terça-feira, 15 de outubro de 2019

MANUEL DA FONSEC A - ESCRITOR - NASCEU EM 1922 - 15 DE OUTUBRO DE 2019

Manuel da Fonseca (escritor)

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Manuel da Fonseca
Nome completoManuel Lopes Ferreira Fonseca
Nascimento15 de outubro de 1911
Santiago do CacémPortugal
Morte11 de março de 1993 (81 anos)
LisboaPortugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoEscritorpoetacontistaromancista e Cronista
Magnum opusAldeia Nova
Manuel Lopes Ferreira Fonseca, mais conhecido como Manuel da Fonseca[1] (Santiago do Cacém15 de outubro de 1911 — Lisboa11 de março de 1993) foi um escritor (poetacontistaromancista e cronista) português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Após ter terminado o ensino básico, Manuel da Fonseca prosseguiu os seus estudos em Lisboa. Estudou no Colégio Vasco da Gama, Liceu Camões, Escola Lusitânia e Escola de Belas-Artes. Apesar de não ter sobressaído na área das Belas-Artes, deixou alguns registos do seu traço, sobretudo nos retratos que fazia de alguns dos seus companheiros de tertúlias lisboetas, como é o caso do de José Cardoso Pires. Durante os períodos de interregno escolar, aproveitava para regressar ao seu Alentejo de origem. Daí que o espaço de eleição dos seus primeiros textos seja o Alentejo. Só mais tarde e a partir de Um Anjo no Trapézio é que o espaço das suas obras passa a ser a cidade de Lisboa.
Membro do Partido Comunista Português (PCP), Manuel da Fonseca fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e é considerado por muitos como um dos melhores escritores do Neorrealismo português. Nas suas obras, carregadas de intervenção social e política, relata como poucos a vida dura do Alentejo e dos alentejanos.
A sua vida profissional foi muito díspar, tendo exercido nos mais diferentes setores: comércioindústriarevistasagências publicitárias, entre outras.
Era membro da Sociedade Portuguesa de Escritores quando esta atribuiu o Grande Prémio da Novelística a José Luandino Vieira pela sua obra Luuanda, o que levou ao encerramento desta instituição e à detenção de alguns dos seus membros na prisão de Caxias, entre os quais Manuel da Fonseca.
A 25 de outubro de 1983, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[2]
Em sua homenagem, a Escola Secundária de Santiago do Cacém denomina-se Escola Secundária Manuel da Fonseca[3] e as bibliotecas municipais de Castro Verde[4] e Santiago do Cacém,[5] Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca.

Jornais e revistas onde colaborou[editar | editar código-fonte]

Obras[editar | editar código-fonte]

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • Rosa dos ventos - Edição do autor
  • Planície –
  • Poemas dispersos – 1958
  • Poemas completos – 1958, com prefácio de Mário Dionísio
  • Obra poética
  • O Largo

Contos[editar | editar código-fonte]

  • O Retrato - 1953
  • Aldeia Nova – 1942
  • O Fogo e as cinzas – 1953 - Edição Três Abelhas (a sua mais importante obra)
  • Um anjo no trapézio – 1968
  • Tempo de solidão – 1973
  • Tempo de solidão - Edição especial dos Estúdios Cor (edição limitada e oferecida pela editora no Natal de 1973).
  • Mestre Finezas
  • A Torre da Má Hora
  • Mataram a Tuna!
  • A Testemunhada

Romance[editar | editar código-fonte]

Crónicas[editar | editar código-fonte]

  • Crónicas algarvias – 1968
  • À lareira, nos fundos da casa onde o Retorta tem o café
  • O vagabundo na cidade
  • Pessoas na paisagem

Notas

  1.  Erroneamente referenciado nalguns locais como Manuel Dias da Fonseca. Cf. a certidão de nascimento publicada na página da Escola Secundária Manuel da Fonseca.
  2.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Manuel da Fonseca". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 14 de julho de 2019
  3.  Cf. a página da Escola Secundária Manuel da Fonseca Arquivado em 8 de setembro de 2011, no Wayback Machine.
  4.  Inaugurada em 22 de abril de 1995. Cf. a página da Câmara Municipal de Castro Verde Arquivado em 20 de outubro de 2011, no Wayback Machine..
  5.  «Cópia arquivada». Consultado em 26 de junho de 2015. Arquivado do original em 26 de junho de 2015
  6. ↑ Ir para:a b c d e f «Efemérides - Manuel da Fonseca (1911-1993): no Centenário do seu Nascimento». Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de fevereiro de 2015Cópia arquivada em 17 de março de 2013

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

JAIME MAGALHÃES DE LIMA - jornalista - nasceu em 1859 - 15 de Outubro de 2019

Jaime de Magalhães Lima

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Jaime de Magalhães Lima
Nascimento15 de outubro de 1859
Aveiro
Morte26 de fevereiro de 1936 (76 anos)
Eixo, Aveiro
Nacionalidadeportuguesa
Alma materUniversidade de Coimbra
OcupaçãoJornalista, escritor
Magnum opusA Língua Portuguesa e os seus mistérios
Jaime de Magalhães Lima (AveiroVera Cruz15 de Outubro de 1859 — Aveiro, Eixo26 de Fevereiro de 1936) foi um pensador, poeta, ensaísta e crítico literário português. Foi defensor e divulgador do vegetarianismo, do qual era adepto fervoroso. É patrono da escola secundária de Esgueira, por isso denominada Escola Secundária Jaime de Magalhães Lima.

Família[editar | editar código-fonte]

Jaime de Magalhães Lima nasceu e viveu em Aveiro, Vera Cruz, filho de Sebastião de Carvalho e Lima (Aveiro, Eixo, 21 de Fevereiro de 1824 - Aveiro, Vera Cruz) e de sua mulher Leocádia Rodrigues Pinto de Magalhães (Rio de Janeiro - Aveiro, Vera Cruz), emigrantes portugueses na cidade do Rio de Janeiro. Teve duas irmãs (Lucília Carmina de Magalhães Lima e Zulmira de Magalhães Lima) e um irmão, o jornalista e político Sebastião de Magalhães Lima.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Era admirador de Tolstoi, que conheceu quando foi à Rússia, conforme relata no seu livro Cidades e paisagens (1889).
Dirigiu a revista Galeria Republicana [2](1882-1883) e colaborou na Revista de Portugal de Eça de Queiroz. Colaborou ainda com regularidade no mensário O Vegetariano, dirigido por Amílcar de Sousa e em diversas publicações periódicas, nomeadamente nas revistas: A semana de Lisboa[3] (1893-1895), Branco e negro[4] (1896-1898), Atlântida[5](1915-1920), Pela Grei [6] (1918-1919) e na revista Homens Livres [7] (1923).
Faleceu na sua quinta em Eixo, Aveiro, a 26 de Fevereiro de 1936.

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

Casou com Maria do Cardal de Lemos Pereira de Lacerda Sant'Iago (Condeixa-a-NovaCondeixa-a-Nova, 16 de Janeiro de 1865 - Condeixa-a-Nova, Condeixa-a-Nova, 16 de Janeiro de 1945), filha do 1.º Conde de Condeixa, de quem teve um filho e duas filhas.

Obras[editar | editar código-fonte]

(R)=Romance, (C)=Conferencia, (T)=Tradução, (P)=Obra poética, (E)=Ensaio, (B)=Biografia
  • 1886 - Estudos sobre a literatura contemporânea (E)
  • 1887 - O Snr. Oliveira Martins e o seu projecto de lei sobre o fomento rural
  • 1888 - A democracia (E) (eBook)
  • 1888 - A arte de estudar (T - Alexander Bain)
  • 1889 - Cidades e paisagens (eBook)
  • 1892 - As doutrinas do Conde Leão Tolstoi (E)
  • 1894-1895 - Jesus Cristo (T - Henri Didon)
  • 1899 - Notas de um provinciano
  • 1899 - Transviado (R) (eBook)
  • 1899 - O Crédito agrícola em Portugal (E) (eBook)
  • 1900 - Elogio de Edmundo de Magalhães Machado
  • 1901 - Sonho de Perfeição (R)
  • 1902 - J. P. Oliveira Martins : in memoriam : 30 de Abril de 1845 - 24 de Agosto de 1894
  • 1902 - Vozes do meu lar
  • 1903 - Na paz do senhor (R)
  • 1904 - Reino da saudade (R)
  • 1905 - Via redentora
  • 1906 - Apóstolos da terra
  • 1908 - S. Francisco de Assis e seus evangelhos
  • 1909 - O ensino de Jesus : uma exposição simples (T - Leão Tolstoi)
  • 1909 - A anexação da Bósnia e da Herzegovina pela Áustria (T - Leão Tolstoi)
  • 1909 - José Estêvão (eBook)
  • 1910 - Alexandre Herculano (B) (eBook)
  • 1910 - Rogações de eremita (eBook)
  • 1912 - O Vegetarismo e a Moralidade das raças (C) (eBook)
  • 1915 - Salmos do prisioneiro (eBook)
  • 1915 - A guerra: depoimentos de hereges (eBook)
  • 1918 - Do que o fogo não queima (eBook)
  • 1920 - Rasto de sonhos: arte e alentos de pousadas da minha terra
  • 1920 - Eucaliptos e acácias (eBook)
  • 1923 - Coro dos coveiros
  • 1923 - A língua portuguesa e os seus mistérios
  • 1924 - Alberto Sampaio e o significado dos seus estudos na interpretação da história nacional (B)
  • 1925 - Camilo e a renovação do sentimento nacional na sua época (B)
  • 1925 - Rafael Bordalo Pinheiro: moralizador político e social (B)
  • 1926 - A arte de repousar e o seu poder na constituição mental e moral dos trabalhadores
  • 1931 - Princípios e deveres elementares
  • 1931 - Dificuldades étnicas e históricas da insinuação do nacionalismo na arte portuguesa contemporânea
  • 1933 - O amor das nossas coisas: e alguns que bem o serviram
  • 1934 - Dr. Alberto Souto: o seu espírito, o seu carácter e a sua obra (B)
  • 1964 - O culto da flor e os jardins da Inglaterra
  • 1968 - Os povos do baixo Vouga
  • 1986 - Entre pastores e nas serras
  • 1957 - Divagações de um terceiro

Notas e referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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