quarta-feira, 6 de novembro de 2019

NUNO DE SANTA MARIA (Nuno Álvares Pereira) - FESTA LITÚRGICA - 6 DE NOVEMBRO DE 2019

Nuno Álvares Pereira

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Disambig grey.svg Nota: "São Nuno" redireciona para este artigo. Para o povoado açoriano, veja São Nuno (Açores).
São Nuno de Santa Maria, O.Carm.
(Nuno Álvares Pereira)
Santo Condestável de PortugalConde de Arraiolos, de Barcelos e de Ourém
Nascimento24 de junho de 1360 em Paço do Bonjardim ou Flor da Rosa
Morte1 de novembro de 1431 (71 anos) em Lisboa
Veneração porIgreja Católica
Beatificação23 de Janeiro de 1918, no Vaticano por Papa Bento XV
Canonização26 de Abril de 2009, no Vaticano por Papa Bento XVI
Principal temploIgreja do Santo CondestávelLisboa
Festa litúrgica6 de Novembro
AtribuiçõesPadroeiro da Arma de Infantaria do exército português e do Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português
Gloriole.svg Portal dos Santos
Nuno Álvares Pereira (O.Carm.), também conhecido como o Santo Condestável, formalmente São Nuno de Santa Maria ou simplesmente Nun' Álvares (Paço do Bonjardim ou Flor da Rosa[i]24 de junho de 1360[1] – Lisboa1 de novembro de 1431[2]), foi um nobre e general português do século XIV. Desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385, onde Portugal defendeu a sua independência de Castela. Nuno Álvares Pereira foi também 2.º Condestável de Portugal, 38.º Mordomo-Mor do Reino, 7.º conde de Barcelos, 3.º conde de Ourém e 2.º conde de Arraiolos.
Considerado o maior estratega, comandante e génio militar português de todos os tempos, comandou forças em número substancialmente inferior ao inimigo e venceu todas as batalhas que travou. É o patrono da Infantaria portuguesa. A sua forma de comandar, caracterizou-se fundamentalmente pelo exemplo e pelas inúmeras virtudes militares, junto dos seus homens.
Luís de Camões, em sentido literal ou alegórico, explícito ou implícito, faz referência ao Condestável nada menos que 14 vezes em «Os Lusíadas». O forte Nuno, como Camões o designa, aparece logo evocado na 12.ª estrofe do canto primeiro, "Por estes vos darei um Nuno fero, Que fez ao Rei e ao Reino tal serviço," e no canto oitavo, estrofe 32: "Mas mais de Dom Nuno Álvares se arreia. Ditosa Pátria que tal filho teve!".
Uma escultura sua encontra-se no Arco da Rua Augusta, na Praça do Comércio, em Lisboa, outra no castelo de Ourém e ainda outra equestre, no exterior do Mosteiro da Batalha. Tem também uma estátua em Flor da Rosa,[3] um dos dois locais apontados como sua terra natal.
O dia do seu nascimento é feriado no concelho da Sertã.
Foi inicialmente sepultado no Convento do Carmo, em Lisboa. Com a destruição parcial do Convento, devido ao Terramoto de 1755 (visível nos dias de hoje), foi transladado. Atualmente, os seus restos mortais repousam na Igreja do Santo Condestável, em Lisboa, desde o dia 14 de Agosto de 1951, data da inauguração e comemoração dos 566 da vitória portuguesa na Batalha de Aljubarrota.
É o Padroeiro do Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português. São Nuno de Santa Maria foi canonizado pelo Papa Bento XVI, a 26 de abril de 2009,[4] e a sua festa é a 6 de Novembro.[5]

Vida[editar | editar código-fonte]

Estátua de Nuno Álvares Pereira, do escultor Leopoldo de Almeida, em frente ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, situado no concelho da Batalha.
Réplica da espada de D. Nuno Álvares Pereira na igreja de Flor da Rosa, no concelho do Crato.
Segundo Fernão Lopes, D. Nuno Álvares Pereira foi um dos filhos naturais de D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior da Ordem do Hospital, e Iria Gonçalves do Carvalhal. Era meio-irmão mais novo de Rodrigo Álvares Pereira, D. Frei Pedro Álvares Pereira e Diogo Álvares Pereira, e irmão mais novo de Fernão Álvares Pereira. D. Nuno Álvares Pereira cresceu na casa do seu pai até aos seus treze anos.[6] Foi lá que se iniciou "como bom cavalgante, torneador, justador e lançador", e sobretudo onde ganhou gosto pela leitura. Consta que leu nos "livros de cavallaria que a pureza era a virtude que tornara invenciveis os heroes da Tavola Redonda, e procurava que a sua alma e corpo se conservassem immaculados".[7]
Escudo do brasão dos Pereira
Saiu de casa do pai para a corte de D. Fernando de Portugal. Após uma missão de reconhecimento ao exército de Castela, que passava por Santarém a caminho de Lisboa, ele e o seu irmão Diogo foram armados cavaleiros. Nuno foi pela rainha e Diogo pelo rei, tendo Nuno uma armadura emprestada por D. João, o Mestre de Avis (a partir daí tornando-se amigo de Nuno).[8] Nessa missão, o jovem fez um relatório indicando que o exército de Castela, apesar de grande, era mal comandado, e que poderia ser vencido por uma pequena força bem comandada.[9]
Decidido a manter-se casto, viu tais aspirações serem contrariadas pelo seu pai, que aos 16 anos, em 1376, o casou com Leonor de Alvim, quatro anos mais velha, viúva de um primeiro casamento sem filhos, rica, em cerimónia realizada em Vila Nova da Rainha, freguesia do concelho de Azambuja.[10] O nobre casal estabeleceu-se no Minho (supõe-se que em Pedraça, Cabeceiras de Basto), numa propriedade de D. Leonor de Alvim. O pai, com este casamento, garantia o futuro do filho, já que Nuno não podia suceder-lhe no cargo de prior. Este cargo passou para o seu irmão Pedro, que acabaria por tomar o partido de Castela.[11][12]
Quando o Rei D. Fernando de Portugal morreu em 1383, sem herdeiros a não ser a princesa D. Beatriz, casada com o Rei João I de Castela, D. Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de João, o Mestre de Avis à coroa. Apesar de ser filho ilegítimo de D. Pedro I de Portugal, D. João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos. A primeira grande vitória de D. Nuno Álvares Pereira frente aos castelhanos deu-se na batalha dos Atoleiros em que pela primeira vez, na Península Ibérica, um exército a pé derrota um exército com cavalaria pesada, em Abril de 1384. Com a eleição em Abril de 1385 de D. João de Avis para rei é nomeado Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
Conta-se que em fins de 1383 depois de se encontrar com D. João em Lisboa para sugerir matar o Conde Andeiro, deslocou-se para Santarém e dirigiu-se ao alfageme para afiar a espada. Quando se preparava para pagar, o alfageme disse-lhe que pagaria por aquilo quando D. Nuno fosse conde de Ourém que na altura era o Andeiro; o jovem aceitou. Após a batalha de Aljubarrota, o rei em Santarém fazia distribuição de terras. Um pagem pretendeu os bens daquele alfageme, dizendo que era castelhano; a mulher do alfageme lembrou a D. Nuno do pagamento devido e este intercedou junto do rei para que os bens não lhe fossem retirados.[13]
A 6 de Abril de 1385, D. João é reconhecido pelas cortes reunidas em Coimbra como Rei de Portugal. Esta posição de força portuguesa desencadeia uma resposta à altura em Castela. D. João de Castela invade Portugal pela Beira Alta com vista a proteger os interesses de sua mulher D. Beatriz. D. Nuno Álvares Pereira toma o controlo da situação no terreno e inicia uma série de cercos a cidades leais a Castela, localizadas principalmente no Norte do país.
A 14 de Agosto, D. Nuno Álvares Pereira mostra o seu génio militar ao vencer a batalha de Aljubarrota. A batalha viria a ser decisiva no fim da instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa. Finda a ameaça castelhana, D. Nuno Álvares Pereira permaneceu como Condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e Barcelos. Entre 1385 e 1390, ano da morte de D. João de Castela, dedicou-se a realizar incursões contra a fronteira de Castela, com o objetivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques. Por essa altura, em Outubro de 1385 foi travada em terreno castelhano a célebre batalha de Valverde. Conta-se que na fase mais crítica da batalha e quando já parecia que o exército português iria sofrer uma derrota completa, se deu pela falta de D. Nuno. Quando já se temia o pior, os seus companheiros foram encontrá-lo em êxtase, ajoelhado a rezar entre dois penedos. Quando Rui Gonçalves, aflito lhe chamou a atenção para a batalha que se perdia, o Condestável fez um sinal com a mão a pedir silêncio. Novamente chamado à atenção por Gonçalo Anes que lhe disse: "Nada de orações, que morremos todos!", responde então D. Nuno, suavemente: "Amigo, ainda não é hora. Aguardai um pouco e acabarei de orar."; quando acabou de rezar, ergue-se com o rosto iluminado e dando as suas ordens, consegue que se ganhe a batalha, atacando o mestre de Santiago.[14] Depois desta batalha, os castelhanos recusaram-se a dar-lhe batalha em campo aberto. O nome de Nuno Álvares inspirava terror nos castelhanos que passaram sempre que podiam a atacar a fronteira com pilhagens e razias e aplicavam a política de terra queimada quando D. Nuno entrava em Castela.
Pelos seus serviços o rei deu-lhe títulos e terras. Ficou senhor de quase metade de Portugal. Para compensar os seus companheiros de armas, quis D. Nuno, em 1393, durante as tréguas, distribuir os bens por eles. Isto levou a uma intriga na corte que acusava o Condestável de querer tornar esses companheiros em vassalos. No ano seguinte estava aberto um conflito com o rei. O Condestável defende-se que não podia devolver o que já não tinha. A coroa comprou propriedades a alguns desses homens. Este conflito levou D. Nuno a considerar abandonar o país; reuniu-se com os seus homens e disse-lhes que quem quisesse fosse com ele; nessa altura corre a notícia de que Castela tinha quebrado as tréguas, logo D. Nuno corre com o seu exército para junto do rei, sendo o primeiro vassalo a fazê-lo. O rei faz então um acordo: as doações feitas, eram mantidas, mas o rei seria o único a ter vassalos, não podendo mais ninguém tê-los; aqueles que receberam bens do Condestável passavam a ser vassalos diretos do rei.[15]
Em 1401 dá-se o casamento entre o futuro duque de Bragança, D. Afonso, com a filha de D. Nuno, D. Beatriz.
Participou na conquista de Ceuta em 1415 e foi convidado pelo rei a comandar a guarnição que lá ia ficar. O condestável recusou, pois desejava abandonar a vida militar e abraçar a religiosa.
Antes de entrar no convento, distribuiu os seus bens pelos netos. A sua neta D. Isabel, casou-se com o infante D. João, futuro Condestável.
O convento do Carmo deu aos frades carmelitas, assim como os bens que lhe restavam. Ao tornar-se Nuno de Santa Maria, como irmão donato, abdicou do título de conde e de Condestável e pretendeu ir pelas ruas pedir esmola, o que assustou o rei, que pediu ao infante D. Duarte, que tinha muita admiração por Nuno, para convencê-lo a não fazer tal coisa. O infante convenceu Nuno a apenas aceitar esmola do rei, o que foi aceite.[16]

Vida religiosa[editar | editar código-fonte]

Nos últimos anos da sua vida Nuno Álvares Pereira recolheu-se no Convento do Carmo, onde morreu.
Após a morte da sua mulher, tornou-se carmelita (entrou na Ordem em 1423, no Convento do Carmo, que mandara construir como cumprimento de um voto). Toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria. Aí permanece até à morte, ocorrida em 1 de Novembro de 1431 (dia de Todos-os-Santos), com 71 anos, rodeado pelo rei e os infantes.
Percorria as ruas de Lisboa e distribuía esmolas a quem precisava. No convento tinha um grande caldeirão usado pelos seus homens nas campanhas militares, onde se faziam refeições para os pobres. Estas acções levaram o povo a chamá-lo de Santo Condestável.
Durante o seu último ano de vida, o Rei D. João I fez-lhe uma visita no Carmo. D. João sempre considerou que fora Nuno Álvares Pereira o seu mais próximo amigo, que o colocara no trono e salvara a independência de Portugal.
O túmulo de Nuno Álvares Pereira foi destruído no Terramoto de 1755. O seu epitáfio era: "Aqui jaz aquele famoso Nuno, o Condestável, fundador da Sereníssima Casa de Bragança, excelente general, beato monge, que durante a sua vida na terra tão ardentemente desejou o Reino dos Céus depois da morte, e mereceu a eterna companhia dos Santos. As suas honras terrenas foram incontáveis, mas voltou-lhes as costas. Foi um grande Príncipe, mas fez-se humilde monge. Fundou, construiu e dedicou esta igreja onde descansa o seu corpo."
Há uma história apócrifa, em que o embaixador castelhano teria ido ao Convento do Carmo encontrar-se com Nun'Álvares, e ter-lhe-á perguntado qual seria a sua posição se Castela novamente invadisse Portugal. Nuno terá levantado o seu hábito, e mostrado, por baixo deste, a sua cota de malha, indicando a sua disponibilidade para servir o seu país sempre que necessário e declarando que "se el-rei de Castela outra vez movesse guerra a Portugal, serviria ao mesmo tempo a religião que professava e a terra que lhe dera o ser".
Conta-se também que no inicio da sua vida monástica, em 1425 correra em Lisboa o boato de que Ceuta estaria em risco de ser apresada pelos Mouros. De imediato Nuno de Santa Maria manifesta a sua vontade em fazer parte da expedição que iria acudir a Ceuta. Quando o tentaram dissuadir, apontando a sua figura alquebrada pelos anos e por tantas canseiras, pegou numa lança e disse: "Em África a poderei meter, se tanto for mister!" (daqui nasceu a expressão "meter uma lança em África", no sentido de se vencer uma grande dificuldade). Atirou a lança do varandim do convento, que atravessou todo o Vale da Baixa de Lisboa, indo cravar-se numa porta do outro lado do Rossio.[17]

Descendência[editar | editar código-fonte]

Do seu casamento com Leonor de Alvim, nasceram três filhos: dois rapazes que morreram jovens e uma filha que chegou à idade adulta e teve descendência: Beatriz Pereira de Alvim,[18] que se tornou mulher de D. Afonso, o 1.º Duque de Bragança, dando origem à Casa de Bragança que viria a reinar em Portugal três séculos mais tarde. Não obstante, a primogenitura, a descendência direta e a representação genealógica do Condestável pertence aos Marqueses de Valença, por o 1.º Marquês de Valença e 4.º Conde de Ourém (por doação direta do condestável, seu avô materno), Afonso de Bragança, ser o filho primogénito de sua mãe: Beatriz Pereira de Alvim, primeira esposa do 1.º Duque de Bragança, D. Afonso. Por esse motivo os Marqueses de Valença mantiveram até aos dias de hoje o uso do apelido "de Portugal" em alusão ao reino e também à varonia real, mais tarde mantida pelo tronco "de Sousa Coutinho" (Borba e Redondo). Esta razão está também patenteada na própria heráldica, mantendo os Marqueses de Valença a "cruz florenciada" dos Pereira alternada com as Armas do Reino, o que já não acontece com o ramo segundogénito, os Duques de Bragança, que nunca tiveram direito ou pretensão a esta representação genealógica. Por outro lado, a família Mello dos Duques de Cadaval, por sua vez um ramo segundogénito da família Bragança, veio mais tarde a adotar, em memória ao seu ilustre antepassado e por passarem a ter a varonia Bragança, o apelido "Alvares Pereira" e as mesmas armas dos "Portugal", o que não lhes induz algum direito de representação, a não ser por pura analogia.

Beatificação e canonização[editar | editar código-fonte]

Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV, pelo Decreto "Clementíssimus Deus", e foi consagrado o dia 6 de Novembro ao, então, beato. Iniciado em 1921, em 1940 o processo de canonização foi interrompido por razões essencialmente políticas. O país festejava então os Centenários da Fundação de Portugal e da Restauração da Independência e Salazar desejava que a canonização do Beato Nuno se revestisse de uma pompa nunca vista e num ambiente de grande exaltação nacionalista, incluindo uma possível visita papal a Portugal, para que o próprio Sumo Pontífice presidisse às cerimónias da Canonização. O Papa de então (Pio XII) recusou, profundamente incomodado com o significado altamente político em que o facto estava a descambar. O Processo foi então suspenso e por assim dizer, caiu num "semi-esquecimento". Entretanto, em 1953, foi inaugurada a Igreja do Santo Condestável, sede da Paróquia do mesmo nome, em Campo de Ourique (Lisboa), que contou com a Procissão de Transladação das Relíquias desde o Largo do Carmo, no meio de honras militares e de um intenso entusiasmo popular (segundo testemunhos da época, mais de metade do povo de Lisboa esteve presente na consagração da Igreja e nas restantes cerimónias religiosas) e com a presença dos mais altos dignitários da Nação. Posteriormente, em 2004 o Processo foi reiniciado por vontade do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo.
Estátua em Flor da Rosa um dos locais apontados como sua terra natal. Em Honra à sua beatificação. nota: a data inscrita na placa desta estátua é incorrecto.
No Consistório de 21 de Fevereiro de 2009 - acto formal no qual o Papa ordenou aos Cardeais para confirmarem os processos de canonização já concluídos -, o Papa Bento XVI anunciou para 26 de Abril de 2009 a canonização do Beato Nuno de Santa Maria, juntamente com quatro outros novos santos.[19] O processo referente a Nuno Álvares Pereira encontrava-se concluído desde a Primavera de 2008, noventa anos após sua beatificação.
D. Nuno Álvares Pereira foi canonizado como São Nuno de Santa Maria pelo papa Bento XVI às 9h 33min (hora de Portugal) de 26 de Abril de 2009.
Conferência Episcopal Portuguesa, em nota pastoral sobre a canonização de Nuno de Santa Maria, declarou: "(…) o testemunho de vida de D. Nuno constituirá uma força de mudança em favor da justiça e da fraternidade, da promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários e de iniciativas de partilha de bens. Será também apelo a uma cidadania exemplarmente vivida e um forte convite à dignificação da vida política como expressão de melhor humanismo ao serviço do bem comum.
Os Bispos de Portugal propõem, portanto, aos homens e mulheres de hoje o exemplo da vida de Nuno Álvares Pereira, pautada pelos valores evangélicos, orientada pelo maior bem de todos, disponível para lutar pelos superiores interesses da Pátria, solícita por servir os mais desprotegidos e pobres. Assim seremos parte activa na construção de uma sociedade mais justa e fraterna que todos desejamos."[20]


Notas[editar | editar código-fonte]

  •  - Fernão Lopes, na sua Crónica de el-rei D. João I, não refere o local de nascimento de Nuno Álvares Pereira. Alguns autores, entre os quais se inclui Virgínia Rau,[1] Joaquim Pedro de Oliveira Martins[21] Elias Cardoso,[22] Valério Cordeiro,[7] Miguel Leitão de Andrada[23] e Fernando Denis[24] indicam como seu possível local de nascimento a localidade de Bonjardim, no concelho da Sertã (actual Cernache do Bonjardim). Segundo outros, entre os quais se inclui Teresa Bernardino e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, o local de nascimento será Flor da Rosa.[25][26]
    Há ainda quem aponte o termo Bonjardim ao local onde foi edificado o Mosteiro de Flor da Rosa, em Flor da Rosa.[27]
  •  - A Chronica do Condestabre de Portugal Dom Nuno Alvarez Pereira (disponível aqui), de autor anónimo (eventualmente Fernão Lopes), publicada possivelmente em 1526 (ver página xi da obra citada), também não indica o local de nascimento de Nun'Álvares. O texto refere-se tanto a Bom Jardim, como a Flor da Rosa, aparentemente como dois locais distintos (ver página 2(52) da obra citada), nos seguintes termos referindo-se aos feitos do pai de D. Nuno: (…) fez o castello da Ameeyra q he castello forte y muy fermoso. E os paços e assentameto do Boõ Jardim qe he obra assaz vistosa e fermosa. E fez mais Frol de Rosa lugar muy forte e bem obrado (…)
  •  - Segundo Fernão Lopes, este casamento teve lugar quando Nuno Álvares Pereira tinha pouco mais de 16 anos, e três anos antes da morte do pai de Nuno Álvares Pereira, Álvaro Gonçalves Pereira, a qual ocorreu por altura da morte de Henrique II de Castela, em 1379, tendo portanto o casamento ocorrido cerca de 1376.[28]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. ↑ Ir para:a b Rau, VirgíniaEstudos de história medieval. Editorial Presença, 1986. Pág. 55.
  2.  Peres, DamiãoHistória de Portugal: Ed. monumental comemorativa do 8º centenário da fundação da nacionalidade. Portucalense Editora, 1938. Vol II, pag. 25.
  3.  Fotografia da Estátua de Nuno Álvares Pereira no Panoramio
  4.  Bento 16 canoniza herói nacional de Portugal na BBC Brasil, 26 de abril de 2009
  5.  Cronologia da vida de Santo Condestável
  6.  Chronica do Condestabre de Portugal Dom Nuno Alvarez Pereira
  7. ↑ Ir para:a b CORDEIRO, Valério Aleixo (1921), Vida do Beato Nuno Alvarez Pereira, 2. edição, Livraria Catholica, Lisboa. (disponível online)
  8.  MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893
  9.  MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893
  10.  Chronica do Condestabre de Portugal Dom Nuno Alvarez Pereira
  11.  Chronica do Condestabre de Portugal Dom Nuno Alvarez Pereira
  12.  MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893
  13.  MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893
  14.  MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893
  15.  MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893
  16.  MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893
  17.  MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893
  18.  Chronica do Condestabre de Portugal Dom Nuno Alvarez Pereira
  19.  «Notícia em Agência Ecclesia»
  20.  «Patriarcado de Lisboa»[ligação inativa]
  21.  MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa, 1893
  22.  CARDOSO, Elias (1958), A Bibliografia Condestabriana, Roma.
  23.  ANDRADA, Miguel Leitão de (1629), Miscellanea (a 2.ª edição de 1867 foi facsimilada e republicada em 1993 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa (ver aqui).
  24.  DENIS, Fernando J. (1846), Portugal Pittoresco ou Descripção Historica d'este Reino, Typographia de L.C. da Cunha, Lisboa. (disponível online)
  25.  «Sociedade Histórica da Independência de Portugal». Consultado em 14 de agosto de 2009. Arquivado do original em 3 de agosto de 2009
  26.  «S. NUNO DE SANTA MARIA por Teresa Bernardino». Consultado em 4 de maio de 2009. Arquivado do originalem 29 de abril de 2009
  27.  Boletim da Academia Portuguesa de História. Lisboa, 1960. Pág. 106.
  28.  Crónica de el-rei D. João IFernão Lopes, Capítulos XXXIII e XXXIV

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Fernão LopesCrónica de el-rei D. João I
  • Chronica do Condestabre de Portugal Dom Nuno Alvarez Pereira
  • CARDOSO, Elias (1958), A Bibliografia Condestabriana, Roma
  • MARTINS, J. P. Oliveira (1893), A Vida de Nun'Alvares, Lisboa
  • CORDEIRO, Valério Aleixo (1921). Vida do Beato Nuno Alvarez Pereira, 2. edição. Lisboa: Livraria Catholica

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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terça-feira, 5 de novembro de 2019

OBSERVADOR - 5 DE NOVEMBRO DE 2019

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360º

Por Pedro Jorge Castro, Diretor Adjunto
Bom dia!
Enquanto dormia...
... ficou a saber-se em detalhe o que disse José Sócrates no último dia do interrogatório da instrução da Operação Marquês, numa sessão em que o juiz Ivo Rosa impediu a entrada de telemóveis e ipads dos procuradores e dos advogados na sala do tribunal, para tentar travar as fugas para a imprensa.

Principais revelações e frases fortes do ex-primeiro-ministro:
  • A mãe, Maria Adelaide Monteiro, dava-lhe o equivalente a dez mil euros num envelope quando ele ia de férias nos anos 90. De onde vinha o dinheiro? "O dinheiro que a minha mãe me dava vinha do cofre", explicou Sócrates, aludindo a uma herança de 5 milhões de euros recebida pela mãe.
  • Ivo Rosa perguntou-lhe porque razão fazia férias tão dispendiosas em Menorca (terão custado cerca de 40 mil euros) e em Veneza (terá custado cerca de 29 mil euros). Sócrates disse que fez o que os portugueses costumam fazer: pediu financiamento.
  • Sócrates esteve a fazer contas e rebateu a alegação de que teria gasto 30 mil euros mensais em Paris. "Foram só 22 mil euros", enfatizou.
  • Revelou alguns montantes das despesas na capital francesa: 3 mil euros de renda mensal, 2.500 euros para a escola do filho, 7 mil euros por uma secretária "que estava a namorá-lo".
  • O ex-chefe de Governo admitiu, de forma algo surpreendente: "Não li a acusação toda. Assim, as minhas respostas são mais genuínas."
  • admitiu desconhecer que o uso da influência acumulada como governante a favor de empresas depois de ter deixado o cargo pudesse ser crime.
Pode ler aqui o que de mais importante aconteceu dentro do tribunal. Apesar destas respostas, que indiciam alguns momentos de aperto, à saída José Sócrates mostrou-se “muito satisfeito”: "Não ficou pedra sobre pedra nesta acusação”.

Mais informação importanteJá arrancou a Web Summit na Altice Arena, mas com alguma confusão. No início da sessão de abertura, estavam 10 mil pessoas à porta e muitas acabaram mesmo por não conseguir entrar, como contámos no nosso liveblog que acompanhou o evento ao minuto.

Para quem ficou à porta, ou não chegou sequer a ter bilhete, temos este resumo em formato de Termómetro Web Summit:
A Rádio Observador também está a fazer um acompanhamento exaustivo desta primeira Web Summit desde que está no ar. Estreámos as emissões a partir da rua, com a nossa Tarde em Direto a ser transmitida ao vivo a partir da varanda do Centro Comercial Vasco da Gama, por onde passaram milhares de pessoas a caminho da conferência.

A emissão conduzida pelo Ricardo Conceição e pela Ana Filipa Rosa contou com noticiários, entrevistas, reportagens e uma edição especial do podcast A App da Vizinha, com uma entrevista a Raquel Vaz Pinto, especialista em Relações Internacionais, sobre o 5G e a China, o Manuel Pestana Machado à caça de geeks, e o balanço deste primeiro dia, feito pela nossa editora de Startups e Tecnologia, Ana Pimentel, que estava à espera de mais.

Hoje, a equipa volta a transmitir a Tarde em Direto do mesmo local, com vista privilegiada para o evento. Todos estão convidados a assistir a mais uma emissão de rádio ao vivo.
Outras notícias relevantes

O debate entre os líderes dos 5 principais partidos espanhóis durou quase 3 horas ontem à noite. O líder do PSOE, Pedro Sánchez, quis ser um moderado, mas lançou esta provocação ao líder do PP: “Vocês, senhor Casado, deixaram fugir o senhor Puigdemont. Eu comprometo-me, hoje e aqui, a trazê-lo de volta a Espanha e a prestar contas à justiça espanhola”.

De resto, a direita pegou-se e uniu-se à vez; Pablo Iglesias, do Podemos, lamentou-se; e Abascal, do Vox, atacou. Houve trocas de galhardetes para todos os gostos, mas, como escreve a Cátia Bruno, no essencial, tudo ficou na mesma. Ou seja, a 5 dias das quartas eleições em quatro anos sem os políticos conseguirem chegar a um entendimento, el bloqueo (o bloqueio) continua.

Na Rádio Observador, ao longo desta semana, todas as manhãs o Zoom é dedicado às eleições em Espanha. O João de Almeida Dias, que chega esta terça-feira a Espanha, junta-se ao Paulo Ferreira para um olhar mais aprofundado sobre as histórias e as figuras desta campanha, com uma música dedicada no final. Hoje a rubrica acaba com um tema de Julio Iglesias para Pablo Iglesias, como pode ouvir aqui.

Ainda em Espanha, milhares de independentistas catalães protestaram ontem contra a presença do Rei Felipe VI em Barcelona, bloqueando a entrada no Palácio de Congressos onde se realizou a cerimónia de entrega dos prémios Princesa de Girona. Houve agressões a murro contra quem queria aceder ao local.

A ex-embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Marie Yovanovitch, disse ao Congresso norte-americano que se sentiu “ameaçada” por Donald Trump. E que até foi aconselhada a publicar tweets a elogiar o presidente, de forma a proteger-se.

No Reino Unido, já está escolhido o sucessor de John Bercow, o carismático líder da câmara baixa do parlamento que se retirou da vida política no final de outubro: será Lindsay Hoyle, membro do Partido Trabalhista e deputado desde a década de 90.

Rui Rio é o único candidato à liderança do grupo parlamentar do PSD. Propõe seis vice-presidentes para a direção da bancada: Adão Silva (Bragança), Carlos Peixoto (Guarda), Luís Leite Ramos (Vila Real), Clara Marques Mendes (Braga), Ricardo Baptista Leite (Lisboa) e Afonso Oliveira (Porto).

O Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos vai contratar advogados. O objetivo é recuperar processos em atraso: o mais antigo processo é de 2013 e há 214 pendentes.
Foi absolvido pelo Supremo Tribunal de Justiça o juiz de Famalicão que tinha sido condenado a ano e meio de prisão (suspensa) e ao pagamento de uma indemnização de 7.500 euros pelo crime de violência doméstica, segundo o Jornal de Notícias. O juiz tinha enviado à ex-companheira mensagens a chamar-lhe “porca”, “miserável” e “mentirosa”, afirmando que o seu dever era “estar na cama” quando ele se deitasse e acordasse. O Supremo concluiu que este “tipo de linguagem era recíproco” entre o casal e considerou que “o conceito de maus-tratos, essencial no crime de violência doméstica, tem na sua base lesões, intoleráveis, brutais, pesadas”, o que, diz, não se terá verificado neste caso.

Em 2019 morreram 396 pessoas nas estradas portuguesas, menos 24 do que no período homólogo. Mas no mesmo período, foram registados mais 924 acidentes e mais 924 pessoas com ferimentos graves face a 2018.

Os senhorios que têm redução na taxa do imposto terão um novo campo separado na declaração do IRS para 2020, no Anexo F — para os rendimentos prediais —, onde vão reportar os valores das rendas recebidas e custos que tenham.

A Assembleia Municipal do Porto chumbou a proposta da CDU, que defende que o pavilhão da cidade deveria designar-se Rosa Mota, nome ao qual se acrescentaria a marca comercial.

O presidente da transportadora aérea SATA, António Teixeira, demitiu-se pelo atraso na "implementação da reestruturação" da companhia

Afinal, a recolha seletiva dos resíduos biodegradáveis não faz parte da concessão da Empresa Geral de Fomentoreconhece o Ministério do Ambiente, que vai revogar o despacho assinado em agosto que incendiou as relações entre o Governo e a Entidade Reguladora dos Serviços da Águas e Resíduos.

Os incêndios que atingem o Pantanal brasileiro destruíram nos últimos 10 dias 122 mil hectares de vegetação. É o equivalente a toda a cidade do Rio de Janeiro.

A grave lesão de André Gomes motivou uma onda de solidariedade no futebol internacional. Cenk Tosun, o avançado turco que foi dos primeiros a chegar perto do português do Everton, descreveu assim o momento: “O André estava em choque. Os olhos dele estavam esbugalhados. Estava a chorar, a gritar, a berrar. Só tentei segurá-lo e falar com ele”.
Os nossos Especiais
"Ataram-me, vendaram-me e apontaram-me uma arma à cabeça". John Limbert é um dos 52 americanos que estiveram 444 dias sequestrados na Embaixada dos EUA em Teerão. 40 anos depois, recorda tudo sem rancor, numa entrevista ao João de Almeida Dias: "É bom poder olhar para trás".

Uma nova biografia de Winston Churchill revela documentos inéditos e exalta o aristocrata que liderou o Reino Unido. O autor, Andrew Roberts, que chegou a estar três dias de pijama em casa só para escrever um capítulo, deu uma entrevista ao Bruno Horta: "Estou convencido de que Churchill teria votado a favor do Brexit."

A Rádio Observador

Já passou na Rádio Observador e pode ouvir outra vez:

"Sócrates: mentir não custa, basta ter esse hábito". No Contra-Corrente, José Manuel Fernandes diz que "José Sócrates voltou a ser interrogado e tudo o que vamos sabendo mostra como mentir pode ser um modo de vida. Já não é só a sua má relação com a verdade, é mesmo a ficção a tomar conta da realidade."

Vamos à Bola: Depois da derrota do Boavista, já não há equipas sem nenhuma derrota registada. Já o Benfica joga em Lyon a continuidade na Liga dos Campeões e o Sporting prepara-se para alterar a Área da Comunicação, numa decisão que Pedro Sousa entende que merece ser mais bem explicada.

No Jet-Lag, a Filomena Martins conta as histórias da jovem que viveu 5 anos com 25 cêntimos por dia; da homenagem ao carpinteiro que tentou matar Hitler; e do muro de Hitler que qualquer serra corta.

"Ivo Rosa não tem um tempinho para ir à escola obrigar os miúdos a deixar os telemóveis lá fora?" Paulo Ferreira, no Ainda Bem Que Faz Essa Pergunta, onde fala ainda de obras lançadas em série.

O que é que leva afinal Alberto Gonçalves a não se declarar como sendo de direita? Ele justifica com quatro palavras na sua rubrica Ideias Feitas (ontem interrompida a meio para assinalar o início da Web Summit, com ruídos que ele comparou aos de um evento da IURD).

"O telemóvel na vida dos adolescentes" foi o tema do Porque Sim Não É Resposta, com o psicólogo Eduardo Sá.

Numa edição especial da rubrica Pet Radio, o veterinário Nuno Paixão fala das videochamadas para cães - e da forma como os donos usam a tecnologia para controlar os seus animais domésticos.

Segunda às 13h00 é hora de Nem Tudo o Que Vai à Rede é Bola. Esta semana, o Bruno Roseiro e a Mariana Fernandes falaram com o Aníbal Rebelo sobre o título de Lewis Hamilton, a vitória da África do Sul no râguebi e a situação do Sporting. E entrevistaram Tomaz Morais e Marcos Freitas.

"Os chineses é que sabem: dividir a Europa para ganhar" é o título do Café Europa desta semana, com o Henrique Burnay, o Bruno Cardoso Reis, a Madalena Resende e o Jorge Félix Cardoso. Onde se discutiu ainda se os europeus querem pagar novos impostos. E se voltou a falar de Greta Thunberg, a pedir boleia no meio do Atlântico.

A nossa Opinião

Rui Ramos escreve "O escândalo do século: André Ventura afinal não é racista": "De acordo com os seus inimigos, André Ventura, a quem até agora chamaram racista, afinal não é racista. E, muito indignados, falam de hipocrisia. Mas onde está a impostura?"
Laurinda Alves escreve "Cem anos, Sophia": "Sophia detestava artificialismos e não sabia lidar com gente ardilosa. Obstinada, recusava-se a ir ao que a desinteressava, mesmo quando havia quem a quisesse homenagear ou um prémio para lhe entregar".

José Diogo Quintela escreve "A lesbicazinha afrodescendentezinha da minha tia": "A minha tia descobriu agora que o sem-abrigo Joaquim não é um dos mais desfavorecidos da sociedade. “O menino sabia que o Joaquim é homem, heterossexual, cis e branco? Faz parte da classe opressora!”

Ricardo Sá Fernandes escreve "Joacine Katar Moreira, o direito à diferença": "Joacine certamente que sofre quando a sua gaguez a impede de ser fluente. Mas é ela, e mais ninguém, o juiz da ajuda que entenda requerer (dentro, naturalmente, dos limites da razoabilidade)."

Fernando Pinto Santos escreve "Os meus heróis estão no SNS": "Muito mais do que a glorificação de qualquer empreendedor da Web Summit, a minha verdadeira admiração vai para os médicos, enfermeiros e todo o pessoal auxiliar do nosso Serviço Nacional de Saúde."

José Diogo Albuquerque escreve "Agricultura: o bode expiatório de António Costa": A Agricultura conseguiu aumentar as exportações ao dobro do ritmo do resto da economia e tirou jovens do desemprego em tempo de crise, mas foi totalmente desconsiderada pelos governos de António Costa"

Notícias surpreendentes

Manuel João Vieira, conhecido músico dos Ena Pá 2000, lutou durante 10 anos para erguer uma casa-museu em nome do seu pai, o pintor João Vieira. "Continuo a dialogar com ele", diz em entrevista à Joana Emídio Marques.

A Susana Romana passou um dia inteiro a ver a Apple TV+, novo canal de subscrição que arrancou dia 1. Vale a pena pagar os 4,99 euros mensais? Parece que talvez ainda não: "O período grátis para experimentar a Apple TV+ é de apenas uma semana, o que na verdade chega e sobra para ver tudo o que está disponível."

O Facebook é agora FACEBOOK, tudo em maiúsculas e com um logótipo que muda de cor: do azul passa a um degradê nas cores do Instagram, passando depois ao verde do WhatsApp. Pode ver aqui.

De Marilyn Monroe a Robert Kennedy: 121 icónicos retratos de Henri Cartier-Bresson estão em exposição no Edifício da Alfândega do Porto.
Eddie Vedder e os Red Hot Chili Peppers juntaram-se num concerto de beneficiência em que se ouviram versões de “Purple Rain”, de Prince, e “All Along the Watchtower”, escrita por Bob Dylan. O vídeo está aqui.

O vilão de Batman, cuja história é retratada no novo filme "Joker", tem marcado presença em protestos políticos por todo o mundo. A máscara já se tornou num símbolo do anti-sistema.

A Escócia tem 435 propriedades, incluindo castelos icónicos, por reclamar. Os herdeiros que tenham o apelido certo podem candidatar-se e tentar provar que têm direito a esse património.

É terça-feira e faltam quatro dias para o fim-de-semana, mas... e se faltassem só três? A Microsoft decidiu encurtar as semanas de trabalho no Japão durante o verão, de 5 para 4 dias. O resultado não podia ter sido mais positivo: a produtividade aumentou quase 40% em comparação com o período homólogo.Aconteça o que acontecer, vá passando pelo site do Observador ou fique desde já a ouvir a emissão da Rádio Observador, clicando aqui, ou em FM, em 98.7 em Lisboa e agora também no Porto, em 98.4.

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