quarta-feira, 6 de novembro de 2019

PAÇOS DE FERREIRA - FERIADO - 6 DE NOVEMBRO DE 2019

Paços de Ferreira

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Disambig grey.svg Nota: Para o clube de futebol português, veja Futebol Clube Paços de Ferreira.
Paços de Ferreira é uma cidade portuguesa no Distrito do Porto, região estatística do Norte e sub-região do Tâmega e Sousa, com 7 491 habitantes (2011).

Paços de Ferreira
Brasão de Paços de FerreiraBandeira de Paços de Ferreira
Igreja Paços.jpg
Cruzeiro e Igreja Matriz
Localização de Paços de Ferreira
GentílicoPacense
Área70,99 km²
População56 340 hab. (2011)
Densidade populacional793,6  hab./km²
N.º de freguesias12
Presidente da
câmara municipal
Humberto Brito (PS) (mandato 2017-2021)
Fundação do município
(ou foral)
06/11/1836
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Tâmega e Sousa
DistritoPorto
ProvínciaDouro Litoral
OragoSanta Eulália
Feriado municipal6 de Novembro
Código postal4590 e 4595
Sítio oficialwww.cm-pacosdeferreira.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
É sede de um concelho, com 70,99 km² de área[1] e 56 340 habitantes (2011[2]), constituído por 16 freguesias, actualmente agregadas em 12 após a Reforma Administrativa de 2012[3]. O município é limitado a leste pelo município de Lousada, a sul por Paredes, a sudoeste por Valongo e a oeste e norte por Santo Tirso.
É conhecida como Capital do Móvel por ser o mais importante centro de produção de mobiliário de Portugal, contando com cerca de 5000 empresas que constituem a maior área de exposição e venda de móveis na Europa, estimada em 2,5 milhões de metros quadrados. [4]

História[editar | editar código-fonte]

O território do atual concelho é povoado desde o Neolítico. Desse período resta o Dólmen da Leira Longa, em Lamoso. Palco de intensos e prolongados conflitos, a Colina e a Chã de Ferreira foram zona de fronteiras religiosas, militares, políticas e administrativas. Da Idade do Ferro, partindo do alto da colina, Citânia, temos, para um lado e para o outro, um notável conjunto de outros castros. Do período suévico temos topónimos que persistem, como FreamundeEiriz. Do período do domínio dos Árabes temos topónimos como Aldozinde, em Carvalhosa. O primeiro documento, em papel, sobre este território, refere-se a uma doação de bens ao Mosteiro de Santa Maria de Cacães (Eiriz)[1] de Ferreira, datado de 0976. "Villa Colina" e "Villa Cova" são referências fundamentais do Livro de Mumadona Dias, quando a Condessa de Portugal no século X, elenca os seus bens e igrejas em Ferreira. No período da fundação da Nacionalidade, os Ferreira e a sua Quinta e Honra _Casa do Paço, na freguesia de Eiriz_ foram cavaleiros de grande importância no seu serviço ao Reino. É à volta deste Termo de Ferreira (até meados do século XIII) que se afirmam as famílias nobiliárquicas dos Sousa e dos Ferreira. O cavaleiro Mem Viegas de Sousa foi senhor e cavaleiro de honrarias em CarvalhosaEirizSanfins de Ferreira, como se vê em Gonçalo Mendes de Sousa.

Ferreira: o Termo, os coutos, os mosteiros, as dioceses, os forais e as comendas[editar | editar código-fonte]

Posses e Igrejas constantes no livro de Mumadona, no território de Ferreira
Posses de Mumadona, século X, no território de Ferreira
Mosteiro de S. Pedro Fins de Ferreira inscrição sepulcral, oferta ao Museu Martins Sarmento
Do Mosteiro de S. Pedro Fins de Ferreira inscrição sepulcral, oferta ao Museu Martins Sarmento
No período da reconquista, foi restaurada a Diocese de Braga e a Chã de Ferreira ficou a pertencer-lhe. Há registos que afirmam que, no ano de 1111, o cavaleiro Soeiro Viegas é senhor do “Couto de Fins de Ferreira” e que aqui fundou um mosteiro. Inicia-se a construção do Mosteiro de Ferreira e logo se divide este território. A diocese do Porto pretende recuperar os antigos limites e entra em conflito, com a Diocese de Braga, pela posse do território de Ferreira. Os século XII e XIII foram de grandes conflitos religiosos; o que obrigou a intervenção papal. Na prática, a diocese Braga ficou com as paróquias do norte do atual concelho, com o seu Mosteiro de "Sam Fins de Ferreira" e igreja de S. Pedro Fins de Ferreira. A diocese do Porto ficou com as paróquias a sul do atual concelho, com o seu Mosteiro de "S. Pedro de Ferreira" e igreja de São Pedro de Ferreira. O título nobiliárquico de “senhor do Couto de Fins de Ferreira” é referido ainda ao longo do século XII I e foi esta Igreja/Mosteiro que foi transformada em Comenda, cujo primeiro comendatário foi o humanista D. Miguel da Silva (cardeal).
A restauração das Dioceses provocou disputas entre Braga e Porto que se prolongaram até 1882, data em que a Diocese de Braga devolveu à Diocese do Porto as igrejas dos medieovos Termo de Ferreira e Terra de Ferreira.
No Foral da Terra de Ferreira apenas constam as freguesias da Diocese de Braga e a norte do atual concelho de Paços de Ferreira: Raimonda, Codessos, Lamoso, Figueiró e Sanfins de Ferreira. Sanguinhedo, junto à nascente do Rio Ferreira mais distante da foz, já em Lustosa (no concelho de Lousada. Alguns territórios destas freguesias integravam também o Foral de Sobrosa.
A Terra de Frazão , Honra desde o século XIII, também recebeu Foral de D. Manuel, em 1514. A sede da Honra encontrava-se em Santa Maria Alta, hoje o S. Brás da Poupa. Com o Liberalismo obteve o estatuto de Concelho, sendo que a 20 de novembro de 1836, na Igreja Matriz de S. Martinho, se registou o último ato de vulto da autonomia administrativa, que se estendia pela Seroa e tinha marca histórica na Torre dos Alcoforados, na atual freguesia de Lordelo (Paredes). Em 1742, no Catálogo dos bispos do Porto, a sede do atual concelho de Paços de Ferreira é referida como Santa Eulália de Paços; dando a perceber o tardio determinativo de Ferreira.
Guerras da Restauração, Liberais e seus alinhamentos, os concelhos.[editar | editar código-fonte]
O território do concelho de Paços de Ferreira nunca viveu a mesma identidade. Espartilhadas entre as Dioceses, os Nobres/Fidalgos, o Rei e a Casa do Infantado, as gentes defendiam os seus interesses. Neste quadro tiveram grande importância as Guerras, nomeadamente as da Restauração (1640-1668). Uns apoiavam D. João IV e outros continuavam a apoiar os Nobres fiéis ao Filipes (reis de Espanha). Os conflitos por cá duraram bastantes anos e os apoiantes de Castela viram os seus bens serem afetados aos vencedores nacionalistas, ou passando para a Casa do Infantado (como o caso da Honra de Sobrosa) ou para nobres nacionalistas (caso o caso da Comenda de Sanfins de Ferreira). Destes alinhamentos restam as referências a “espanhóis” com que gentes do sul do concelho alcunham as de Freamunde.
Até ao liberalismo estes territórios do atual concelho de Paços de Ferreira, integravam: Honra de Sobrosa, o couto de S. Pedro de Ferreira, a Honra e a Comenda de Frazão; a Comenda de S. Pedro Fins de Ferreira, a Comenda de Penamaior , a Casa do Infantado, a Honra de Paços de Ferreira. Com a reforma administrativa de 1836, com a diferença de uma ou outra freguesia, o concelho de Paços de Ferreira foi a única unidade administrativa que sobreviveu. A 6 de novembro de 1836, afirma-se a vitória dos liberais pacenses e dissolvem-se os poderes dos nobres conservadores (Sobrosa e Frazão) e da Igreja (S. Pedro de Ferreira e S. Pedro Fins de Ferreira). Os conflitos deixaram as suas marcas e, neste contexto, Freamunde, que pertencera à Casa do Infantado/Honra (Sobrosa) e Couto (Ferreira), mesmo sendo a freguesia mais desenvolvida e com maior vitalidade desta região, foi preterida.
O atual concelho de Paços de Ferreira corresponde à bacia hidrográfica das nascentes do rio Ferreira e integra os extintos concelhos de Frazão e de Ferreira, algumas freguesias do extinto concelho de Sobrosa e uma freguesia (Penamaior) que, até 1855, pertencia ao extinto concelho de Negrelos. Paços de Ferreira deixou, por breves tempos, de ser concelho e os seus territórios chegaram a estar distribuídos por Paredes e por Barrosas.
A unidade administrativa deste território nunca foi pacífica. A vitória dos Liberais impuseram Paços de Ferreira como a única sede concelhia mas as vontades das gentes nem sempre se vergam aos Decretos. Anda em 1998, o desejo de Freamunde se assumir como sede de concelho, com as antigas freguesias da Terra de Ferreira (Raimonda, Figueiró, Codessos, Lamoso e Sanfins de Ferreira) voltou a afirmar-se e fez chegar a sua proposta a votação na Assembleia da República, como se pode ver em publicação, 5 de março, no Diário da República

Da criação do concelho aos nossos dias[editar | editar código-fonte]

O Monumento ao Marceneiro, inaugurado em 1997 pelo Presidente da República Jorge Sampaio, é um dos símbolos modernos do concelho de Paços de Ferreira
Nos séculos XIX e XX, o município registou um crescimento notável, tendo sextuplicado a sua população desde a sua criação. Para tal contribuiu a elevada natalidade, a proximidade à cidade do Porto, a melhoria dos acessos e a boa rentabilidade agrícola do solo, que permitiram que a população continuasse a crescer mesmo durante a onda migratória que teve lugar em Portugal durante as décadas de 1950 e 60.
No princípio do século XX, um professor local, Albino de Matos, inventou um conjunto de instrumentos que revolucionaram o ensino da geometria nas escolas primárias portuguesas. A fábrica que abriu para produzir estes instrumentos cresceu rapidamente, tendo sido a semente da indústria de mobiliário do concelho, que, na segunda metade do século XX, com o desenvolvimento económico do país, se reconverteu, começando a produzir móveis domésticos.
Nas décadas seguintes, o crescimento desta indústria, que acabou por tornar-se a mais importante do seu sector em Portugal, permitiu aumentar ainda mais a velocidade de crescimento demográfico do concelho. Na década de 80 começou a realizar-se a feira de mobiliário "Capital do Móvel", que deu fama à indústria do município e acabou por dar-lhe o "título" pelo qual é conhecido hoje em dia.
A 20 de Maio de 1993, por decreto do Parlamento português, a vila de Paços de Ferreira foi elevada à categoria de cidade. O mesmo sucedeu com a freguesia de Freamunde, que é cidade desde 19 de Abril de 2001. As freguesias de Frazão e Carvalhosa têm a categoria de vila desde 1995 e 2004, respectivamente.
Em 1997, cinco anos após a elevação a cidade, foram inaugurados o novo edifício dos Paços do Concelho e o Monumento ao Marceneiro, na Praça da República, popularmente conhecida como "Rotunda". [2]
No início do século XXI, o concelho passou a ter também um certo carácter suburbano, ocasionado pela abertura, em 2004, da auto-estrada que permite a ligação de Paços de Ferreira ao Porto em apenas 15 minutos de viagem.

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Paços de Ferreira.
O concelho de Paços de Ferreira é constituído por em 16 freguesias, actualmente agregadas em 12 após a Reforma Administrativa de 2012.
Freguesias que mantêm a configuração original[editar | editar código-fonte]
Uniões de freguesias[editar | editar código-fonte]
Quase todas as freguesias são bastante homogéneas em número de habitantes. Ainda assim, a população concentra-se predominantemente nas cidades de Paços de Ferreira e Freamunde, nas vilas de Frazão e Carvalhosa, e nas povoações de Ferreira e Seroa. As características de aldeia mantêm-se nas terras de ArreigadaCodessosEirizFerreiraFigueiróMeixomilModelos, LamosoPenamaiorRaimondaSanfins de Ferreira e Seroa.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [5]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
9 62710 22611 36111 90013 92413 86415 68618 69721 99927 53733 65540 68744 19052 98556 340
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [6]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos4 1365 3205 1585 7917 2378 14310 91514 07013 77611 20211 48210 320
15-24 Anos2 0452 3292 5082 9332 8803 9834 7436 0258 8199 2828 4027 559
25-64 Anos4 8895 3715 3616 2217 2838 22110 36211 75515 45720 74628 58832 198
= ou > 65 Anos6718177498781 0771 2931 5171 8052 6352 9604 5136 263
> Id. desconh35711026
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
Apesar da sua pequena área, o concelho de Paços de Ferreira possui uma população bastante significativa, contando com 56 340 habitantes no ano de 2011. A densidade populacional é, deste modo, bastante elevada neste pequeno município. O povoamento do concelho é disperso, como é tradicional na região de Entre-Douro e Minho. Assim, quase todas as freguesias são homogéneas quanto ao número de habitantes, sendo o mapa de freguesias do concelho particularmente equilibrado. Ainda assim, os principais aglomerados populacionais são as cidades de Paços de Ferreira e Freamunde, as vilas de Frazão e Carvalhosa, e as povoações de Ferreira e Seroa. Paços de Ferreira é um dos concelhos mais jovens do país, sendo que a população tem vindo a aumentar bastante ao longo dos anos, em todas as freguesias. Aliás, entre 1991 e 2001, apenas a freguesia de Modelos não viu a sua população aumentar. Parte da população do concelho e, também dos concelhos em redor, vê o seu emprego nas imensas oficinas de carpintaria que o município possui, produzindo as mesmas mobiliário de grande qualidade que é conhecido em todo o país e, também internacionalmente.
Na freguesia de Seroa habita uma significativa população prisional, em virtude de aí se localizarem os estabelecimentos prisionais do Vale do Sousa e a Cadeia Central do Norte.
Evolução da população do concelho de Paços de Ferreira (1849 – 2011)

Política Municipal[editar | editar código-fonte]

O município de Paços de Ferreira é administrado por uma câmara municipal composta por 7 vereadores. Existe uma assembleia municipal, que é o órgão deliberativo do município, constituída por 33 deputados- aos 21 que são eleitos directamente juntam-se os 12 presidentes de Junta de Freguesia. O cargo de Presidente da Assembleia Municipal é actualmente ocupado pelo socialista Ricardo Pereira, eleito nas autárquicas 2017.
O cargo de Presidente da Câmara Municipal é actualmente ocupado por Humberto Brito, eleito nas eleições autárquicas de 2013 pelo Partido Socialista, e reeleito em 2017 conquistando a maioria absoluta de vereadores na câmara (5). Existem ainda dois vereadores eleitos pelo PSD, que em 2013 perdeu a Câmara Municipal pela primeira vez na história democrática do concelho, após 37 anos em que a câmara foi presidida sucessivamente pelos sociais-democratas Fernando Vasconcelos, Arménio Pereira e Pedro Pinto (este último derrotado nas urnas em 2013). O PS detém também a maioria absoluta na Assembleia Municipal, com 13 deputados directamente eleitos e 7 presidentes de Junta, face aos 13 deputados e 5 autarcas do PSD. Os restantes partidos não têm representação em nenhum dos órgãos.
Eleições de 2017
ÓrgãoPSPSD
Câmara Municipal52
Assembleia Municipal2013
dos quais: eleitos directamente138

Imprensa[editar | editar código-fonte]

No concelho de Paços de Ferreira existem 3 jornais regionais, o "Imediato", a "Gazeta de Paços de Ferreira" e a "Tribuna Pacense".
Existe também uma emissora de rádio sediada no concelho, a Rádio Clube de Paços de Ferreira.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Rio Ferreira no lugar de Pêgas
O concelho de Paços de Ferreira situa-se num vale, denominada "Chã de Ferreira", outrora conhecida pela beleza natural das paisagens e pelo seu arranjo humanizado. Assim, o concelho é delimitado por várias elevações, sendo de destacar a Serra da Agrela e o Monte do Pilar (a oeste), que o separam do concelho de Santo Tirso, a serra de São Tiago (a sul), que marca a fronteira com o concelho de Paredes, e o monte da Senhora do Socorro (a norte), fronteiriço ao concelho de Santo Tirso.
Rio Carvalhosa na Ponte Nova, à entrada da cidade
O ponto mais elevado do concelho é o vértice geodésico da Citânia de Sanfins, na freguesia com o mesmo nome, que se eleva 570 m acima do nível do mar. Contudo, a maior parte do concelho situa-se sensivelmente na cota dos 300 m.
O concelho é atravessado por vários cursos de água, embora de pequeno caudal: o Rio Ferreira. Este rio, que jorra das múltiplas nascentes e percorre todo concelho, é afluente do Rio Sousa, e subafluente do Rio Douro. Os cursos de água do concelho formam um só rio: o Ferreira. Dos três mais significativos cursos deve destacar-se o que nasce mais distante da foz, em Lustosa (Lousada), dado que percorre as freguesias de RaimondaCodessosLamosoFigueiró e CarvalhosaMeixomil; Paços de Ferreira, FrazãoModelos e Arreigada. Este rio, que fertiliza os campos junto à Anta de Lomoso e definia, do século XII, os limites entre do Termo de Ferreira e Termo de Aguiar, Terras predominantemente dominadas pelos Sousa, família nobiliárquica originária, senhora de várias honras em CarvalhosaEirizSanfins de Ferreira, cujo expoente foi o cavaleiro Mem Viegas de Sousa.

Localização[editar | editar código-fonte]

Noroeste: Santo Tirso Monte CórdovaNorte: Vila das Aves (Santo Tirso)Nordeste: Lustosa (Lousada)
Oeste: Agrela (Santo Tirso)Reinel compass rose.svgEste: Lousada
Sudoeste: Sobrado (Valongo)Sul: ParedesLordelo e VilelaSudeste: Sobrosa (Paredes)

Geologia[editar | editar código-fonte]

O planalto que compõe o concelho situa-se numa zona de transição entre os xistos da Serra de Valongo e os granitos do Minho. As rochas são mais abundantes nos limites do concelho, sendo que na vertente sul da Serra da Agrela, abundam os xistos, e nas restantes zonas serranas do concelho predomina o granito azul.
As rochas são alvo de exploração comercial, destacando-se o granito azul extraído das pedreiras das freguesias de Eiriz e Sanfins de Ferreira e os xistos explorados na zona de Seroa.

Clima[editar | editar código-fonte]

Paços de Ferreira com neve (9 de Janeiro de 2009)
Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger, Paços de Ferreira tem um clima temperado com Inverno chuvoso e Verão seco e pouco quente (Csb).
A média de temperatura anual é de 13,0 °C (segundo as médias de 1955-1980 da estação agrária de Paços de Ferreira, entretanto extinta) e a pluviosidade ronda os 1700 a 1750 mm\ano.
Por se encontrar numa zona bastante peculiar como é o planalto da Chã de Ferreira, e se encontrar já a cerca de 30 km do oceano, frequentemente as condições meteorológicas em Paços de Ferreira são distintas das verificadas nas zonas costeiras.
Assim, os invernos em Paços de Ferreira são relativamente suaves, com temperaturas entre os 0 °C e os 15 °C, com precipitações bastante frequentes.
Em média as noites com geada no solo representam 59 dias por ano. A ocorrência de neve é relativamente rara, sendo que os nevões têm diminuído de frequência ao longo dos anos. O último nevão com intensidade no concelho registou-se a 9 de Janeiro de 2009.
No Inverno, é também frequente o transbordo dos pequenos rios Ferreira, Eiriz e Carvalhosa (estes dois afluentes do primeiro), que chegam a tornar intransitáveis algumas pontes do concelho. Esta época do ano é também caracterizada por uma elevada humidade.
Já os verões são normalmente quentes e secos, com temperaturas entre os 20 °C e os 30 °C. Ainda assim, é muito rara a ocorrência de fenómenos extremos de calor e seca.

Fauna e flora[editar | editar código-fonte]

A diversidade faunística do concelho é, infelizmente, cada vez menor, devido à destruição dos ecossistemas naturais, e da crescente humanização da paisagem e das zonas anteriormente rurais e baldias.
A flora de Paços de Ferreira é também cada vez menos rica, já que as zonas florestais do concelho estão constantemente ameaçadas por vários factores. Em primeiro lugar, os incêndios ocorridos nos últimos anos provocaram grandes estragos nas áreas florestais do concelho, nomeadamente o Monte de São Domingos, próximo do centro da cidade, o Monte do Pilar, em Penamaior, e a Serra da Agrela, na Seroa. Após estes incêndios, não se tem procedido a uma reflorestação, pelo contrário, as zonas queimadas são alvo da especulação imobiliária, sendo rapidamente entregues à construção. Outro problema é a alienação dos baldios por parte de algumas Juntas de Freguesia, sendo que estes são rapidamente alvo de especulação imobiliária. Por fim, a construção de novas estruturas, públicas e privadas, nomeadamente as novas estradas (A42 e variante oeste) e as zonas industriais (Seroa, Frazão e complexo IKEA), têm ocupado antigas áreas florestais e até zonas de reserva nacional.
Nas zonas arborizadas existentes, as espécies mais abundantes são o pinheiro-bravo e, particularmente, o eucalipto, que substituiram, ao longo dos séculos XIX e XX, as manchas de espécies autóctones, como o carvalho. Até há bem pouco tempo, existia ainda uma mancha considerável de sobreiros, caso raro na região, tendo porém sido abatida grande parte dos exemplares para a construção do complexo IKEA.

Indústria[editar | editar código-fonte]

O concelho de Paços de Ferreira exporta cerca de 400 milhões de euros/ano (Fonte INE), destacando-se no panorama nacional, graças à pujante indústria de mobiliário e têxtil.
Com cinco mil empresas, num raio de cinco quilómetros, Paços de Ferreira dispõe de uma área de exposição de mobiliário de cerca de 1 milhão de metros quadrados, 1,5 milhões de metros quadrados de área de produção, faturando um bilião de euros anuais, sendo assim o maior centro de exposição e produção de mobiliário da Europa. A sua feira de mobiliário, realizada anualmente sob o slogan "Capital do Móvel", é a mais importante do sector em Portugal. O sector exporta 80% da produção, com um valor médio de 25 milhões de euros por mês.[7]
A indústria têxtil é a segunda mais forte do concelho, contando com 168 empresas que produzem 1,8% do vestuário nacional.[8] Destaca-se o fabrico, numa fábrica da freguesia pacense de Carvalhosa, dos fatos de banho com a tecnologia LZR Racer, que permitiram a quebra de dezenas de recordes mundiais na natação, principalmente durante os Jogos Olímpicos de 2008, nos quais foram utilizados por Michael Phelps. As confecções pacenses fornecem também várias marcas de renome mundial.[9]

Agricultura[editar | editar código-fonte]

Cultivo de milho na antiga Zona Agrária de Paços de Ferreira
Os solos do concelho são bastante férteis, nomeadamente nos vales formados pelos rios Ferreira, Carvalhosa e Eiriz. Assim, a agricultura foi sempre intensivamente praticada no concelho, com particular destaque para o cultivo de milho, batata, cenoura, alho e couve. A vinha ocupa grande parte da área agrícola do concelho, na sua tradicional versão em ramada. Também há lugar à produção de fruta, principalmente maçãs, dióspiros e kiwis. Até há bem pouco tempo, a cidade de Paços de Ferreira era nada mais que um conjunto de quintas rurais que se dedicavam à agricultura, destacando-se as quintas da Torre, das Uveiras e do Moinho Moleiro. Outra evidência da importância da agricultura no concelho é a existência, até 2008, de uma zona agrária com 195 000 m², correspondentes a 4% da área total da freguesia, da responsabilidade do Ministério da Agricultura.
Quinta das Uveiras
Na "Agrária", como é conhecido este espaço, cultivaram-se durante décadas os cereais, a vinha e a fruta, foi criado gado bovino e suíno, produziu-se leite e queijo, em pleno coração da cidade. Actualmente, este espaço constitui o Parque Urbano de Paços de Ferreira, e a sua actividade agrícola resume-se a uma pequena produção de milho. A própria feira anual de mobiliário "Capital do Móvel", que é hoje um dos eventos que mais pessoas atrai ao concelho, começou, na década de 1980, como "Feira Agrícola e Industrial de Paços de Ferreira".
A importância da agricultura em Paços de Ferreira tem, contudo, vindo a decair. Esta actividade atingiu o seu auge no concelho por volta de 1970, altura em que neste sector trabalhavam 14 151 pessoas por todo o concelho, ou seja, 42,1% da população. Hoje em dia, a agricultura ocupa apenas 2471 pessoas, sendo que apenas 642 fazem desta a sua actividade principal (2,3% da população activa do concelho).

Património classificado[editar | editar código-fonte]

Mosteiro de Ferreira
Monumentos Nacionais
Imóveis de Interesse Público
Património em Vias de Classificação

Turismo[editar | editar código-fonte]

Paços de Ferreira possui vários pontos de interesse turístico que merecem uma visita a quem passa por este planalto. Para quem se dirige do Porto, a rota mais recomendada para um passeio consiste em seguir pela EN 105 (em direcção a Santo Tirso) até Água Longa, e aí tomar a EN 207 até Paços de Ferreira. Deste modo, poderá apreciar as belezas naturais da Serra da Agrela que, apesar de ter sido afectada por algumas aberrações urbanísticas, nomeadamente a construção de alguns armazéns no seu topo, continua a ser o pulmão do concelho pacense.
No final da subida, entra-se em Seroa, a porta de entrada por excelência da "Capital do Móvel". Esta freguesia é uma das maiores montras de mobiliário do concelho, dada a quantidade de indústrias e exposições de mobiliário existentes. Na Seroa, destaca-se a Igreja Matriz, obra recente, de arquitectura arrojada, que se avista da estrada nacional.
Oito quilómetros mais à frente, entramos na cidade de Paços de Ferreira, que já acima foi descrita. Em termos turísticos, é recomendável sair da cidade seguindo as indicações para o Mosteiro de Ferreira/Rota do Românico. Esta igreja é um dos mais importantes monumentos do concelho, tendo influenciado decisivamente a sua história. É um dos 21 monumentos que integram a Rota do Românico do Vale do Sousa. Templo de estilo românico, datado do século XII, é um dos melhores exemplares deste estilo arquitectónico no Entre-Douro e Minho, misturando três correntes estilísticas, com origem no Porto, em Zamora e em Unhão. Serviu, durante séculos, de casa aos monges da Colegiada de São Pedro de Ferreira, que administrava todas as terras em seu redor, o Couto de Ferreira. Ainda na mesma freguesia, pode ser visitada a Serra de São Tiago e respectiva capela, um local muito aprazível, de onde se pode desfrutar de uma vista panorâmica sobre o sul do Vale do Sousa.
De Ferreira, é recomendável seguir até Freamunde pequena cidade em cujo centro se podem apreciar várias capelas, com destaque para a Capela de São Francisco, e a parte antiga do núcleo urbano, apesar de, tal como em Paços de Ferreira, esta estar ameaçada pela especulação imobiliária. Em Freamunde, pode tomar-se a estrada para Raimonda, e gozar a vista sobre o concelho de Lousada.
Aqui começa a visita à parte norte do concelho, mais rural e bucólica, mas também com mais pontos de interesse. No entroncamento, pode seguir-se as indicações para o Dólmen de Lamoso, um monumento fúnebre megalítico (mamoa) de grandes dimensões, provavelmente datado de 3000 a.C. É constituído por uma câmara poligonal, coberta por uma laje quebrada apoiada em nove esteios, tudo em granito azul característico da região. Na freguesia vizinha de Codessos, situa-se o Alto da Sr.ª do Socorro, de onde se pode vislumbrar todo o Vale do Ave, nomeadamente o concelho de Vizela.
Citânia de Sanfins (Núcleo familiar reconstituído)
Citânia de Sanfins (Balneário Castrejo)
Segue-se o monumento mais importante do concelho de Paços de Ferreira. A Citânia de Sanfins, localizada nas freguesias de Eiriz e Sanfins de Ferreira, é o vestígio de um povoado fortificado, defendido por três linhas de muralhas e reforçado por uma muralha exterior. As ruínas, descobertas na década de 1950 e alvo de uma escavação cuidadosa, liderada, entre outros, pelo arqúeólogo Martins Sarmento, mostram-nos hoje o que era um povoado castrejo do século II a.C. Merecem natural destaque o núcleo castrejo reconstituído, que, para além das ruínas, é uma reprodução fiel de um conjunto de habitações castrejas, e o balneário castrejo, onde se encontra a Pedra Formosa da Citânia. Pode ainda observar-se uma réplica da primitiva Estátua do Guerreiro, símbolo da Citânia, e cujo original foi incompreensivelmente levado para Lisboa.
A visita à Citânia só ficará completa com uma passagem pelo Museu Arqueológico, de entrada gratuita. O museu encontra-se instalado no Solar dos Brandões, uma antiga casa senhorial. A exposição permanente do Museu mostra achados arqueológicos em todo o concelho, nomeadamente peças de olaria e moedas de ouro, prata e bronze de várias épocas da história pré-cristã, desde a ocupação castreja até à romanização.
Seguindo novamente em direcção a Paços de Ferreira, merece uma visita a Igreja Matriz de Carvalhosa, dedicada a São Tiago, que possui uma arquitectura de tal maneira rara, que é caso único em Portugal.
Igreja Matriz de Carvalhosa (Fachada Principal)
A mesma possui tal raridade devido, entre os demais, ao facto do seu interior estar dividido em duas amplas naves exactamente iguais. É de realçar, porém, a sua fachada muito simples, mas onde se pode encontrar um nicho central com a bela imagem gótica do padroeiro, em calcário, que conjuntamente com duas imagens de Raimonda e Ferreira, constituem um importante conjunto imaginário medieval do concelho. Ainda de referir que, no interior da mesma igreja, poder-se-à observar um altar com a representação da Árvore de Jessé, um importante trabalho do século XVIII, com grande significado iconográfico, por ser uma das três existentes em Portugal. No adro da pitoresca igreja, é possível observar uma escultura da autoria de José Carlos Coelho, residente na vila.
De Carvalhosa, pode seguir-se pela EN 209 em direcção ao Porto. Nesta via, poder-se-à observar, à face da estrada, situada a cerca de 150 metros da Casa da Botica, a ponte Joanina, sobre o rio de Carvalhosa, que terá sido construída no reinado de D. João V, na referida freguesia. É construída em pedra e em estilo românico.
Em Meixomil, deve virar-se à direita na rotunda em direcção ao local onde esta visita ao concelho deve terminar, o seu ponto mais elevado, o Monte do Pilar, localizado a cerca de 530 m de altitude, na fronteira entre os concelhos de Paços de Ferreira e Santo Tirso. Aqui está instalada a Estação de Radar Nº2 da Força Aérea Portuguesa (antiga Esquadra de Detecção e Conduta da Intercepção nº 12). Do parque fazem parte uma zona de merendas, um bar e uma pequena capela. Porém, a atracção maior da zona do Pilar é a estátua do Cristo-Rei, edificada em 1961 para substituir uma anterior, destruída por um violento temporal, um ano após ter sido edificada, em 1960. Da zona envolvente à estátua, é possível avistar, em dias de sol, toda a Área Metropolitana do Porto, distinguindo-se principalmente pontos como as cidades do PortoVila Nova de Gaia (Monte da Virgem), Maia (Câmara Municipal), Matosinhos (praias e refinaria da Petrogal), Vila do Conde e Póvoa do Varzim, entre outros. Outro pólo de interesse é o conjunto de sobreiros de grande porte, que permite o usufruto de sombra na primavera e verão para as tradicionais merendas que aí se fazem. No dia 15 de agosto festeja-se aí a romaria a Nossa Senhora do Pilar, marcado pelos fartos merendeiros, concertos de bandas de música e pela majestosa procissão ao redor do complexo.
Daqui é possível sair rapidamente do concelho, quer em direcção a Santo TirsoFamalicão e Braga pela EN 319, ou rumo ao Porto, a Trás-os-Montes ou ao sul pela A42, a partir do nó de Seroa.

Cidade de Paços de Ferreira[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Paços de Ferreira (freguesia)
A "Carvalha" tricentenária do Jardim Municipal é o ex-líbris da cidade de Paços de Ferreira
A actual cidade de Paços de Ferreira foi até meados do século XIX uma agradável vila de carácter rural, que cresceu a partir de vários lugares nos quais a população se dedicava predominantemente à agricultura.
A estrutura da vila começou a consolidar-se após a criação do concelho, com a construção de várias infra-estruturas próprias de uma sede de município, das quais se destacam os Paços do Concelho (actual Museu do Móvel), o Palácio da Justiça, a Estação dos Correios, um Matadouro Municipal e várias escolas. Todos estes equipamentos se localizavam no eixo central da vila, constituído pela Rua Dr. Leão de Meireles, Praça Dr. Luís, Praça 25 de Abril, Rua Antero Chaves, Praça da República e Avenida dos Templários.
Uma importante parte da área da freguesia era ocupada por dois importantes equipamentos públicos que tinham a sua sede na vila- a Zona Agrária de Paços de Ferreira (actual Parque Urbano), do Ministério da Agricultura, e a Esquadra n.º 12 da Força Aérea Portuguesa.
Com o crescimento demográfico e a aceleração do desenvolvimento económico do concelho, a estrutura da vila foi-se modificando, tendo sido demolida a maioria dos edifícios do centro histórico. Em 1997, uma requalificação da zona da "Rotunda" levou à construção do Monumento ao Marceneiro e dos actuais Paços do Concelho, construídos no lugar anteriormente ocupado pelas Escolas Primárias do Plano dos Centenários.

Ranchos folclóricos[editar | editar código-fonte]

  • Rancho Folclórico da Citânia de Sanfins
  • Rancho Folclórico de Santa Maria de Lamoso
  • Grupo Folclórico Danças e Cantares S. Martinho de Frazão
  • Rancho Folclórico de S. Pedro da Raimonda
  • Associação Cultural "As Croceiras" de Carvalhosa
  • Rancho Folclórico das Lavradeiras do Centro Social de Penamaior
  • Grupo Folclórico da Cidade de Freamunde
  • Rancho Folclórico de S. Mamede da Seroa
  • Associação Folclórica Independente de Sanfins de Ferreira

Brasão do concelho[editar | editar código-fonte]

O brasão do concelho de Paços de Ferreira é formado por 18 espigas de milho e uma cruz pátea de cor vermelha
O Brasão do Concelho, tal como o temos, foi publicado em “Diário da Governo” em 25 de Agosto de 1932 (portaria n.º 7:406), durante o 8º governo da Ditadura portuguesa. O concelho de Paços de Ferreira foi criado sobre o verde dos campos mas a colocação central da Cruz do  Templo,  "da cor própria vermelha (Alusão aos Templários que viveram nesta região" carece de fundamentação e foi geradora de equívocos. Na realidade, não temos referenciadas quaisquer provas de vivência dos Templários no território que hoje constitui o concelho de Paços de Ferreira e, segundo as Inquirições Régias de 1220 e as seguintes, nesta região não havia um único casal da Ordem do Templo, mesmo que por “região” se pretendesse entender o Termo  de Ferreira e o Termo de Aguiar de Sousa juntos. Entretanto, o equívoco sobre a ausência da Ordem do Templo levou a que várias coletividades e Assembleias de Freguesias, a exemplo do Município, adotassem esta Cruz para suas bandeiras e brasões. A pertença destas Terras à Ordem do Templo é uma ilusão histórica.
A prova material da existência da Cruz do Templo, que se reflecte nos nossos brasões, é o cruzeiro de Sanfins de Ferreira. Esta “bonita e imponente Cruz que muitos julgaram simbolizar a passagem dos Templários por estas bandas serve para desmitificar alguns “erros do passado e explicar a tradição agrícola do concelho”, disse o Professor Armando Coelho, ao Jornal Imediato, aquando a inauguração do Museu Municipal. A existência desta Cruz Templária, que até ao último quartel do século XX estava no largo Confraria, em Sanfins de Ferreira, também não é de fácil compreensão, podendo mesmo ser o que resta do Mosteiro que, no ano de 1111, o cavaleiro Soeiro Viegas, senhor do “Couto de Fins de Ferreira”, aqui fundou. Note-se que o título nobiliárquico de “senhor do Couto de Fins de Ferreira” continua referido no século XIII.[3]

Hino[editar | editar código-fonte]

O Hino do concelho de Paços de Ferreira foi composto por Armando Leça (música) e pelo Padre Armando Pereira (letra).
CORO
Paços de Ferreira avante
A cantar e a trabalhar!
Cada seara ondulante
É um poema a vibrar.
(bis)
I
O povo lavra cantando
A terra escuta as cantigas
E repete-as no seu brando
Poema de oiro das espigas
II
Teu brasão é a cruz do Templo
Que Portugal pequenino
Trouxe ao peito- nobre exemplo!
Para lhe marcar o destino...
III
Nas pedras do teu Mosteiro
Perpassam vozes d'outrora
É Portugal cavaleiro
Falando ao povo de agora!

Transportes[editar | editar código-fonte]

A42- nó de Seroa
A cidade é servida pela A42, uma autoestrada que se interliga, no território do concelho pacense, com a restante rede viária nos seguintes nós:
  • Seroa: serve a zona oeste do concelho
  • Frazão: serve a cidade de Paços de Ferreira e a zona norte do concelho
  • Ferreira/P.Ferreira: serve Paços de Ferreira e a zona sul do concelho
  • Ferreira/Freamunde: serve a zona leste do concelho
O concelho é também servido por uma rede considerável de estradas nacionais:
Em resumo, as distâncias-tempo entre Paços de Ferreira e as localidades mais próximas:
EN207- av. Central de Seroa
Dist.
502 0.svg
Tempo 502 0.svgDist.  EN Tempo  EN Percurso  EN 
Porto28 km20 min26 km45 min N207  +   N105 
Lousada16 km12 min11 km20 min N207 
Santo Tirso38 km30 min16 km25 min N319 
Alfena20 km22 min18 km29 min N207  +   N105 
Paredes------13 km20 min N319 
Penafiel20 km24 min20 km30 min N207  +  N106 
Guimarães40 km34 min27 km40 min N209  +  N106 
Distância e tempo a outros pontos importantes do país
Os transportes públicos de passageiros no concelho são assegurados pela Auto Viação Pacense, empresa local que efectua serviços diários entre a sede do concelho e as várias freguesias. São também efectuados serviços diários para os concelhos mais próximos (Porto, Paredes, Lousada, Santo Tirso, Penafiel e Valongo). Esta empresa é também responsável pela grande maioria dos transportes escolares. Na zona norte do concelho, opera também a Transcovizela, que assegura ligações regulares a Vizela e Guimarães, a partir da central de Figueiró.

DIA DO SAXOFONISTA - 6 DE NOVEMBRO DE 2019

Saxofone

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Saxofone
Informações
Classificação
Classificação Hornbostel-Sachs422.212-71
Instrumento de palheta simples com chaves.
Extensão
Sax range.svg

Extensão escrita do saxofone. O registro real varia de acordo com o tipo de saxofone.
Instrumentos relacionados
Saxofone sopranino,
Saxofone soprano,
Saxofone alto,
Saxofone tenor,
Saxofone barítono,
Saxofone baixo,
Saxofone contrabaixo.
Saxofone, também conhecido popularmente como sax, é um instrumento de sopro patenteado em 1846 pelo belga Adolphe Sax, um respeitado fabricante de instrumentos, que viveu na França no século XIX. Os saxofones são instrumentos transpositores, ou seja, a nota escrita não é a mesma nota que ouvimos (som real ou nota de efeito). A maior parte dos saxofones são em Si♭ (como o saxofone tenor) ou em Mi♭(como o saxofone alto e o barítono). O soprano é normalmente em Si♭.
Saxofone tenor em exposição

História[editar | editar código-fonte]

Ao contrário de muitos dos modos de instrumentos tradicionais, que para chegar aos seus formatos atuais foram evoluídos de instrumentos mais antigos, dos quais muitas vezes não se conhece o inventor, o saxofone foi um instrumento deliberadamente inventado. Seu inventor foi o belga Antoine Joseph Sax, mais conhecido pela alcunha de Adolphe Sax. Filho de um fabricante de instrumentos musicais, Adolphe Sax aos 25 anos foi morar em Paris, onde começou a trabalhar no projeto de novos instrumentos. Ao adaptar uma boquilha semelhante à do clarinete a um oficleide, Sax teve a ideia de criar o saxofone. A data exata da criação do instrumento foi em 28 de junho de 1841[carece de fontes].
Ao longo do tempo, diversas modificações foram feitas, como a chave de registro automática, introduzida no início do século XX em substituição às duas chaves de registro que deveriam ser alternadas manualmente pelo instrumentista. Entretanto, as características gerais do instrumento permanecem as mesmas dos originais criados por Adolphe Sax.

Construção[editar | editar código-fonte]

O saxofone é um instrumento fabricado em metal, geralmente latão, com chaves, numa mecânica semelhante à do clarinete e à da flauta. É composto basicamente por um tubo cônico, com cerca de 26 orifícios que têm as aberturas controladas por cerca de 23 chaves vedadas com sapatilhas feitas de couro e uma boquilha que pode ser de metal ou de resina, na qual se acopla uma palheta de bambu ou de material sintético.

A família do saxofone[editar | editar código-fonte]

Um saxofone barítono
A família do saxofone é extensa. Todos os membros compartilham a mesma digitação e a escrita é sempre em clave de sol, variando a transposição de acordo com o registro do instrumento. Dentre os sete instrumentos originalmente produzidos (família de Banda militar dos saxofones), há:
  • Saxofone sopranino - É o membro mais agudo da família dos saxofones. É afinado em E♭ ou, raramente, em F. Seu corpo é reto.
  • Saxofone soprano - É o integrante mais agudo do quarteto de saxofones clássico[1]. Afinado em B♭. Há também sopranos afinados em C, mas são muito raros. O tradicional é o de corpo reto, mas há também sopranos curvos. Alguns possuem uma chave a mais para o alcance do A mais agudo.
  • Saxofone alto - Um dos tipos mais comuns de saxofone. De registro médio-agudo, tem a tessitura próxima à da viola. É afinado em E♭.
  • Saxofone tenor - Também é um instrumento muito comum. Tem registro médio-grave. Afinado em B♭. Há também os afinados em C (veja C-melody, logo abaixo).
  • Saxofone barítono - É o integrante mais grave do quarteto de saxofones clássico. Afinado em E♭. É comum encontrar barítonos com uma nota a mais para o grave (A grave, que soa C), recurso raramente encontrado em saxofones mais agudos.
  • Saxofone baixo - Muito utilizado em bandas sinfônicas e em grandes conjuntos de saxofones. É afinado em B♭. Também pode contar com recurso do A grave (que soa G).
  • Saxofone contrabaixo - É o segundo membro mais grave da família original do saxofone. É afinado em E♭.
O projeto de Adolphe Sax previa um instrumento ainda mais grave que o saxofone contrabaixo, o subcontrabaixo entretanto, esse instrumento não chegou a ser produzido. No entanto, em setembro de 2012 a Benedikt Eppelsheim, de Munique, fez o primeiro saxofone subcontrabaixo em tamanho originalmente proposto com 2 metros e 25 centímetros de altura. Em julho de 2013 a companhia brasileira J'Elle Stainer, que já havia tentado a montagem de um em 2010, todavia, este era compacto, construiu um com 2 metros e 80 centímetros. O subcontrabaixo faz agora, parte da família de Banda militar dos saxofones.
Além desses, há outros instrumentos, desenvolvidos posteriormente:
  • Saxofone Sopraníssimo ou "soprillo", instrumento em Si♭, uma oitava acima do saxofone soprano, sendo assim, o mais agudo fabricado.
  • Soprano em C (não transpositor). Faz parte da família orquestral.
  • Soprano semi-curvo (reto, com todel curvo e campânula virada para a frente, comumente conhecido como saxello)
  • Saxofone Mezzo-soprano, também conhecido como Alto em fá . Faz parte da família orquestral
  • Saxofone C melody (transpositor à oitava), também conhecido como Tenor em dó. Faz parte da família orquestral.
  • Barítono em F.
  • Saxofone Contralto.
  • Baixo em C (transpositor à 15ª).
  • Contrabaixo, em F.
  • Tubax - Instrumento alemão desenvolvido a partir do saxofone, mas com calibre mais fino, o que facilita a emissão dos graves. Há versões em E♭ (mesma extensão do saxofone contrabaixo) e em Si♭ (chamado de subcontrabaixo).

A boquilha[editar | editar código-fonte]

Duas boquilhas para sax tenor.
boquilha é a peça que se encaixa na extremidade mais fina do saxofone e na qual é fixada a palheta. Seu funcionamento é semelhante ao de um apito, que gera as vibrações que irão percorrer o corpo do instrumento. As boquilhas podem ser fabricadas em diversos materiais: massa plástica, metais, acrílicomadeira, vidro e até mesmo osso, contudo as de massa plástica e de metais são as mais utilizadas.
O formato das boquilhas também pode variar, tanto externamente quanto internamente. Alterações nos formatos implicam alterações significativas do som produzido, e devido a este fato, a escolha da boquilha é uma decisão muito pessoal para cada saxofonista. Não existe um padrão entre as fábricas e cada fabricante produz, geralmente, boquilhas com várias aberturas.
Grosso modo, duas medidas internas são definidas: a altura da abertura e a sua profundidade. Quanto maior for a abertura e menor a profundidade, mais estridente será o som produzido, já o contrário resulta num som abafado e pequeno[carece de fontes].

A palheta[editar | editar código-fonte]

Palhetas para sax alto e sax tenor, respectivamente
palheta está para o saxofone assim como a corda está para os instrumentos de corda. Ela é a responsável pela emissão do som pelo instrumento. Ao soprarmos a boquilha, é gerada uma coluna de ar que faz vibrar a palheta, produzindo o som.
As palhetas são fabricadas com madeira, geralmente cana ou bambu, porém existe palhetas sintéticas, como a Fibracell, feita de um material de fibra e a Légere e Bari, confeccionada em acrílico. Existem numerações para determinar o nível de dureza e de resistência à envergadura de uma palheta, mas esta numeração não é padronizada, varia de fabricante para fabricante. Quanto mais dura é a palheta, maior é o esforço para a emissão da nota, contudo menor é o esforço para manter o controle da afinação[carece de fontes][2]

Fabricantes[editar | editar código-fonte]

Os mais conhecidos fabricantes de saxofones no mundo são Buffet Crampon, Julius Keilwerth, Leblanc (Vito), Jupiter (Habro), Selmer , Conn, Cannonball, King, Buescher, Martin, Yamaha, e Yanagisawa. Já dentre os fabricantes de boquilhas estão Selmer, Claude Lackey, Rico, Dukoff, Yanagisawa, Meyer, ARB, Otto Link, Meyer, Beechler, Bari, Vandoren e Ton Krisley. Os principais fabricantes de palhetas são Vandoren, Rico, Fibracell, Platicôver e Gonzales.
Um dos fabricantes de saxofones mais respeitados pelos saxofonistas é a companhia francesa Selmer Company, que conquistou a preferência de grandes saxofonistas como John Coltrane - que celebrizou o tenor modelo Mark VI - e Coleman Hawkins. Também há modelos famosos, como os da Conn: New Wonder, Lady Face, NAked LAdy; da King: Super20 e King Zephyr; da Buescher: Big B e Top Hat and Cane.
Dos fabricantes orientais, o destaques são Yanagisawa e Yamaha. Atualmente, diversos fabricantes chineses fabricam saxofones de qualidade inferior aos demais e que tem um tempo de vida muito curto, além disso, sua qualidade sonora pode variar muito de um exemplar para outro e também ao longo do tempo.

Referências

  1.  Quarteto de Saxofones fabricados por Adolphe Sax
  2.  «Cópia arquivada». Consultado em 5 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 5 de dezembro de 2011

Ver também

Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Ambiente em Tempo de Guerra e de Conflito Armado - 6 DE NOVEMBRO DE 2019

Internacional



  • Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Ambiente em Tempo de Guerra e de Conflito Armado - Criado por ato da Assembleia Geral da ONU, com o intuito de criar normas ao meio ambiente quando um país está em guerra.

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