sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

ANTÓNIO EGAS MONIZ - MÉDICO - PRÉMIO NOBEL - FALECEU EM 1955 - 13 DE DEZEMBRO DE 2019

António Egas Moniz

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António Egas Moniz Medalha Nobel
Nome nativoAntónio Egas Moniz
desenvolver a arteriografia e a leucotomia. Primeiro e único neurocirurgião laureado com o Prémio Nobel (1949).
Nascimento29 de novembro de 1874
Vilarinho do Bairro, AvancaEstarrejaPortugal
Morte13 de dezembro de 1955 (81 anos)
LisboaPortugal
Nacionalidadeportuguesa
CidadaniaPortugal
Alma materdescobridor da arteriografia cerebral em 1927 e da leucotomia em 1935
Ocupaçãopolíticoneurocientistamédico, neurocirugião, professor universitário, psiquiatra, neurologista, diplomata
PrêmiosNobel de Fisiologia ou Medicina, Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, Grã-Cruz da Ordem do Mérito
EmpregadorUniversidade de CoimbraUniversidade de Lisboa
Campo(s)Medicinaneurocirurgiapolíticaliteratura
Inventor da arteriografia em 1927, que permitiu o diagnóstico de tumores, aneurismas, malformações artério-venosas e traumas do crânio.
António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz nascido António Caetano de Abreu Freire de Resende, conhecido popularmente como António Egas Moniz GCSE • GCB (AvancaEstarreja29 de novembro de 1874 — São Sebastião da PedreiraLisboa13 de dezembro de 1955)[1] foi um médiconeurocirurgiãopesquisador, professor, político e escritor português.
Responsável pelo desenvolvimento da arteriografia, ou angiografia cerebral em 1927, descoberta que revolucionou a medicina e a neurocirurgia, permitindo o diagnóstico dos tumores cerebrais e o diagnóstico e tratamento do aneurisma cerebral e da MAV (malformação arteriovenosa) . Foi três vezes indicado ao prémio Nobel por esta descoberta (1928, 1929, 1930). Inventor do procedimento neurocirúrgico denominado leucotomia pré-frontal, que possibilitou o surgimento da psicocirurgia, por esta última descoberta foi galardoado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1949, partilhado com o fisiologista suíço Walter Rudolf Hess.
José Saramago e António Egas Moniz são os únicos lusófonos detentores de Prémios Nobel.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Estátua de Egas Moniz, por Euclides Vaz, frente à Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Hospital de Santa Maria.
Nascido António Caetano de Abreu Freire de Resende no seio de uma família aristocrata rural, era filho único de Fernando de Pina de Resende de Abreu Freire (Idanha-a-NovaIdanha-a-Nova, 15 de abril de 1828 - Lourenço Marques, 29 de março de 1890) e de sua mulher (SalreuEstarreja, 22 de Junho de 1870) Maria do Rosário de Oliveira de Almeida e Sousa (AnadiaVilarinho do Bairro, 19 de junho de 1840 - EstarrejaPardilhó, 19 de novembro de 1896).
O seu tio paterno e padrinho, o padre Caetano de Pina Resende Abreu e Sá Freire[1], insistiu que adoptasse o apelido Egas Moniz, em virtude de estar convencido de que a família Resende descenderia em linha directa de Egas Moniz, o aio de Dom Afonso Henriques.
Em Lobão da Beira conheceu Elvira de Macedo Dias (Rio de Janeiro, Sacramento, 14 de julho de 1884 - 1965), filha de José Joaquim Dias e de sua mulher Matilde Flora de Macedo, com quem se casou a 7 de fevereiro de 1901, em Canas de Sabugosa. O casal não teve filhos.
A 14 de março de 1939, aos 64 anos, sofreu um atentado no seu consultório, por parte de um doente mental, engenheiro agrónomo de 28 anos, que, no culminar de uma crise de paranóia, o alvejou com oito tiros, dos quais cinco o atingiram na mão direita, no tórax e na coluna vertebral.[2] Foram-lhe retiradas três balas, mas uma ficou alojada na coluna dorsal. Apesar da gravidade dos ferimentos, Egas Moniz recuperou por completo, sem qualquer sequela física, ao contrário do que algumas vezes se tem escrito.[3]

Formação e atividade académica[editar | editar código-fonte]

Completou a instrução primária na Escola do Padre José Ramos, em Pardilhó, e o Curso Liceal no Colégio de S. Fiel, dos Jesuítas, em Louriçal do Campo, concelho de Castelo Branco. Formou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, onde começou por ser lente substituto, leccionando anatomia e fisiologia. Em 1911 foi transferido para a recém-criada Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa[4] onde foi ocupar a cátedra de neurologia como professor catedrático. Jubilou-se em 1944.
Em 1950 é fundado, no Hospital Júlio de Matos, o Centro de Estudos Egas Moniz, do qual é presidente. O Centro de Estudos é, em 1957] transferido para o serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria onde existe ainda hoje compreendendo, entre outros, o Museu Egas Moniz (onde se encontra uma restituição do seu gabinete de trabalho com as peças originais, vários manuscritos, entre outros).
Egas Moniz contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da medicina ao conseguir pela primeira vez dar visibilidade às artérias do cérebro. A Angiografia Cerebral, que descobriu após longas experiências com raios X, tornou possível localizar neoplasiasaneurismashemorragias e outras mal-formações no cérebro humano e abriu novos caminhos para a cirurgia cerebral.
A 5 de Outubro de 1928 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Benemerência e a 3 de Março de 1945 com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[5]

Atividade política e literária[editar | editar código-fonte]

Egas Moniz teve também papel ativo na vida política. Foi fundador do Partido Republicano Centrista, dissidência do Partido Evolucionista; apoiou o breve regime de Sidónio Pais, durante o qual exerceu as funções de Embaixador de Portugal em Madrid (1917) e Ministro dos Negócios Estrangeiros (1918); viu entretanto o seu partido fundir-se com o Partido Sidonista. Foi ainda um notável escritor e autor de uma notável obra literária, de onde se destacam as obras "A nossa casa" e "Confidências de um investigador científico". É também autor de um notável ensaio de crítica literária, "Júlio Dinis e a sua obra" (1924), onde demonstra que o escritor Júlio Dinis se inspirou em personagens reais oriundas de Ovar na criação das figuras principais dos seus romances "A Morgadinha dos Canaviais" e "Pupilas do Senhor Reitor". Egas Moniz também escreveu sobre pintura e reuniu uma notável colecção de pintura naturalista, atualmente aberta ao público na Casa-Museu Egas Moniz, em Estarreja, onde se destacam obras de Silva PortoJosé Malhoa e Carlos Reis, além de peças de louça, prata e mobiliário de variada proveniência, testemunho o seu grande interesse e apurado gosto pelas artes plásticas e decorativas[6].

Pacientes famosos[editar | editar código-fonte]

Fernando Pessoa, consultou-o em 1907, queixando-se de neurastenia e de medo de enlouquecer, à semelhança de Dionísia, a sua avó paterna. Egas Moniz, não lhe encontrando nada de anormal, recomendou-lhe aulas de ginástica sueca com Luís Furtado Coelho, treinador pessoal do infante D. Manuel. «Para ser cadáver, só me faltava morrer. Em menos de três meses e três lições por semana, Furtado Lima [sic] pôs-me em tal estado de transformação que, diga-se com modéstia, ainda hoje existo - com vantagem para a civilização europeia, não me compete a mim dizer.», diria Pessoa mais tarde.[7]
Também Mário de Sá-Carneiro consultou Egas Moniz, queixando-se de sofrer de desdobramento físico e psicológico. Egas Moniz lembrou-se então de um poema que lera e que descrevia aquele estado. E, surpreendentemente, respondeu-lhe Sá-Carneiro ser ele precisamente o autor desse poema. Egas Moniz confidenciaria a um aluno seu que o poema denotava ter sido escrito por um esquizofrénico.[8]

Obra[editar | editar código-fonte]

Atividade científica[editar | editar código-fonte]

Como investigador, Egas Moniz, contando com a preciosa colaboração de Pedro Almeida Lima, gizou duas técnicas: a leucotomia pré-frontal e a angiografia cerebral. Deve-se ainda a este autor a descrição do trajeto da artéria carótida interna no interior do osso temporal, tomando o mesmo a designação de Sifão carotídeo ou Sifão de Egas Moniz.

Prémio Nobel[editar | editar código-fonte]

António Egas Moniz foi proposto cinco vezes (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) ao Nobel de Fisiologia ou Medicina, sendo galardoado em 1949. A primeira delas acontece alguns meses depois de ter publicado o primeiro artigo sobre a encefalografia arterial e, subsequentemente, ter feito, no Hospital de Necker, em Paris, uma demonstração da técnica encefalográfica. Este imediatismo não era uma coisa absolutamente ridícula pois, na verdade, «a vontade de Alfred Nobel era precisamente a de galardoar trabalhos desenvolvidos no ano anterior ao da atribuição do Prémio».[9]

Controvérsia[editar | editar código-fonte]

A técnica desenvolvida por Egas Moniz foi a leucotomia pré-frontal – correspondente a um corte controlado de ligações na massa branca profunda de ambos os lados do córtex pré-frontal.[10] Embora esta operação seja distinta da denominada lobotomia (a operação concebida por Moniz provocava lesões cerebrais limitadas, ao passo que a lobotomia frontal era normalmente um trabalho de talho que provocava lesões extensas [11]), a verdade é que foi muitas vezes com ela confundida. A lobotomia deixou de ser praticada na década de 1960, após forte controvérsia. Devido à associação que frequentemente era feita entre a lobotomia e o inventor da leucotomia pré-frontal, familiares de pacientes que sofreram aquela intervenção cirúrgica exigiram que fosse anulada a atribuição do Prémio Nobel feita a António Egas Moniz.
Primeira arteriografia publicada num artigo científico de 1931, mas desde 1927 que o Dr. Egas Moniz já a praticava tanto em Portugal como no Brasil.
Em 1989 o governo de Portugual homenageou o Dr. Egas Moniz com uma nota comemorativa de 10000 escudos.

Publicações[editar | editar código-fonte]

  • Alterações anátomo-patológicas na difteria, Coimbra, 1900.
  • A vida sexual (fisiologia e patologia), 19 edições, Coimbra, 1901.
  • A neurologia na guerra, Lisboa, 1917.
  • Um ano de política, Lisboa, 1920.
  • Júlio Diniz e a sua obra, 6 edições, Lisboa, 1924.
  • O Padre Faria na história do hipnotismo, Lisboa, 1925.
  • Diagnostic des tumeurs cérébrales et épreuve de l'encéphalographie artérielle, Paris, 1931.
  • L'angiographie cérébrale, ses applications et résultats en anatomic, physiologie te clinique, Paris, 1934.
  • Tentatives opératoires dans le traitement de certaines psychoses, Paris, 1936.
  • La leucotomie préfrontale. Traitement chirurgical de certaines psychoses, Turim, 1937.
  • Clinica dell'angiografia cerebrale, Turim, 1938.
  • Die cerebrale Arteriographie und Phlebographie, Berlin, 1940.
  • Ao lado da medicina, Lisboa, 1940.
  • Trombosis y otras obstrucciones de las carótidas, Barcelona, 1941.
  • História das cartas de jogar, Lisboa, 1942.
  • Como cheguei a realizar a leucotomia pré-frontal, Lisboa, 1948.
  • Die präfrontale Leukotomie, Archiv für Psychiatrie und Nervenkrankheiten, 1949.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Autoria de Egas Moniz
Sobre Egas Moniz
Edições comemorativas
  • A revista A Medicina Contemporânea dedica o seu número 12 do ano LXXII (Dezembro de 1954) ao Professor Egas Moniz, em comemoração do seu octogésimo aniversário com vários artigos originais sobre a vida e a obra do homenageado.
  • A revista da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (n.º3, Maio-Junho 2006) publica um conjunto de intervenções a propósito do cinquentenário da morte do Professor Egas Moniz (disponível aqui)
Biografia
  • Antunes, João Lobo. Egas Moniz, Uma Biografia. Lisboa, Gradiva, 2010.
Artigos
  • Barahona Fernandes, Henrique João. Egas Moniz, pioneiro de descobrimentos médicos. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1983
  • Serra, I. & Maia, E. Egas Moniz e a investigação científica. in José Pedro Sousa-Dias (coord.), Estudos sobre a Ciência em homenagem a Ruy E. Pinto. Alemanha: Instituto Rocha Cabral e Shaker Verlag, 2006, pp. 115–128
Homenagens

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Presbytero Francisco Paes de Rezende Pereira e Mello (7 dezembro 1874). «Assento de Baptismo de Antonio Caetano». Arquivo Distrital de Aveiro. Consultado em 27 janeiro 2019Resumo divulgativoAos sete dias do mez de Dezembro do anno de mil oitocentos, setenta e quatro n'esta freguezia de Santa Marinha d'Avanca, concelho d'Estarreja, Diocese do Porto. Eu o Presbytero Francisco Paes de Rezende Pereira e Mello, Abbade da mesma freguezia baptisei solemnemente e puz os Santos Oleos a um individuo do sexo masculino a que dei o nome de Antonio Caetano que nasceu na freguezia de Sancta Marinha d'Avanca ás trez horas da manhã do dia vinte e nove do mez de Novembro do anno de mil oitocentos e setenta e quatro filho legitimo primeiro do nome de Fernando de Pina de Rezende de Abreu de profissão proprietario e de D. Maria do Rosário d'Oliveira Souza Abreu de profissão governo de sua casa naturaes d'esta freguezia de Sancta Marinha d'Avanca recebidos nesta freguezia e parochianos na mesma moradores no logar da Congosta neto paterno de Antonio de Pinho Rezende e D. Brites Ignacia de Pina Botelho, e materno de Rafael de Almeida e Souza e de D. Joanna Pereira da Conceição. Foi padrinho O Abbade de Pardilhó Tio paterno e madrinha D. Brites Ignacia de Pina Botelho Avó paterna. E para constar se lavrou em duplicado este assento, que depois de lido e conferido perante os padrinhos o assignei com o padrinho. Era ut supra O padrinho O Abbade Caetano de Pina Resende Abreu Sá Freire; O Presbytero Francisco Paes de Rezende Pereira e Mello. Faleceu na freguesia de São Sebastião da Pedreira, da cidade de Lisboa, no dia treze do mês corrente. Registo de obito numero mil quinhentos e vinte e nove, do livro cento e vinte e um, da Terceira Conservatoria do Registo Civil de Lisboa. Estarreja, 17 de Dezembro de 1955.
  2.  Jornal "O Século", de 15-03-1939.
  3.  Antunes, João Lobo. Egas Moniz, Uma Biografia. Lisboa, Gradiva, 2010, p. 253
  4.  «Moniz, António Caetano de Abreu Freire Egas». Consultado em 20 de novembro de 2019. Arquivado do original em 3 de março de 2016
  5.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 20 de março de 2016
  6.  Manuel Valente Alves (2014). «Abel Salazar, Egas Moniz e as Duas Culturas.» (PDF). Academia Nacional de Medicina de Portugal. Consultado em 21 de Junho de 2015
  7.  Fernando Pessoa e a ginástica sueca
  8.  Coelho, E. Macieira. Da Medicina e das Belas Letras: Mário de Sá-Carneiro, O Poeta, Ele e o Outro, in Acta Médica Portuguesa 2001; 14: 33-42
  9.  Correia, Manuel (2006). Egas Moniz e o Prémio Nobel - Enigmas, paradoxos e segredos. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. ISBN 9789728704957. Consultado em 20 de novembro de 2014
  10.  Damásio, António (2011). O erro de Descartes - emoção, razão e cérebro humano. Lisboa: Círculo de Leitores. pp. 92–93
  11.  Damásio, António (2011). O erro de Descartes - emoção, razão e cérebro humano. Lisboa: Círculo de Leitores. 95 páginas
  12.  João Rui Pita (4 novembro 2013). «Egas Moniz nos Selos Portugueses: o Homem, o Universitário e o Cientista». in Cábula Filatélica N.º 14. Consultado em 14 janeiro 2015. Arquivado do original em 3 de março de 2016

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Paul Hermann Müller
Nobel de Fisiologia ou Medicina
1949
com Walter Rudolf Hess
Sucedido por
Edward Calvin KendallTadeusz Reichstein e Philip Showalter Hench
Precedido por
Carlos Malheiro Dias
Olivenkranz.png Sócio correspondente da ABL - cadeira 2Sucedido por
Reinaldo dos Santos

NICHOLAS ROERICH - PINTOR - MORREU EM 1947 - 13 DE DEZEMBRO DE 2019

Nikolai Konstantinovich Roerich

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Nikolai Konstantinovich Roerich
Nascimento27 de setembro de 1874
São Petersburgo
Morte13 de dezembro de 1947 (73 anos)
CidadaniaImpério Russo
EtniaRussos
Alma materUniversidade Imperial de São Petersburgo
Ocupaçãofilósofo, pintor, coreógrafo, escritor, arqueólogo, poeta, diplomata, historiador, explorador
PrêmiosOrdem de São Vladimir, 4.ª classe, Cavaleiro da Legião de Honra
Página oficial
http://www.roerich-museum.ru/
Assinatura
Подпись Николая Рериха-1932 г.jpg
Nikolai Konstantinovich Roerich com a família
Nikolai Konstantinovich Rerich (russo: Николай Константинович Рéрих; 9 de Outubro de 1874 - 13 de Dezembro de 1947), Nicholas Roerich, na grafia inglesa, foi um pintorescritorhistoriadorpoeta e professor espiritual (líder intelectual) russo.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Educado no seio de uma família apologista da paz, interessava-se por literaturafilosofiaarqueologia e, especialmente, arte. A família de seu pai, Konstantin Fyodorovich Roerich é de origem escandinava, o sobrenome significa "rico em glória" remonta aos viquingues. Um dos primeiros Roerichs foi Cavaleiro Templário no século XIII, outros foram líderes políticos e militares, incluindo um oficial sueco que lutou na campanha russo-sueca contra 'Pedro, o Grande' seus descendentes, guardando sua fé luterana, se estabeleceram no noroeste da Rússia. Em 1860, casou-se com Maria Vasilievna Kalashnikova, com quem teve Lidia, Nicolas, Boris e Vladimir. Nicolas foi batizado na Igreja Ortodoxa Russa, religião de sua mãe, de linhagem puramente russa.
Nicolas Roerich nasceu em 27 de setembro em São Petersburgo, Leningrado, e foi primeiramente educado no país e, posteriormente, no exterior. Frequentava simultaneamente, na Universidade de São Petersburgo, a Escola de Direito, a Faculdade de História e Filologia, A Academia de Artes e o Instituto de Arqueologia. Depois de estudar na Rússia, prosseguiu seus estudos em Paris, e viajou através da Europa. Possuia uma memória fora-de-série. Casou-se com Helena, e tiveram dois filhos, Yuri e Svetoslav, pintor como seu pai. Helena Roerich traduziu parte da obra de Blavatsky.
Sua obra consta de 6000 pinturas, afrescos em Igrejas e Edifícios Públicos, desenhos para mosaicos e motivos arquitetônicos. Realizou a pintura de cenários e figurinos de várias óperas: de WagnerMussorgskyBorodinRimsky-Korsakov, Ibañez, e Maeterlinck.
Trabalhou com Igor StravinskyA Sagração da Primavera, a qual teve coreografia de Vaslav Nijinsky e música e argumento de Roerich, também criador do cenário e figurinos folclóricos, onde sua criação foi baseada no leitmotiv. Como autor e erudito escreveu livros de Arte, Culturas, Filosofia e Humanitarismo. Publicou perto de 30 volumes, além de muitos ensaios e artigos. Escreveu No Coração da Ásia, e Shambhala, entre outras obras, que incluem poemas. Como explorador e cientista, realizou pesquisa arqueológica e escavações na Rússia. Organizou e conduziu uma expedição de 5 anos a Ásia central (1924-1928). Em 1935, outra expedição, desta vez para a China, incluindo a Mongólia.
Visitou, na década de 20, Nova Iorque, nos EUA, onde, junto com a sua esposa, fundou várias fundações de mecenato cultural e de teosofia. Depois de viver na cidade estadunidense, Roerich percorreu a Ásia, estabelecendo-se, em 1928, na Índia, país muito conhecido pelos seus líderes pacificadores e teósofos. Ali fundou o Instituto Himaláico de Arqueologia.
No ano seguinte foi nomeado para o Nobel da Paz pela Universidade de Paris. Teve o apoio veemente de Albert Einstein, H. G. Wells e Bernard Shaw. Em 1935, recebeu a segunda nomeação. Preocupado com a paz mundial criou a Pax Cultura, que, como símbolo, tinha uma cruz vermelha, representando esta a arte e a cultura.
Roerich faleceu em Punjab, na Índia. Foi cremado e suas cinzas espalhadas diante das montanhas que tanto amava e retratou em quase sete mil trabalhos. A maioria das suas obras conserva-se hoje em museus europeus, como o Museu Nacional de Artes da Letónia e o Museu Nicholas Roerich em Nova Iorque.

O Pacto de Roerich[editar | editar código-fonte]

Convidados estrangeiros1901, óleo sobre tela.
Pacto de Roerich, a 15 de Abril de 1935, foi assinado na Casa Branca, nos EUA juntamente com mais vinte e um países da América. Outros depois o assinaram, representando este um antecipado instrumento de proteção às artes. O pacto declara a necessidade de se proteger a atividade e produção cultural no mundo, independente de a época ser de guerra ou de paz. Lugares de valor cultural seriam declarados neutros e protegidos, incluindo universidadesbibliotecas, salas de concerto e teatros (como a Cruz Vermelha faz com seus hospitais, razão pela qual é frequentemente chamado Cruz Vermelha da Cultura). A herança cultural das nações deve ser, segundo o acordo, cuidada e renovada, impedindo que se deteriore, pois não há nada de valor superior para uma nação do que sua cultura.
Tem como símbolo a Bandeira da Paz, onde 3 círculos que representam a Arte, a Ciência e a Religião aparecem envoltos por uma circunferência que significa a totalidade da Cultura.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • NICHOLAS ROERICH, Vida e Arte de um mestre RussoJacqueline Decter
  • PLANETA, nº 190, julho 88, A Arte iniciática de Nicolas Röerich, de Adriano Colangelo
  • No Coração da Ásia, de Nicolas Röerich, Editorial Kier, 1930

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SAMS - E JÁ LÁ VÃO 44 ANOS - 13 DE DEZEMBRO DE 2019







Aos Bancários e a 
todos os funcionários dos SAMS-Serviços de Assistência Médico-Social 
- seja do Porto, de Coimbra ou de Lisboa


Meus Amigos:

É VERDADE ! 

Os SAMS ou melhor, o seu nome nasceu precisamente no dia 13 de Dezembro de 1975, já lá vão exactamente 44 anos, e o culpado, sou EU.

Foi na terceira e última reunião dos representantes dos 3 Sindicatos SBC, SBN e SBSI, realizada em Lisboa, nas instalações da antiga CAFEB - Caixa de Previdência e Abono de Familia dos Empregados Bancários, na Rua Elias Garcia.

Antes já se havia realizado a primeira reunião em Coimbra nas instalações da UGT em 13 de Outubro e a segunda no Porto, em 25 de Novembro, nas instalações do SBN, sitas na Praça Humberto Delgado, nas quais se estabeleceram praticamente todos os Capítulos, artigos e alíneas referentes aos Estatutos e Regulamento da Entidade que em Janeiro de 1976, iria organizar e dirigir os Serviços de Saúde de todos os Empregados Bancários do País.


Nessa reunião como acima digo, estavam presentes as Direcções dos 3 Sindicatos (já referidos) acompanhadas dos seus staffs que incluíam juristas, economistas e os Chefes de Serviços Clínicos, sendo eu interinamente o Chefe dos mesmos no que se refere ao SBN. 

Enquanto eram alinhavados todos os assuntos pendentes - documentação, formação dos sectores, necessidade de admissões de pessoal administrativo, médicos, enfermeiros, programa de comparticipações, entrada em funcionamento, etc., etc. havia também necessidade de dar um nome à Instituição.

Várias hipóteses foram colocadas por alguns elementos e apenas uma delas, exposta por mim, dizia:  

SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social

que foi aprovada por unanimidade. 

Embora tivesse sido ventilada a hipótese de que os SAMS pudessem ter uma Direcção única de 3 pessoas, que funcionaria com um Delegado, como "vice-presidente" de cada Sindicato e com um "presidente" que todos os anos seria representado por cada Sindicato à vez, foi considerado também por unanimidade que cada Sindicato dirigiria autonomamente o seu SAMS.  

Aliás como o SBN se propunha iniciar a sua actividade já em Janeiro e o SBC e o SBSI só queriam iniciá-la em Fevereiro, foi aceite a última hipótese.

E foi assim que os SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social, obteve a sua identificação.


Os meus melhores cumprimentos 









ANTÓNIO FONSECA

13 de Dezembro de 2019




SAUDAÇÃO NATALÍCIA A TODOS OS MEUS AMIGOS - 13 DE DEZEMBRO DE 2019

Nota Prévia:

O texto abaixo inserido não é de minha autoria: recolhi-o duma pagela editada pela Paróquia da Senhora do Porto, em forma de Árvore de Natal, que achei muito interessante e de certo modo muito coincidente com o que eu penso sobre os meus Amigos
Com a devida vénia ao Autor (que desconheço) resolvi transformá-lo em Saudação Natalícia aos meus Amigos. Muito obrigado.

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********
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 Saudação Natalícia a todos os meus Amigos, 
que a partir de 
hoje dia 1 de Dezembro 
publicarei diariamente neste blogue até 
dia 6 de Janeiro de 2020



Quisera, Senhor, neste Natal armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar, em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos. 
Os amigos de longe e de perto. 
Os antigos e os mais recentes. 
Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro. 
Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos. 
Os constantes e os intermitentes. 
Os das horas difíceis e os das horas alegres. 
Os que, sem querer me magoaram. 
Aqueles a quem conheço apenas as aparências. 
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. 
Meus amigos humildes e meus amigos mais importantes. 
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida. 
Uma árvore de raizes muito profundas para que os seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração. 
De ramos muito extensos, para que novos ramos vindos de todas as partes venham juntar-se aos existentes. 
De sombras muito agradáveis para que a nossa amizade e amor sejam um aumento de repouso nas lutas da vida.


QUE O NATAL ESTEJA VIVO EM CADA DIA DO ANO QUE SE INICIA. 
TODOS AQUI NASCEMOS.


ANTÓNIO FONSECA

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