domingo, 11 de agosto de 2019

PRAIA DA VITÓRIA - AÇORES - FERIADO - 11 DE AGOSTO DE 2019

Praia da Vitória

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Praia da Vitória
Brasão de Praia da VitóriaBandeira de Praia da Vitória
BrasãoBandeira
Localização de Praia da Vitória
GentílicoPraiense
Área162,29 km2
População21 035 hab. (2011)
Densidade populacional129,61 hab./km2
N.º de freguesias11
Presidente da
Câmara Municipal
Tibério Dinis (PS)
Fundação do município1480
Região AutónomaRegião Autónoma dos Açores
IlhaIlha Terceira
Antigo DistritoAngra do Heroísmo
OragoSanta Cruz
Feriado municipal11 de agosto[1]
Código postal9760-851
Site oficialhttp://www.cmpv.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Armas usadas pelo Município da Praia da Vitória (1837-1939).
Praia da Vitória é uma cidade e Concelho localizada na parte leste da ilha Terceira, no grupo central do arquipélago dos Açores.
Na Região Autónoma dos Açores, a cidade conta com cerca de 6 600 habitantes. É sede de um município com 162,29 km² de área e 21 035 habitantes (2011), subdividido em 11 freguesias. O município, um dos dois da ilha, é limitado a sul e oeste pelo município de Angra do Heroísmo e pelo oceano Atlântico a norte e a leste.

História[editar | editar código-fonte]

Câmara Municipal de Praia da Vitória.
Batalha da baía da Praia.
Instalados definitivamente os primeiros povoadores na ilha Terceira, passou Jácome de Bruges, primeiro capitão do donatário da ilha, ao lugar da Praia, onde fixou a sua residência, juntamente com seu lugar-tenente Diogo de Teive. A Praia constituiu-se assim na sede da capitania da Terceira entre 1456 e 1474, ano em que a ilha foi dividida em duas capitanias, pelo desaparecimento do donatário, ficando a capitania da Praia a cargo de Álvaro Martins Homem.
A região desenvolveu-se com rapidez, graças à cultura do pastel e do trigo. Desse modo, a Praia foi elevada a Vila, sede de Concelho, em 1480, ainda ao tempo de Álvaro Martins Homem.
No último quartel do século XVI, Gaspar Frutuoso assim descreve a vila:
"(...) e logo está a vila da Praia, nobre e sumptuosa e de bons edificios, edificados por muito bom modo, cercada de boa muralha, com os seus fortes e baluartes toda em redondo, povoada de nobres e antigos moradores, como uma das mais antigas povoações da ilha, rodeada de fermosas e ricas quintas de nobres e grandiosos fidalgos, com uma freguesia e sumptuosa igreja de três naves, com a capela-mor de abóbada e portais e pilares bem lavrados de pedra mármore, toda cercada de capelas de grandes morgados (...) sua invocação principal é de Santa Cruz (...)."
"(...) onde há casa de Misericórdia e hospital, com duas igrejas, uma do hospital do Espírito Santo e outra de Nossa Senhora, com uma nave pelo meio (...); e um fermoso mosteiro de S. Francisco em que continuamente residem dez ou doze religiosos, onde há muitas capelas de morgados semelhantes aos acima ditos; três mosteiros de freiras, o mais principal dos quais é de Jesus (...), de quarenta freiras de véu preto e os dois, um de Nossa Senhora da Luz e outro das Chagas, da obediência e da observância de S. Francisco, em que há menos religiosas." (FRUTUOSO, Gaspar. Saudades da Terra (Livro VI). Cap. I, p. 15.)
No contexto da Dinastia Filipina, aqui se travou a batalha da Salga (1581). Foi na Praia que o pretendente ao trono de Portugal, D. António Prior do Crato, foi aclamado rei aquando do seu desembarque nesta localidade em 1582. Posteriormente, no contexto da Restauração da Independência Portuguesa, foi na Praia que se deu a aclamação de João IV de Portugal, quando da chegada de Francisco Ornelas da Câmara à Terceira.
Baía da Praia da Vitória, parte da Praia Grande.
Baía da Praia da Vitória.
Baía da Praia da Vitória.
Cidade da Praia da Vitória em 2015.
A povoação foi arrasada pelo grande terramoto de 1614, tendo o mar tragado as que lhe ficavam mais próximas. Durante o século XVII foi reconstruída, continuando presa de diversos abalos sísmicos menores.
No decorrer da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), aqui se travou ainda a batalha da baía da Praia (11 de Agosto de 1829), quando frustrou a tentativa de desembarque de uma esquadra de tropas miguelistas. Esta vitória levou a que, por carta régia de 12 de Janeiro de 1837, como reconhecimento, lhe fossem outorgados os títulos de "Mui Notável" e "da Vitória" pela soberana.
A sua importância económica permaneceu, apesar do grande terramoto de 15 de Junho de 1841 (a chamada "Caída da Praia") que a destruiu parcialmente. A sua reconstrução, a partir dos meados do século XIX deveu-se à iniciativa do Conselheiro José Silvestre Ribeiro. O padre Jerónimo Emiliano de Andrade, que viveu em meados do século XIX, refere:
"Apenas o viajante sai da freguesia do Cabo da Praia tem logo à vista a magnífica e majestosa Vila da Praia da Vitória, que lhe fica a uma distância de pouco mais de um quarto de légua. (...)"
A vila foi elevada à categoria de cidade a 20 de Junho de 1981, tendo-se designado Vila da Praia da Vitória até 1983.
Na actualidade, esta cidade dispõe de modernas infra estruturas que a colocam num lugar de destaque nos Açores e em particular no Grupo Central. Possui o Aeroporto das Lajes, construído na segunda metade do século XX , e o amplo Porto Oceânico da Praia da Vitória, que funcionam como as principais portas de acesso para a ilha. Nos arredores do Porto Comercial localiza-se o Parque Industrial da Praia da Vitória. A sua criação fez da cidade um importante pólo de desenvolvimento da Terceira.
Pela Portaria n.º 9289, de 11 de agosto de 1939,[2] as armas históricas concedidas por decreto da rainha D. Maria II de Portugal em recompensa pelo papel desempenhado pelo povo do concelho durante a Guerra Civil Portuguesa foram substituídas pelas que o Município presentemente usa.
Ver artigo principal: Base Aérea das Lajes

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes[3]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
14 48114 17414 53315 51615 52315 26215 88817 24221 16428 23626 03520 76220 43620 25221 035
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário[4]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos4 8285 2335 1104 8525 6296 2969 6778 415S/ dados5 0083 9713 374
15-24 Anos2 6292 3592 5693 0042 7693 8434 1694 420S/ dados3 0763 3042 910
25-64 Anos6 5886 3616 0866 6697 6019 87012 83811 195S/ dados9 92410 36111 870
= ou > 65 Anos1 4121 5271 4521 2001 1771 4051 5522 005S/ dados2 4282 6162 881
> Id. desconh6731414237
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Relevo e vegetação[editar | editar código-fonte]

O concelho da Praia da Vitória apresenta uma linha de costa consideravelmente acentuada, onde predominam as arribas e as zonas de calhau, é de também marcado pela planície do Ramo Grande, que no passado constitui-se no celeiro da ilha e hoje quase totalmente ocupada pelo aeroporto das Lajes, pelo maciço vulcânico da serra do Labaçal, no qual se destaca o pico Agudo (833 metros), que marca o relevo do município, pela serra do Cume e pela serra de Santiago.
A linha de costa é bastante acentuada, predominando as arribas e as zonas de calhau. A baía da Praia da Vitória abriga um extenso areal, o único da ilha e o mais extenso do arquipélago.
Rua de Jesus, Praia da Vitória.
Largo José S. Ribeiro com Império dos Marítimos (1877)
Muralha
Casa Natal de Vitorino Nemésio
A paisagem do Concelho encontra-se quase que totalmente explorada pelo Homem, seja pela agricultura, seja pela pecuária. A área florestal está ocupada por várias espécies, destacando-se a criptoméria, o eucalipto, a acácia e o pinheiro.
Nas reservas naturais do Pico Alto e do Biscoito da Ferraria, encontram-se preservados restos da flora endémica da ilha, como o cedro-do-mato (Juniperus brevifoliaAntoine), a urze (Erica azoricaHochst.), o pau-branco (Picconia azorica) e o folhado (Viburnum treleasei).

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima é semelhante do ao arquipélago, húmido e temperado marítimo. A temperatura média anual ronda os 17,6oC, sendo Fevereiro o mês mais frio (14,3oC) e Agosto o mais quente (20oC).

Arquitetura e urbanismo[editar | editar código-fonte]

A cidade está situada à beira-mar, numa grande planície rodeada por um lado pela Serra do Facho, que lhe apresenta uma perspectiva de terrenos em declive cobertos de verde, e pela extensa praia em forma de meia-lua. A protegê-la ainda dos ventos dominantes eleva-se a Serra do Cume, que forma o Complexo desmantelado da Serra do Cume.
O centro histórico da cidade conserva casas seculares, com curiosos trabalhos em cantaria e belas janelas e varandas, bem como um interessante património arquitectónico. Entre as principais edificações destacam-se:
Na freguesia do Cabo da Praia destaca-se o Forte de Santa Catarina.

Praça Francisco Ornelas da Câmara[editar | editar código-fonte]

Esta praça é dedicada a Francisco Ornelas da Câmara, político açoriano da época da Restauração da Independência Portuguesa e líder da campanha militar que conduziu à submissão da Fortaleza de São João Baptista da Ilha Terceira (1641-1642).
A praça inclui uma estátua da autoria de Abraam Abohobot inaugurada no dia do 1.º centenário da Batalha da Praia da Vitóriacombate naval ferido no dia 11 de agostode 1829, na baía da então Vila da Praia, em que forças Miguelistas se opunham contra as forças dos liberais de D. Pedro I do Brasil, IV de Portugal.
Este monumento procura homenagear os heróis desta batalha e foi mandada erguer pelo praiense António Ázera, que foi presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal da Praia da Vitória.

Personalidades[editar | editar código-fonte]

Aqui nasceu um dos mais notáveis escritores portugueses, Vitorino Nemésio, autor de obras como "Mau Tempo no Canal", "Festa Redonda", e "Paço do Milhafre", entre outras.

Freguesias[editar | editar código-fonte]

As onze freguesias de Praia da Vitória são as seguintes:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Património natural[editar | editar código-fonte]

Património edificado[editar | editar código-fonte]

Arquitetura civil[editar | editar código-fonte]

Estádio Municipal de Praia da Vitória, Terceira

Arquitetura eclesiástica[editar | editar código-fonte]

Arquitetura militar[editar | editar código-fonte]

Monumentos e fontanários[editar | editar código-fonte]

Monumento aos Homens do Mar
Fontanário

Logradouros[editar | editar código-fonte]

Cronologia[editar | editar código-fonte]

Referências

ENID BLYTON - Escritor - nasceu em 1897 - 11 de AGOSTO DE 2019

Enid Blyton

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Enid Blyton
Nome completoEnid Mary Blyton
Nascimento11 de agosto de 1897
East Dulwich, LondresReino Unido
Morte28 de novembro de 1968 (71 anos)
HampsteadLondresReino Unido
NacionalidadeInglesa
Principais trabalhosOs CincoNoddy
PrémiosBoys' Club of America
Página oficial
www.enidblytonsociety.co.uk
Enid Mary Blyton (11 de Agosto de 1897 – 28 de Novembro de 1968) foi uma escritora inglesa de livros de aventuras para crianças e adolescentes.[1] Os seus livros encontram-se entre os mais vendidos do mundo desde a década de 1930, com mais de 600 milhões de cópias. Os livros de Blyton continuam a ser populares, e foram traduzidos em cerca de 90 línguas; o seu primeiro trabalho Child Whispers, um conjunto de poemas num livro de 24 páginas, foi publicado em 1922. Os seus trabalhos abrangem vários temas desde a educação, história natural, fantasia, histórias de mistério e narrativas bíblicas, mas os seus livros mais conhecidos incluêm o Nodi (Noddy), Os Cinco (Famous Five), Os Sete(Secret Seven), A Rapariga Rebelde (The Naughtiest Girl) e as As Gémeas(The Twins at St. Clare's). Ao longo da sua vida terá escrito mais de 800 obras.[1]
No seguimento do sucesso comercial dos seus primeiros trabalhos como Adventures of the Wishing Chair (1937) e The Enchanted Wood (1939), Blyton continuou a construir o seu império literário, algumas vezes com 50 livros por ano, para além dos seus vários contributos em revistas e jornais. A sua escrita era espontânea e tinha origem na sua mente inconsciente; escrevia as suas histórias como se as estivesse a ver de fronte a si. O volume dos seus livros, e a velocidade à qual eram produzidos, criaram boatos sobre a utilização de escritores fantasmas, uma acusação que Blyton recusou veementemente. Enid Blyton inspirou-se nas suas filhas para escrever os livros de colégios internos.
O trabalho de Blyton foi tornando-se controverso no céu dos críticos literários, professores e família, a partir da década de 1950, por causa da natureza sem rival dos seus livros, em particular a série sobre Noddy. Algumas livrarias e escolas baniram os seus trabalhos, os quais a BBC se tinha negado a transmitir desde os anos 1930 até 1950, pois entendiam que não tinham qualquer mérito literário. Os seus livros têm sido criticados como sendo elitistas, sexistas, xenófobos e, pontualmente, com o ambiente liberal que emergia no pós-guerra no Reino Unido, mas, ainda assim, continuam a ser grandes sucessos de venda desde a sua morte em 1968.
Blyton sentiu a responsabilidade de fornecer aos seus leitores uma forte mensagem moral, e incutiu-lhes a ideia de apoiarem causas nobres. Em particular, através de associações que ela criou, ou que apoiava, motivou-os a organizarem e a juntarem os meios financeiros suficientes para ajudar os animais e as crianças.

Legado[editar | editar código-fonte]

A vida de Blyton foi representada no filme da BBC Enid, com Helena Bonham Carter no principal papel, e transmitido pelo BBC Four no Reino Unido em 2009. Muitos dos seus trabalhos foram adaptados para teatro, televisão e cinema.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboçoEste artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

vezes com 50 livros por ano, para além dos seus vários contributos em revistas e jornais. A sua escrita era espontânea e tinha origem na sua mente inconsciente; escrevia as suas histórias como se as estivesse a ver de fronte a si. O volume dos seus livros, e a velocidade à qual eram produzidos, criaram boatos sobre a utilização de escritores fantasmas, uma acusação que Blyton recusou veementemente. Enid Blyton inspirou-se nas suas filhas para escrever os livros de colégios internos.

O trabalho de Blyton foi tornando-se controverso no céu dos críticos literários, professores e família, a partir da década de 1950, por causa da natureza sem rival dos seus livros, em particular a série sobre Noddy. Algumas livrarias e escolas baniram os seus trabalhos, os quais a BBC se tinha negado a transmitir desde os anos 1930 até 1950, pois entendiam que não tinham qualquer mérito literário. Os seus livros têm sido criticados como sendo elitistas, sexistas, xenófobos e, pontualmente, com o ambiente liberal que emergia no pós-guerra no Reino Unido, mas, ainda assim, continuam a ser grandes sucessos de venda desde a sua morte em 1968.
Blyton sentiu a responsabilidade de fornecer aos seus leitores uma forte mensagem moral, e incutiu-lhes a ideia de apoiarem causas nobres. Em particular, através de associações que ela criou, ou que apoiava, motivou-os a organizarem e a juntarem os meios financeiros suficientes para ajudar os animais e as crianças.

Legado[editar | editar código-fonte]

A vida de Blyton foi representada no filme da BBC Enid, com Helena Bonham Carter no principal papel, e transmitido pelo BBC Four no Reino Unido em 2009. Muitos dos seus trabalhos foram adaptados para teatro, televisão e cinema.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboçoEste artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue