domingo, 17 de novembro de 2019

MÁRIO DIONÍSIO - ESCRITOR - MORREU EM 1993 - 17 DE NOVEMBRO DE 2019

Mário Dionísio

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Mário Dionísio
Nome completoMário Dionísio de Assis Monteiro
Pseudónimo(s)Leandro Gil
José Alfredo Chaves
Nascimento16 de julho de 1916
Lisboa
Morte17 de novembro de 1993 (77 anos)
Lisboa
Nacionalidadeportuguês
CônjugeMaria Letícia Clemente da Silva
Filho(s)Eduarda Dionísio
Ocupaçãocríticoescritorpintor e professor
PrémiosGrande Prémio de Ensaio (1963) SPE
Prémio da Crítica (1981) CPAICL
Magnum opusO Dia Cinzento : E Outros Contos
Mário Dionísio de Assis Monteiro (Lisboa, 16 de julho de 1916 — Lisboa, 17 de novembro de 1993) foi um críticoescritorpintor e professor português.
Personalidade multifacetada – poeta, romancista, ensaísta, crítico, pintor –, Mário Dionísio teve uma ação cívica e cultural marcante no século XX português, com particular incidência nos domínios literário e artístico.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Mário Dionísio de Assis Monteiro nasceu em 16 de julho de 1916, em Lisboa.[2][3][4]
Filho de Eurico Monteiro, comerciante, oficial miliciano da Administração Militar, e Julieta Goulart Parreira Monteiro, doméstica com o curso superior de Piano.[carece de fontes] É pai de Eduarda Dionísio.[4]
Mário Dionísio , O Músico, 1948, tinta de esmalte s/ tela, 130 cm x 97 cm
Licenciou-se em Filologia Românica, em 1940, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Foi professor do ensino liceal e secundário e docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,[4] depois da Revolução do 25 de Abril.
Mário Dionísio foi opositor do Estado Novo, tendo estado ligado ao Partido Comunista Português, do qual se afastou na década de 1950.[4]

A obra literária[editar | editar código-fonte]

Foi autor de uma obra literária autónoma (poesia, conto, romance); fez crítica literária e de artes plásticas; realizou conferências, interveio em debates; colaborou em diversas publicações periódicas, entre as quais Seara NovaVérticeDiário de LisboaMundo Literário [5]Gazeta Musical e de todas as Artes e na revista Arte Opinião [6] (1978-1982). Prefaciou obras de autores como Manuel da FonsecaCarlos de OliveiraJosé Cardoso Pires e Alves Redol.

As artes plásticas: pintor e crítico[editar | editar código-fonte]

Teve uma forte ligação às artes plásticas. Além da actividade como pintor (desde 1941), foi um dos principais impulsionadores das Exposições Gerais de Artes Plásticas; integrou o júri da II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian; foi autor de inúmeros textos, de diversa ordem, das simples críticas até à publicação de referência que é A Paleta e o Mundo; etc.[7]
Enquanto artista plástico usou os pseudónimos de Leandro Gil e José Alfredo Chaves. Participou em diversas exposições colectivas, nomeadamente nas Exposições Gerais de Artes Plásticas de 1947, 48, 49, 50, 51 e 53. Realizou a sua primeira exposição individual de pintura em 1989.[7]

O neorrealismo[editar | editar código-fonte]

Mário Dionísio desempenhou um papel de relevo na teorização do neo-realismo português, "movimento literário que, nos anos de 1940 e 1950, à luz do materialismo histórico, valorizou a dimensão ideológica e social do texto literário, enquanto instrumento de intervenção e de consciencialização". No contexto das tentativas de reforma cultural encetada pelos intelectuais dessa corrente, através de palestras e outras ações culturais, "participou num esforço conjunto de aproximar a arte e o público, de que resultou, por exemplo, a obra A Paleta e o Mundo, constituída por uma série de lições sobre a arte moderna. Poeta e ficcionista empenhado, fiel ao «novo humanismo», atento à verdade do indivíduo, às suas dolorosas contradições, acolheu, na sua obra, o espírito de modernidade e as revoluções linguísticas e narrativas da arte contemporânea".[8]
Mário Dionísio morreu em 17 de novembro de 1993, em Lisboa, vítima de ataque cardíaco.[2][3]

Obras[editar | editar código-fonte]

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • As solicitações e emboscadas : Poemas. S. l., s,d (Coimbra : Tipografia Atlântida).[9]
  • O riso dissonante : Poemas. Lisboa : Centro Bibliográfico, 1950.[10]
  • Memória dum pintor desconhecido. Lisboa : Portugália, 1965. Coleção Poetas de hoje, 19.[11]
  • Poesia incompleta : 1936-1965. Lisboa : Europa-América, 1966.[12]
  • Le feu qui dort. Neuchâtel : Éditions de la Baconniére; Lisboa : Europa-América, 1967.[13]
  • Terceira idade. Mem-Martins : Europa-América, 1982. Coleção Mário Dionísio, 10.[14]
  • O mundo dos outros : histórias e vagabundagens (prefácio). Lisboa : Dom Quixote, 2000. Coleção Biblioteca de Bolso, Literatura, 13. ISBN 972-20-1879-5 [15]
  • Poesia completa. Lisboa : Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 2016. Coleção Plural. ISBN 978-972-27-2450-0[16]

Prosa[editar | editar código-fonte]

  • O dia cinzento : contos. Coimbra : Coimbra Editora, 1954. Coleção Novos Prosadores.[17]
  • Não há morte nem princípio. Mem Martins : Europa-América, 1969. Coleção Obras de Mário Dionísio, 4.[18]
  • Monólogo a duas vozes : histórias. Lisboa : D. Quixote, 1986. Coleção Autores de Língua Portuguesa.[19]
  • A morte é para os outros. Lisboa : O Jornal, 1988. Coleção Dias de Prosa.[20]

Memórias[editar | editar código-fonte]

  • Autobiografia. Lisboa : O Jornal, 1987. Coleção Autobiografias, 3.[21]

Pintura[editar | editar código-fonte]

  • Vincent Van Gogh : estudo. S.l., s.n., 1947. Coleção Os Grandes Pintores e Escultores.[22]
  • A paleta e o mundo. Lisboa : Europa-América, 1956-1962, 3 vols.[23]
  • Conflito e unidade da arte contemporânea. Lisboa : Iniciativas Editoriais, 1958.[24]

Casa da Achada – Centro Mário Dionísio[editar | editar código-fonte]

Em setembro de 2009 abriu ao público a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio, fundada em Lisboa em setembro do ano anterior por mais de meia centena de familiares, amigos, ex-alunos, ex-assistentes, conhecedores e estudiosos da sua obra para a salvaguarda e divulgação do seu espólio.[25][26][27] A instituição possui ainda a biblioteca privada da mulher de Mário Dionísio, a professora Maria Letícia Clemente da Silva.[28] A Casa da Achada é dirigida pela filha do escritor, Eduarda Dionísio.[carece de fontes]

Prémios e homenagens[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Fernando Madaíl (23 de maio de 2009). «A faceta de pintor do mestre». Diário de Notícias. Consultado em 6 de janeiro de 2017
  2. ↑ Ir para:a b c Cf. Deliberação n.º 443/CM/2005 (Proposta n.º 443/2005), publicada no 2.º suplemento ao Boletim Municipal de Lisboa n.º 597, de 28 de julho de 2005, pp. 1776(67)-(68), consultada em 4 de fevereiro de 2019.
  3. ↑ Ir para:a b Carlos de Cira (15 de março de 1994). «Mário Dionísio: O Homem e a Obra»O Mirante. Santarém. Consultado em 20 de janeiro de 2019
  4. ↑ Ir para:a b c d José Jorge Letria (2016). «Mário Dionísio : (1916-1933) : O Poeta, o Pintor e o Mundo» (PDF). Sociedade Portuguesa de Autores. p. 2. Consultado em 20 de janeiro de 2019
  5.  Helena Roldão (27 de janeiro de 2014). «Ficha histórica: Mundo literário : semanário de crítica e informação literária, científica e artística (1946-1948).» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de novembro de 2014
  6.  Rita Correia (16 de maio de 2019). «Ficha histórica:Arte Opinião (1978-1982)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 22 de Maio de 2019
  7. ↑ Ir para:a b FRANÇA, José Augusto (1999). «Mário Dionísio de Assis Monteiro». In: Barreto, António; Mónica, Maria Filomena (coords.). Dicionário de História de PortugalVIII. Porto: Figueirinhas. p. 530. ISBN 972-661-165-2OCLC 248607983
  8.  «Mário Dionísio». Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora. 2003–2013. Consultado em 26 de agosto de 2013
  9.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  10.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  11.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  12.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  13.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  14.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  15.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  16.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  17.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  18.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  19.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  20.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  21.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  22.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  23.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  24.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional consultado em 2 de fevereiro de 2019.
  25.  CML (2018). «Equipamentos : Casa da Achada - Centro Mário Dionísio». Câmara Municipal de Lisboa. Consultado em 20 de janeiro de 2019
  26.  http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/casa-da-achada-centro-mario-dionisio
  27.  Agência Lusa (15 de fevereiro de 2016). «Obras de Vergílio Ferreira e de Mário Dionísio são mote para ciclo no CCB». Notícias ao Minuto. Consultado em 20 de janeiro de 2019
  28.  MZG/MAG (Agência Lusa) (16 de julho de 2016). «Casa da Achada celebra hoje centenário de Mário Dionísio com festa na Mouraria». Sapo24. Consultado em 22 de janeiro de 2019
  29.  Redacção (17 de Dezembro de 1963). «O Prémio de Ensaio»Diário de Lisboa (via Casa Comum). p. 21. Consultado em 18 de janeiro de 2019
  30.  DGLB. «Prémio : Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários». Clicar na secção/página "6". Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas. Consultado em 19 de janeiro de 2019
  31.  ADRIANO, António. Mário Dionísio : Escritor (1916-1993). Lisboa : Câmara Municipal de Lisboa : Comissão Municipal de Toponímia, 2016, p. 12, consultado em 4 de fevereiro de 2019.
  32.  Mário Dionísio dá nome a rua. Notícia publicada no sítio da Câmara Municipal de Lisboa, consultada em 4 de fevereiro de 2019.
  33.  Consultado em 18 de fevereiro de 2019.
  34.  Consultado em 4 de fevereiro de 2019.
  35.  Consultado em 3 de fevereiro de 2019.
  36.  Consultado em 4 de fevereiro de 2019.
  37.  Consultado em 4 de fevereiro de 2019.
  38.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional. Consultado em 3 de fevereiro de 2019.
  39.  Versão online consultada em 3 de fevereiro de 2019.
  40.  Catálogo Geral da Biblioteca Nacional.Consultado em 4 de fevereiro de 2019.
  41.  Consultado em 3 de fevereiro de 2019.
  42.  Consultado em 3 de fevereiro de 2019.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Mário Dionísio

ROMEU CORREIA - ESCRITOR - NASCEU EM 1917 - 17 DE NOVEMBRO DE 2019

Romeu Correia

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Romeu Correia
Romeu Correia.
Nome completoRomeu Henrique Correia
Nascimento17 de novembro de 1917
AlmadaPortugal
Morte12 de junho de 1996 (78 anos)
AlmadaPortugal
NacionalidadePortugal Português
CônjugeAlmerinda Correia
OcupaçãoEscritor, dramaturgo e desportista
PrémiosPrémio da Crítica (1962)
Magnum opusVagabundo das Mãos de Oiro
Romeu Henrique Correia (AlmadaAlmada17 de Novembro de 1917 - Almada, Almada, 12 de Junho de 1996) foi um escritor, dramaturgo e desportista português. Em 1997 foi inaugurado em Almada o Fórum Municipal Romeu Correia, local onde se concentram a Biblioteca Municipal e o Auditório Fernando Lopes-Graça. Existe ainda a Escola Secundária Romeu Correia, na freguesia de Feijó (concelho de Almada). Em dezembro de 2008 foi inaugurado em Almada um painel em azulejo alusivo à obra literária de Romeu Correia, da autoria de Louro Artur. O painel pode ser encontrado na zona de Almada Velha, junto às Piscinas da Academia Almadense, na Rua Leonel Duarte Ferreira.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Romeu Correia foi escritor e dramaturgo autodidacta. Colaborou em várias publicações, das quais se destacam o Suplemento Cultural de O Comércio do Porto, Vértice, Sílex e Jornal Record.
Destacou-se como ficcionista e dramaturgo, inserindo-se inicialmente na corrente Neorrealista. As suas obras, marcadas por uma forte ligação às fontes da literatura oral popular, decorrem frequentemente em ambientes como os do circo, das feiras, do teatro de fantoches ou outros grupos marginais à sociedade. A estas características aliam-se, porém, técnicas dramáticas do teatro de vanguarda. Foi, nos últimos anos da sua vida, o dramaturgo mais representado por grupos amadores de teatro em Portugal.
Paralelamente à carreira literária, Romeu Correia foi atleta de competição em atletismo e campeão de boxe amador. Casou em outubro de 1942 com Almerinda Correia, uma futura campeã nacional de Atletismo, da qual foi treinador. Sob o seu treino, na década de 40, Almerinda Correia foi por cinco vezes campeã nacional e por outras seis campeã da região de Lisboa em atletismo, nas modalidades de lançamento do peso, disco e dardo.
A sua obra foi distinguida com alguns prémios literários, entre os quais o Prémio da Crítica (1962), pela peça Vagabundo das Mãos de Oiro, o Prémio da Casa da Imprensa - Óscares da Imprensa (1963 e 1972), pelas peças Vagabundo das Mãos de Oiro e Roberta, respetivamente, o Prémio de Teatro da Imprensa Regional (1965), pela peça Bocage, o Prémio Académico Ricardo Malheiros pela Academia das Ciências de Lisboa (1976), pelo livro de contos Um Passo em Frente, e o Prémio de Teatro 25 de Abril da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (1984). Em 1972, numa atitude de coragem, Romeu Correia recusou o Prémio Alfredo Cortês conferido pelo S.N.I (Secretariado Nacional de Informação).
De todos os seus romances, como Trapo Azul (1948), Calamento (1950), Gandaia (1952), Desporto Rei (1955), Tritão (1982) ou Cais do Ginjal (1989), é Bonecos de Luz (1961) o seu romance mais consagrado, incluído por diversas vezes em manuais escolares do 1.º e 2.º ciclos, chegou a ser obra de leitura recomendada para o liceu, e foi alvo de adaptações para cinema que não chegaram a se concretizar. Em 2017, Bonecos de Luz foi adaptado para teatro pela Companhia de Teatro de Almada, com encenação de Rodrigo Francisco.
Escreveu contos, romances e biografias mas foi no teatro que deixou a maior marca. Casaco de Fogo (1953), levado à cena pelo Teatro Nacional, Céu da Minha Rua[ligação inativa] (1955); Laurinda (1956), Sol na Floresta (1957), Bocage (1965); Jangada (1966), Amor de Perdição (1966), a partir do romance de Camilo Castelo Branco, O Vagabundo das Mãos de Ouro (1960), encenado pelo Teatro Experimental do Porto, O Cravo Espanhol (1970), levado à cena pelo Teatro Nacional, Roberta (1971), Grito no Outono (1982), O Andarilho das Sete Partidas (1983) e A Palmatória (1995) são os grandes destaques na dramaturgia de Romeu Correia. Algumas das suas peças foram transmitidas na RTP, com destaque para Céu da Minha Rua[ligação inativa] , a 4 de novembro de 1958, que contou com Amália Rodrigues a estrear como atriz na televisão.
A sua peça Tempos Difíceis (1982), originalmente intitulada Rectaguarda, foi encenada por Joaquim Benite no início dos anos 80 e levada ao palco pela Companhia de Teatro de Almada (antigo Grupo de Teatro de Campolide), com mais de cem representações. Fizeram parte do elenco nomes como Canto e Castro, Ema Paul e António Assunção. Em maio de 2016, a peça O Cravo Espanhol foi levada à cena pelo grupo Teatro da Terra, em Ponte Sor, com encenação de Maria João Luís.
O livro biográfico José Bento Pessoa (biografia,1974) foi reeditado em 2008, e posteriormente em 2013, com os apoios do Casino Figueira e do Arquivo Histórico do Ginásio Clube Figueirense.
Algumas das obras de Romeu Correia foram traduzidas para chinês, húngaro, checo, alemão, russo, polaco e italiano. A peça Vagabundo das Mãos de Oiro (1960) está traduzida em alemão, húngaro e italiano. O conto A Relva e o Ovo (integrado no livro de contos Um Passo em Frente, de 1976, e pelo qual o escritor recebeu o Prémio Ricardo Malheiros) está traduzido para russo assim como a peça Casaco de Fogo (1953).
Antologia teatral em italiano com a tradução da peça O Vagabundo das Mãos de Ouro.
A farsa poético-política O Vagabundo das Mãos de Oiro (1960) foi traduzida para alemão em 1978, integrando a antologia teatral Dialog Stücke aus Portugal: Santareno, Coutinho, Rebello, Correia (Berlim, 1978). Em 1980, foi a vez de uma tradução húngara desta peça, incluída na antologia teatral Az ​aranykezű csavargó - Mai portugál drámák. Considerada por muitos a obra prima do autor, a mesma peça recebeu em 2001 uma tradução para italiano com inclusão na antologia Teatro Portoghese del XX Secolo, autoria de Sebastiana Fadda e com publicação pela Bulzoni Editore.
A sua obra foi por algumas vezes alvo de estudo, tendo sido estudada por algumas universidades estrangeiras (Universidade de Cardiff - Reino Unido ou Universidade de Paris-Sorbonne, por exemplo). Em 1996, na Universidade de Grenoble (França) foi concluída uma tese sobre a sua obra. Durante a sua vida, Romeu Correia foi sócio honorário de várias colectividades de cultura e recreio, um pouco por todo o país.
A sua biografia pode ser encontrada em vários dicionários de autores internacionais como The International Authors and Writers Who's Who (Cambridge-Inglaterra); Who's who in the World (Chicago- Estados Unidos); Who's Who in Europe (Amesterdão - Holanda); ou Dictionary of International Biography (Cambridge - Inglaterra).
Antologia teatral em alemão com a tradução da peça O Vagabundo das Mãos de Ouro.
Antologia teatral em húngaro com a tradução da peça O Vagabundo das Mãos de Ouro.

Destaques Desportivos[editar | editar código-fonte]

1936 - Campeão de Lisboa no Lançamento do Peso (principiantes - marca: 13,51m)
1936 - Campeão Nacional de Lançamento do Peso (Juniores)
1937 - Campeão Escolar no Lançamento do Peso
1938 - Vencedor da Estafeta Olímpica 300 X 400 X 200 X 100 metros
1940 - Campeão de Lisboa no Lançamento do Peso
1943 - Campeão Regional de Lançamento do Peso (marca: 13,66 m)
1943 - Campeão Nacional de Lançamento do Peso (marca: 13,67 m)
1943 - Campeão Nacional de Lançamento do Dardo
1944 - Campeão de Lisboa no Lançamento do Peso
1945 - Campeão Nacional de Lançamento do Peso
1945 - Campeão Nacional de Lançamento do Dardo
Durante três anos, Romeu Correia fez pugilismo no Clube Desportivo Lisgás. Disputou 18 combates e venceu 17, oito deles por KO.
Nota: Em 1938 o atleta António Calado foi selecionado para representar Portugal nos Campeonatos da Europa de Atletismo, em Paris. Para ajudar o colega a angariar dinheiro para as deslocações, Romeu Correia fez várias exibições de cultura física e boxe num circo ambulante.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Os Gregos (conto, 1942);
  • Sábado sem Sol (contos, 1947);
  • Trapo Azul (romance, 1948);
  • Calamento (romance, 1950);
  • Gandaia (romance, 1952);
  • Casaco de Fogo (teatro, 1953);
  • Desporto-Rei (romance, 1955);
  • Céu da minha rua (Isaura) (teatro, 1955);
  • Sol na Floresta (teatro, 1957);
  • O Vagabundo das Mãos de Oiro (teatro, 1960);
  • Bonecos de Luz (romance, 1961);
  • Laurinda (teatro, 1964);
  • Bocage (teatro, 1965);
  • Jangada (teatro, 1966);
  • Amor de Perdição (teatro, 1966)
  • 3 Peças de Romeu Correia: Laurinda, Sol na Floresta e Céu da minha rua (teatro, 1968);
  • O Cravo Espanhol (1970);
  • Roberta (1971);
  • Francisco Stromp (biografia, 1973);
  • José Bento Pessoa (biografia, 1974);
  • Um Passo em Frente (contos, 1976);
  • Os Tanoeiros (nova versão de Gandaia) (romance, 1976);
  • Homens e Mulheres Vinculados às Terras de Almada - nas artes nas letras e nas ciências (monografia histórica, 1978);
  • As Quatro Estações (teatro, 1981)
  • Jorge Vieira e o Futebol do seu tempo (biografia, 1981)
  • Tempos Difíceis (teatro, 1982);
  • O Tritão (romance, 1982);
  • Grito no Outono (teatro, 1982);
  • O Andarilho das 7 Partidas (teatro, 1983);
  • O Passado e Presente do Movimento Associativo (ensaio, 1984);
  • O Arrobas (conto, 1985);
  • O 23 de Julho (narrativa/ensaio histórico, 1986)
  • Portugueses na V Olimpíada (ensaio, 1988);
  • Cais do Ginjal (novela, 1989);
  • Academia Almadense: Memória de 100 Anos (monografia histórica, 1995);
  • Palmatória (1995);
  • Comédia de Maus Costumes (teatro, 2017).

Obras (não editadas)[editar | editar código-fonte]

  • As Cinco Vogais (teatro, 1951) – A peça foi publicada na revista de arte moderna «Sul», de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, em 1951;
  • Desporto-Rei (teatro, 1951);
  • Esta Lisboa que eu Amo (teatro de revista em colaboração com Bernardo Santareno, 1958);
  • A Gula (teatro, 1969) ;
  • Rosa do Adro (adaptação para teatro, 1971) ;
  • A Vaga (teatro, 1977) - A peça foi publicada na revista «Vértice», vol. 37, n.º 392-93, janeiro-fevereiro, pp. 56-67, em 1977.
  • Tempos Difíceis (teatro, 1982).

Obras sobre Romeu Correia[editar | editar código-fonte]

  • Romeu Correia, O Homem e o Escritor / de Alexandre Flores (biografia, 1987);
  • Romeu Correia, Memória Viva de Almada / de Alexandre Castanheira (ensaio, 1992);
  • Anais de Almada n.º1, Câmara Municipal de Almada, (1998);
  • Passeio Mágico com Romeu Correia / de Luís Milheiro (biografia, ficção, ensaio, 2017);
  • Romeu Correia: Antologia Temática e Abordagem à sua Obra Literária / de Edite Condeixa (antologia, ensaio, 2017).

Prémios Literários

  • Prémio Jogos Florais Acelistas - Torres Vedras (1942) - pelo conto Os Gregos
  • Prémio da Crítica (1962) - pela peça Vagabundo das Mãos de Oiro
  • Prémio de Honra Óscares da Imprensa (1963) - pela peça Vagabundo das Mãos de Oiro
  • Prémio de Teatro das Páginas Culturais da Imprensa Regional (1965) - pela peça Bocage
  • Prémio de Teatro Óscares da Imprensa - Casa da Imprensa (1972) - pela peça Roberta
  • Prémio Académico Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa (1976) - pelo livro de contos Um Passo em Frente
  • Prémio de Teatro 25 de Abril da Associação de Críticos de Teatro (1984)
Nota: Romeu Correia recusou em 1972 o Prémio Alfredo Cortez conferido pelo S.N.I.

Outras Informações

Uma fotografia de Romeu Correia e da esposa Almerinda Correia, durante um treino desportivo, pode ser encontrada na capa e no booklet do álbum Tascabeat - O Sonho Português pelo grupo OqueStrada (1.ª edição, 2009).
Romeu Correia, fotografado em 1949 por Fernando Lemos, é um dos elementos da exposição «Fernando Lemos: Para um retrato coletivo em Portugal, no fim dos anos 40», patente no Centro Cultural de Belém de 26 de outubro de 2016 a 2 de abril de 2017, com curadoria de Pedro Lapa.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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