domingo, 9 de junho de 2019

EFEMÉRIDES - "WIKIPÉDIA" - 9 DE JUNHO DE 2019

9 de junho

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Junho
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Ano:2019
Década:2010
Século:XXI
Milênio:3.º
9 de junho é o 160.º dia do ano no calendário gregoriano (161.º em anos bissextos). Faltam 205 para acabar o ano.

Eventos históricos

1815: Fim do Congresso de Viena

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Outros calendários

Idade da Lua

Para saber a Idade da Lua neste dia procure em cada ano a letra correspondente (minúscula ou maiúscula), por exemplo, em 2019, para a Epacta e Idade da lua é a letra E:
Letraabcdefghiklmnpqrstu
Idade131415161718192021222324252627282912
LetraABCDEFFGHMNP
Idade345678789101112
Assim, em 9 de junho de 2019 a idade da Lua é 7.

JOSÉ GOMES FERREIRA - Escrito que nasceu em 1900 - 9 DE JUNHO DE 2019

José Gomes Ferreira

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Disambig grey.svg Nota: Este artigo é sobre o escritor e poeta português. Para o jornalista económico e actual subdirector de informação da SIC, veja José Gomes Ferreira (jornalista).
José Gomes Ferreira
Nascimento9 de junho de 1900
PortoPortugal
Morte8 de fevereiro de 1985 (84 anos)
Lisboa, Portugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoEscritor e poeta
PrémiosOrdem Militar de Sant'Iago da Espada • Ordem da Liberdade
Magnum opusIntervenção Sonâmbula
MovimentoestéticoNeorealismo, Romantismo social
José Gomes Ferreira GOSE • GOL (Porto9 de Junho de 1900 — Lisboa8 de Fevereiro de 1985) foi um escritor e poeta português, filho do empresário e benemérito Alexandre Ferreira e pai do arquitecto Raul Hestnes Ferreira e do poeta Alexandre Vargas.

Biografia[editar | editar código-fonte]

José Gomes Ferreira nasceu no Porto a 9 de Junho de 1900. Com quatro anos de idade mudou-se para a Lisboa. O pai, Alexandre Ferreira, homem de ascendência muito humilde que, mercê da sua curiosidade intelectual e iniciativa, se tornou um empresário bem sucedido, tendo participado também ativamente na política; democrata republicano, chegou a ser vereador em Lisboa, durante a Primeira República. Estabelecido na actual zona do Lumiar, em Lisboa, Alexandre Ferreira viria a doar as suas propriedades para a construção da Casa de Repouso dos Inválidos do Comércio.
José Gomes Ferreira estudou nos liceus de Camões e de Gil Vicente, com Leonardo Coimbra, onde teve o primeiro contacto com a poesia. Colaborou com Fernando Pessoa, ainda muito jovem, num soneto para a revista Ressurreição.
A sua consciência política começou a florescer também ela cedo, sobretudo por influência do pai (democrata republicano). Licencia-se em Direito em 1924, tendo trabalhado posteriormente como cônsul na cidade de Kristiansund, na Noruega. Paralelamente seguiu uma carreira como compositor, chegando a ter a sua obra Suite Rústica estreada pela orquestra de David de Sousa.
Regressa a Portugal em 1930 e dedica-se ao jornalismo. Fez colaborações importantes tais como nas publicações PresençaSeara NovaDescobrimentoImagemSr. DoutorGazeta Musical e de Todas as Artes e Ilustração[1] (1926-1975). Também traduziu filmes sob o pseudónimo de Gomes, Álvaro.
Inicia-se na poesia com o poema "Viver sempre também cansa" em 1931, publicado na revista Presença. Apesar de já ter feito algumas publicações nomeadamente os livros Lírios do Monte e Longe, foi só em 1948 que começou a publicação séria do seu trabalho, com Poesia I e Homenagem Poética a António Gomes Leal (colaboração).
Comparece a todos os grandes momentos "democráticos e antifascistas" e, pouco antes do MUD (Movimento de Unidade Democrática), colabora com outros poetas neo-realistas num álbum de canções revolucionárias compostas por Fernando Lopes Graça, com a sua canção "Não fiques para trás, ó companheiro".
Tornou-se Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Escritores em 1978 e foi candidato em 1979, da APU (Aliança Povo Unido), por Lisboa, nas eleições legislativas intercalares desse ano. Associou-se ao PCP (Partido Comunista Português) em Fevereiro do ano seguinte.
Em 1983 foi submetido a uma delicada intervenção cirúrgica.
José Gomes Ferreira faleceu em Lisboa, a 8 de Fevereiro de 1985, vítima de uma doença prolongada.
Em 1985 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a uma rua situada entre a Rua Silva Carvalho e a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco em Lisboa.[2]

Obra[editar | editar código-fonte]

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • Lírios do Monte (1918)
  • Longe (1921)
  • Marchas, Danças e Canções (colaboração) (1946)
  • Poesia I (1948)
  • Homenagem Poética a Gomes L
Poesia III (1962)
  • Poesia IV (1970)
  • Poesia V (1973)
  • Poeta Militante I, II e III (1978), com prefácio de Mário Dionísio
  • Viver sempre também cansa!

Ficção[editar | editar código-fonte]

  • O Mundo Desabitado (1960)
  • O Mundo dos Outros - histórias e vagabundagens (1950), com prefácio de Mário Dionísio
  • Os segredos de Lisboa (1962)
  • O Irreal Quotidiano - histórias e invenções (1971)
  • Gaveta de Nuvens - tarefas e tentames literários (1975)
  • O sabor das Trevas - Romance-alegoria (1976)
  • Coleccionador de Absurdos (1978)
  • Caprichos Teatrais (1978)
  • O Enigma da Árvore Enamorada - Divertimento em forma de Novela quase Policial (1980)

Crónicas[editar | editar código-fonte]

  • Revolução Necessária (1975)
  • Intervenção Sonâmbula (1977)

Memórias e Diários[editar | editar código-fonte]

  • A Memória das Palavras - ou o gosto de falar de mim (1965)
  • Imitação dos Dias - Diário Inventado (1966)
  • Relatório de Sombras - ou a Memória das Palavras II (1980)
  • Passos Efémeros - Dias Comuns I (1990)
  • Dias Comuns

Contos[editar | editar código-fonte]

  • Contos (1958)
  • Tempo Escandinavo (1969)

Literatura Infantil[editar | editar código-fonte]

  • Aventuras Maravilhosas de João Sem Medo (1963)

Ensaios e Estudos[editar | editar código-fonte]

  • Guilherme Braga (colaboração na Perspectiva da Literatura Portuguesa do século XIX) (1948)
  • Líricas (colaboração) (1950)
  • Folhas Caídas de Almeida Garrett (introdução) (1955)
  • Contos Tradicionais Portugueses (colaboração na escolha e comentação; prefácio) (1958)
  • A Poesia de José Fernandes Fafe (1963)
  • Situação da Arte (colaboração) (1968)
  • Vietnam (os escritores tomam posição) (colaboração) (1968)
  • José Régio (colaboração no In Memorium de José Régio) (1970)
  • A Filha do Arcediago de Camilo Castelo Branco (nota preliminar) (1971)
  • Lisboa na Moderna Pintura Portuguesa (colaboração) (1971)
  • Uma Inútil Nota Preambular de Aquilino Ribeiro (introdução a Um Escritor confessa-se) (1972)

Traduções[editar | editar código-fonte]

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • Poesia (1969, Philips, série Poesia Portuguesa)
  • Poesia IV (1971, Philips, série Poesia Portuguesa)
  • Poesia V (1973, Decca / Valentim de Carvalho, série A Voz e o Texto)
  • Entrevista 12 - José Gomes Ferreira (1973, Guilda da Música/Sassetti, série Disco Falado)
  • Parece impossível mas sou uma Nuvem

Prémios e homenagens[editar | editar código-fonte]

Documentário[editar | editar código-fonte]

No ano do centenário do nascimento do poeta (1900—2000), a Videoteca da Câmara Municipal de Lisboa produziu um documentário biográfico sobre José Gomes Ferreira, intitulado Um Homem do Tamanho do Século, já exibido na RTP2 e na RTP Internacional. Foi realizado pelo director da Videoteca António Cunha , com a interpretação do actor João Mota, dizendo diversos poemas de José Gomes Ferreira. Também a pianista Gabriela Canavilhas participa no documentário, interpretando uma peça musical praticamente inédita, composta por Gomes Ferreira para piano.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Rita Correia (16 de Junho de 2009). «Ficha histórica: Ilustração (1926-)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 6 de Novembro de 2014
  2.  https://www.facebook.com/423215431066137/photos/pb.423215431066137.-2207520000.1448289310./771744272879916/?type=3&theater
  3. ↑ Ir para:a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Gomes Ferreira". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de maio de 2014

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