quinta-feira, 4 de julho de 2019

CASTANHEIRA DE PERA - FERIADO - 4 DE JULHO DE 2019

Castanheira de Pera

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Castanheira de Pera
Localização de Castanheira de Pera
GentílicoCastanheirense
Área66,78 km²
População3 191 hab. (2011)
Densidade populacional47,8  hab./km²
N.º de freguesias1
Presidente da
câmara municipal
Alda Correia (PSD)[1]
Região (NUTS II)Centro
Sub-região (NUTS III)Região de Leiria
DistritoLeiria
ProvínciaBeira Litoral
OragoSão Domingos
Feriado municipal4 de julho
Código postal3280 Castanheira de Pera
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Castanheira de Pera[2] é uma vila portuguesa do distrito de Leiria, na província da Beira Litoral, integrando a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, no Centro de Portugal, com cerca de 1 300 habitantes.
É sede de um pequeno município com 66,78 km² de área e 3 191 habitantes (2011). O município é limitado a nordeste pelo município de Góis, a sueste por Pedrógão Grande, a oeste por Figueiró dos Vinhos e a noroeste pela Lousã. O município foi criado em 1914, pertencendo anteriormente a Pedrógão Grande.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [3]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
3 9724 9995 9596 2136 5235 8396 1166 4116 3305 7394 8255 1374 4423 7333 191
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [4]
1920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos1 8891 7781 8891 7071 5301 0851 115755487338
15-24 Anos8201 1539531 056864630690587433293
25-64 Anos2 2352 5892 7372 7732 6792 4302 4202 1751 8651 560
= ou > 65 Anos3214305806516665159129259481 000
> Id. desconh02125
(Obs: Concelho criado pela lei nº 203, de 17/06/1914, por desanexação de lugares do concelho de Pedrógão Grande
De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Castanheira de Pera é um dos seis municípios de Portugal que possuem apenas uma freguesia, a qual corresponde à totalidade do território do concelho (União das Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral).

Naturais de Castanheira de Pera[editar | editar código-fonte]

Natural de Castanheira de Pera foi o professor Fernando Bissaya Barreto (1886-1974), criador da fundação com o seu nome, de apoio a crianças desprotegidas e fundador do Portugal dos Pequenitos, em Coimbra.

Aldeias[editar | editar código-fonte]

As aldeias de Castanheira de Pera são as seguintes:
  • Ameal
  • Pera
  • Palheira
  • Troviscal
  • Sapateira
  • Vilar
  • Várzea
  • Bolo
  • Botelhas
  • Torgal
  • Moredos
  • Coentral Grande
  • Coentral Pequeno
  • Sarnadas
  • Pisões
  • Sarzedas de São Pedro
  • Sarzedas do Vasco
  • Souto Fundeiro
  • Carregal Fundeiro
  • Carregal Cimeiro
  • Feteira
  • Rapos
  • Gestosa Cimeira
  • Gestosa Fundeira
  • Casal
  • Fontes
  • Balsa
  • Vacalouras
  • Torno
  • Soeiro
  • Ameal
  • Além da Ribeira
  • Banda d'Além
  • Vale Feitoso
  • Moita
  • Vermelho
  • Ervideira
  • Valinha Fontinha
  • Camelo

Património[editar | editar código-fonte]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V
PSPPD/PSDIND
197658,19428,241
197955,02331,092
198264,26429,091
198567,49418,181
198947,50247,533
199357,01339,062
199773,95419,961
200160,79332,862
200555,73340,262
200949,12343,812
201343,53230,50214,961
201743,84247,543

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PSPSDCDSPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197653,8930,713,832,650,98
197945,84ADADAPU1,2931,398,35
1980FRS1,2136,345,5547,10
198358,1025,013,120,647,14
198534,8123,962,910,844,5426,13
198746,7236,981,65CDU0,642,265,73
199143,3644,751,742,370,561,88
199559,7030,873,720,541,64
199957,4130,583,812,450,210,78
200253,0736,074,491,601,15
200560,2628,952,401,862,17
200947,5027,785,643,858,38
201140,4137,958,552,792,910,84
201545,79PàFPàF3,857,160,5434,48

Geminações[editar | editar código-fonte]

O concelho de Castanheira de Pera é geminado com as seguintes cidades:[5]

Referências

ADOLFO CASAIS MONTEIRO - POETA - NASCEU EM 1908 - 4 DE JULHO DE 2019

Adolfo Casais Monteiro

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Adolfo Casais Monteiro
Nome completoAdolfo Vítor Casais Monteiro
Nascimento4 de julho de 1908
Portugal PortoPortugal
Morte23 de julho de 1972 (64 anos)
Brasil São PauloBrasil
NacionalidadePortugal Portuguesa
CônjugeMaria Alice Pereira Gomes
Alma materUniversidade do Porto
OcupaçãoPoetatradutorensaístaprofessor e tradutor
PrémiosOrdem da Liberdade
Magnum opusA poesia de Fernando Pessoa
Adolfo Vítor Casais Monteiro GCL (Porto4 de Julho de 1908 - São Paulo23 de Julho/24 de Julho de 1972) foi um poetatradutorcrítico e novelistaportuguês.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde foi colega de Agostinho da Silva e Delfim Santos, tendo-se formado em 1933. Foi também nessa cidade que iniciou como professor no Liceu Rodrigues de Freitas, até ao momento em que foi afastado da carreira docente, por motivos políticos, em 1937. Viria a exilar-se no Brasil em 1954, pelas mesmas razões.
Após o afastamento de Miguel TorgaBranquinho da Fonseca e Edmundo de Bettencourt, em 1930, Adolfo Casais Monteiro foi director da revista literária coimbrã Presença, juntamente com José Régio e João Gaspar Simões. A revista viria a extinguir-se em 1940, tendo provavelmente contribuído para o seu encerramento as opções políticas de Casais Monteiro. Foi preso diversas vezes, devido às suas opiniões políticas, adversas ao Estado Novo e dirigiu, sob anonimato, o semanário Mundo Literário [1] em 1936 e 1937. Expulso do ensino, Casais Monteiro fixa-se em Lisboa, vivendo da literatura como autor, tradutor e editor. Tal como Agostinho da Silva ou Jorge de Sena, acabaria por partir para o Brasil, dado o seu estatuto de opositor ao Estado Novo, o qual não se adequavam à sua maneira de ser.[2] Também dirigiu a revista Princípio [3] (1930) e colaborou na revista de cinema Movimento [4] (1933-1934) e nas revistas Sudoeste [5] (1935), Prisma [6] (1936-1941), Variante (1942-43) e Litoral [7] (1944-1945).
Tendo participado nas comemorações do 4.º Centenário de Cidade de São Paulo, em 1954, Adolfo Casais Monteiro fixou-se no Brasil, leccionado desde então Literatura Portuguesa em diversas universidades brasileiras, designadamente na Universidade da Bahia (Salvador), até se fixar em 1962 na Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Araraquara-SP. Escreveu por essa altura vários ensaios, ao mesmo tempo que escrevia, como crítico, para vários jornais brasileiros, tendo deixado contributos para o estudo de Fernando Pessoa e do grupo da "Presença".
Entre os seus trabalhos de tradução conta-se A Germânia, de Tácito, publicado em 1941. O seu único romance, Adolescentes, foi publicado em 1945.
A sua obra poética, iniciada em 1929 com "Confusão", foi influenciada pelo primeiro modernismo português, aproximando-se estilisticamente do esteticismo de André Gide.[8] As suas críticas ao concretismo baseavam-se na ideia de que esta corrente estética promovia a impessoalidade, partindo da "mais pura das abstracções" na construção de uma "uma linguagem nova ao serviço de nada, uma pura linguagem, uma invenção de objectos - em resumo: um lindo brinquedo". Enquanto alguns autores o descrevem como independente do Surrealismo outros acentuam a influência que esta corrente estética teve no autor, como se pode verificar nos seus ensaios sobre autores como Jules SupervielleHenri Michaux e Antonin Artaud(designando o último como "presença insustentável). Muita da sua obra poética dedica-se ao período histórico específico por ele vivido, como acontece no poema "Europa"[ligação inativa], de 1945, que foi lido pelo seu amigo e companheiro no Mundo Literário António Pedro aos microfones da BBC de Londres.
Casou com Maria Alice Pereira Gomes, também escritora, e irmã de Soeiro Pereira Gomes, da qual teve um filho, João Paulo Pereira Gomes Casais Monteiro.
A 10 de Junho de 1992 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade a título póstumo.[9]

Obra[editar | editar código-fonte]

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • Confusão - 1929
  • Correspondência de Família (coletânea poética em colaboração com Ribeiro Couto) - 1933
  • Poemas do Tempo Incerto - 1934
  • Sempre e Sem Fim - 1937
  • Versos (reúne os 3 livros anteriores) - 1944
  • Canto da Nossa Agonia - 1942
  • Noite Aberta aos Quatro Ventos - 1943
  • Europa - 1946
  • Simples Canções da Terra - 1949
  • Voo sem Pássaro Dentro - 1954
  • Poesias Escolhidas - 1960
  • Poesias Completas - 1969

Novela[editar | editar código-fonte]

  • Adolescentes - 1945

Tradução[editar | editar código-fonte]

Ensaios[editar | editar código-fonte]

  • Considerações Pessoais - 1935
  • A Poesia de Ribeiro Couto - 1935
  • A Poesia de Jules Supervielle - 1938
  • Sobre o Romance Contemporâneo - 1940
  • De Pés Fincados na Terra - 1941
  • Manuel Bandeira - 1944
  • O Romance e os seus Problemas - 1950
  • Fernando Pessoa e a Crítica - 1952
  • Fernando Pessoa, o Insincero Verídico - 1954
  • Problemas da Crítica de Arte (A Crítica e a Arte Moderna) - 1956
  • Estudos sobre a Poesia de Fernando Pessoa - 1958
  • A Poesia da Presença (com uma antologia) - 1959
  • Clareza e Mistério da Crítica - 1961
  • O Romance (Teoria e Crítica) - 1964
  • A Palavra Essencial - 1965
  • A Literatura Popular em Verso no Brasil - 1965
  • Estrutura e Autenticidade como Problemas da Teoria e da Crítica Literárias - 1968
  • Figuras e Problemas da Literatura Brasileira Contemporânea - 1972
  • O País do Absurdo - 1974
  • O que foi e o que não foi o Movimento da «Presença» - 1995
  • Melancolia do Progresso - 2003

Epistolografia[editar | editar código-fonte]

  • Cartas Inéditas de António Nobre (com introd. e notas de ACM) - 1933
  • Cartas em Família - 2008
  • Cartas a Sua Mãe - 2008

Notas

  1.  Helena Roldão (27 de janeiro de 2014). «Ficha histórica: Mundo literário : semanário de crítica e informação literária, científica e artística (1946-1948).» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de Novembro de 2014
  2.  «LEONE, Carlos - Adolfo Casais Monteiro.»Instituto Camões. Arquivado do original em 14 de junho de 2008
  3.  Rita Correia (11 de dezembro de 2008). «Ficha histórica:Princípio : publicação de cultura e política (1930)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 27 de março de 2015
  4.  Jorge Mangorrinha (25 de Fevereiro de 2014). «Ficha histórica: Movimento : cinema, arte, elegâncias (1933-1934)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 9 de Janeiro de 2015
  5.  Rita Correia (18 de maio de 2011). «Ficha histórica: Sudoeste : cadernos de Almada Negreiros (1935)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 5 de novembro de 2015
  6.  Alda Anastácio (24 de fevereiro de 2018). «Ficha histórica:Prisma : revista trimensal de Filosofia, Ciência e Arte (1936-1941)»(PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de julho de 2018
  7.  Helena Roldão (19 de Junho de 2018). «Ficha histórica:Litoral : revista mensal de cultura (1944-1945)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 25 de Janeiro de 2019
  8.  MENDES, João - "Monteiro (Adolfo Casais)", "Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira da Cultura", volume XX, Setembro de 2001.
  9.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Adolfo Casais Monteiro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 7 de março de 2015

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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