terça-feira, 22 de outubro de 2019

JOSÉ LEITÃO DE BARROS - CINEASTA - NASCEU EM 1896 - 22 DE OUTUBRO DE 2019

José Leitão de Barros

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José Leitão de Barros
Nome completoJosé Júlio Marques Leitão de Barros
Nascimento22 de outubro de 1896
LisboaPortugal
NacionalidadePortuguês
Morte29 de junho de 1967 (70 anos)
LisboaPortugal
OcupaçãoCineasta
CônjugeHelena Roque Gameiro
José Júlio Marques Leitão de Barros GOC • ComSE (LisboaSanta Isabel22 de outubro de 1896 — LisboaSão Mamede29 de junho de 1967) foi um professor, cineasta, jornalista, dramaturgo e pintor português, que se distingue dos da sua geração pelo sentido estético das suas obras e por antecipar, sem bases teóricas, todo um movimento cinematográfico que se dedicou à prática da antropologia visual. É o autor da primeira docuficção portuguesa e segunda etnoficção mundial na história do cinema (Maria do Mar, 1930), tendo sido Moana (1926), de Robert Flaherty, a primeira.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Leitão de Barros.
Filho de Joaquim José de Barros, militar, primeiro-tenente da Armada, do Porto, e de sua mulher D. Júlia Amélia Marques Leitão, de Lisboa.[1] O seu irmão Carlos Joaquim Marques Leitão de Barros foi também tenente, Cavaleiro e Oficial da Ordem Militar de Avis e Oficial da Ordem de Benemerência, e a sua irmã Teresa Emília Marques Leitão de Barros foi Dama da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.[2]
Frequentou a Faculdade de Ciências e também a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Depois de concluir um curso da Escola Normal Superior de Lisboa, foi professor do ensino secundário (desenho, matemática).[3] Tirou também o curso de arquitectura na Escola de Belas-Artes. Expôs várias obras de pintura em museus portugueses, em Espanha, no Museu de Arte Contemporânea de Madrid e ainda no Brasil.
Casou em Oeiras, a 17 de Agosto de 1923, com Helena Roque Gameiro, com quem teve dois filhos, José Manuel e Maria Helena.[1]
Dramaturgo, peças suas subiram à cena em Lisboa, no Teatro Nacional e noutras salas. Cenógrafo, responsabilizou-se pela montagem de muitas peças. Jornalista, dirigiu a revista Notícias Ilustrado (1928-1935) e colaborou, por exemplo, nos jornais O SéculoA Capital, e ABC, na revista Contemporânea[4] (1915-1926). Fundou e dirigiu O Domingo Ilustrado[5] (1925-1927), e Século Ilustrado. O seu nome consta da lista de colaboradores da revista de cinema Movimento [6] (1933-1934) e também no Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas [7] (1941-1945). Foi o principal animador da construção dos estúdios da Tobis Portuguesa, concluídos em 1933 em conjunto com a qual realizou mais tarde, em 1966, o filme "A Ponte Salazar sobre o Rio Tejo em Portugal" [8].
Celebrizado pela sua carreira cinematográfica, Leitão de Barros deixou também marcas duradouras no jornalismo português. Em 1938, foi protagonista de uma longa entrevista à rainha Dona Amélia em Paris, publicada nas páginas de "O Século" e "O Século Ilustrado". A peça terá sido um instrumento de propaganda para aproximar a rainha viúva do Estado Novo e a monarca aproveitou a oportunidade para gabar algumas das obras do salazarismo.[9]
Anos antes, em 1932, quando ainda trabalhava no "Notícias Ilustrado", Leitão de Barros protagonizou outro caso célebre, dando cobertura à alegação infantil de que um sósia de António Oliveira Salazar estava representado nos Painéis de São Vicente. A informação foi relatada entusiasticamente pelo suplemento do Diário de Notícias, conferindo uma aura providencial ao ditador.[10]
Leitão de Barros.
Organizou, a partir de 1934, vários cortejos históricos e marchas populares das Festas da Cidade, actividade que regularmente manteve durante a década seguinte. Foi secretário-geral da Exposição do Mundo Português e responsável pela organização da ‘’Feira Popular’’ de Lisboa (1943). Foi director da Sociedade Nacional de Belas-Artes.
Interessou-se entretanto pelo cinema: Malmequer e Mal de Espanha (1918) foram os seus primeiros filmes. Neles se salientam duas tendências: a evocação histórica dos temas e a crónica anedótica. Assimilou, por influência de Rino Lupo, o conceito de filme pictórico, desenvolvido por Louis Feuillade, o do Film Esthétique, e depois algumas das ideias formais do cinema soviético teorizadas por Eisenstein.
Com o documentário Nazaré (1927), retomando um tema já explorado pelo francês Roger Lion em 1923, registou aspectos de rude beleza plástica e de aguda observação humana, tal como no filme Lisboa, Crónica Anedótica de uma Capital (1930), em que misturou actores conhecidos com a gente da rua, antecipando assim tendências modernas. No mesmo ano, rodou ainda na Nazaré a Maria do Mar. Depois filmou A Severa (1931), o primeiro filme sonoro português. Ala Arriba! (1942), escrito por Alfredo Cortês, apresentava os pescadores da Póvoa de Varzim com uma força dramática pouco vulgares. A Bienal de Veneza deu-lhe um dos seus prémios. Seria, a partir dos anos sessenta, um dos cineastas preferidos do regime. Publicou também Elementos de História de Arte e, em livro, Os Corvos (crónicas publicadas no jornal Diário de Notícias).
A 4 de Setembro de 1935 foi feito Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 4 de Março de 1941 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo.[2]
Uma vasta obra e fervilhantes décadas de produção marcaram a vida deste homem, desde a aguarela ao cinema, passando pelo ensino e arquitectura. Aos 70 anos, viria a falecer de um tumor retroperitoneal, na sempre sua cidade, em 1967, estando sepultado no Cemitério dos Prazeres.

Filmografia[editar | editar código-fonte]

  • Mal de Espanha (1918)
  • O Homem dos Olhos Tortos (1918) (inacabado)
  • Malmequer (1918)
  • Sidónio Pais - Proclamação do Presidente da República (1918) (esta obra não sobreviveu)
  • Nazaré, Praia de Pescadores (1929) (perdeu-se a 2ª parte do filme)
  • Festas da Curia (1927)
  • Lisboa (1930)
  • Maria do Mar (1930)
  • A Severa (1931)
  • As Pupilas do Senhor Reitor(1935)[11]
  • Bocage (1936)
  • Las Tres Gracias (1936)
  • Maria Papoila (1937)
  • Legião Portuguesa (1937)
  • Mocidade Portuguesa (1937)
  • Varanda dos Rouxinóis (1939)
  • A Pesca do Atum (1939)
  • Ala-Arriba! (1942)
  • A Póvoa de Varzim (1942)
  • Inês de Castro (1944)
  • Camões (1946) realizador[12]
  • Vendaval Maravilhoso (1949) realizador, co-autor [13][14]
  • Comemorações Henriquinas (1960)
  • A Ponte da Arrábida Sobre o Rio Douro (1961)
  • Escolas de Portugal (1962)
  • A Ponte Salazar Sobre o Rio Tejo(1966)

Referências

  1. ↑ Ir para:a b "Costados", D. Gonçalo de Mesquita da Silveira de Vasconcelos e Sousa, Livraria Esquina, 1.ª Edição, Porto, 1997, N.º 94
  2. ↑ Ir para:a b http://www.ordens.presidencia.pt/
  3.  «Leitão de Barros»Infopédia. Consultado em 2 de Setembro de 2013
  4.  Contemporânea (1915-1926) [cópia digital, Hemeroteca Digital]
  5.  Rita Correia (10 de Novembro de 2007). «Ficha histórica: O Domingo Ilustrado (1925-1927)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de Outubro de 2014
  6.  Jorge Mangorrinha (25 de Fevereiro de 2014). «Ficha histórica: Movimento : cinema, arte, elegâncias (1933-1934)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 9 de Janeiro de 2015
  7.  Rita Correia (30 de julho de 2019). «Ficha histórica:Boletim do Sindicato Nacional dos Jornalistas (1941-1945)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de outubro de 2019
  8.  Hemeroteca Digital (2016). «Dossier digital:A inauguração da Ponte sobre o Tejo na imprensa»Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 8 de junho de 2017
  9.  "A Entrevista Pouco Diplomática de Leitão de Barros com a Rainha Dona Amélia"
  10.  "O Dedo de Ferro na Capa do Notícias Ilustrado"
  11.  RTPAs Pupilas do Senhor Reitor [em linha]
  12.  RTPCamões [em linha]
  13.  RTPVendaval Maravilhoso [em linha]
  14.  Cinemateca Brasileira Vendaval Maravilhoso [em linha]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Corvos, ilustrações de João Abel Manta, Lisboa, Emp. Nac. de Publicidade, 1960, p. 276.
  • Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura (20 volumes) - secretariado por MAGALHÃES, António Pereira; OLIVEIRA, Manuel Alves, 1ª ed., Lisboa, editorial Verbo, vol.3, 1973, p. 729.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Leitão de Barros em Cinema Português do Centro Virtual Camões.
  • Leitão de Barros no Centro de Língua Portuguesa da Universidade de Hamburgo.
  • do Futuro: Leitão de Barros, por João Marchante, na Alameda Digital.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

ALFRED NOBEL - QUÍMICO (Inventor da Dinamite)- NASCEU EM 1833 - 21 de outubro de 2019

Alfred Nobel

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Alfred Nobel
Alfred Nobel, fotografado por Gösta Florman.
Nome completoAlfred Bernhard Nobel
Conhecido(a) porInvenção da dinamite
Invenção da borracha sintética
Nascimento21 de outubro de 1833
Estocolmo
 Suécia
Morte10 de dezembro de 1896 (63 anos)
SanremoLigúria
 Itália
OcupaçãoQuímico, engenheiro, fabricante de armamentos, inventor
PrêmiosMedalha John Fritz (1910)[1]
Alfred Nobel

Vida e obra[editar | editar código-fonte]

Alfred Bernhard Nobel nasceu em 21 de outubro de 1833 em Estocolmo. Era filho de Immanuel Nobel, engenheiro civil e inventor, e de Andrietta Ahlsell, que provinha de uma família abastada sueca. Eles viviam em Estocolmo até que a empresa de Immanuel faliu. Andrietta e os filhos foram para a Finlândia, ao passo que Immanuel tentava montar um negócio em São Petersburgo, na Rússia. Nessa época Alfred estava com quatro anos de idade. Andrietta abriu uma mercearia para ganhar algum dinheiro e quando o marido obteve sucesso numa oficina de equipamento para o exército russo, mudaram-se todos para São Petersburgo[2].
Foi em São Petersburgo que ele e os irmãos estudaram. Rapidamente se notou um elevado interesse pela Literatura e pela Química. O pai, ao perceber isto, enviou-o para o estrangeiro para ganhar experiência no campo da Engenharia Química. Visitou países tais como FrançaAlemanha e Estados Unidos. Foi em Paris que conheceu o jovem químico italiano Ascanio Sobrero, que três anos antes tinha inventado a nitroglicerina. O invento fascinou Nobel devido ao seu potencial na engenharia civil.
Em 1852 foi trabalhar para a empresa do pai com os seus irmãos, e realizou experiências com o fim de arranjar um uso seguro e passível de vender para a nitroglicerina. Não obteve quaisquer resultados. Em 1863, regressou à Suécia com o objectivo de desenvolver a nitroglicerina como explosivo. Muda-se para uma zona isolada depois da morte do irmão Emil numa das suas explosões experimentais. Tentou então tornar a nitroglicerina num produto mais manipulável, juntando-lhe vários compostos, que a tornaram de facto numa pasta moldável, a dinamite [4]. A sua invenção veio facilitar os trabalhos de grandes construções tais como túneis e canais.
A dinamite espalhou-se rapidamente por todo o mundo. Nobel dedicava muito tempo aos seus laboratórios, de onde saíram outros inventos (já não relacionados com explosivos), tais como a borracha sintética.
O trabalho intenso durante toda a sua vida não lhe deixou muito tempo para a vida pessoal; tinha apenas uma grande amiga, Bertha Kinsky, que lhe transmitiu os seus ideais pacifistas. Isto iria contribuir para a criação de uma fundação com o seu nome, que promovesse o bem-estar da Humanidade.
Morreu de hemorragia cerebral, em 10 de dezembro de 1896, na sua casa em San Remo (Itália). No seu testamento havia a indicação para a criação de uma fundação que premiasse anualmente as pessoas que mais tivessem contribuído para o desenvolvimento da Humanidade. Em 1900 foi criada a Fundação Nobel que atribuía cinco prémios em áreas distintas: Química, Física, Medicina, Literatura (atribuídos por especialistas suecos) e Paz Mundial (atribuído por uma comissão do parlamento norueguês). Em 1969 criou-se um novo prémio na área da Economia (financiado pelo Banco da Suécia), o Prémio de Ciências Económicas em memória de Alfred Nobel. Mas de fato, esse prêmio não tem ligação com Alfred Nobel, não sendo pago com o dinheiro privado da Fundação Nobel, mas com dinheiro público do banco central sueco, embora os ganhadores sejam também escolhidos pela Academia Real das Ciências da Suécia. O vencedor do Prêmio Nobel recebe uma medalha Nobel em ouro e um diploma Nobel. A importância do prémio varia segundo as receitas da Fundação obtidas nesse ano. Assim, nasceu o Prémio Nobel, concedido todos os anos pela Real Academia de Ciências da Suécia.
Encontra-se sepultado no Norra begravningsplatsenSolnaEstocolmo na Suécia.[5]

Referências

  1.  «John Fritz Medal Past Recipients» (em inglês). American Association of Engineering Societies. Consultado em 30 de junho de 2015Cópia arquivada em 30 de junho de 2015
  2. ↑ Ir para:a b «Alfred Nobel». UOL - Educação. Consultado em 3 de março de 2012
  3.  Ernby, Birgitta; Martin Gellerstam, Sven-Göran Malmgren, Per Axelsson, Thomas Fehrm (2001). «Alfred Nobel». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 430. 793 páginas. ISBN 91-7227-186-8
  4.  Alfred Nobel: Us Patent
  5.  Alfred Nobel (em inglês) no Find a Grave

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

  • Schück, H, and Sohlman, R., (1929). The Life of Alfred Nobel. London: William Heineman Ltd.
  • Alfred Nobel US Patent No 78,317, dated 26 May 1868
  • Evlanoff, M. and Fluor, M. Alfred Nobel – The Loneliest Millionaire. Los Angeles, Ward Ritchie Press, 1969.
  • Sohlman, R. The Legacy of Alfred Nobel, transl. Schubert E. London: The Bodley Head, 1983 (Swedish original, Ett Testamente, published in 1950).
  • Jorpes, J.E. Alfred Nobel. British Medical Journal, Jan.3, 1959, 1(5113): 1–6.
  • Sri Kantha, S. Alfred Nobel's unusual creativity; an analysis. Medical Hypotheses, April 1999; 53(4): 338–344.
  • Sri Kantha, S. Could nitroglycerine poisoning be the cause of Alfred Nobel's anginal pains and premature death? Medical Hypotheses, 1997; 49: 303–306.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Alfred Nobel
Precedido por
Charles Talbot Porter
Medalha John Fritz
1910
Sucedido por
William Henry White
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~DIA MUNDIAL DAS MISSÕES - 21 DE OUTUBRO DE 2019

Missões

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As missões são iniciativas religiosas destinadas a propagarem os princípios do Cristianismo e do Islã[1] entre os povos não monoteístas. Se baseiam em princípios da teologia cristã e em imitação do ministério de Jesus Cristo e em cumprimento do mandamento que deu aos seus apóstolos para pregarem o Evangelho pelo mundo. Mas, além de serem simples ministério da palavra, as missões se estruturam ou inserem em comunidades estáveis e procuram integrar, com maior ou menor sucesso, os princípios cristãos com a realidade de vida dos povos em que se implantam. Dessa forma, ultrapassam a esfera religiosa e assumem uma dimensão social, econômica, educativa, assistencial e, muitas vezes, também artística e cultural.
Missionários pregando na China.
O primeiro grande missionário foi Paulo de Tarso, que contextualizou a doutrina de Cristo para um público greco-romano, permitindo que ela transcendesse suas raízes judaicas. Desde então, seu exemplo foi seguido por um sem-número de outros religiosos ao longo dos séculos, mas, historicamente, muitas missões exerceram um impacto cultural destrutivo sobre os povos evangelizados, suprimindo ou transformando radicalmente suas culturas originais. Justamente por isso, muitas delas encontraram forte resistência, dando origem a revoltas sangrentas onde muitos perderam suas vidas. Dentre as missões historicamente mais importantes, estão as que os católicos fundaram nas Américas, convertendo os povos indígenas em massa e dando origem a uma rica cultura sincrética, onde, no entanto, as tradições indígenas acabaram se perdendo em larga medida.
Modernamente, as missões já não tendem a impor sua visão sobre as culturas nativas, mas, antes, procuram apresentar-lhes os princípios cristãos de forma compreensível para que os indivíduos possam ter uma nova opção e escolher sua crença com maior consciência e engajamento. As atuais missões dirigem boa parte de seus esforços para que se formem lideranças locais que conduzam suas comunidades para um desenvolvimento ao longo de linhas autodeterminadas, autossustentadas e em integração com seus contextos regionais ou nacionais. Com a crescente valorização recente das culturas tradicionais, as missões religiosas, muitas vezes, tem sido objeto de crítica por sua presença invariavelmente introduzir mudanças nas estruturas sociais pré-existentes. Por outro lado, sua ação assistencial e organizadora pode ser útil em regiões afligidas por conflitos militares e/ou fome e pobreza.

Ver também[editar | editar código-fonte]

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