segunda-feira, 28 de outubro de 2019

DIA MUNDIAL DA TERCEIRA IDADE - 28 DE OUTUBRO DE 2019

Idoso

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Idosos durante palestra sobre a Wikipédia, em BærumNoruega (2011).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. Todavia, para efeito de formulação de políticas públicas, esse limite mínimo pode variar segundo as condições de cada país. A própria OMS reconhece que, qualquer que seja o limite mínimo adotado, é importante considerar que a idade cronológica não é um marcador preciso para as alterações que acompanham o envelhecimento, podendo haver grandes variações quanto a condições de saúde, nível de participação na sociedade e nível de independência entre as pessoas idosas, em diferentes contextos[1].
O estudo do processo de envelhecimento é chamado gerontologia, enquanto o estudo das doenças que afetam as pessoas idosas é chamado geriatria. Existe, em alguns países, o Estatuto do Idoso, que garante direitos a essa população que já tem idade avançada.

Manifestações físicas[editar | editar código-fonte]

Os idosos tendem a apresentar capacidades regenerativas decrescentes, o que pode levar, por exemplo, à fragilidade, um processo de crescente vulnerabilidade, predisposição ao declínio funcional e, no estágio mais avançado, a morte. Ademais, mudanças físicas ou emocionais também podem comprometer a qualidade de vida dessas pessoas[2].
Além dos sinais mais visíveis do envelhecimento — rugas e manchas na pele, mudança da cor do cabelo para cinza ou branco ou, em alguns casos, alopecia — idosos tendem à diminuição da capacidade visual e auditiva, diminuição dos reflexos, perda de habilidades e funções neurológicas, como raciocínio e memória diminuídas. Ademais, podem desenvolver incontinência urinária e incontinência fecal, além de doenças como Alzheimerdemência com corpos de Lewy e Parkinson[3].

Demografia[editar | editar código-fonte]

No mundo inteiro, o número de pessoas com 65 anos de idade ou mais está crescendo mais rapidamente que antes. A maioria desse incremento acontece nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, a porcentagem de pessoas de 65 anos ou mais aumentou de 4% em 1900 para cerca de 13% em 1998. Em 1900, somente cerca de 3 milhões de cidadãos atingiram 65 anos. Em 1998, o número de idosos aumentou para cerca de 34 milhões. Segundo Keith Wetzel, o número de idosos está crescendo no mundo porque também mais crianças atingem a idade adulta.[carece de fontes]

Expectativa de vida[editar | editar código-fonte]

Na maior parte do mundo, as mulheres vivem, em média, quatro anos mais que homens. No Brasil, de acordo com a OMS, a expetativa de vida é de 68 anos para os homens e 75 anos para as mulheres. Nos países pobres, como a Etiópia, a expetativa de vida em média, para ambos os sexos, é entre 60 e 65 anos.[carece de fontes]

No Brasil[editar | editar código-fonte]

Idoso caminhando nas ruas de São Paulo em 2009.
A institucionalização da velhice aparece relacionada ao desenvolvimento de práticas institucionais de assistência à pobreza, ao longo do século XIX. No início do século XX, como resultado da eleição da velhice como objeto de práticas assistenciais, florescem as instituições filantrópicas, os chamados asilos. A imprensa da época destaca o drama da velhice desamparada — situação em que a pobreza seria dramaticamente agravada pela decadência e degeneração física e mental — e enaltece o papel dessas instituições. Ao mesmo tempo, ao falar dos asilados, os jornalistas já apontam para os efeitos da institucionalização. O ingresso no asilo é tratado como um rompimento dos laços sociais, já que o contato com o mundo externo passaria a ser mediado pela instituição. Ao isolar a velhice do mundo de fora, o asilo assume, portanto, as feições de uma instituição total. Simbolicamente, é representado como uma espécie de limbo, onde a velhice, por um lado é sacralizada, situando-se fora do tempo e do espaço; por outro lado, a velhice vista como degeneração, está colocada entre a vida e a morte. Assim, o surgimento do asilo significa dar à velhice um "lugar" — ou, nos termos de Marc Augé, um não lugar, ou, ainda, uma das heterotopias de Foucault.[4] Assim, à velhice é afinal atribuído um determinado lugar no mundo administrado[5][6], ao mesmo tempo em que ela perde o seu lugar no mundo da vida[7].
Nos anos 1990, a velhice foi convertida em matéria de interesse público, sendo cada vez mais abordada pela mídia, verificando-se também um crescimento do número de geriatras e gerontólogos, entre outros especialistas, além de serviços voltados para essa faixa etária. A chamada terceira idade tornou-se uma espécie de moda, com a constituição de um mercado de consumo específico. 1999 foi declarado Ano Nacional do Idoso, o que parece marcar uma nova fase da história social da velhice no Brasil, verificando-se também mudanças nas formas de representação da velhice — agora ligada a um novo fato demográfico: o envelhecimento da população, considerado como objeto de políticas públicas[7].
A legislação brasileira assegura certos direitos às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, através do Estatuto do idoso[8].

Referências

  1.  World Health Organization. Active Ageing - A Policy Framework. Arquivado em 19 de março de 2015, no Wayback Machine. A contribution of the World Health Organization to the Second United Nations World Assembly on Ageing. Madri, abril de 2002, p. 4.
  2.  Síndrome da fragilidade biológica em idosos: revisão sistemática. Por Sheilla Tribess e Ricardo Jacó de Oliveira. Revista de Salud Pública, vol 13 (5), outubro de 2011.
  3.  Demência senil
  4.  Foucault, M. (1967) Des Espace Autres
    --------------------------------- Of Other Spaces, Heterotopias
    ;
    -------------------------------- De Outros Espaços
  5.  Theodor W. Adorno & Max Horkheimer. Dialética do Esclarecimento - Fragmentos Filosóficos Arquivado em 17 de julho de 2013, no Wayback Machine. (1947)
  6.  Adorno: educação e emancipação. Por Nildo Viana.
  7. ↑ Ir para:a b Asilos de Velhos: passado e presente. Por Daniel Groisman. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, v. 2, p. 67-87. Porto Alegre: UFRGS, 1999.
  8.  Lei n° 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.

Veja também[editar | editar código-fonte]

NATÉRCIA FREIRE - ESCRITORA - NASCEU EM 1920 - 28 DE OUTUBRO DE 2019,

Natércia Freire

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Natércia Freire
Nome completoNatércia Ribeiro de Oliveira Freire
Nascimento1919
BenaventePortugal Portugal
Morte17 de dezembro de 2004 (85 anos)
LisboaPortugal Portugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoPoetisaEscritora
PrémiosPrémio Antero de Quental (1947) com Rio infindável
Natércia Ribeiro de Oliveira Freire[1] (Benavente1919[1] -- Lisboa17 de dezembro de 2004), conhecida por Natércia Freire, foi uma poetisa e escritora portuguesa.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Benavente em 1919.[1]
Estudou música e tirou o curso do Magistério Primário, tendo-se tornado professora primária em 1944.
Em 1947 vence o Prémio Antero de Quental com Rio infindável, repetindo este prémio em 1952.
Em 1954 é coordenadora da página "Artes e letras" do Diário de Notícias até 1974.
Em 1955 vence o Prémio Ricardo Malheiros com Infância de que nasci.
Em 1971 vence o prémio nacional de poesia com Os intrusos ex aequo com David Mourão Ferreira. Ainda em 1971 torna-se membro da comissão de leitura da Fundação Calouste Gulbenkian até 1974.
Faleceu a 17 de dezembro de 2004 em Lisboa. O seu corpo esteve em câmara-ardente no Mosteiro dos Jerónimos e encontra-se no cemitério da Ajuda.
O seu nome consta da lista de colaboradores da revista Panorama [2] (1941-1949).
Desde 2014 o seu nome está consagrado na toponímia de Lisboa através da Rua Natércia Freire, que foi inaugurada em janeiro de 2016 na Urbanização Benfica Stadium, na freguesia de São Domingos de Benfica.[3][4]

Obras literárias[editar | editar código-fonte]

Poesia[editar | editar código-fonte]

1935 - Castelos de sonho
1939 - Meu caminho de luz
1941 - Estátua
1942 - Horizonte fechado
1947 - Rio infindável
1952 - Anel de sete pedras
1957 - Poemas?
1964 - Liberta em pedra
1971 - Os intrusos
1978 - Liberdade solar

Prosa[editar | editar código-fonte]

1945 - A alma da velha casa (Contos)
1955 - Infância de que nasci
1957 - Não vás, minha gazela
1961 - Solidão sobre as searas

Prémios literários[editar | editar código-fonte]

1947 - Prémio Antero de Quental com Rio infindável
1952 - Prémio Antero de Quental
1955 - Prémio Ricardo Malheiros com Infância de que nasci
1971 - Prémio nacional de poesia com Os intrusos, ex aequo com David Mourão Ferreira

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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