domingo, 8 de setembro de 2019

DIA DA FISIOTERAPIA - 8 DE SETEMBRO DE 2019

Fibromialgia

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Fibromialgia
18 Locais sensíveis testados no diagnóstico da fibromialgia
SinónimosSíndrome fibromiálgica
EspecialidadeReumatologia
SintomasDor disseminada, cansaço, perturbações do sono[1][2]
Início habitualMeia-idade[3]
DuraçãoCrónica[1]
CausasDesconhecidas[2][3]
Método de diagnósticoBaseado nos sintomas após exclusão de outras potenciais causas[2][3]
Condições semelhantesPolimialgia reumáticaartrite reumatoideosteoartritedoença da tiroide[4]
TratamentoDormir adequadamente, exercício físico, dieta saudável[3]
MedicaçãoDuloxetinamilnacipranopregabalina[3]
PrognósticoEsperança de vida normal[3]
Frequência2–8%[2]
Classificação e recursos externos
CID-10M79.7
CID-9729.1
MedlinePlus000427
eMedicine3298383341411006715312778
MeSHD005356
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fibromialgia, também denominada de síndrome fibromiálgica (abreviado para FM), é uma síndrome dolorosa reumática idiopática e multifatorial que provoca um ligeiro aumento da tensão muscular, especialmente durante o seu uso excessivo ou impróprio, e é caracterizada por dores musculares e nos tecidos fibrosos (tendões e ligamentos), de tipo crónico - difuso, flutuante e migrante - associada a rigidez, astenia (perda de força com fatigabilidade), parestesiasedema subjetivo, insónia ou distúrbio do sono, alterações da sensibilidade (tais como sensibilidade aumentada a estímulos)[5] e problemas no sistema dopaminérgico, no sistema serotoninérgico,[6] na hormona do crescimento, no funcionamento das mitocôndrias e/ou no sistema endócrino.[7]
O seu próprio diagnóstico e aspectos clínicos têm sido muito controversos. Várias pesquisas indicam que as anormalidades na recepção dos neurotransmissores são frequentes em pacientes com fibromialgia. Essas alterações podem ser o resultado do stress grave prolongado. A depressão maior e transtornos de ansiedade, especialmente transtorno de estresse pós-traumático, são comorbidades comuns.[8][9] A fibromialgia é também descrita como uma forma generalizada de reumatismo extra-articular não-inflamatório, e de origem incerta. Apesar de não se tratar dum transtorno psíquico, embora o stress físico e psicológico e a ansiedade possam incidir sobre isso, alguns especialistas podem enquadrá-la num conjunto diversificado de sintomas que muitas vezes são tratados como transtornos psicológicos, ou como efeitos físicos do transtorno depressivo.[6][10][11]
A doença pode estar associada à actividade laboral do sujeito debilitado,[12] à familiaridade genética, a reacções alérgicas ou a um co-envolvimento do sistema imunológico, que causa um tilt dos principais receptores neurológicos. Desconhece-se a real etiologia da doença, e é considerada, portanto, uma síndrome reumática atípica.[13]
Não existem quaisquer sinais que evidenciem alterações hemáticas, musculares, neurológicas e radiográficas; não existem aspectos histopatológicos seguros (danos aos tecidos perceptíveis com exame ao microscópio) característicos.[10] Os índices de inflamação do corpo são normais, mas a percepção da dor por parte do paciente multiplica. A fibromialgia é diagnosticada por exclusão doutras patologias (diagnóstico diferencial), e subsequente palpação de determinados sítios denominados pontos dolorosos (tender-points).
As principais zonas afectadas pela dor são a coluna vertebral, os ombros, a cintura pélvica, os braços, pulsos e coxas. A dor crónica, que muitas vezes ocorre em intervalos de tempo, está associada a diversos sintomas, sobretudo transtornos de humor e de sono, bem como astenia ou fadiga crónica. Além disso, a falta de resposta a analgésicos comuns, bem como o caráter "migrante" das dores, são características peculiares da fibromialgia. A possibilidade de cura é ainda hoje objecto de estudo: as recomendações variam desde um sono saudável, exercícios regulares e uma dieta equilibrada, e também têm sido testados vários fármacos neste sentido.[6]

Sintomas[editar | editar código-fonte]

Sintomas da fibromialgia (em espanhol)
A fibromialgia é um estado de saúde complexo e heterogêneo no qual há um distúrbio no processamento da dor por mais de 3 meses associado a outras características secundárias como[14]:

Diagnóstico e Características[editar | editar código-fonte]

A palavra Fibromialgia deriva do latim fibro (tecido fibroso: tendões, fáscias), do grego mio (tecido muscular), algos (dor - algós) e ia (condição).
É entidade nosológica reconhecida desde meados do século XIX com outras denominações - fibrosite, dor muscular crónica, reumatismo psicogénico, mialgia por tensão, ou mesmo confundida com sintomas de somatização.[5]
A síndrome de fibromialgia ou somente fibromialgia é classificada como sendo um dos tipos de Reumatismos Extra-articulares, dos quais fazem parte as tendinites (tendinoses), as mialgias (dores musculares em geral), Síndrome do túnel do carpo e tarsobursites não infecciosas, entre outras. Pela denominação da sua classificação, a fibromialgia não acomete as articulações, como ocorre com os outros tipos de reumatismos. Afecta apenas as chamadas "partes moles". Há cada vez mais evidências que esta síndrome seja causada por lesões musculares que permanecem no corpo de alguns indivíduos, provoca dores generalizadas nos músculosligamentostendões e fáscias (tipo de tecido fibroso que envolve todas as estruturas do corpo, inclusive as citadas anteriormente).
As dores da fibromialgia podem variar de níveis de intensidade dependendo do paciente, de quais são os pontos do corpo afetados, de qual o estágio da síndrome ele se encontra naquele momento, se ele está ou não em crise, pelas condições do clima, do equilíbrio hormonal (nas mulheres), do estado psico-emocional, entre outros fatores. As dores podem variar desde uma simples sensação dolorosa até níveis insuportáveis ao toque da(s) área(s), ao movimento ou também com o corpo inerte (parado). Podem-se manifestar por períodos de horas, dias, meses ou permanentemente, em áreas diversas ou mais localmente.
Portanto, geralmente as dores apresentam-se distribuídas pelo corpo e não necessariamente têm de ter simetria, ou seja, elas podem variar de intensidade de um lado em relação ao outro. As dores podem ou não ser acompanhadas de manifestações associadas. Destas últimas, as mais frequentes são: alterações quantitativas e qualitativas do sono ou distúrbios do sono, fadigacefaleias, alterações cognitivas (p. ex: problemas de memória e concentração), parestesias/disestesias (amortecimentos), irritabilidade emocional e, em cerca de 75% dos casos, depressão, entre outras. Há citações de haver praticamente perto de 200 manifestações associadas já catalogadas.
Trata-se de um acometimento musculoesquelético não articular, cujos critérios de diagnóstico foram estabelecidos pelo Colegiado Americano de Reumatologia (CAR) em 1990. Desde essa época, foram adotados pela comunidade científica no mundo ocidental - inclusive Portugal e Brasil.
Não possui um método de diagnóstico directo, portanto há a necessidade de se diagnosticar tal síndrome por exclusão. Ou seja, o médico necessitará fazer vários exames de imagem e de laboratório para excluir a possibilidade de os sintomas serem provocados por algum outro acometimento e se acaso o resultado for negativo para estes, o profissional tocará os pontos pré-determinados para o diagnóstico de fibromialgia e constatará ser de facto a síndrome.
A Associação Brasileira de Reumatologia[15] recomenda aos médicos que sejam excluídos ao se fazer o diagnóstico de fibromialgia os seguintes acometimentos:
Os pontos avaliados são em total 18, sendo que ao se constatar dor intensa em 11 ou mais, confirma-se o diagnóstico.[16]
  • Critério Preliminar de 2010
  • O critério preliminar da Sociedade Americana de Reumatologia (ACR) (WOLFE; CLAUW; et al.,2010), fez um número de mudanças para o diagnóstico e a definição descritas no critério da ACR 1990 (WOLFE et al., 1999). O critério de 2010 eliminou a contagem de pontos gatilhos que era anteriormente essencial para o diagnóstico e definição da fibromialgia (VANDERSCHUEREN et al., 2010).
  • Ele alterou os critérios e tornou possível diagnosticar a fibromialgia naqueles que não tem dor generalizada (um constituinte do critério de 1990) (BOSCHERT, 2013).  Este critério usa o Índice de Dor Generalizada (WPI) e a Escala de Severidade de Sintomas (SS) no lugar do teste dos pontos gatilhos do critério de 1990.
  • O Índice de Dor Generalizada conta com 19 áreas corporais nas quais as pessoas tem experimentado dor nas duas últimas semanas.
  • A Escala de Severidade de Sintomas mede a taxa de fadiga das pessoas, sintomas cognitivos, e sintomas somáticos gerais, cada um com uma escala de 0 a 3, que varia de 0 a 12.
  • O critério revisado para o diagnóstico é: WPI ≥ 7 e SS ≥ 5 ou WPI 3–6 e SS ≥ 9.
  • A Fibromialgia é diagnosticada desde que os sintomas estejam presentes em níveis similares por pelo menos três meses, e nenhum outro diagnóstico diferente que pudesse explicar a dor. (WOLFE et al. 2010).
  • Critério 2011  
  • Em 2011, os autores do critério de 2010 e mais alguns outros propuseram uma modificação do critério de 2010, para que os itens do critério pudessem ser obtidos por auto relato(WOLFE; CLAUW, et al., 2011).
  • No momento do desenvolvimento dos critérios de 2011, 2 componentes dos critérios, o Índice de Dor Generalizada (WPI) e a Escala de Gravidade dos Sintomas (SS), foram combinados para formar a Escala de Sintomas de Fibromialgia, mais tarde chamada de Escala de Angústia Polissintomática (PSD) (WOLFE; HAUSER; 2011).
  • Os autores afirmaram que a fibromialgia pode ser vista como um distúrbio contínuo e que a escala poderia fornecer uma medida desse continuum. Por definição, pacientes positivos para fibromialgia pelo critério 2010/2011 sempre tiveram uma pontuação PSD de ≥ 12. Portanto, a pontuação PSD quantitativa poderia oferecer a visão da distância quantitativa de um paciente em relação ao diagnóstico de fibromialgia.
Esta síndrome tem como característica causar muito sofrimento para os seus portadores. Quanto mais avançado o estágio, maior os sofrimento e o comprometimento da autonomia da realização de suas ocupações.
A Fibromialgia, de forma direta, oferece risco de morte, podendo o paciente ter uma sobrevida de 10 anos. Existem relatos de historico de 20 anos da doença em casos de diagnostico prematuro, ainda no inicio da doença. Porém, de forma indireta, devido a necessidade de baixar a imunidade do sistema biológico para tratar a doença, ela poderá trazer sérias consequências ao portador. Como a maioria necessita de administração de medicamentos muito fortes para a dor por longos períodos (anos, décadas - tais como: anti-inflamatóriosanalgésicos e até morfina ou os seus derivados (em casos mais graves)- o fibromiálgico poderá ficar vulnerável a ter algum problema sério de saúde e vir a não perceber, ou perceber muito tarde. Se acaso o paciente com fibromialgia tiver por exemplo: pneumoniaapendiciteinfecção urináriaúlcera, etc., estes problemas podem ser percebidos quando já estiverem em estado avançado, pois as medicações tiram as dores iniciais destes acometimentos e elas também não permitem que a febre se manifeste tão facilmente. Assim, o portador de fibromialgia deve estar muito atento para que não passe a correr riscos por causa da necessidade do uso das medicações para dor por tempo prolongado.

Epidemiologia[editar | editar código-fonte]

A fibromialgia acomete cerca 2% a 4% da população adulta nos países ocidentais e as mulheres são 5 a 9 vezes mais afetadas do que os homens. A idade predominante do aparecimento dos sintomas oscila entre os 20 e os 50 anos. As crianças (há citações de casos com 2 anos de idade), os jovens e também os indivíduos acima de 50 anos também podem apresentar Fibromialgia. A prevalência de dor crônica difusa na população em geral está entre 11 e 13%.[17]

Causas[editar | editar código-fonte]

A causa e os mecanismos que provocam fibromialgia não estão perfeitamente esclarecidos dentro da medicina, porém existem vários mecanismos prováveis, dentre eles:
  • O mau funcionamento das mitocôndrias das células.[18]
  • Lesões músculo-esqueléticas que vão se acumulando com o decorrer do tempo. Os traumatismos provocados por quedas, esforço exagerado, acidentes, etc., em alguns indivíduos, podem permanecer latentes até por décadas e com o acúmulo deles no corpo, se poderá chegar a um momento em que eles se generalizem por quase todas as áreas.
  • A diminuição de serotonina e o aumento de neurotransmissores, como da substância P, provocam maior sensibilidade à dor e podem estar implicados na diminuição do fluxo de sangue que ocorre nos músculos e tecidos superficiais encontrados nos casos de fibromialgia. Porém, diversos trabalhos científicos comprovam que outros acometimentos que causam dor crônica intensa também provocam os mesmos problemas, donde vem a suspeita de não ser este o motivo das dores desta síndrome e sim, apenas uma reação normal do organismo quando está sob uma situação dolorosa intensa. Alterações serotoninérgicas já foram compravas nos portadores, porém medicamentos que aumentam a serotonina (ISRS) tem eficácia bastante limitada e alguns medicamentos eficazes bloqueiam um tipo de serotonina (5-HT3).[19]

Tratamento[editar | editar código-fonte]

A dor pode ser tratada pela tentativa de solucionar o problema das mitocôndrias. Pode-se fazer uso de medicamentos naturais como Carnitina, Isotônicos e vitaminas que aliviam não apenas os sintomas mas também educa o funcionamento das células fazendo com que as mesmas regularizem a produção de energia e respiração diminuindo ou até findando a dor.
O tratamento da fibromialgia inclui medicamentos e medidas assistência fisioterapêutica e terapêutica ocupacional. Por ser uma doença idiopática (de causa desconhecida), a ênfase deve ser dada à redução dos sintomas de dor e na melhora da saúde de maneira geral.
Medicamentos APROVADOS[15] para fibromialgia:
Medicamentos que devem ser evitados (Não recomendados pelos especialistas)[20]:
A Dra. Lin destaca que analgésicos e antiinflamatórios não são suficientes, destacando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar. Segundo ela, os pacientes: precisam conhecer a proposta de tratamento que inclui medicação e atendimento psicológico e emocional. Além da medicação, a doutora indica também a acupuntura e a realização de exercícios físicos suaves para diminuir os sintomas, ressaltando a necessidade de aprender a reconhecer e administrar os fatores que desencadeiam as crises.

Terapia Ocupacional[editar | editar código-fonte]

A pessoa que tem fibromialgia frequentemente relata dificuldade para dormir, acorda com a sensação de que dormiu mal e não descansou durante a noite (sono não-restaurador), o que resulta em sonolência durante o dia.
Dentre os diversos sinais e sintomas que o paciente fibromiálgico apresenta, o quadro de dor crônica pode causar sofrimento persistente ao paciente, gerando alterações psicoativas que afetam a percepção do indivíduo quanto ao seu bem-estar e qualidade de vida, interferindo de forma negativa na realização de suas atividades de vida diária, lazer e de trabalho (SANTOS, et al. 2006; DE CARLO; QUEIROZ e SANTOS, 2008).
 Os objetivos do tratamento terapêutico ocupacional para pacientes reumáticos envolvem: promover a manutenção ou aumento da capacidade funcional, orientar o paciente quanto a técnicas de proteção articular e conservação de energia e monitorar a adesão do paciente ao tratamento, oferecendo-lhe suporte emocional e os esclarecimentos de que ele necessitar (SPENCER, 2002; BUCKNER, 2004).
A aplicação desses objetivos pode variar de acordo com os resultados da avaliação. Por isso, o plano de tratamento deve ter seus objetivos traçados individualmente, baseando-se na gravidade dos sintomas, no estado geral de saúde, estilo de vida e metas pessoais do paciente, que deve ser um participante ativo em seu processo de reabilitação (BUCKNER, 2004; DE CARLO, et al. 2004).
Para alcançar os objetivos de tratamento, existem diversos recursos que o terapeuta ocupacional pode utilizar. Dentre eles estão: pacing da atividade, exercícios terapêuticos, orientação quanto à mecânica corporal adotada durante as atividades (técnicas de proteção articular e conservação de energia - já falada no blog), recursos físicos, técnicas de relaxamento e o método cognitivo-comportamental (DE CARLO, et al. 2004; DE CARLO; CUKIERMAN e FIGUEIRÓ, 2008). Todos esses recursos terapêuticos podem ser utilizados numa modalidade de atendimento terapêutico ocupacional tanto individual como grupal.

Fisioterapia[editar | editar código-fonte]

A prática de atividade física moderada é considerada essencial no tratamento convencional da fibromialgia. Muitos pacientes conseguem manter a qualidade de vida com pouca medicação e prática regular de exercícios moderados. A indicação desses exercícios deve ser personalizada, orientada por um profissional capacitado, pois o excesso pode causar dores e crises que acabam inviabilizando a prática constante.
eutonia, uma técnica de educação corporal e autoconhecimento do corpo, demonstrou ser eficaz como associação ao tratamento usual na diminuição de dor.[21]
Exercícios suaves, meditação e massagem são práticas de medicina complementar que, associadas ao tratamento médico, podem auxiliar a aliviar os sintomas de quem é afetado por esta síndrome. A Fisioterapia ameniza as dores, provoca relaxamento usando a eletroterapia (Ondas Curtas, Microondas) o Turbilhão, usado com água morna que tem efeito relaxante como os demais recursos eletroterápicos descritos.[carece de fontes] Além disso, os alongamentos e massagens terapêuticas são usadas para "soltar" os pontos de tensão.
É fundamental que o profissional que realiza a prática conheça os sintomas específicos relacionados à doença e trabalhe de acordo com a situação específica de cada paciente.
Também, há estudos que mostram que a Coenzima Q10 pode ser um suplemento alimentar que auxilie no tratamento dessa síndrome (APPEL, Marli. Síndrome da fibromialgia: dor crônica - benefícios da Coenzima Q10. Disponível em: [3])

Psicoterapia[editar | editar código-fonte]

terapia cognitivo-comportamental provou ser significativamente mais benéfica que exercícios de relaxamento para pacientes com fibromialgia e é recomendada pela sociedade brasileira de reumatologia.[22][23][24]
Tanto o treino de controle de estresse, relaxamento progressivo e reestruturação cognitiva ajudaram na redução do nível de estresse, na diminuição da ansiedade e depressão e o desenvolvimento da assertividade, mas nenhuma dessas técnicas mostrou-se significativa na redução da percepção das dores. Apesar de não diminuir a dor, houve uma melhora significativa na qualidade de vida e produtividade da maioria dos pacientes.[25]
Ela é recomendada especialmente para pacientes que tenham também transtornos de ansiedade, transtorno de despersonalização, irritabilidade e agressividade.

Terapias alternativas[editar | editar código-fonte]

A grande maioria das terapias alternativas, como Reeducação Postural Globalpilateshipnoterapiaquiropraxiabiofeedback e homeopatia não têm pesquisas considerada válida pela comunidade científica, contando somente com a divulgação de pessoas que passaram por elas e não são recomendadas pelos médicos especialistas em fibromialgia.[26]
Também não existem evidências científicas de que terapias alternativas, como chás, terapias ortomoleculares, cristais, cromoterapia e florais de Bach, entre outros, sejam eficazes. Tratamentos complementares e terapias alternativas devem ser utilizadas com cuidado e sempre com orientação médica, para evitar agravar a doença ou mesmo ilusões por profissionais de caráter duvidoso.[27]
A acupuntura reduz a dor, rigidez, cansaço e bem estrar geral. A acupuntura com estimulação elétrica é melhor do que a acupuntura tradicional na redução da dor, da rigidez e na melhora geral do bem-estar, sono e fadiga.[28]
Quaisquer terapias que ocasionem melhora da qualidade de vida sem sequelas ou efeitos colaterais danosos podem ser utilizadas pelos pacientes, apesar de não serem unanimidade. A escolha do tipo de tratamento deve levar em conta a adesão do paciente, suas possibilidades e a melhora da qualidade de vida.

Referências

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Fibromialgia

AUGUST WILHELM SCHLEGEL - POETA NASWCEU EM 1767 - 8 DE SETEMBRO DE 2019

August Wilhelm Schlegel

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August Wilhelm Schlegel
Nascimento8 de setembro de 1767
Hanôver
Morte12 de maio de 1845 (77 anos)
Bonn
SepultamentoAlter Friedhof Bonn
CidadaniaAlemanha
ProgenitoresPai:Johann Adolf Schlegel
CônjugeCaroline Schelling
Irmão(s)Friedrich Schlegel
Alma materUniversidade de Göttingen
Ocupaçãolinguista, tradutor, sanscritista, filósofopoeta, crítico literário, historiador literário, romanista, dramaturgo, professor universitário, escritor, indianista
PrêmiosOrdem do Mérito para as Artes e Ciência
EmpregadorUniversidade de BonnUniversidade de Jena
August Wilhelm von Schlegel (Hanôver8 de setembro de 1767 — Bonn12 de maio de 1845) foi um poeta alemão, tradutorcrítico e filólogo. É considerado um dos mais importantes filósofos da linguagem da primeira fase do romantismo alemão e pioneiro nos estudos filológicos sobre o sânscrito. Também é bastante conhecido por suas traduções para o alemão de Shakespeare (17 peças), Calderón de la BarcaLope de VegaPetrarca e Camões . Foi educado no Hannover Gymnasium e na Universidade de Göttingen. Com seu irmão Friedrich, fundou a Athenaeum (1798-1800), considerada a principal revista desse primeiro período do romantismo alemão[1].  Em torno dos irmãos se reuniu um círculo de escritores, como NovalisLudwig Tieck e Schelling, que originou esse movimento literário no início do século XIX. Nos estudos linguísticos, August Schlegel é considerado um dos precursores da classificação tipológica das línguas.

Biografia[2][editar | editar código-fonte]

August era o quarto filho de uma família de dez irmãos, oito homens e duas mulheres. Seu pai, Johann Adolf Schlegel (1721-1793), era pastor luterano. Sua mãe, Johanna Christiane Erdmuthe Hübsch (1735-1811), era filha de um professor de matemática. Na família havia um ambiente artística e intelectualmente aberto. Em 1786, August Schlegel foi estudar teologia na Universidade de Göttingen, mas terminou optando por filologia. Tornou-se aluno de Gottfried August Bürger, que lhe ensinou tradução de línguas clássicas e modernas. Seu irmão Friedrich mudou-se também para Göttingen em 1789. Os dois foram influenciados pelo pensamento de HerderKantTiberius HermsterhuisWinckelmann e Dalberg. Em 1791, August Schlegel concluiu seus estudos universitários, tendo iniciado um ano antes sua primeira tradução de Shakespeare, a da peça "Sonho de uma noite de verão", e também a da Divina Comédia de Dante.
Após alguns anos como tutor na casa de um banqueiro em Amsterdã, foi para Jena, onde, em 1796, casou-se com Caroline Michäelis. Em 1798 tornou-se professor visitante da Universidade de Jena. Lá continuou suas traduções da obra de Shakespeare, que foram terminadas, sob a supervisão de Ludwig Tieck, pela filha de Tieck, Dorothea, e por Graf Wolf von Baudissin. Esta é considerada uma das melhores traduções poéticas em alemão. Em Jena, Schlegel contribuiu para os periódicos de Schiller, o Hören e o Musenalmanach, e, juntamente com seu irmão Friedrich, dirigiu a revista Athenaeum. Publicou também um livro de poemas.
Em 1801, publicou um livro de críticas literárias, Charakteristiken und Kritiken. No ano seguinte, foi morar em Berlim, onde realizou uma série de palestras sobre literatura e artes plásticas. Dois anos depois, Schlegel publicou Ion, uma tragédia no estilo de Eurípides, que deu origem a um debate sobre os princípios da poesia dramática. A isso seguiu-se a obra Spanisches Theater (2 Vols., 1803/1809), na qual ele apresentou traduções de Calderón de la Barca, e Blumensträusse italienischer, spanischer und portugiesischer Poesie (1804), em que traduziu obras do espanhol, do português e do italiano.
Em 1807, August atraiu muita atenção na França por ter escrito o ensaio, originalmente em francês, Comparaison entre la Phèdre de Racine et celle d'Euripide, no qual ataca o classicismo francês do ponto de vista da escola romântica. Seus trabalhos no domínio da arte e da literatura dramáticas (Über dramatische Kunst und Literatur, 1809-1811), traduzidos na maioria das línguas europeias, foram publicados em Viena em 1808. Enquanto isso, após o divórcio de sua esposa, Caroline, em 1803, August viajou para FrançaAlemanhaItália e outros países com Madame de Staël, de quem foi consultor literário e secretário, além de tutor dos filhos, pelo que recebia um grande salário. Muitas das ideias incorporadas no livro De l'Allemagne, escrito por Staël, eram provenientes de Schlegel. Em 1808, os dois foram expulsos de todo o império francês por Napoleão, acusados de serem inimigos da França e da literatura francesa. Viajaram juntos para Viena, Kiev, Moscou, São Petersburgo e Estocolmo. N a Suécia, Schlegel atuou no jornalismo político contra Napolão. Ele e Madame de Staël retornaram a Paris com a queda de Napoleão em 1814.
Em 1818, após a morte de Staël, August Schlegel aceitou um lugar de professor de literatura na Universidade de Bonn, e durante o resto de sua vida ocupou-se principalmente com estudos orientais, embora continuasse o trabalho sobre arte e literatura. Em 1828 publicou dois volumes de escritos críticos (Kritische Schriften). Entre 1823 e 1830 publicou o jornal Indische Bibliothek, bem como a tradução para o alemão do Bhagavad Gita, a partir do latim, e do Ramayana (1829). Estes trabalhos marcam o começo do estudo do sânscrito na Alemanha.
Schlegel casou-se (1818) com Sophie Paul, filha do também filólogo Hermann Paul, mas essa união foi dissolvida em 1821. Morreu em Bonn em 12 de maio 1845. Embora a obra poética de Schlegel não seja considerada de importância no romantismo alemão, ele foi considerado um grande tradutor e crítico já em sua época, trazendo para a língua alemã obras que foram fundamentais para o movimento romântico. Na crítica, August Schlegel pôs em prática o princípio romântico que o primeiro dever de um crítico não é julgar de um ponto de vista superior, mas compreender e caracterizar um trabalho de arte.

Contribuições para a Linguística[editar | editar código-fonte]

August Schlegel é considerado um precursor na classificação tipológica das línguas[3]. Essa classificação procura descrever vários tipos linguísticos encontrados entre as línguas a partir de um único parâmetro gramatical. As primeiras manifestações dessa tipologia de línguas baseiam-se na classificação morfológica proposta por Adam Smith, em 1761, e retomada pelos irmãos Friedrich (1808) e August Schlegel (1818).
August destacou-se pelo fato de apresentar, sob o domínio das línguas flexivas, a distinção entre “línguas analíticas” e “línguas sintéticas”, traduções dos termos compounded e uncompounded de Smith. A partir do chinês, August Schlegel sugeriu um terceiro tipo de línguas, as “sem estrutura”. De acordo com Albano Dalla Pria, "Uma língua sintética, segundo essa perspectiva, possui maior complexidade da sua flexão, que expressa de forma amalgamada caso, gênero, número, tempo, aspecto etc., ao passo que uma língua analítica faz uso de construções perifrásticas (com verbos auxiliares, preposições etc). [...] Daí vêm as dicotomias 'línguas sintáticas' e 'línguas morfológicas', 'línguas paradigmáticas' e 'línguas sintagmáticas', etc., que, em última instância, não passam da distinção entre línguas antigas (como o grego, o latim e o sânscrito) e línguas modernas da Europa (francês, inglês, espanhol, italiano, português, etc), tendo na sua base a palavra como unidade básica da língua"[3].
Ainda segundo Pria, "A classificação tripartite de Schlegel dá origem à formulação da classificação morfológica “clássica” de tipos de línguas: isolantes (ou monossilábicas), aglutinantes e flexivas (ou fusionantes). O período em que foram realizados esses estudos, isto é, o século XIX, foi bastante influenciado pelas concepções 'naturalistas' de evolução. Para August Schlegel e seus antecessores, a justificativa para a evolução de uma língua sintética para analítica assentaria basicamente no contato com outras línguas"[3].

Obras[editar | editar código-fonte]

  • (Übers.): W. Shakespeare: Dramatische Werke 9 Bde. Berlin: Unger 1797–1810. (Ergänzt u. erläutert von Ludwig Tieck. Theil 1–9. Berlin: Reimer 1825–33)
  • Athenaeum 3 Bde. Berlin: Vieweg (1) bzw. Berlin: Frölich (2–3) 1798–1800
  • Ehrenpforte und Triumphbogen für den Theater-Präsidenten von Kotzebue bey seiner gehofften Rückkehr ins Vaterland [1800]
  • Gedichte Tübingen: Cotta 1800
  • Charakteristiken und Kritiken 2 Bde. Königsberg: Nicolovius 1801
  • Musen-Almanach für das Jahr 1802 Hg. A. W. Schl. u. L. Tieck. Tübingen: Cotta 1802
  • An das Publikum. Rüge einer in der Jenaischen Allgemeinen Literatur-Zeitung begangnen
  • Gedichtzyklus Die Sylbenmaaße. Erstmals abgedruckt in: Friedrich Schlegel (Hrsg.): Europa. Band 1,2 (1803), S. 117f. Google Books
  • Ion. Ein Schauspiel Hamburg: Perthes 1803
  • Blumensträuße italienischer, spanischer und portugiesischer Poesie Berlin 1803
  • Spanisches Theater 2 Bde. Berlin 1803–1809
  • Über dramatische Kunst und Litteratur. Vorlesungen 3 Bde. Heidelberg: Mohr & Zimmer 1809–11
  • Poetische Werke 2 Bde. Heidelberg: Mohr & Zimmer 1811
  • (Hrsg.): Indische Bibliothek 3 Bde. (von Band 3 nur Heft 1). Bonn: Weber 1820–30
  • Bhagavad-Gita Bonn: Weber 1823
  • Die Rheinfahrt des Königs von Preußen auf dem Cölnischen Dampfschiffe Friedrich Wilhelm zur Einweihung desselben am 14. September 1825. In lateinischer Sprache besungen. Nebst einer deutschen Übersetzung von Justizrath Bardua in Berlin. Für das abgebrannte Städtchen Friesac Berlin: Nauck 1825
  • Kritische Schriften 2 Bde. Berlin: Reimer 1828
  • Zu Goethe‘s Geburtsfeier am 28. August 1829
  • Réflexions sur l‘étude des Langues Asiatiques suivies d‘une lettre à M. Horace Hayman Wilson Bonn: Weber 1832
  • Essais littéraires et historiques Bonn: Weber 1842
  • Oeuvres 1846 (posthum)

Referências

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