quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

ANTÓNIO PATRÍCIO GOUVEIA - MORTO EM 1980 - 4 DE DEZEMBRO DE 2019

António Patrício Gouveia

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António Patrício Gouveia
GOIH
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António Patrício Gouveia
GOIH
Chefe de Gabinete do Primeiro-ministro de Portugal Portugal Francisco Sá Carneiro
Período3 de janeiro de 1980 a
4 de dezembro de 1980
Dados pessoais
Nascimento26 de agosto de 1948
LisboaPortugal
Morte4 de dezembro de 1980 (32 anos)
CamarateLouresPortugal
PartidoPartido Social Democrata
ProfissãoEconomista
António Pinto Basto Patrício Gouveia GOIH (Lisboa26 de agosto de 1948 — LouresCamarate4 de dezembro de 1980) foi um economistajornalista e político português, fundador do Partido Popular Democrático / Partido Social Democrata, e ainda chefe de gabinete do Primeiro-ministro de PortugalFrancisco Sá Carneiro, durante cerca de onze meses, no ano de 1980.

Percurso académico e profissional[editar | editar código-fonte]

Integrou a comissão para a Cooperação Económica Externa, de 1971 a 1974, integrando o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Fez parte da Comissão que, liderada pelo Embaixador Teixeira Guerra, negociou um acordo comercial com a Comunidade Económica Europeia (CEE) em 1972. Neste acordo Portugal conseguiu obter um estatuto positivo para as suas exportações para os países da CEE, a par de ter assegurado a continuação das condições favoráveis das suas exportações para a Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e a Dinamarca, que haviam deixado a Associação Europeia de Livre Comércio (AELC), representando o primeiro passo importante para a adesão plena de Portugal à CEE em 1985.
Entrou para a SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social em 1971, sendo um dos seus primeiros associados.
Participou em duas Assembleias-Gerais da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, pela representação portuguesa, em 1973 e 1974.
Foi um dos fundadores do semanário Expresso, em 1973, onde colaborou como responsável da área de Economia e escreveu frequentemente, antes e depois do 25 de Abril de 1974.
Participou na fundação do PPD/PSD em Maio de 1974, juntamente com Magalhães Mota e Francisco Sá Carneiro.[1]
Trabalhou com os presidentes do Partido, Francisco Sá Carneiro, entre 1974 e 1975, com Emídio Guerreiro, em 1975 e, novamente, com Francisco Sá Carneiro, entre 1975 e 1980.
Obteve, ainda, o curso de Estudos Internacionais na School of Advanced and International Studies, da Johns Hopkins University, em Washington DC, no ano lectivo de 1976-1977.
A partir de 1979, com o Governo da Aliança Democrática, António Patrício Gouveia foi chefe de gabinete do Primeiro-Ministro Francisco Sá Carneiro, no VI Governo Constitucional, de Janeiro a Dezembro de 1980.
4 de dezembro de 1980, num desastre de avião, morrem o Primeiro-Ministro Francisco de Sá Carneiro e o Ministro da Defesa Nacional Adelino Amaro da CostaSnu Abecassis, António Patrício Gouveia, o piloto Jorge Albuquerque e o copiloto Alfredo de Sousa perdem também a vida.[2]
24 de abril de 1981, o Presidente António Ramalho Eanes recusou a proposta do Primeiro-Ministro Francisco Pinto Balsemão para condecorar Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e António Patrício Gouveia com a Ordem da Liberdade. Em consequência, a Aliança Democrática não compareceu às cerimónias em que outras personalidades foram condecoradas.
28 de novembro de 2018, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa condecorou, a título póstumo, António Patrício Gouveia com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, numa cerimónia de homenagem no ano do 70º aniversário do seu nascimento que contou também com as intervenções da Presidente do ISEG, Clara Raposo, Fernando UlrichJoão Bosco Mota AmaralJoão Salgueiro e da filha do homenageado, Madalena Gouveia Reis.[3][4]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Família[editar | editar código-fonte]

Filho de Afonso Patrício Gouveia (Guarda, 18 de julho de 1915), Comendador da Ordem do Infante D. Henrique a 31 de maio de 1973,[5] e de sua mulher Maria Madalena d'Orey Ferreira Pinto Basto (Lisboa, 19 de agosto de 1925), bisneta de um Alemão e descendente de Ingleses, trineta do 1.º Visconde de Atouguia e sobrinha-bisneta do 1.º Visconde de São Torquato, era irmão de Teresa Patrício Gouveia e Alexandre Patrício Gouveia, primo em segundo grau de Francisco Pinto Balsemão e primo em terceiro grau de António Capucho.[6][7]

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

Casou em LisboaLumiar, na Capela Particular da Casa do Lumiar, a 20 de julho de 1974 com Maria Margarida Araújo de Lacerda (Lisboa, 18 de dezembro de 1949),[6] da qual teve dois filhos e uma filha:
  • Tiago Patrício Lacerda Pinto Basto Gouveia (LisboaSão Sebastião da Pedreira, 16 de outubro de 1975), casado em SerpaSalvador, a 22 de maio de 2004 com Isabel da Costa Gavião Menéres Cudell (São PauloSão Paulo, 25 de novembro de 1975)
  • Salvador Patrício Lacerda Pinto Basto Gouveia (Washington, D.C., 17 de maio de 1977), casado em Santarém a 25 de setembro de 2010 com Maria de Castro Henriques Bela Morais (Lisboa, Alvalade, 24 de março de 1984), arquiteta de interiores
  • Maria Madalena Lacerda Pinto Basto Gouveia (Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 25 de novembro de 1978), casada com Gonçalo Trigo de Morais de Albuquerque Reis (CascaisCascais, 17 de janeiro de 1969)

Referências

  1.  Maria João Pinto da Cunha de Avilez (26 de Agosto de 2014). «Desinstalados». Observador. Consultado em 10 de fevereiro de 2015
  2.  Luís Osório (13 de junho de 2011). «Os esquecidos de camarate»Sol. Consultado em 10 de fevereiro de 2015
  3.  «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Pinto Basto Patrício de Gouveia". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 6 de janeiro de 2019
  4.  «António Patrício Gouveia condecorado, a título póstumo, pelo Presidente da República». 28 de novembro de 2018
  5.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Afonso Patrício de Gouveia". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de fevereiro de 2015
  6. ↑ Ir para:a b Carlos Lourenço do Carmo da Câmara Bobone (1.ª Edição, Lisboa, 1997). História da Família Ferreira Pinto Basto. [S.l.]: Livraria Bizantina. pp. Volume I ou II. 403 Verifique data em: |ano= (ajuda)
  7.  Fernando de Castro Pereira Mouzinho de Albuquerque e Cunha (1.ª Edição, Cascais, 1971). Mouzinho de Albuquerque - História e Genealogia. [S.l.]: Edição do Autor. pp. Volume I. 221 Verifique data em: |ano= (ajuda)
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SNU ABECASSIS - MORTA EM 1980 - 4 DE DEZEMBRO DE 2019

Snu Abecassis

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Snu Abecassis
Nascimento7 de outubro de 1940
Copenhague
Morte4 de dezembro de 1980 (40 anos)
Camarate
CidadaniaPortugal
ProgenitoresMãe:Jytte Bonnier
Ocupaçãoeditora
Causa da morteacidente aéreo
Ebba Merete Seidenfaden, mais conhecida como Snu Abecassis (Copenhaga7 de outubro de 1940 – Camarate4 de dezembro de 1980) foi uma editora dinamarquesa,[1], fundadora da Publicações Dom Quixote que se notabilizou por publicar livros considerados de esquerda, de ideias contrárias às do regime do Estado Novo.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filha de um casal de jornalistas dinamarqueses, Erik Seidenfaden e Jytte Kaastrup-Olsen, desde pequena foi chamada de Snu, que quer dizer "esperta", em língua dinamarquesa.
Em 1961 casou com o português Alberto Vasco Abecassis, tendo-se mudado para Portugal passado um ano e aí nasceram os três filhos do casal Mikaela Linea, Ricardo Fortunato e Rebecca Sofia. Em 1965, sob sua direção, é fundada a editora Publicações Dom Quixote em Lisboa.
Já em época pós-revolucionária, Ebba começa a relacionar-se com o também casado Francisco Sá Carneiro. Consegue divorciar-se de Abecassis mas Sá Carneiro não consegue obter o divórcio. Apesar disso, começam a viver juntos e também juntos vêm a morrer no dia 4 de dezembro de 1980, no acidente de Camarate, que para além de Snu e Sá Carneiro vitimou Adelino Amaro da Costa quando todos se dirigiam para o encerramento da Campanha Presidencial de António Soares Carneiro.

Referências

  1.  «Snu Abecassis». Infopédia. Consultado em 8 de novembro de 2011
  2.  Diário de Notícias.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • PINTO, Cândida. Snu e a Vida Privada com Sá Carneiro. Barcelona: Publicações Dom Quixote, 2011.

ADELINO AMARO DA COSTA - MORTO EM 1980 - 4 DE DEZEMBRO DE 2019

Adelino Amaro da Costa

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Adelino Amaro da Costa
Adelino Amaro da Costa
Ministro(a) de Flag of Portugal.svg Portugal
PeríodoVI Governo Constitucional
  • Ministro da Defesa Nacional
AntecessorLoureiro dos Santos
SucessorLuís de Azevedo Coutinho
Dados pessoais
Nascimento18 de abril de 1943
Algés
Morte4 de dezembro de 1980 (37 anos)
Camarate
PartidoCDS-PP
ProfissãoEngenheiro CivilFuncionário Público do Ministério da Educação
Adelino Manuel Lopes Amaro da Costa GCIH (OeirasAlgés18 de Abril de 1943 — LouresCamarate4 de Dezembro de 1980) foi um engenheiro civil e político português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de um Engenheiro Civil pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, Manuel Rafael Amaro da Costa (OdemiraSão Martinho das Amoreiras, 10 de Janeiro de 1910 - ?), de alguma ascendência da Nobreza rural, e de sua mulher (Lisboa, 1937) Joaquina da Conceição Duarte Lopes Nunes (OdemiraRelíquias, 22 de Janeiro de 1914 - LisboaAlvalade, 19 de Junho de 1991).
Viveu desde a infância até ao início da adolescência na Ilha da Madeira e, após os estudos secundários, que realizou no Liceu Camões, ingressou no Instituto Superior Técnico. Foi presidente do Núcleo da Juventude Escolar Católica no Liceu Camões, entre 1956 e 1960. Praticou rugby e futebol[1].
Licenciado em Engenharia Civil, estagiou na Direção-Geral dos Serviços Hidráulicos e na empresa de projetistas Hidrotécnica Portuguesa, onde, terminado o curso, ingressou como engenheiro. Em 1967 iniciou na Marinha de Guerra o serviço militar, tendo exercido funções como técnico especialista da Reserva Naval no Instituto Hidrográfico até 1970[1].
Também em 1970 foi contratado como assistente no Grupo de Hidráulica do Instituto Superior Técnico, função que abandonou em 1974.
Entre 1965 e 1970 foi editor do jornal universitário Tempo, órgão de informação gerido em regime de sociedade de redatores, do qual fora fundador, ainda como estudante de Engenharia. Nesse período, colaborou regularmente no Diário de Lisboa e no Diário Popular, tendo, também, assinado colaboração em diversas publicações, designadamente na revista Rumo. A partir de 1969 passou a desempenhar as funções de correspondente em Lisboa do quotidiano espanhol Madrid, deixando de exercer a função aquando da suspensão e posterior dissolução deste jornal pelo governo franquista[1]. Mais tarde viria a colaborar n'O Século e no semanário Expresso.
Entretanto, e desde finais de 1968, iniciou a sua colaboração no Gabinete de Estudos e Planeamento da Ação Educativa. No ano seguinte, fez parte do Grupo de Inquérito do Ensino Superior, o qual, porém, foi forçado, em meados de 1969, a auto impor-se o fim do seu mandato devido à ausência de condições políticas para o desenvolvimento do seu trabalho. A partir daí, continuou a dar o seu concurso técnico aos trabalhos do GEPAE sobre ensino superior, sendo mais tarde nomeado para adjunto do Presidente da Direção. Impulsionando os estudos sobre Procura Social do Ensino Superior, organizou um grupo de análise e investigação sistemática sobre questões do ensino pré-secundário. Mais tarde, trabalhou ativamente na reestruturação do GEPAE, de que haveria de resultar o Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Educação, sendo nomeado seu subdiretor, em 1973, e seu diretor, em janeiro de 1974; era Ministro da Educação José Veiga Simão[2].
Ainda no âmbito da sua atividade no Ministério da Educação, participou intensamente em numerosos estudos nos domínios do planeamento e da inovação educativa; foi membro da representação portuguesa em numerosas reuniões do Comité de Educação da OCDE e em conferências ministeriais desta organização internacional, sobre política educativa, política científica, e política de mão-de-obra. Estagiou em Inglaterra, em 1970, ao abrigo do Programa de Assistência Técnica da OCDE.
Em 1979 viria a casar com Maria Manuela Vaz Pires, tendo assim rompido os votos de castidade feitos quando aderiu, no princípio dessa década, à Opus Dei[3].

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Após a Revolução dos Cravos, influenciado pela Democracia Cristã, foi um dos fundadores do então Centro Democrático Social, de que viria a ser um dos mais carismáticos dirigentes; foi o primeiro secretário-geral eleito do CDS, em 1974.
Foi deputado à Assembleia Constituinte, eleito em 1975, e deputado à Assembleia da República, sucessivamente eleito nas legislativas de 19761979 e 1980, tendo liderado o Grupo Parlamentar do CDS.
Após a vitória da Aliança Democrática, nas eleições legislativas de 1980, foi-lhe atribuída o cargo de Ministro da Defesa Nacional do VI Governo, tornando-se assim o primeiro civil a assumir esse ministério depois do 25 de Abril.
Na noite de 4 de Dezembro de 1980, é vítima do despenho de um avião em Camarate, onde viajava em direcção ao Porto, em conjunto com a sua esposa, Maria Pires, o então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, a companheira deste, Snu Abecassis, bem como o chefe de gabinete do primeiro-ministro, António Patrício GouveiaSá Carneiro e Amaro da Costa iam participar num comício de apoio a Soares Carneiro, o candidato da AD nas eleições presidenciais de 1980.

Condecorações[editar | editar código-fonte]

A 13 de Julho de 1981, a título póstumo, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.[4]

Funções governamentais exercidas[editar | editar código-fonte]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

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