente sob seu controle [3] . De todos os Nahuas, apenas os Tlatelolcas permaneceram leais, e os Tenochcas sobreviventes procuraram refúgio em Tlatelolco, onde até mesmo as mulheres batalharam. Cuauhtémoc foi capturado enquanto, disfarçado, atravessava o Lago Texcoco. Rendeu-se a Hernán Cortés, oferecendo-lhe sua faca e pedindo para ser morto.[6]
Para Cortés não era interessante nesse momento a morte de Cuauhtémoc. Preferia usar a autoridade de um tlatoani, para submeter os nativos aos desígnios do imperador Carlos V e aos seus próprios. E fez isso com sucesso, garantindo que com Cuauhtémoc teria a cooperação dos astecas na limpeza e restauração da cidade. Nos quatro anos de administraçã espanhola que se seguiram, a ganancia de Cortés por ouro o levou a torturar e matar o último tlatoani asteca.

Cuauhtémoc sendo torturado por Hernán Cortés. Pintura do século XIX por Leandro Izaguirre, México.
Cuauhtémoc, assim como Tetlepanquetzal (o Tlatoani de Tacuba), foi torturado, tendo seus pés queimados no fogo. Mesmo assim, não deu qualquer informação sobre os tesouros que os espanhóis cobiçavam.
Em 1525 Cortés levou-o em sua viagem a Honduras, talvez porque temesse que Cuauhtémoc liderasse uma insurreição. Algumas crônicas indígenas registram que Cuauhtémoc tentara informar outras cidades sobre as intenções dos conquistadores, durante a viagem, embora não fosse acreditado já que estes também temiam os Astecas. O conquistador espanhol Bernal Diaz de Castilho descreveu uma versão mais elaborada da conspiração. Finalmente, Cortéz ordenou a morte de Cuauhtémoc em 26 de fevereiro de 1525.[7]
Há uma série de discrepâncias nas diversas versões sobre o evento. Segundo o próprio Cortés, um dia antes da execução, Mexicalcingo habitante de Tenochtitlan afirmara que CuauhtémocCoanacoch (tlatoani de Texcoco) e Tetlepanquetzal (tlatoani de Tlacopan) estavam tramando a sua morte. Cortés os interrogou até que confessassem, e depois enforcou CuauhtémocTetlepanquetzalTlacatlec. Cortés escreveu que fez isso como exemplo para quem conspirasse contra ele novamente. Essa versão de Cortés é apoiada pelo historiador Francisco López de Gómara [8].
Já de acordo com Bernal Díaz del Castillo, um dos homens de Cortés, que registrou suas experiências no livro A Verdadeira História da Conquista da Nova Espanha, a suposta conspiração foi revelada por dois homens, Tapia e Juan VelásquezDíaz retrata as execuções como injustas e que não foram baseadas em nenhuma evidência. E que Cortés começou a sofrer de insônia, como peso na consciência após o cometido [8].
TlacotzinCihuacoatl de Cuauhtémoc , foi nomeado seu sucessor como Tlatoani. Mas morreu no ano seguinte, antes de voltar para Tenochtitlan.

Legado[editar | editar código-fonte]

Na atual cidade mexicana de Ixcateopan, no estado de Guerrero, reside um ossário que, supostamente, contém os restos mortais de Cuauhtémoc.[9]
Muitos lugares do México têm o seu nome em memória de Cuauhtémoc. Estes incluem a Ciudad Cuauhtémoc, no estado de Chihuahua, o município de Cuauhtémoc, no Distrito Federal mexicano, e uma avenida e uma estação de metrô na Cidade do México.
É também um dos poucos nomes não-espanhóis (não-castelhanos) muito popular no México, dado a garotos mexicanos. O mais famoso é o futebolista Cuauhtémoc Blanco.
Marinha do México dispõe também de um navio baptizado com o seu nome. A Cervecería Cuauhtémoc é uma cervejaria mexicana bem reconhecida, tanto no México como em outros países.
No Rio de Janeiro há uma praça em seu nome, com uma estátua em sua homenagem, no bairro do Flamengo.
Precedido por
Cuitláhuac
Tenochtitlan Glyph ZP.svg 11º Tlatoani de Tenochtitlan
1521 – 1525
Sucedido por
Juan Velázquez Tlacotzin
Precedido por
Cuitláhuac
Tenochtitlan Glyph ZP.svg 8º Huey Tlatoani
1521 – 1525
Sucedido por
Juan Velázquez Tlacotzin

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Cuauhtémoc

Referências

  1.  Paul GillinghamCuauhtemoc's Bones : Forging National Identity in Modern Mexico. (em inglês) Albuquerque: University of New Mexico Press 2011, p. 11 ISBN 9780826350374
  2.  GillinghamCuauhtemoc's Bones , p. 14
  3. ↑ Ir para:a b c d Miguel León-Portilla, "Cuauhtémoc" in The Oxford Encyclopedia of Mesoamerican Cultures, (em inglês) New York: Oxford University Press 2001, vol. 1, p. 289 ISBN 9780195108156
  4.  GillinghamCuauhtemoc's Bones pp. 14-15
  5. ↑ Ir para:a b GillinghamCuauhtemoc's Bones , p. 19
  6.  «O tormento de Cuauhtémoc: na busca do tesouro de Moctezuma». Historiaconquistaamericacolonias.suite101.net. Arquivado do original em 25 de janeiro de 2010
  7.  «História verdadeira da conquista da Nueva España texto em Cervantes Virtual». Cervantesvirtual.com
  8. ↑ Ir para:a b Matthew Restall, (2004). Seven Myths of the Spanish Conquest. (em inglês) Oxford and New York: Oxford University Press. pp. 149-152 ISBN 9780198036432OCLC 56695639.
  9.  «"Os restos mortais de Cuauhtemoc". Artigo de Glen David Short». Sites.google.com[ligação inativa]

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