terça-feira, 1 de outubro de 2019

PADRE CRUZ - MORREU EM 1948 - 1 DE OUTUBRO DE 2019

Francisco Rodrigues da Cruz

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Padre Cruz
Retrato icónico do Padre Cruz.
Servo de Deus
Nascimento29 de julho de 1859 em AlcochetePortugal
Morte1 de outubro de 1948 (89 anos) em LisboaPortugal
Veneração porIgreja Católica
Beatificação(processo em curso)
Principal temploCapela-Jazigo do Cemitério de BenficaLisboa
Padroeirodos sacerdotes; dos devotos do Imaculado Coração de Maria
Gloriole.svg Portal dos Santos
Padre Francisco Rodrigues da Cruz, dito o Padre Cruz[1] (Alcochete29 de julho de 1859 — Lisboa1 de outubro de 1948) foi um sacerdote católico português, que alcançou uma enorme fama de santidade em vida ao ponto de ser conhecido popularmente como o Santo Padre Cruz.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Formou-se em Teologia em Coimbra em 1880, e ordenou-se sacerdote em 1882. Por alturas das perseguições religiosas da Primeira República Portuguesa, esteve preso durante alguns dias e foi interrogado pelo próprio Ministro da Justiça de então, Afonso Costa, após o qual foi libertado. Era extremamente respeitado por todos, até por elementos mais radicalmente anticlericais, devido à caridade que exercia e pela santidade de vida que já então demonstrava, chegando a ser durante alguns anos o único sacerdote que se atrevia a usar a sotaina em público, ao arrepio do que estava estabelecido na lei. Desenvolveu um intenso apostolado e uma caridade sem limites junto dos presos, dos mais pobres e dos infelizes.
Retrato do Padre Cruz na sua juventude.
Devotíssimo do Imaculado Coração de Maria, um dos seus principais carismas foi em redor do sacramento da confissão, confessando o maior número de pessoas que conseguisse em qualquer lugar que fosse. A conversão do grande filósofo Leonardo Coimbra a ele se deve, uns dias antes de este morrer num acidente de automóvel.
Foi também um notável pregador e um ardente propagador das visitas ao Sagrado Lausperene.
Deu a Primeira Comunhão a Lúcia de Jesus Rosa dos Santos, a principal vidente de Nossa Senhora de Fátima, visitou o local das aparições na companhia dos três pastorinhos e com eles rezou, então, o terço do Santo Rosário.
Entrou na Companhia de Jesus em 1940, satisfazendo assim o desejo que acalentara havia 60 anos, por um privilégio concedido pelo Papa Pio XII que o isentava de um ano de noviciado e de residir em casas dessa ordem religiosa. Faleceu santamente em Lisboa no dia 1 de outubro de 1948. Por ordem expressa do Cardeal Patriarca de então, D. Manuel Gonçalves Cerejeira as suas exéquias foram realizadas na Sé Patriarcal "excepionalmente, como excepcional fora o querido morto", segundo uma nota sua.
O seu funeral foi uma verdadeira apoteose, tendo sido sempre acompanhado por uma massa imensa de povo desde a sua saída da Sé Patriarcal de Lisboa até ao Cemitério de Benfica, no outro extremo da cidade, onde ficou sepultado em jazigo da Companhia de Jesus.

Processo de beatificação[editar | editar código-fonte]

Placa evocativa do local onde viveu e morreu o Padre Cruz, em Lisboa.
Monumento situado junto à Igreja do Bairro Padre Cruz em Lisboa.
O processo informativo de beatificação começou em Lisboa a 10 de Março de 1951. A sua alma vivia de intenso amor de Deus e do próximo. Sensível a todas as misérias humanas, principalmente espirituais, devorado pelo zelo da glória de Deus e da salvação das almas, a vida do santo missionário foi um contínuo peregrinar por todo o Portugal, a rezar, a pregar, a abençoar. Mas o seu ministério predilecto foi junto dos humildes, dos presos das cadeias, dos doentes, dos pobres e necessitados, e dos pecadores. Devotíssimo do seu irmão em religião, São Francisco Xavier, a cuja intercessão confiava as suas preces, atribuía-lhe as inúmeras graças que Deus lhe concedia a favor dos que a ele recorriam nas suas necessidades materiais e espirituais.
O Secretariado da Vice-postulação da Causa para a beatificação do Padre Cruz encontra-se situada na Rua da Madalena, 179, r/c, em LisboaPortugal. Em frente, no Largo Adelino Amaro da Costa (ou Largo do Caldas), situa-se o edifício onde o próprio viveu desde o dia 13 de novembro de 1927 e onde morreu a 1 de outubro de 1948.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas

PINA MANIQUE - NASCEU EM 1733 _ 1 DE OUTUBRO DE 2019

Diogo Inácio de Pina Manique

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Diogo Inácio de Pina Manique
Nascimento3 de outubro de 1733
Lisboa
Morte1 de julho de 1805 (71 anos)
Lisboa
CidadaniaPortugal
Alma materUniversidade de Coimbra
Ocupaçãomagistradopolítico
Assento de baptismo de Diogo Inácio de Pina Manique, datado de 13 de Novembro de 1733. Paróquia de Santa CatarinaLisboa.
Retrato de Pina Manique (Oficina portuguesa do séc. XVIII), Palácio do Correio Velho, Lisboa.
Diogo Inácio de Pina Manique (Santa Catarina (Lisboa)3 de Outubro de 1733 – Anjos (Lisboa)1 de Julho de 1805)[1] foi um magistrado português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho legítimo de Pedro Damião de Pina Manique (Sé (Lisboa), bap. 12 de Outubro de 1704 - Santa Engrácia (Lisboa), 13 de Dezembro de 1756), Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, 3º Senhor do Morgadio de São Joaquim de Coina, Cavaleiro da Ordem de Cristo, etc. e de D. Helena Inácia de Faria (Santa Catarina (Lisboa), bap. 17 de Fevereiro de 1715 - Santa Engrácia (Lisboa), 27 de Março de 1785), que contraíram matrimónio em Oeiras a 25 de Julho de 1731. Neto paterno de Joaquim de Pina Manique, Escrivão da Executória das Commendas das Ordens e de D. Maria Josefa da Encarnação de Barros, materno de José Soares de Andrade, Coronel do Mar e de D. Catarina Josefa de Almeida.
Formado em Leis pela Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, ocupou diversos cargos, antes de ser designado Intendente-Geral da Polícia. Foi juiz do crime em diversos bairros de Lisboa, superintendente-geral de Contrabandos e Descaminhos, desembargador da Relação do Porto, desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação.
Homem da confiança de Sebastião José de Carvalho e Melo, só foi, no entanto, nomeado Intendente-Geral da Polícia depois da queda do Marquês de Pombal. Acumulou esse cargo com os de desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação, contador da Fazenda, superintendente-geral de Contrabandos e Descaminhos e fiscal da Junta de Administração da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba.
Em 1781, começou a funcionar no Castelo de São Jorge, em Lisboa, a Casa Pia, fundada por Pina Manique e destinada inicialmente a recolher mendigos e órfãos.
Durante o reinado de D. Maria I, a sua acção como Intendente-Geral da Polícia orientou-se para a repressão das ideias oriundas da Revolução Francesa, designadamente através da proibição de circulação de livros e publicações, e da perseguição a diversos intelectuais, especialmente maçons que ele culpava de terem conspirado a favor da referida revolução[2]. A pedido de Napoleão Bonaparte, o regente D. João viu-se "obrigado" a demiti-lo em 14 de Março de 1803.
Faleceu de um tumor maligno dois anos depois de abandonar o cargo, no seu palácio da Travessa da Cruz, em Lisboa, nos Anjos. Tinha 71 anos. Foi sepultado num jazigo subterrâneo de família no Convento de Nossa Senhora da Penha de França.
Foi casado com D. Inácia Margarida Umbelina de Brito Nogueira de Matos (Santa Justa (Lisboa), bap. 31 de Julho de 1749 - Anjos (Lisboa), 10 de Outubro de 1808), com quem casou a 8 de Dezembro de 1773 na Igreja Paroquial de São Cristóvão, em Lisboa, filha de Nicolau de Matos Leitão Nogueira de Andrade, Fidalgo-Capelão da Casa Real, Monsenhor do Patriarcado de Lisboa, Governador do Arcebispado de Évora, membro do Conselho privado do Rei D. José I, condenado pelo Tribunal da Inconfidência e deportado para Angola, por ordem do Marquês de Pombal, e de D. Ana Joaquina Teresa de Sampaio.
Teve quatro filhos:

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Diogo Inácio de Pina Manique
  • Pina Manique (Diogo Inácio da), Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume V, págs. 738-740, Edição em papel de João Romano Torres, em 1904-1915, Edição electrónica de Manuel Amaral, em 2000-2010

FONSECAS, FONSEKAS, etc.

Atenção:

Esta descrição do foi por mim transcrita através do site:

OS DA FONSECA;
DE FONSEQUE;
FONSECA;
ETC: NO MUNDO


DESCRIÇÃO
Fonseca - Uma família e uma história

No livro “Fonseca - Uma família e uma história” - de Walter Fonseca - edição de 1982 - Editora Obelisco - SP: diz;
“Todavia as origens mais remotas dos FONSECAS retroagem no tempo até o século II a.C., quando Portugal e Espanha foram conquistados pelos romanos. O nome FONSECA é tão antigo quanto o antiquíssimo velho Portugal.”
Apesar de muito popular em Portugal o nome Fonseca, não se sabe exactamente qual a família que teve primeiro o direito de usá-lo.
JOUBIN afirma que o primeiro a adoptar o apelido em causa foi MEM GONÇALO DA FONSECA (ou Affonseca), gentil-homem de dom Sancho I de Portugal, no século XIII, que lutou contra os mouros e fundou o Mosteiro de Moncellos.
Genealogistas portugueses entendem que o nome Fonseca provém da linhagem dos de Riba Douro, descendentes de Dom Moninho Viegas - o Gasco, que foi casado com dona Valida Trocosendes, de cujo matrimónio nasceu Dom Garcia Moniz, que foi morto pelos mouros, quando da conquista de Riba Douro.
Dom Garcia Moniz foi pai de Dom Rodrigo Garcia, que teve dois filhos: Dom Garcia Rodrigues, que se chamou FONSECA por ter sido o senhorio desse lugar, e Dom Payo Garcia, casado com dona Dordia Ramires, filha de Dom Ramiro Pinhones, senhor de Távora.
Dom Payo Garcia e sua mulher Dordia Ramires foram pais de dom EGAS GARCIA DA FONSECA, chamado o BUFO, sucessor do senhorio do couto de Leomil e da honra de FONSECA, que ficava junto de São Martinho dos Mouros. Dom Egas Garcia da Fonseca foi casado com dona Maior Paes de Curveira, filha de Dom Payo Pires Romeu. Deste último casal descendem os FONSECAS, os COUTINHOS e outras famílias.
Dom Garcia Rodrigues e seu irmão Dom Payo Garcia foram senhores do lugar denominado FONSECA, que tomaram aos mouros e também senhoriaram o couto de Leomil, havido por doação do Conde Dom Henrique, no século XII, ao correr o ano de 1102.
Por sua vez os genealogistas espanhóis consideram que a origem da família provém de Mem Gonçalves da Fonseca, que foi senhor de Quintana de La Fonseca, junto ao Rio Minho, nos idos de 1081.
Parece mais aceitável esta genealogia, mas também oferece muitas causas de dúvida, especialmente nas primeiras gerações em que os patronímicos não correspondem ao nome dos pais. O ramo mais velho da família manteve-se em Portugal, mas os genealogistas não são suficientemente explícitos sobre a forma por que ele chegou até Pedro Rodrigues da Fonseca. O nome FONSECA estendeu-se além de Portugal e Espanha, tomando a forma de FONSÈQUE na França e de Fonseca ou FONSECHA na Itália.
FONSECA ou AFFONSECA provém da família de Mem Gonçalves da Fonseca ou Mem Gonçalez de AFFONSECA, que deixou a seguinte descendência: Payo Cavaleiro, Fidalgo de Galiza, que foi pai de Gonçcalo Paese este pai de Mem Gonçalez de Affonseca, casado com dona Maria Peres Tavares, filha de Estevam Peres Tavares, sabendo-se que deste casal descendem todos os FONSECAS de Portugal e do Brasil.
A afirmativa parece demasiadamente abrangente, porquanto um mesmo patronímico nem sempre condiciona a origem de seus usuários a um tronco genealógico comum. Muitos titulares de apelidos de família ou sobrenomes os receberam ou adoptaram como homenagem ou gratidão a alguém.
Do passado distante aos dias de hoje, é comum afilhados e serviçais adoptarem os sobrenomes dos padrinhos ou patrões, sem que entre eles exista qualquer espécie de consanguinidade.
O casal Mem Gonçalez da Affonseca e Maria Peres Tavares teve dois filhos: Ruy Mendes de Affonseca e Fernão Mendes de Affonseca, que foi pai de Pedro Rodrigues de Affonseca, o qual morreu sem sucessão, e de dona Urraca Dias de Affonseca, casada com Estevam Martins Vicente, filho de Vicente Martim Viegas, senhor do couto de Leomil, na Província da Beira. Deste casal nasceram três filhos: Pedro Martins de Affonseca, Fernão Martins de Affonseca e dona Beringuella Esteves.
Do segundo filho do casal - Fernão Martins de Affonseca, que também foi senhor do couto de Leomil, como o foram seus pais e avós, procedem os Coutinhos, nome que derivou de couteiro, apelido com o qual era conhecido Fernão.
Os Coutinhos descendem dos FONSECAS e, por isso, trazem as Armas destes diferenciadas do timbre, que é um leopardo de vermelho, armado de ouro, carregado de uma estrela do mesmo na espádua e tendo uma capela de flores na garra direita.
Distanciada das remotas origens portuguesas e espanholas, informa-se que a FAMÍLIA FONSECA, brasileira, tem as suas raízes mais antigas na família Lopes Galvão, que teve como seu fundador, nos fins do século XVIII, o Mestre de Campo do Regimento da cidade de Olinda/PE - MANOEL LOPES GALVÃO, que se fixou no Rio Grande do Norte.
Núcleos da família Lopes Galvão se desenvolveram na região de Seridó, notadamente nos municípios de Acary e Currais Novos. Posteriormente estenderam-se pelos Estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A pequena semente plantada no Rio Grande do Norte, no Seridó, brotou e lançou raízes que se abriram em leque abrangendo quase todo o Brasil.
Aqui, tanto quanto em Portugal e Espanha, dificuldades de identificação dos integrantes da FAMÍLIA FONSECA são imensas, de vez que também no Brasil os patronímicos, de modo geral, não correspondem aos nomes dos pais e, no decorrer dos anos seguintes, a pletora de homônimos passou a contribuir para o aumento das dificuldades, gerando confusões.
A partir de 1825 reaparecem, nos descendentes de Manuel Mendes da Fonseca e de sua mulher Rosa da Fonseca, os sobrenomes que, num passado longínquo, foram conhecidos em Portugal e Espanha: Rodrigues da Fonseca, Mendes da Fonseca (ou Affonseca) e Martins da Fonseca (ou Affonseca).
1825 - Severiano Martins da Fonseca. Marechal. Barão de Alagoas.
1831 - Hipólito Mendes da Fonseca.Capitão.
1855 - Hermes Rodrigues da Fonseca. Marechal. 8º Presidente do Brasil.
Além do Mestre de Campo Manoel Lopes Galvão, outros elementos de destacada importância deram origem à FAMÍLIA FONSECA, brasileira.
Não padece dúvida que cabe a MANOEL LOPES GALVÃO - de fato e de direito - o título de PATRIARCA da FAMÍLIA FONSECA, brasileira, quando a sua presença, no final do século XVII e princípios do século XVIII, se fez sentir no Rio Grande do Norte, na região do Seridó, Currais Novos e Acary.
Existiram naquele tempo, dois MANOEL LOPES GALVÃO. O primeiro, Secretário das Mercês do reinado de Dom João IV, em Portugal. O segundo MANOEL LOPES GALVÃO, seu filho, Mestre de Campo, casado com dona Margarida Lins Acioli, filha de Christovão Lins e de dona Adriana de Hollanda, transferiu-se para o Brasil e, no Seridó, fixou as raízes primeiras que originaram aqui a Família Fonseca.
Maria de Proença Lins Acioli, também chamada de Maria do Carmo Proença, filha daquele casal, foi c/c o Capitão Mor da Capitania do Ceará MANOEL DA FONSECA JAYME. (...)
Outros ancestrais da FAMÍLIA FONSECA, brasileira, são o coronel José Rodrigues Barbosa e o Capitão João Nunes Bayão c/c dona Felícia de Vasconcellos.
Em épocas próximas às dos ancestrais citados, surgiram Antonio José Victoriano BORGES DA FONSECA (N. Recife/PE em 1718 e falecido em 1786). Alferes Ligeiro, Mestre de Campo, Comandante da Ilha de Fernando de Noronha, Governador da Capitania do Ceará Grande, Escritor, c/c dona Joanna Ignacia Francisca Xavier e Ùrsula Maria da Costa, com os seguintes filhos: Antonio BORGES DA FONSECA (N. em Pernambuco em 1860), Mestre de Campo da Guarnição de Olinda/PE e Governador da Capitania da Paraíba. Francisca Margarida Escolástica da FONSECA. Maria Joanna da Graça c/c João Carneiro da Cunha. Francisca Euphemia do Rosario.
Cypriano Lopes da FONSECA GALVÃO - Comandante da Fortaleza do Ceará (1728), Capitão do Terço de Olinda/PE, criador de gado no Seridó, c/c Adriana de Hollanda de Vasconcellos, filha de Arnau de Hollanda (BORGES DA FONSECA), natural de Utrecht, Holanda, e de dona Brites Mendes de Vasconcellos, natural de Lisboa/Portugal, filha de Bartholomeu Rodrigues e de dona Joanna Goes de Vasconcellos.
Não se explica suficientemente bem a adopção do sobrenome BORGES DA FONSECA, usado por Arnau de Hollanda.
Arnau de Hollanda veio para o Brasil como Homem-Nobre, na comitiva de Duarte Coelho Pereira, 1º Donatário de Pernambuco, o qual tomou posse das terras da Capitania, sua governança e jurisdição, em 09 de maio de 1535.
Arnau foi nascido em Utrecht, província da Holanda, sendo filho de Henrique de Hollanda, Barão de Rhenoburg e de dona Margarida Florencia, irmã do Papa Adriano VI, cujo pontificado teve início em 09 de janeiro de 1522 e terminou com a sua morte em 14 de setembro de 1523.
O pai de dona Brites Mendes de Vasconcellos, Bartholomeu Rodrigues, foi Camareiro-Mor do Infante Dom Luiz, filho do Rei Dom Manuel e de dona Joanna Goes Vasconcellos, que fora criada da Rainha dona Catharina, mulher do Rei Dom João III, que a entregou a dona Brites de Albuquerque, irmã de Jeronymo d´Albuquerque e mulher de Duarte Coelho Pereira, quando esta veio para o Brasil.
De Arnau de Hollanda (BORGES DA FONSECA), nada mais se sabe. Sua mulher, dona Brites Mendes de Vasconcellos, viveu quase 100 anos, ficando por isso conhecida como a “Velha”, vindo a falecer em 19 de dezembro de 1620, na cidade de Olinda/PE, quando foi então sepultada na Igreja de Santo Antonio e São Gonçalo, do Convento da Ordem de Nossa Senhora do Monte do Carmo, naquela cidade.
FONSECA e ESCOBAR transcrevem a seguinte citação:
... Agostinho de Hollanda depondo em abril de 1594, perante o Visitador do Santo Ofício, diz ser filho de Arnau de Hollanda, um dos Homens-Nobres que acompanham Duarte Coelho, e dizem as Memórias, que dele se conservam, que era sobrinho do Papa Adriano VI, que subiu ‘a cadeira de São Pedro, em 09 de janeiro de 1522”.
ADRIAN DEDEL nasceu em Utrecht, província da Hollanda, em 02 de março de 1459, tendo sido consagrado Papa, com o nome de Adriano VI, em 1522. Filho de Florensz Boeyens e de Gertruda, foi irmão de Margarida Florencia c/c Henrique de Hollanda, pais de Arnau de Hollanda.
Do casamento de Arnau de Hollanda (BORGES DA FONSECA) com dona Brites Mendes de Vasconcellos, nasceram quatro filhos: Christovão de Hollanda Vasconcellos, Antonio de Hollanda Vasconcellos, Agustinho de Hollanda de Vasconcellos e Adriana de Hollanda Vasconcellos, que foi casada com Cypriano LOPES GALVÃO.
O Mestre de Campo MANOEL LOPES GALVÃO, também fidalgo da Casa Real, e o Capitão Mor Manoel da FONSECA Jayme foram ancestrais do brigadeiro José Antonio da FONSECA GALVÃO, c/c Marianna Clementina de Vasconcellos Galvão.
Desse casal nasceram Rufino Enéas Gustavo Galvão, Visconde de Maracaju, Antonio Enéas Gustavo Galvão, Barão do Rio Apa, Manoel do Nascimento da FONSECA GALVÃO, Desembargador, Maria da Glória de Vasconcellos Galvão e Silva c/c Joaquim da Costa e Silva e Luiza Clementina de Vasconcellos Galvão e Silva.
O Visconde de Maracaju foi o pai do Ministro do Supremo Tribunal Federal Enéas Galvão c/c Dona Lísia do Vale Galvão. Foi Promotor Público na Comarca de Barra Mansa/RJ, em 1886; Juiz substituto na Comarca de Vassouras/RJ (1889); Juiz Substituto na Corte (1890) e Desembargador na Corte de Apelação (1898). Faleceu em 24-11-1916, na cidade de Teresópolis/RJ.
O nome exacto e completo do Visconde de Maracaju e o de seu irmão, o Barão do Rio Apa, era FONSECA GALVÃO, afirmativa facilmente comprovada pelo simples exame do Decreto Imperial de 23 de maio de 1875, que aprovou e concedeu o Brasão de Armas, Nobreza e Fidalguia a Rufino Enéas Gustavo da FONSECA GALVÃO.
O referido Brasão de Armas, Nobreza e Fidalguia é bi-partido, sendo um lado em vermelho, representando os GALVÕES e outro em ouro, representando os FONSECAS.
A omissão, pelos interessados, do nome FONSECA, parece ter sido feita visando eliminar problema de cacofonia (som ruim - encontro ou repetição de sons que desagradam ao ouvido) - Fonseca/Galvão, o que também aconteceria com a retirada do nome GALVÃO, fato circunstancial que ocorreu com o Tenente Coronel Manuel Mendes da FONSECA, marido de Rosa da FONSECA e filho único do Tenente Coronel Manuel Mendes da FONSECA GALVÃO.
Retornando às origens dos FONSECAS no Brasil, verifica-se a existência de dois troncos ancestrais básicos: LOPES GALVÃO e FONSECA GALVÃO.






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Fica pois aqui o meu contributo para a história dos FONSECAS.



ANTÓNIO FONSECA


Porto, 1 de Maio de 2019

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