domingo, 8 de setembro de 2019

DIA DA INDEPÊNDENCIA DO BRASIL - 7 DE SETEMBRO DE 2019

Dia da Independência (Brasil)

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Dia da Independência
Esquadrilha da fumaça 7 de setembro 2011.jpg
Apresentação da Esquadrilha da Fumaça nas comemorações em Brasília
Nome oficialDia da Independência
Outro(s) nome(s)Sete de Setembro
Dia da Independência
Dia da Pátria
Celebrado porBrasil
TipoHistórico/cultural
Data7 de setembro
FrequênciaAnual
Dia da Independência (também chamado Dia da Independência do BrasilSete de setembro, e Dia da Pátria) é um feriado nacional do Brasil celebrado no dia 7 de setembro de cada ano. A data comemora a Declaração de Independência do Brasil do Império Português no dia 7 de setembro de 1822.

Origem

Ver artigo principal: Independência do Brasil
Em 1808, tropas francesas comandadas pelo imperador Napoleão Bonaparte invadiram Portugal como forma de retaliação ao país ibérico por sua recusa em participar do embargo comercial contra o Reino Unido. Fugindo da perseguição, a família real portuguesa transferiu a corte portuguesa de Lisboa para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil Colônia. Em 1815, o príncipe regente D. João VI criou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, elevando o Brasil à condição de reino subordinado a Portugal, aumentando as independências administrativas da colônia.
Em 1820, uma revolução política irrompeu em Portugal, forçando o retorno da família real. O herdeiro de D. João VI, o príncipe D. Pedro de Alcântara, permaneceu no Brasil.
Pernambuco foi a primeira província brasileira a se separar do Reino de Portugal. No dia 29 de agosto de 1821, teve início um movimento armado contra o governo do capitão general Luís do Rego Barreto — o algoz da Revolução Pernambucana —, culminando com a formação da Junta de Goiana, tornando-se vitorioso com a rendição das tropas portuguesas em capitulação assinada a 5 de outubro do mesmo ano, quando da Convenção do Beberibe, responsável pela expulsão dos exércitos portugueses do território pernambucano. O Movimento Constitucionalista de 1821 é considerado o primeiro episódio da Independência do Brasil.[1][2][3][4]
Também em 1821, a Assembleia Legislativa portuguesa determinou que o Brasil retornasse à sua condição anterior de subordinação, assim como o retorno imediato do príncipe herdeiro do trono português. Dom Pedro, influenciado pelo Senado da Câmara do Rio de Janeiro se recusou a retornar em 9 de janeiro de 1822, na data que ficaria conhecida como Dia do Fico.
Príncipe Pedro declarando a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, conforme retratado na tela "Independência ou Morte" (1888) de Pedro Américo.
Em 2 de junho de 1822, Dom Pedro I convocou a primeira Assembleia Constituinte brasileira.[5] Em 1º de agosto, declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil e, dias depois, assinou o Manifesto às Nações Amigas, justificando o rompimento das relações com a corte de Lisboa e garantindo a independência do país, como reino irmão de Portugal.[5]
Em 2 de setembro de 1822, um novo decreto com as exigências portuguesas chegou ao Rio de Janeiro, enquanto D. Pedro estava em viagem a São Paulo. Sua esposa, a princesa Maria Leopoldina, atuando como princesa regente, se encontrou com o Conselho de Ministros e decidiu enviar ao marido uma carta aconselhando-o a declarar a independência do Brasil. A carta chegou a D. Pedro no dia 7 de setembro. No mesmo dia, em cena famosa às margens do Riacho Ipiranga, ele declarou a independência do Brasil, pondo fim aos 322 anos do domínio colonial exercido por Portugal. De acordo com o pesquisador Laurentino Gomes, autor de livro sobre o evento, D. Pedro "não conseguiu esperar a chegada a São Paulo, onde poderia anunciar a decisão".[6] Gomes acrescenta que ele "era um homem temerário em suas decisões mas tinha o perfil do líder que o Brasil precisava na época, pois não havia tempo para se pensar".[6]
Um mês depois, em 12 de outubro de 1822, Dom Pedro foi aclamado imperador e, em 1º de dezembro, coroado pelo bispo do Rio de Janeiro, recebendo o título de Dom Pedro I.[5] As províncias da Bahia, do Maranhão e do Pará, que tinham juntas governantes de maioria portuguesa, só reconheceram a independência em 1823, depois de muitos conflitos entre a população local e os soldados portugueses.[5]
No início de 1823, houve eleições para a Assembleia Constituinte que elaboraria e aprovaria a Carta constitucional do Império do Brasil, mas, em virtude de divergências com dom Pedro, a Assembleia logo foi fechada.[5] A 1ª Constituição brasileira foi, então, elaborada pelo Conselho de Ministros e outorgada pelo imperador em 20 de março de 1824.[5] Com a Constituição em vigor, a separação entre a colônia e a metrópole foi finalmente concretizada.[5] Mesmo assim, a independência só é reconhecida por Portugal em 1825, com a assinatura do Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil, por D. João VI.[5]

Legislação

  • O deputado federal, pela Liga Eleitoral Católica (LEC), Luís Cavalcante Sucupira, nascido em Fortaleza, ceará, apresentou à câmara em setembro de 1934, o projeto lei que instituía o dia 7 de setembro o dia da pátria. Aprovado por unanimidade foi transformado no Decreto n° 7 de 20 de novembro de 1934.[7]
  • A lei federal número 662, publicada em 7 de abril de 1949, tornou o Dia da Independência um feriado nacional.[8][9]
  • A lei federal número 5.571, publicada em 26 de novembro de 1969, estabeleceu o protocolo para as comemorações do Dia da Independência.[10]

Comemorações

No Brasil

O Dia da Independência é marcado por desfiles patrióticos na maioria das cidades brasileiras[11]. O mais famoso deles ocorre em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, com a presença do Presidente da República, que faz uma revista às tropas.[12][13]
Desfiles similares ocorrem em todas as capitais estaduais, com a presença dos respectivos governadores, e em várias outras cidades em todo o país.

No exterior

Em Nova York, nos Estados Unidos, o evento Brazilian Day ocorre todos os anos para celebrar o Dia da Independência do Brasil.[14] O ponto central do evento é um show que já contou com a participação de diversos artistas famosos, tais como Daniela MercuryIvete SangaloChitãozinho & XororóSkankSandy & JuniorCláudia Leitte e Banda Calypso. Em 2008, o evento reuniu cerca de um milhão e meio de espectadores, de acordo com estimativas da polícia local.[14]
Em 2015 a cantora Paula Fernandes foi a escolhida para o show de abertura do evento,[15] no ano de 2012 a cantora foi a principal atração na edição do evento em Lisboa.[16]
Rede Globo patrocina o evento e o transmite ao vivo para o Brasil e mais de 115 países através da Globo Internacional. Em 2003, o Brazilian Day se expandiu para outras cidades, como TorontoTóquioLondres[17] e Luanda.
Eventos similares ocorrem em Deerfield BeachFlórida,[18] San Diego[19] e Los AngelesCalifórnia.[20]

Ver também

Referências

  1.  «A Convenção de Beberibe; o primeiro episódio da independência do Brasil». Google Livros. Consultado em 27 de abril de 2017
  2.  «A Confederação do Equador». Histórianet. Consultado em 27 de abril de 2017
  3.  «Gervásio Pires Ferreira». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 27 de abril de 2017
  4.  «Independência do Brasil é tema de passeio turístico neste sábado». Diario de Pernambuco. Consultado em 27 de abril de 2017
  5. ↑ Ir para:a b c d e f g h «7 de setembro - Datas comemorativas»UOL Educação. Consultado em 6 de setembro de 2011
  6. ↑ Ir para:a b Brasil, Ubiratan. "O impetuoso que o país precisava"O Estado de S. Paulo. September 5, 2010.
  7.  Decreto N.º 7, de 20 de Novembro de 1934. Câmara dos Deputados. Acessado em 3 de setembro de 2018
  8.  Lei No 662, de 6 de Abril de 1949Presidência da República.
  9.  Decreto Nº 27.048 de 12 de Agosto de 1949. Presidência da República.
  10.  Lei Nº 5.571, de 28 de Novembro de 1969.
  11.  «Veja fotos dos desfiles do Dia da Independência pelo Brasil». Terra Online. 7 de Setembro de 2016. Consultado em 24 de Agosto de 2017Milhares de pessoas acompanharam em várias cidades brasileiras os desfiles militares de 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil.
  12.  Leilane Menezes (4 de setembro de 2010). «30 mil pessoas devem assistir ao desfile de 7 de setembro na Esplanada»Correio Braziliense. Arquivado do original em 5 de setembro de 2010
  13.  "Festa de 7 de setembro vai custar quase R$ 1 milhão"O Globo. September 2, 2010.
  14. ↑ Ir para:a b History of the Brazilian Day in NY Brazilian Day in New York.
  15.  Com show de Paula Fernandes, Multishow exibe ao vivo o BR Day NY em setembro Paula Fernandes encanta no Brazilian Day NY. Retrieved on 2016-09-17.
  16.  Brazilian Day Portugal traz até nós Ana Maria Braga e Paula Fernandes Brazilian Day Portugal traz até nós Ana Maria Braga e Paula Fernandes. Retrieved on 2016-09-17.
  17.  Brazilian Day London Arquivado em 3 de agosto de 2009, no Wayback Machine. Brazilian Day London. Retrieved on 2009-07-13.
  18.  Brazilian Day Florida Arquivado em 7 de janeiro de 2009, no Wayback Machine. Brazilian Day Florida. Retrieved on 2009-07-13.
  19.  Brazilian Day San Diego Arquivado em 8 de agosto de 2009, no Wayback Machine. Brazilian Day San Diego. Retrieved on 2009-07-13.
  20.  Brazilian Day in L.A. Consulate General of Brazil. Retrieved on 2009-07-13.

Ligações externas

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

67 ANOS - LUÍS FRANCISCO RODRIGUES DA FONSECA - 6 DE SETEMBRO DE 2019

Meu irmão LUÍS FRANCISCO RODRIGUES DA FONSECA, completaria hoje 67 anos de idade, se não tivesse falecido de Embolia Pulmonar, ou AVC, com a idade de 26 anos, no Quartel da GNR em Évora, onde estava destacado na altura a cumprir uma suspensão de 30 dias (que não chegou ao fim).

Fazia parte da Brigada de Trânsito e enquanto ali esteve percorreu praticamente o país de
lés a lés, exercendo a sua actividade na fiscalização das estradas, tanto de carro como de moto.
Era um rapaz alegre, trabalhador, que irradiava simpatia em todos que o conheciam. Teve várias namoradas, mas nunca se prendeu a nenhuma, pois achava-se muito novo ainda para casar.

Vinha sempre passar os fins de semana a casa dos nossos pais e salvo erro, no mês anterior (Agosto) tinha estado de férias e juntou-se comigo e outras pessoas de família e amigos (mais de 30) numa festa  DE FIM DE SEMANA em que estivemos, no Santoinho - Darque em Viana do Castelo. FOI A ÚLTIMA VEZ QUE ESTIVE COM ELE.




6-9-1952  -  20-5-1988


Em 20 de Maio de 1988, estava eu em minha casa com meus sogros e meus cunhados. A certa altura tive um pressentimento que algo estava fora do normal. Eu entretia-me com meu sogro a jogar à bisca, (e como sempre, eu fazia batota para perder, pois o meu sogro ficava todo satisfeito por ganhar); meus filhos gémeos, andavam a brincar debaixo da mesa da sala e faziam muita algazarra, o Porto estava a jogar (não sei aonde) e estava a perder: Em suma, tudo me corria mal e eu sentia que o mal estar ia continuar e talvez piorar, mas não sabia o porquê.

De repente, tocou o telefone (que estava no quarto) fui atender e ouço uma voz perguntando se eu era António Fonseca que tinha um irmão em Évora na GNR. Tive um baque e respondi que sim. A voz identificou-se dizendo que era o sargento ARRIFES que estava encarregado de me informar que meu irmão tinha falecido poucos minutos antes. Pediu-me desculpa por ser tão directo, mas esclareceu que era o único contacto que tinham para fazer a comunicação, no dossier de meu irmão que me tinha classificado como Cabeça de Casal e, que portanto qualquer assunto deveria ser comunicado a mim que posteriormente eu resolveria como entendesse oportuno.

Foi-me solicitado que no dia seguinte me deslocasse a Évora com os familiares que entendesse, para levantar o corpo e o transportar para Rio Tinto para se proceder ao funeral com honras militares. Foi-me dito que meu irmão estava na câmara mortuária do Hospital de Évora (em frente ao quartel) e que o féretro seria acompanhado pela GNR desde Évora até Rio Tinto.

Como devem calcular, fiquei siderado, mas reagi de imediato. Meus sogros e meus cunhados assim como minha mulher e filhos ficaram a olhar para mim, silenciosos e na expectativa sobre o que teria acontecido. admirados com a palidez do meu rosto (segundo o que me foi dito depois). Fiquei uns segundos parado, sem nada dizer, até que se soltaram as lágrimas dos meus olhos e eu disse que o Luís tinha falecido. Claro que foi um choque para todos. Acabou-se o convívio, desligou-se o rádio e a TV, deram-se abraços e beijos e meus sogros e cunhados, saíram.

Tentei ligar para minha irmã Regina que vivia em Gaia, mas ninguém atendeu. Liguei para meu irmão Fernando, e, disse-lhe que ia ter com ele para depois irmos a casa de minha irmã. Assim foi. Fomos (a minha mulher e eu) a casa de meu irmão e depois para casa da Regina, que chegou passados uns minutos. Com eles resolvi que tinha de fazer a comunicação a nossos pais e à Arminda. Telefonei à Arminda, dizendo-lhe ia lá para falar de um assunto importante, mas acabei por lhe dizer que o Luís tinha falecido, e ela disse que aguardava que eu chegasse para informar os nossos pais.

Nessa altura, eu tinha já há cerca de 2 anos, um carro FIAT 600 - PP-42-75. Com o meu cunhado Manuel (marido da Regina) e meu irmão Fernando fomos para Rio Tinto. Meus pais ficaram admirados quando nos viram todos juntos, àquela hora (seriam talvez 8 horas da noite).

Meu pai disse: "Porque não está aqui o Luís? Morreu?"

Eu aproximando-me dele, disse, chorando: "Sim, paizinho, o LUÍS morreu; por isso é que estamos aqui só nós".

Minha mãe deu um grito e quase que desmaiou e depois começou a chorar baixinho. O meu pai ficou a olhar para nós, tremeu um pouco e começou também a chorar. Durante uns minutos (talvez 5) todos nós choramos, agarrando-.nos uns aos outros.

De repente eu e o Manuel recuperamos do choro e entramos na realidade. Era preciso decidir quem  ia a Évora para me acompanhar. Ficou resolvido unanimemente que iria eu, o Manuel e o Fernando. Pus a hipótese de irmos  no FIAT mas a Regina foi frontalmente contra; primeiro porque era uma viagem muito longa e apenas eu é que tinha carta de condução.

No dia seguinte, de manhãzinha, embarcamos no comboio para Coimbra. Tínhamos pensado em ir até ao Entroncamento e lá apanharíamos comboio para Évora, porém, já não havia comboio a essa hora, a não ser no dia seguinte. Pusemos a hipótese de apanhar um táxi, mas depois fomos à estação de camionagem e arranjamos um autocarro que chegou lá perto das 5 da tarde.

Dirigimo-nos de imediato ao hospital e encontramos lá a GNR a fazer Guarda de honra na Câmara mortuária. Ali ficou decidido que no dia seguinte depois da missa de exéquias, um carro funerário da GNR  sairia para RIO TINTO com mais 2 carros (um só com soldados e outro connosco). Paramos em Tomar, para almoçar e depois prosseguimos até ao Porto - quartel do Carmo - e depois para o cemitério de Rio Tinto para uma capela de onde só no dia seguinte - visto que já era de noite - se efectuaria o funeral.

Foi um funeral memorável para nós. Nunca na minha vida vi um funeral tão concorrido de gente que conhecia o meu irmão, que conhecia a minha família, e que me conhecia. O cemitério além das sepulturas e dos jazigos que lá existem (ou existiam, nessa altura) estava completamente cheio de gente. A GNR fez Guarda de Honra ao caixão e colocou um batalhão de Guardas à porta da capela e na altura do enterramento, lançou uma salva de 21 tiros, o que gelou literalmente a mim e à minha família.


Isto aconteceu em 22 de Maio de 1988.  Há 31 anos.



A PAZ esteja contigo meu querido Irmão. 

P.N.  e A.M.




ANTÓNIO FONSECA
6 DE SETEMBRO DE 2019









EMÍDIO GUERREIRO - POLÍTICO - NASCEU EM 1899 E MORREU EM 2005 COM 105 ANOS - 6 DE SETEMBRO DE 2019

Emídio Guerreiro

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Emídio Guerreiro
Nome completoEmídio Guerreiro
Nascimento6 de setembro de 1899
Guimarães
Morte29 de junho de 2005 (105 anos)
Guimarães
NacionalidadePortugal Portuguesa
OcupaçãoProfessor e político
Emídio Guerreiro ComL • GCL (Guimarães6 de Setembro de 1899 — Guimarães29 de Junho de 2005) foi um professor de Matemática e político português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Criado no seio de família burguesa republicana, filho de pai militar, cedo aderiu aos ideais da República, tendo combatido, como voluntário, na Primeira Guerra Mundial. Em 1927 licenciou-se em Matemática, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde foi aluno de Francisco Gomes Teixeira. Após o Golpe do 28 de Maio, em 1926, junta-se aos opositores da Ditadura Militar. Em 1928, no Porto, funda a loja maçónica A Comuna do Grande Oriente Lusitano Unido. Em 1931 é admitido como assistente extraordinário na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, mas acaba por ser afastado, por interferência da PVDE. Em 1932 é preso por escrever um texto contra o presidente Óscar Carmona, evadindo-se um ano depois.
Iniciou em 1932 um exílio de mais de 40 anos, primeiro em Espanha, onde serviu os rojos durante a Guerra Civil; depois em França, onde em plena Segunda Guerra Mundial, se juntou clandestinamente à resistência. Quando a Segunda Guerra termina, fica a lecionar Matemática no Lycée Janson-de-Sailly, em Paris, onde permanece até 1974.
Mantendo uma consistente atividade de oposição à ditadura, ajuda a fundar em 1967, na capital francesa, a Liga de Unidade e Acção Revolucionária, força de contornos revolucionários. No entanto, quando regressa a Portugal, logo após o 25 de abril, é no Partido Popular Democrático (atual PSD) que se filia. Dirigente deste partido, viria mesmo a ser eleito secretário-geral do PPD durante os meses do PREC, em 1975, numas eleições disputadas a Carlos Mota Pinto, e num período em que Francisco Sá Carneiro se afastara do partido, devido a uma doença grave.
Foi um dos principais aderentes da Liga de Unidade e Acção Revolucionária (LUAR).
Depois de ser eleito deputado à Assembleia Constituinte, afastou-se daquele partido em 1976, por desafinidade ideológica. Viria então a aderir ao Partido Renovador Democrático, no final da sua vida, confessava-se próximo do Partido Socialista. Entrevistado pelo jornal Expresso, por ocasião do seu centenário em 1999, elegeu a dignidade humana como o ideal que sempre norteou a sua vida. «Como não pode haver dignidade se não houver liberdade, naturalmente que eu lutei pela liberdade. Lutei contra todos os regimes prepotentes, lutei contra todas as ditaduras», foram as suas declarações.
A 30 de Junho de 1980 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 25 de Agosto de 1999 foi elevado a Grã-Cruz da mesma Ordem.[1]
Faleceu no lar de terceira idade com o seu nome, na sua terra natal, com 105 anos de idade, ao fim de uma longa vida que atravessou os séculos XIX, o XX e XXI.

Referências

  1.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Emídio Guerreiro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 30 de março de 2016

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