segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

REIS MAGOS ou MESTRES DO ORIENTE - 6 DE JANEIRO DE 2020

Três Reis Magos

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Disambig grey.svg Nota: "Santos Reis" e "Reis Magos" redirecionam para este artigo. Para outros significados, veja Santos Reis (desambiguação) ou Reis Magos (desambiguação).
Adoração dos Magos, de Bartolomé Esteban Murillo
Três Reis MagosReis Magos (em grego: μάγοι, transl. magoi), na tradição da religião cristã, são personagens que teriam visitado Jesus logo após o seu nascimento, trazendo-lhe presentes. Foram mencionados apenas no Evangelho segundo Mateus,[1] onde se afirma que teriam vindo "do leste" para adorar o Cristo, "nascido Rei dos Judeus". Como três presentes (ouro, incenso e mirra), foram registrados, diz-se tradicionalmente que tenham sido três, embora Mateus não tenha especificado seu número, que pode ser três, quatro, doze ou até mais.[2] São figuras constantes em relatos da natividade e nas comemorações do Natal.[3][4][5] Melchior[6](também chamado Melquior ou Belchior[7]), Baltasar[8] e Gaspar, não seriam reis nem necessariamente três mas sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela variedade de presentes oferecidos. Não há relatos bíblicos sobre o nome dos magos.
Talvez fossem astrólogos ou astrônomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Segundo o registro bíblico a estrela porém não os levou diretamente a casa do menino Jesus e sim ao palácio do cruel rei Herodes em Jerusalém na Judeia que coincidentemente desejava a morte de Jesus. Perguntaram eles ao rei sobre a criança. Este disse nada saber. Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos que, se o encontrassem, falassem a ele, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo. Até que os magos chegassem ao local onde estava o menino, já havia se passado algum tempo, por causa da distância percorrida, assim a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de janeiro.
A estrela, conta o evangelho, os precedia, e só após guiá-los ao cruel Herodes é que parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mateus 2:10). "Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouroincenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode representar a realeza (além providência divina para sua futura fuga ao Egito, quando Herodes mandaria matar todos os meninos até dois anos de idade de Belém). O incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmos 141:2). A mirra, resina antisséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19:39-40).

Adoração dos Magos[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Adoração dos Magos
Os três Reis Magos adorando o Menino Jesus
A narrativa no Evangelho de Mateus segue:
«Entrando na casa, viram o menino, com Maria sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Sendo por divina advertência prevenidos em sonho a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.» (Mateus 2:11-12)
Nada mais a Escritura diz sobre essa história, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles.
Uma descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata:
Belquior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos CaldeusGaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz.

Interpretações[editar | editar código-fonte]

exegese vê na chegada dos magos o cumprimento da profecia contida «Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo» (Salmos 72:11). Na antiguidade, o ouro era um presente para um rei, o olíbano (incenso) para um sacerdote, representando a espiritualidade, e a mirra, para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade).

Celebrações[editar | editar código-fonte]

Durante a Idade Média começa a devoção dos Reis Magos (e que são "baptizados"), tendo as suas relíquias sido transladadas no séc. VI desde Constantinopla (Istambul) até Milão. Em 1164, com os três já a serem venerados como santos, estas foram colocadas na catedral de Colônia, em Colônia (Alemanha), onde ainda se encontram.
Em várias partes do mundo, há festas e celebrações em honra aos Magos. Com o nome de Festa de Santos Reis há importantes manifestações culturais e folclóricas no Brasil.
Devemos aos Magos a tradição de trocar presentes no Natal. Dos seus presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países, como por exemplo os de língua espanhola, a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de janeiro, e os pais muitas vezes se fantasiam de reis magos. No Brasil e em Portugal, o evento é conhecido como Dia de Reis ou Epifania.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  [1]
  2.  Vermes, GezaThe Nativity: History and Legend, Londres, Penguin, 2006, p.22; E. P. Sanders descreve as histórias da natividade como "os mais claros casos de invenção nos Evangelhos" (E. P. Sanders, The Historical Figure of Jesus, 1993, p.85).
  3.  Revista universal Lisbonense. UMA Sociedade Estudiosa, Volume 4. Editora Imprensa Nacional, 1845.
  4.  Faleiro, Angelita. Desbravando nosso folclore. Editora Biblioteca24x7. ISBN 857893573X, 9788578935733.
  5.  Borba, Francisco da Silva. Verbete "Santos Reis"Dicionário UNESP do Português Contemporâneo. Editora UNESP, 2005. ISBN 8571395764, 9788571395763.
  6.  Enciclopédia Católica Popular (Paulinas Editora)
  7.  «As variantes Melchior e Belchior». Ciberduvidas. Consultado em 25 de Abril de 2014
  8.  MACHADO, José PedroDicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, tomo I, página 210.

FILIPA VACONDEUS - CHAFE DE COZINHA PORTUGUESA - 6 DE JANEIRO DE 2020

Filipa Vacondeus

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Filipa Vacondeus
Nascimento12 de maio de 1933
Lisboa
Morte6 de janeiro de 2015 (81 anos)
Lisboa
CidadaniaPortugal
Maria Filipa Carneiro de Mendonça Corte-Real Vacondeus (LisboaLapa12 de maio de 1933 – Lisboa, Lumiar6 de janeiro de 2015) foi uma chefe de cozinha autodidata e gastrónoma Portuguesa.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filha de Joaquim Filipe de Proença Fortes de Mendonça Corte-Real e de sua mulher Alice Carneiro (31 de Dezembro de 1912 - ?) e irmã de António Filipe Carneiro de Mendonça Corte-Real, casado com Liliane Pimenta Leitão, com geração.
O seu percurso profissional foi muito variado e iniciou-se na TAP como hospedeira de bordo, sendo mais tarde assessora do presidente da Junta de Turismo da Costa do Sol, hoje denominada Costa de Lisboa, e secretária de administração de uma fábrica de montagem de automóveis em Setúbal.[1]
Casou-se a 30 de Março de 1968 com José Baldomero Pinto Vacondeus (Caldas da Rainha, 19 de Março de 1930), jornalista e fundador de vários jornais (O Tempo e O País) ligados à direita portuguesa e filho de José da Silva Vacondeus, Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial a 5 de Junho de 1965,[2] do qual não teve descendência, e abriu um restaurante em Alfama, que teria de encerrar no período do Verão Quente de 1975. Instigada pelo marido começou a fazer crítica gastronómica nos seus jornais.
Em 1981 foi convidada a apresentar uma série de programas de Culinária na RTP, em horário nobre, onde conseguiu granjear uma boa audiência. No entanto, a sua fama e enorme popularidade foi conseguida quando Herman José no seu programa O Tal Canal criou (com autorização da própria), a personagem Filipa Vasconcelos, "pseudo-cozinheira" que cozinhava tudo com imensa paprika[1] O seu sucesso televisivo levou-a a publicar livros de gastronomia e culinária, e pertenceu a júris de concursos gastronómicos.
Faleceu em Lisboa, em 6 de janeiro de 2015, aos 81 anos de idade, vítima de doença prolongada.[3][4]

Livros publicados[editar | editar código-fonte]

  • Cozinhar é Fácil - 1994
  • As Minhas Receitas de Massas - 1995
  • As Minhas Receitas de Peixe e Mariscos - 1996
  • 50 Novas Receitas de Bacalhau - 1998
  • As Minhas Receitas de Conservas - 2000
  • Receitas Fáceis de Caça - 2000
  • Receitas Fáceis de Bacalhau - 2000
  • Receitas Fáceis de Frango - 2000
  • As Minhas Receitas de Bacalhau - 2005
  • Receitas Low-Cost - 2009
  • As Grandes Receitas das Famílias Portuguesas - 2009
  • Os Truques da Filipa - 2010
  • Viver Mais e Melhor - 2012
  • Os Petiscos da Filipa - 2013

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Garrido, Diana (27 de Novembro de 2010). «Filipa Vacondeus. "Sou uma dona de casa que aprendeu com o tempo" - vídeo»Ionline. Arquivado do original em 29 de dezembro de 2010
  2.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José da Silva Vacondeus". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de fevereiro de 2014
  3.  «Morreu Filipa Vacondeus». Sábado. 6 de janeiro de 2015. Consultado em 6 de janeiro de 2015
  4.  Alexandra Prado Coelho e Bárbara Wong. «Filipa Vacondeus, morreu a chef de cozinha que nunca usava paprica». Consultado em 6 de janeiro de 2015

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