quinta-feira, 24 de outubro de 2019

DIA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS - 24 DE OUTUBRO DE 2019

Exército Português

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Exército Português
Military flag of Portugal.svg
Bandeira das Forças Armadas Portuguesas
PaísFlag of Portugal.svg Portugal
CorporaçãoForças Armadas de Portugal
SubordinaçãoMinistério da Defesa Nacional
MissãoDefesa Nacional
DenominaçãoForça Terrestre
Criaçãoséculo XII
PatronoSão Jorge
MarchaHino do Exército
LemaPortugal e São Jorge, em perigos e guerras esforçados
Grito de Guerra"São Jorge"
História
Guerras/batalhas
Insígnias
Estandarte Nacional (bandeira regimental)Bandeira das Forças Armadas Portuguesas
Comando
GeneralGeneral Nunes da Fonseca [1]
Comandantes
notáveis
Sede
Quartel GeneralFlag of Portugal.svg Lisboa
BairroSanto Estêvão
MoradaRua do Museu de Artilharia
InternetSítio oficial
Jornal do Exército
Facebook
Exército Português é o ramo terrestre das Forças Armadas Portuguesas, encarregado - em conjunto com os outros ramos - da defesa militar da Nação.

História[editar | editar código-fonte]

História do Exército Português está directamente ligada à História de Portugal, desde a sua primeira hora. As forças terrestres estiveram presentes na luta dos portugueses pela sua independência contra leoneses e muçulmanos no século XII, contra os invasores castelhanos no século XIV, contra os ocupantes espanhóis no século XVII e contra os invasores franceses no século XIX. Participaram ainda nas campanhas portuguesas no ultramar e exterior, desde o século XV, na África, Ásia, América, Oceânia e Europa. No século XX destaca-se a participação do Exército Português na Primeira Guerra Mundial, em França e África e a Guerra do Ultramar de 1961 a 1975 em AngolaÍndiaMoçambiqueGuiné e Timor. No século XXI é de destacar a intervenção do Exército Português nas diversas missões de apoio à paz em que Portugal tem participado (BósniaTimor-LesteKosovoMacedóniaAfeganistãoLíbano, etc.) .

Século XVIII[editar | editar código-fonte]

Durante o século XVIII houve uma grande reorganização e uma grande reestruturação das forças armadas, devido sobretudo à vinda de generais e chefes militares estrangeiros, da qual se destacou o Conde Lippe.
Granadeiro do Exército Português, em 1740.
Oficial e soldados fuzileiros do Regimento de Infantaria da Corte do Exército Português, em 1762.
Regimento de Cavalaria de Moura, em 1783.

Organização[editar | editar código-fonte]

O Exército Português encontra-se em fase de profunda reorganização definida pela nova Lei Orgânica do Exército Português (Decreto-Lei nº61/2006 de 21 de Março), que substituiu a lei homóloga de 1993.
O objectivo principal da nova orgânica seria o de fazer passar o Exército Português de uma organização territorial baseada no serviço militar obrigatório para uma organização operacional baseada em militares profissionais. Na sequência dessa intenção foram imediatamente extintas as regiões militares do Norte, Sul e Lisboa (Governo Militar de Lisboa). As outras alterações irão ser realizadas progressivamente até que o Exército passe completamente da estrutura definida pela Lei Orgânica de 1993 para a definida pela Lei Orgânica actual.
Na prática o Exército continuará a basear-se numa organização territorial "disfarçada" já que são mantidas as unidades territoriais (mas agora chamadas unidades de estrutura base) e as Grandes Unidades assumem as funções semelhantes às dos comandos territoriais e de natureza territorial extintos. Com a nova organização a operacionalidade do Exército até poderá vir a ser diminuída. Um exemplo disto é a transformação da actual Brigada Aerotransportada Independente, que era uma grande unidade operacional integrando armas combinadas, apoio de combate e apoio de serviços, na nova Brigada de Reacção Rápida que passará a ser uma espécie de agrupamento administrativo de tropas especiais (paraquedistas, comandos e operações especiais) sem capacidade de agir de forma integrada.
Algumas das alterações mais significativas na nova estrutura do Exército serão:
  1. Alteração da estrutura do comando superior do Exército
  2. Fim teórico da organização territorial do Exército e organização das suas forças na forma de Força Operacional Permanente do Exército
  3. Extinção dos comandos territoriais e de natureza territorial. Deste modo, além das regiões militares será extinto o Comando de Tropas Aerotransportadas e o Campo Militar de Santa Margarida deixará de ser comando territorial. As Zonas Militares dos Açores e da Madeira mantém-se, mas deixarão de ser consideradas comando territorial
  4. As unidades territoriais passarão a ser consideradas unidades da Estrutura Base do Exército, ficando na sua maioria dependentes das grandes unidades
  5. As grandes unidades terão a sua organização e denominação alterada. Desse modo a Brigada Mecanizada Independente passará a Brigada Mecanizada, a Brigada Ligeira de Intervenção passará a Brigada de Intervenção e a Brigada Aerotransportada Independente passará a Brigada de Reacção Rápida.

Estrutura de Comando do Exército[editar | editar código-fonte]

Exército Português, comandado pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, tem uma estrutura de comando superior constituída por:
Soldado de caçadores da Guerra Peninsular
  1. Comando do Exército, incluindo:
    • Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME)
    • Gabinete do CEME
    • Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército (VCEME)
    • Conselho Superior do Exército
    • Conselho Superior de Disciplina do Exército
    • Junta Médica de Revisão do Exército
    • Inspecção-Geral do Exército
    • Estado-Maior do Exército
  2. Órgãos Centrais de Administração e Direcção:
  3. Estabelecimentos de Ensino Superior

Força Operacional Permanente do Exército[editar | editar código-fonte]

Do Comando das Forças Terrestres (CFT) depende a Força Operacional Permanente do Exército constituída pelas seguintes grandes unidades operacionais e pelas Forças de Apoio Geral:
Obs.: Apesar de dependerem administrativamente do Comando Operacional do Exército, as Zonas Militares dependem operacionalmente dos Comandos Operacionais (conjuntos) dos Açores e da Madeira.

Estrutura Base do Exército[editar | editar código-fonte]

Dependentes dos vários comandos e grandes unidades, o Exército Português engloba diversas unidades da Estrutura Base do Exército, anteriormente denominadas unidades territoriais. As unidades da Estrutura Base do Exército são bases e centros de instrução, destinados a organizar, treinar e manter as unidades operacionais componentes das grandes unidades, zonas militares e forças de apoio geral. Por razões históricas, a maioria das unidades da Estrutura Base do Exército está associada a uma Arma ou Serviço e possui a designação de regimento. Por dependências as unidades da EBE são:
Organização da Força Operacional Permanente do Exército Português
O Rei D. Carlos I com oficiais do Exército no princípio do século XX
Militares em progressão na selva africana durante a Guerra do Ultramar
Obs.: Pela nova organização do Exército a maioria das funções das antigas Escolas Práticas dos Serviços de Transportes e Material, foram integradas na Escola Prática de Administração Militar, que passou a chamar-se Escola Prática dos Serviços. O Regimento de Artilharia Nº 5 , apesar da denominação, é um centro de instrução geral para militares de todas as armas e serviços.
Na dependência directa do Comando Operacional:
Na dependência da Zona Militar dos Açores:
Na dependência da Zona Militar da Madeira:
Na dependência da Brigada Mecanizada:
  • (pela nova orgânica, não dispõe de Unidades da Estrutura Base)
Na dependência da Brigada de Intervenção:
Na dependência da Brigada de Reacção Rápida:
Na dependência das Forças de Apoio Geral:
Pela nova orgânica do Exército, foram ou serão extintas as seguintes unidades:

Quadros de pessoal e áreas funcionais do Exército[editar | editar código-fonte]

O quadro de pessoal do Exército Português subdivide-se em diversos quadros especiais denominados "corpo de oficiais generais", "armas" e "serviços". Cada quadro especial corresponde a uma área funcional militar, sendo que as combatentes são designadas genericamente "armas" e as essencialmente logísticas são designadas genericamente "serviços". O corpo de oficiais generais inclui todos os oficiais generais do Exército, os quais podem ter origem tanto nas armas como nos serviços, sendo que apenas os originados das armas podem ascender ao postos superiores ao de major-general. Os quadros técnicos agrupam os oficiais técnicos de algumas armas e serviços, com origem sobretudo na categoria de sargentos. Os quadros de bandas e fanfarras incluem os militares ligados à música. Existem diversos quadros especiais em extinção progressiva, por cancelamento de novas admissões.
Embarque de tropas para Angola durante a Primeira Guerra Mundial.
Coluna blindada na Bósnia
Tropas do Exército no Kosovo

Equipamento do Exército Português[editar | editar código-fonte]

Aqui segue a lista completa do Equipamento do Exército Português.

Hierarquia e distintivos[editar | editar código-fonte]

Oficiais Generais
MarechalGeneralTenente-GeneralMajor-GeneralBrigadeiro-General
OF-10OF-9OF-8OF-7OF-6
23 - Marechal.svg22 - General.svg21 - Tenente-general.svg20 - Major-general.svg19 - Brigadeiro-general.svg
Oficiais superiores
CoronelTenente-CoronelMajor
OF-5OF-4OF-3
18 - Coronel.svg17 - Tenente-coronel.svg16 - Major.svg
Capitães e Oficiais Subalternos
CapitãoTenenteAlferesAspirante
OF-2OF-1OF-1OF-D
15 - Capitão.svg14 - Tenente.svg13 - Alferes.svg12 - Aspirante.svg
Sargentos
Sargento-MorSargento-ChefeSargento-AjudantePrimeiro-SargentoSegundo-SargentoFurrielSegundo-Furriel
OR-9OR-8OR-7OR-6OR-5OR-5OR-5
11 - Sargento-mor.png10 - Sargento-chefe.png9 - Sargento-ajudante.png8 - Primeiro-sargento.svg7 - Segundo-sargento.svg6 - Furriel.svg5 - Segundo-furriel.svg
Praças
Cabo-AdjuntoPrimeiro-CaboSegundo-CaboSoldado
OR-4OR-3OR-2OR-1
4 - Cabo-adjunto.svg3 - Primeiro-cabo.svg2 - Segundo-cabo.svg1 - Soldado.svg

Ver também[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Exército Português

Referências

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

AMÉRICO MONTEIRO DE AGUIAR - PADRE AMÉRICO -. NASCEU HÁ 132 ANOS EM 1887 - 23 DE OUTUBRO DE 2019



Américo Monteiro de Aguiar

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Padre Américo, escultura de Henrique Moreira (1959/61 - Bronze) na Praça da RepúblicaPorto
Américo Monteiro de Aguiar, mais conhecido por Padre Américo (PenafielGalegos23 de Outubro de 1887 — CampoValongo16 de Julho de 1956), foi um importante benfeitor português que dedicou a sua vida aos mais carenciados, principalmente jovens, que se traduziu em inúmeras realizações. Foi em São Pedro de Alva, que o Padre Américo idealizou da Obra da Rua e fundou a sua primeira Casa da Colónia como era assim chamada a Casa do Gaiato, a mais conhecida e relevante referida obra.

Vida e Obra[editar | editar código-fonte]

Padre Américo nasceu a 23 de Outubro de 1887 na freguesia de Galegos, Concelho de Penafiel, tendo sido baptizado em 4 de Novembro do mesmo ano. Frequentou o Ensino Primário na sua terra natal, transitando, em 1898, para o Colégio do Carmo, em Penafiel, e no ano seguinte para o Colégio de Santa Quitéria, em Felgueiras. Terminados os estudos liceais, em 1902, emprega-se, no Porto, numa loja de ferragens. Em 1906, porém, resolve partir para Moçambique, estabelecendo-se em Chinde, onde trabalha na companhia The British Central Africa e na African Lakes, como despachante. Por essa altura trava conhecimento com o padre Rafael Maria da Assunção, que mais tarde seria nomeado Bispo de Cabo Verde.
Regressado a Penafiel, em 1923, contacta o pároco local de quem tinha sido companheiro de infância e comunica-lhe o desejo de entrar para um convento franciscano, dando como única explicação a frase é uma martelada!. Dois meses depois entra no Convento de Santo António de Vilariño, em Tui (Espanha), onde permanece durante nove meses como postulante, a estudar latim e ciências naturais e mais um ano, depois da tomada do hábito.
As dificuldades em se adaptar à vida monástica conduzem à sua saída em Julho de 1925, mas tenta ingressar no seminário diocesano do Porto, embora o Bispo D. António Barbosa Leão não dê seguimento ao seu requerimento. Contacta então o Bispo de Coimbra, D. Manuel Luís Coelho da Silva, que o aceita.
Depois de se formar em Teologia no Seminário de Coimbra, foi nomeado Perfeito do Seminário e professor de Português. É igualmente capelão em Casais do Campo, freguesia de São Martinho do Bispo e designado pároco de São Paulo de Frades, não chegando a tomar posse, incapacitado por um esgotamento.
É quando D. Manuel Luís Coelho da SilvaBispo de Coimbra, lhe entrega a Sopa dos Pobres, em 1932 que começa a revelar a sua verdadeira vocação. A partir daí não mais parou.
Em Maio de 1935, foi convidado para São Pedro de Alva pregar à população. Certo dia o pároco da freguesia leva-o à escola primária e foi aí que idealizou e teve a visão da obra da rua. Logo aí fundou a primeira Casa da Colónia. Decidiu em Agosto ir para a capital de distrito, e então inicia as Colónias de Férias do Garoto da Baixa em Coimbra, estágio embrionário do que viria a ser posteriormente a Casa do Gaiato. Seguem-se Vila Nova do Ceira e Miranda do Corvo. A 7 de Janeiro de 1940, finalmente, o Padre da Rua funda a primeira Casa do Gaiato no lugar de Bujos, em Miranda do Corvo. A segunda Casa do Gaiato, no mosteiro beneditino de Paço de Sousa, seria o local escolhido,para o surgimento da Aldeia do Gaiato para acolhimento e alojamento de jovens a que se seguiria o Lar do Gaiato, no Porto. No mesmo âmbito e sob o lema «cada freguesia cuide dos seus pobres» é o projecto de construção das primeiras casas do património dos pobres, também em Paço de Sousa, em Fevereiro de 1951.
A Obra da Rua é consagrada ao Santíssimo Nome de Jesus, e o seu ex-líbris é o Quim Mau, o garoto de braços abertos que pede o amor do próximo.
1 de Janeiro de 1941 abre o lar do Ex-Pupilo das Tutorias e dos Reformatórios, na Rua da Trindade, em Coimbra, instituição que será entregue aos Serviços Jurisdicionais de Menores em 1950; em Junho do mesmo ano, publica o primeiro volume do Pão dos Pobres.
Em 1942, publica Obra da Rua.
5 de Março de 1944 aparece o primeiro número do jornal O Gaiato, quinzenário da Obra da Rua, de que é fundador e director.
4 de Janeiro de 1948 seria inaugurada a Casa do Gaiato de Lisboa, situada na quinta da Mitra, em Santo Antão do Tojal, em Loures.
Em 1950, saem a público o opúsculo Do Fundamento da Obra da Rua e do Teor dos seus Obreiros e o primeiro volume do livro Isto é a Casa do Gaiato.
Em 1952, viagem a África; publica um novo livro, O Barredo, a que se seguem, em 1954Ovo de Colombo e Viagens, no ano em que toma posse da quinta da Torre, em Beire, freguesia de Paredes, para a instalação de uma Casa do Gaiato e do Calvário, para o abrigo de doentes incuráveis.
1 de Julho de 1955, abre a Casa do Gaiato de Setúbal, em Algeruz.
Em 1956, morre vitima de acidente de viação em Campo no concelho de Valongo. O seu processo de glorificação canónica teve início em 1986.

Casa do Gaiato

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Obra da Rua, ou Obra do Padre Américo MHM, mais conhecida como Casa do Gaiato, é uma instituição particular de solidariedade social com sede em Paço de Sousa (Penafiel), fundada pelo Padre Américo (Américo Monteiro de Aguiar) em 1940, e que tem como objectivo acolher, educar e integrar na sociedade crianças e jovens que, por qualquer motivo, se viram privados de meio familiar normal.
O Padre Américo idealizou a obra da rua em São Pedro de Alva, onde fundou a primeira casa do gaiato, inicialmente chamada de Casa da Colónia.
A Obra organiza-se em casas onde acolhe rapazes desde a mais tenra infância até cerca dos 25 anos. A população média de cada casa é de 150 rapazes.
A 15 de Janeiro de 1998 foi feita Membro-Honorário da Ordem do Mérito.[1]
O lema de Padre Américo era "Não existem rapazes maus".

Índice

Os princípios e pedagogia da Obra da Rua[editar | editar código-fonte]

1. Regime de autogoverno:
Obra de rapazes, para rapazes, pelos rapazes;
Os chefes são eleitos pela comunidade.
2. Liberdade e espontaneidade:
"Ninguém espere fazer homens de rapazes domados";
"Porta sempre aberta".
3. Responsabilidade:
"Em nossas casas todos e cada um tem a sua responsabilidade".
4. Virtudes humanas:
Solidariedade, generosidade, camaradagem, amor ao próximo;
"Os mais velhos cuidam dos mais novos".
5. Vida familiar:
"Não somos asilo, nem reformatório, nem colónia penal;
Não há nem nunca houve fardas ou uniformes;
"A família é o modelo da Obra".
6. Ligação à natureza.
7. Formação religiosa.

Casas[editar | editar código-fonte]

A Obra tem casas em:
Tem igualmente casas em Angola (Benguela, fundada em 1962 e Malange, fundada em 1963) e Moçambique (Maputo, fundada em 1965)

Referências

  1.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Obra do Padre Américo". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de abril de 2016

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