segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

GAGO COUTINHO - GEÓGRAFO E AVIADOR - 17 DE FEVEREIRO DE 2020

Carlos Viegas Gago Coutinho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Gago Coutinho)
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Carlos Viegas Gago Coutinho
Nascimento17 de fevereiro de 1869
São Brás de Alportel
Morte18 de fevereiro de 1959 (90 anos)
Lisboa
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoOficial da Marinha de Guerra PortuguesaGeógrafo , HistoriadorNavegador
Assinatura
Assinatura Gago Coutinho.svg
Carlos Viegas Gago Coutinho GCTE • GCC • ComA • GOA • GCA • GCSE • GCIC (Lisboa17 de fevereiro de 1869 — Lisboa, 18 de fevereiro de 1959) foi um geógrafo cartógrafo, oficial da Marinha Portuguesanavegador e historiador. Juntamente com o aviador Sacadura Cabral, tornou-se um pioneiro da aviação ao efetuar a Primeira travessia aérea do Atlântico Sul, no hidroavião Lusitânia em 1922.[1][2]
Rota da primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
Placa em homenagem a Gago Coutinho e Sacadura Cabral na Estação São Bento (Porto).

Índice

Biografia[editar | editar código-fonte]

Carlos Viegas Gago Coutinho nasceu em São Brás de Alportel, mas foi registado em BelémLisboa, em 17 de fevereiro de 1869, filho de José Viegas Gago Coutinho e de sua mulher e prima em segundo grau Fortunata Maria Coutinho.[3]
De família humilde, não pode frequentar, como desejava, o curso de Engenharia na Alemanha e ingressou, aos 17 anos, na Marinha Portuguesa, tendo terminado o curso da Escola Naval em 1888.
Serviu em vários navios e participou nas operações militares de Tungue em 1891 e em Timor em 1912.
Distinguiu-se como cartógrafo e geodeta a partir de 1898, aquando de sua primeira comissão em Timor. Até 1920 levantou e cartografou não apenas aquele território mas também o de Niassa (1900), Congo (1901), Zambézia (1904-1905), Barotze (1912-1914), São Tomé e Príncipe (1916), estabelecendo vértices geodésicos e determinando coordenadas em missões científicas onde conseguia precisões notáveis, devido ao seu rigor e dedicação à missão que lhe fora confiada. Respondeu pela delimitação definitiva da parte norte da fronteira entre Angola e Zaire.
No decurso destes trabalhos fez a pé a travessia da África, onde conheceu Sacadura Cabral. Este incentivou-o a dedicar-se ao problema da navegação aérea, o que levou ao desenvolvimento do sextante de horizonte artificial, posteriormente comercializado pela empresa alemã Plath com o nome "Sistema Gago Coutinho".[4] Juntos inventaram ainda um "corretor de rumos" (o "plaqué de abatimento") para compensar o desvio causado pelo vento. Para testar essas ferramentas de navegação aérea, realizaram em 1921 a travessia aérea Lisboa-Funchal.
A 11 de Março de 1919 foi feito Comendador da Ordem Militar de Avis, tendo sido elevado a Grande-Oficial da mesma Ordem a 19 de Outubro de 1920.[5]
Assim preparados, em 1922, no contexto das comemorações do centenário da Independência do Brasil, os dois aviadores realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, sendo recebidos entusiasticamente em várias cidades do Brasil (Rio de JaneiroSão PauloSalvadorRecife), bem como no regresso a Portugal.[6]
Gago Coutinho e Sacadura Cabral regressaram a Portugal a bordo da Barca Foz do Douro, de Joaquim Costa Carvalho ("A minha viagem na Barca Foz do Douro, do Brasil a Portugal" Editora Maritímo-Colonial,Lda., Lisboa).
Gago Coutinho recebeu largo reconhecimento devido a este feito, tendo sido promovido a contra-almirante e condecorado com as mais altas e prestigiosas distinções do Estado Português, tendo sido agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 21 de Abril de 1922 e com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada a 1 de Maio do mesmo ano, 35.º Sócio Honorário do Ginásio Clube Figueirense a 2 de Junho de 1922,[7] e elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis a 18 de Outubro de 1926,[5] além de ter recebido várias outras condecorações estrangeiras. Retirou-se da vida militar em 1939. A 28 de Janeiro de 1943 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Império Colonial e a 28 de Junho de 1947 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.[5]
Em 1954 a TAP convidou-o para um voo experimental ao Rio de Janeiro em um DC-4, antecipando a futura linha regular que se estabeleceria em 1961.
A partir de 1925 dedicou-se à História Náutica, tendo desenvolvido vasta obra de investigação científica, publicando significativa variedade de trabalhos geográficos e históricos, principalmente acerca das navegações portuguesas, como, por exemplo, "O Roteiro da Viagem de Vasco da Gama" e a sua versão de "Os Lusíadas". Vários de seus trabalhos encontram-se compilados na "Náutica dos Descobrimentos". Conhece-se colaboração da sua autoria na revista Boletim Fotográfico[8] (1900-1914), na Gazeta das colónias[9] (1924-1926) e na edição mensal do Diário de Lisboa[10] (1933).
Correspondeu-se com grandes nomes da história da aviação da época como Alberto Santos Dumont, apoiou Sarmento de Beires e João Ribeiro de Barros.
Pertenceu ao Grande Oriente Lusitano da Maçonaria Portuguesa e foi sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa, onde foi responsável por uma das secções.
Por decisão da Assembleia Nacional e mediante decreto específico foi promovido a Almirante em 1958.[11] Faleceu no dia seguinte a completar 90 anos, sendo sepultado no Cemitério da Ajuda em Lisboa.

Notas

  1.  Sacadura Cabralsite www.vidaslusofonas.pt
  2.  Sobre a recente biografia de Gago Coutinho leia-se RTP: Biografia de Gago Coutinho.
  3.  Gago Coutinho (1869 - 1959)site do Instituto Camões
  4.  Foi utilizado, por exemplo, na viagem de circum-navegação do LZ 127 Graf Zeppelin.
  5. ↑ Ir para:a b c «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Carlos Viegas Gago Coutinho". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de abril de 2015
  6.  Pinheiro Corrêa. Gago Coutinho, precursor da navegação aérea. Edição do Centenário (1869 - 1969) Porto, 1969
  7.  http://www.ginasiofigueirense.com/media/socios_honorarios2.pdf
  8.  João Oliveira (31 de Janeiro de 2012). «Ficha histórica: Boletim photographico (1900-1914)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 4 de Julho de 2014
  9.  Pedro Mesquita (12 de Junho de 2014). «Ficha histórica: Gazeta das colonias: semanário de propaganda e defesa das colonias (1924-1926)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 28 de Outubro de 2014
  10.  Diário de Lisboa : edição mensal (1933) [cópia digital, Hemeroteca Digital]
  11.  Decreto-Lei n.º 41636, de 22 de Maio de 1958, que promove ao posto de almirante o vice-almirante Carlos Viegas Gago Coutinho.

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Entre outras homenagens, vários lugares homenageiam Gago Coutinho:

Monografias[editar | editar código-fonte]

Entre muitas outras obras dispersas por periódicos, é autor das seguintes monografias:
  • A náutica dos descobrimentos. Os descobrimentos marítimos vistos por um navegador. Colectânea de artigos, conferências e trabalhos inéditos do Almirante Gago Coutinho, Org. e pref. do Comandante Moura Braz, 2 vols., Lisboa, Agência Geral do Ultramar, 1951-1952.
  • Ainda Gaspar Corte-Real, 35 p., Lisboa, 1950.
  • Influencia que as primitivas viagens portuguesas a América do Norte tiveram sobre o descobrimento das "Terras de Santa Cruz", 26 p, Lisboa, 1937.
  • Descobrimento do Brasil: Conferências. Liceu Literário, 1955

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • CORREIA, Pinheiro, Gago Coutinho, Precursor da Navegação Aérea, Lisboa, edição de autor, 1965
  • MOTA, Avelino Teixeira da (org.), Obras Completas de Gago Coutinho. Obras Técnicas, Científicas e Históricas (1893-1915), vols. I (1893-1915) e II (1917-1921), Lisboa, Junta de Investigações Científicas do Ultramar, 1972-75
  • PINTO, Rui Miguel da Costa. ”Gago Coutinho simples aventureiro ou um homem de Ciência” in Filatelia Lusitana, série III, nº19, Lisboa, Federação Portuguesa de Filatelia, 2009.
  • PINTO, Rui Miguel da Costa. Gago Coutinho, breve perfil biográfico, Lisboa, Academia da Marinha, 2009.
  • PINTO, Rui Miguel da Costa. Gago Coutinho e as relações luso brasileiras, Espírito Santo (Brasil), Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, 2009.
  • PINTO,Rui Miguel da Costa - Gago Coutinho - O Último Grande Aventureiro Português.Eranus.Lisboa. 2014

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

domingo, 16 de fevereiro de 2020

MONTE ETNA -

Bela tempestade: o poder bruto do Monte Etna

O Editor: Anna Davidson
O Monte Etna é o maior vulcão ativo da Europa, medindo cerca de 3.329m e, por ser antigo conhecido dos povos que por ali passaram e ali residem, inspirou muitos mitos. Os gregos antigos acreditavam que Zeus aprisionou o monstro Typhon sob o Etna e que a forja de Hefesto está em seu núcleo. O Etna é realmente magnífico, mas pode se tornar violento a qualquer momento, expelindo lava mortal pelas encostas.
Monte Etna
Fonte
Fato interessante: Existem duas estações de esqui no Monte Etna.
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Mt. Etna é uma meca para os turistas, permitindo que eles experimentem o poder de um vulcão ativo em relativa segurança.
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Catânia, Sicília - Aproveite um dia em uma praia mediterrânea, com vistas magníficas de um vulcão ativo.
Monte Etna
Fonte
Atividade vulcânica, foto tirada em 2002 da Estação Espacial Internacional.
Monte Etna
Fonte
Observe a imensidão absoluta da coluna de fumaça:
 
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
A ONU declarou o Monte Etna como o "vulcão da década" - é um vulcão que apresenta mais de um risco vulcânico (como fluxo de lava, cinzas, atividade sísmica), mostra atividade geológica recente e está próximo de um centro populacional. Em 2013, a UNESCO designou o Mt. Etna como Patrimônio Mundial.
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
A última atividade do Monte Etna foi em agosto de 2014.
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
O primeiro relato em primeira mão da erupção do Etna é encontrado no poema épico Eneida, de Virgílio, escrito em 29 aEC.
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Monte Etna
Fonte
Apesar de sua reputação assustadora as erupções do Etna também liberam muitas toneladas de solo fértil na área circundante, resultando em excelentes vinhos e frutas cultivadas nas proximidades.
Monte Etna
Fonte
Um vídeo espetacular da erupção de 2013:

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue