sexta-feira, 17 de maio de 2019

DIA MUNDIAL DAS TELECOMUNICAÇÕES e da SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO - 17 DE MAIO DE 2019

Telecomunicações

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Antenas de telecomunicações.
As telecomunicações constituem um ramo da engenharia elétrica que contempla o projeto, a implantação, manutenção e controles de redes de sistemas de comunicações (satélites, redes telefônicas, televisivas, emissoras de rádio, Internet etc.). A principal finalidade das telecomunicações é suprir a necessidade humana de se comunicar à distância. É comum o prefixo tele ser omitido e, com isto, usar-se a palavra comunicações.[nota 1]
A priori, todas as informações recebidas geram uma resposta do destinatário ou pelo menos uma confirmação de recebimento. Por este motivo, a palavra é sempre grafada no pluraltelecomunicações.[nota 2]

Conceituações[editar | editar código-fonte]

Em um sistema de telecomunicações, as informações do emissor são temporariamente convertidas em sinais elétricos(tensões elétricas que variam com o tempo), para que possam trafegar pelo sistema até que cheguem ao destino, onde são novamente convertidas em informações inteligíveis pelo destinatário. Esses sinais elétricos são denominados sinais elétricos da informação. Tais sinais podem ser analógicos ou digitais.[nota 3]
Os sinais analógicos são aqueles gerados por dispositivos transdutores, ou seja, dispositivos elétricos capazes de converter um tipo de energia em outro. Portanto, os transdutores podem ser utilizados para converter informações em sinais analógicos e vice-versa. Exemplo: o microfone é um tipo de dispositivo transdutor. Quando uma pessoa fala ao microfone, esse transdutor converte a voz da pessoa (energia acústica) em sinais analógicos (sinais elétricos oscilantes), que por sua vez trafegam pelo cabeamento elétrico e circuito elétrico do sistema de som até que cheguem aos alto-falantes das caixas de som. Como os alto-falantes também são um tipo de transdutor, eles convertem esses sinais analógicos em ondas de som.[nota 4]
Os sinais digitais são aqueles gerados por dispositivos da eletrônica digital, como é o caso dos circuitos integrados: chips, microprocessadores etc. Dada a sua natureza, os sinais digitais são pulsos elétricos binários, ou seja, bits 0 ou 1, em que "zero" significa "ausência de tensão elétrica" e "um" significa "presença de tensão elétrica".[nota 5]

Classificação dos sistemas[editar | editar código-fonte]

Os sistemas de telecomunicações podem ser classificados segundo diferentes critérios.[nota 6]

Quanto ao fim a que se destina[editar | editar código-fonte]

  • Comercial: quando é administrado por empresa, geralmente privada, que cobra pelos serviços prestados. Exemplo: empresa privada que ofereça serviços de telefonia móvel celular e de acesso à Internet.
  • Governamental: quando pertence a um órgão governamental e não é utilizado para fins comerciais. Exemplo: sistema de radiocomunicações utilizado pelas polícias.
  • Privado: quando pertence a um indivíduo ou grupo de indivíduos e é utilizado para atender aos interesses particulares dessa(s) pessoa(s).
  • Amador: quando é utilizado, sem fins lucrativos, para fins de lazer ou de utilidade pública.
  • Experimental: sistema montado para fins de testes, podendo ou não vir a ser posteriormente disponibilizado para utilização por terceiros.
  • De pesquisa: sistema cuja finalidade precípua é a obtenção de dados que possuam valor científico.

Quanto à abrangência territorial[editar | editar código-fonte]

  • Local: quando se restringe a uma área específica, como uma edificação, um bairro ou distrito, ou ainda uma cidadeou município.
  • Regional: quando engloba uma porção territorial do país, como por exemplo um estado ou conjunto de estados.
  • Nacional: quando engloba todo o território de um país.
  • Internacional: quando transcende as fronteiras de um país. É o caso da Internet.

Quanto à utilização[editar | editar código-fonte]

  • Militar: quando de uso exclusivamente por militares e instituições militares.
  • Civil: quando de uso exclusivamente por civis e instituições civis.
  • Dual: quando de uso civil e militar.

Notas

  1.  MEDEIROS, 2007: pág. 16, item 1.2, parágrafo 1.[1]
  2.  MEDEIROS, 2007: pág. 16, item 1.2, parágrafo 3.[1]
  3.  MEDEIROS, 2007: pág. 20 (item 1.6).[1]
  4.  MEDEIROS, 2007: pág. 20 (item 1.6).[1]
  5.  MEDEIROS, 2007: pág. 20 (item 1.6).[1]
  6.  MEDEIROS, 2007: págs. 33 e 34, item 1.9.[1]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f MEDEIROS, Julio César de Oliveira. Princípios de Telecomunicações: Teoria e Prática. 2. ed. São Paulo: Érica, 2007. ISBN 978-85-365-0033-1.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]



Sociedade da informação

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Ao decorrer da história o homem tem criado os mais diversos meios e ferramentas para se comunicar, e deste modo melhorar os seus padrões atuais de vida. Diante das suas criações, hoje as conclusões a tirar são complexas e pouco exatas. Se por um lado as suas criações lhe conferem um melhor modo de vida (como a criação de carros, telefones, etc.), são precisamente estas criações que o destroem (a poluição, desmatamento, etc.).
Assim, assistimos a um desenvolvimento tecnológico, independente e autónomo, sem necessitar de ser controlado pelo homem (o seu criador). Ou como mais recentemente a ciência nos afirma: “o desenvolvimento tecnológico avança tão rápido que o homem não o consegue alcançar”.

Sociedade da Informação[editar | editar código-fonte]

Um dos primeiros a desenvolver o conceito de sociedade da informação foi o economista Fritz Machlup. Em 1933, Machlup começou estudando o efeito das patentes na pesquisa. Seu trabalho culminou no importante estudo "The production and distribution of knowledge in the United States" em 1962. Este livro foi amplamente considerado e foi traduzido para o russo e japonês.
O problema da tecnologia e seu papel na sociedade contemporânea tem sido discutido na literatura científica usando uma série de rótulos e conceitos. Ideias de um conhecimento ou informação econômica, sociedade pós-industrial, sociedade pós-moderna, revolução da informação, capitalismo da informação têm sido debatidas nas últimas décadas.
Sociedade da Informação é um termo - também chamado de Sociedade do Conhecimento ou Nova Economia - que surgiu no fim do Século XX, com origem no termo Globalização. Este tipo de sociedade encontra-se em processo de formação e expansão.
sociedade não é um elemento estático, muito pelo contrário, está em constante mutação e como tal, a sociedade contemporânea está inserida num processo de mudança em que as novas tecnologias são as principais responsáveis. Alguns autores identificam um novo paradigma de sociedade que se baseia num bem precioso, a informação, atribuindo-lhe várias designações, entre elas a Sociedade da Informação.
Este novo modelo de organização das sociedades assenta num modo de desenvolvimento social e econômico onde a informação, como meio de criação de conhecimento, desempenha um papel fundamental na produção de riqueza e na contribuição para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos. Condição para a Sociedade da Informação avançar é a possibilidade de todos poderem aceder às Tecnologias de Informação e Comunicação, presentes no nosso cotidiano que constituem instrumentos indispensáveis às comunicações pessoais, de trabalho e de lazer.

Adaptação do homem a um novo paradigma de sociedade[editar | editar código-fonte]

Mas por outro lado, esta sociedade poderá ser a culpada por grandes diferenças sociais, tendo em conta o seu grau de exigência. Visto que é uma sociedade que vive do poder da informação, tendo como base as novas tecnologias ela poderá ser muito discriminatória, quer entre países, quer internamente, entre empresas, entre pessoas. Até algum tempo atrás, o saber ler e interpretar textos, bem como efectuar cálculos matemáticos simples, era obrigatório para se viver em harmonia e bem-estar na sociedade, este novo cenário mudou e as necessidades de qualificações profissionais e acadêmicas aumentaram consideravelmente.
O ser humano tem a aptidão de se adaptar e como tal, as pessoas devem ter uma atitude flexível, com conhecimentos generalistas, capazes de se formarem ao longo da vida de acordo com as suas necessidades e que dominem as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A sociedade exige da escola pessoas com uma formação ampla, especializada, com um espírito empreendedor e criativo, com o domínio de uma ou várias línguas estrangeiras, com grandes capacidades para resolução de problemas.

Relação dos jovens com a Sociedade da Informação[editar | editar código-fonte]

Os jovens adquirem vários conhecimentos fora da escola, pois eles estão autointegrados neste novo paradigma de sociedade, preferindo por vezes o aconchegante lar, com todas as tecnologias à disposição, à escola enfadonha e obsoleta. É importante a escola tornar-se mais atrativa e em sintonia com as novidades tecnológicas.
Face a esta situação, já tem vindo a surgir alguns projectos, como por exemplo, One Laptop Per Child, projecto da autoria de Nicholas Negroponte, cientista Americano, formado em arquitectura, é um dos fundadores e professor do Media Lab, o laboratório de multimédia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde é financiado por mais de 105 empresas, incluindo as maiores corporações dos Estados Unidos da América e as grandes empresas da indústria do entretenimento.
Com grande reconhecimento no mundo da informática, fundou a OLPC, uma organização sem fins lucrativos que pretende assegurar a possibilidade de todos os estudantes terem o seu próprio portátil com vista a melhorar o seu nível de educação e a propiciar a sua entrada na nova era do conhecimento.
A ideia de Nicholas Negroponte é produzir um portátil de baixo custo que tenha distribuição maciça, chegando às crianças de todo o Mundo, incluindo aos lugares mais remotos de países como a Nigéria, o Brasil, a China, a Tailândia, o Egipto ou a África do Sul.
Capaz de se ligar à Internet sem utilizar cabos, o computador poderá funcionar através de corrente eléctrica, com pilhas e também através de um pedal gerador de energia. Este pedal, que inicialmente era uma manivela lateral, deverá liga-se ao transformador de energia, permitindo que as crianças de localidades mais remotas, como pequenos acampamentos sem electricidade, possam também utilizar o computador.
Os portáteis deverão começar a ser distribuídos durante o primeiro trimestre de 2007, por um preço inicial de 135 dólares, que descerá para 100 dólares em 2008 e apenas 50 dólares a partir de 2010. Estes computadores não vão estar disponíveis para a venda ao público, sendo apenas distribuídos nas escolas, através de iniciativas governamentais.
A sociedade tenderá a ser cada vez mais competitiva, criando mais riqueza e consequentemente qualidade de vida, tornando-se numa sociedade mais livre evitando a exclusão do cidadão convidando-o a participar. Mas para que isto seja possível e não se criem maiores dissimetrias sociais, as políticas educativas desempenham um papel primordial. Assim, a escola assume um papel fundamental na Sociedade da Informação, dotar o homem de capacidades para competir com o avanço tecnológico, condicionando-o, de maneira a que este avanço não seja autónomo, e possa ser controlado, de modo, a que sejam as nossas necessidades a corresponder ao desenvolvimento tecnológico e não o desenvolvimento tecnológico a moldar as nossas necessidades.

Consequências[editar | editar código-fonte]

Os aspectos positivos são visíveis, tal como a melhoria da nossa qualidade de vida. Com a introdução de máquinas e robôs nas indústrias tem-se aumentado a taxa de desemprego, mas a transição por vezes tem estas consequências. Com o nascimento de um novo sector, denominado de quaternário, cujo bem mais importante é a informação, assistimos a mudanças profundas na sociedade. A taxa de desemprego continua a aumentar com o desaparecimento de algumas profissões, entre outros factores. A perda de postos de trabalho, a extinção de algumas profissões, e a reconversão de outras até serem substituídas por novas, decorre um longo período de adaptação, que se poderá estar a viver neste momento, sendo difícil analisar as transformações quando estão a acontecer sem o tempo necessário para verificar as consequências.
Economia
A competitividade exige performance de desempenho profissional, flexibilidade apostando-se na qualidade do produto ou serviço final em detrimento do processo. A caneta e o papel estão claramente a ser substituídos pelas capacidades oferecidas pela informática, quer em termos de hardware como de software. As facilidades que as tecnologias trazem têm vindo a aumentar o nível de complexidade da informação e o seu respectivo tratamento. Com a Internet existe a troca de fluxo vivo de informação. A economia também é influenciada por este processo.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • POLIZELLI, Demerval e OZAKI, Adalton (organizadores). "Sociedade da Informação". Editora Saraiva, 2007.
  • “Sociedade da Informação”, Fundação Portugal Telecom LTDA(http://fundacao.telecom.pt).
  • M. Margarida Marques, Joana Lopes Martins, “Jovens, Migrantes e a Sociedade da Informação e do Conhecimento”, Alto-comissariado para a imigração e minorias étnicas (http://www.oi.acime.gov.pt/).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • VIEIRA, Elianete. O INÍCIO DA DESCOBERTA, Ed.1. São Paulo: Scortecci, 2013.
  • CRIS- Communications Rights in the Information Society (campanha internacional pelos Direitos à Comunicação na Sociedade da Informação)
  • Internews- ONG de capacitação e treinamento para democratizar o acesso à informação
  • IFEX- Intercâmbio Internacional de Liberdade de Expressão
  • CMD- Centro para Mídia e Democracia (EUA)
  • [1] - Actividades da UE

quinta-feira, 16 de maio de 2019

FAFE - FERIADO - 16 DE MAIO DE 2019

Fafe

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Fafe
Brasão de FafeBandeira de Fafe
Praca25Abril Fafe Portugal 2006.JPG
Praça 25 de abril, em Fafe
Localização de Fafe
GentílicoFafense
Área219,08 km²
População50 633 hab. (2011[1])
Densidade populacional231,1 hab,/km²
N.º de freguesias25
Presidente da
câmara municipal
Raul Cunha (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1513
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Ave
DistritoBraga
ProvínciaMinho
OragoNossa Senhora de Antime (orago do concelho)
Feriado municipal16 de Maio
(Feiras Francas de Fafe)
Código postal4820 - ___ Fafe
Sítio oficialwww.cm-fafe.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Fafe é uma cidade portuguesa, de onde são naturais os afilhados do Sá , situada no Distrito de BragaRegião do Norte e sub-região do Ave(uma das sub-regiões mais industrializadas do país), com uma população de 15 703 afilhados (fora os de Coimbra) , com uma área urbana de 7,50km², correspondente à freguesia com o mesmo nome, e com uma densidade populacional de 2093,7 hab/km²
É sede de um município com 219,08km² de área e 50 633 habitantes (2011),[1] uma queda de 3,4% em relação aos Censos de 2001. O concelho está subdividido em 25 freguesias[2] e é limitado a norte pelos municípios de Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho, a leste por Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, a sul por Felgueiras e a oeste por Guimarães.

História[editar | editar código-fonte]

Como qualquer outro concelho do Vale do Ave, Fafe teve grande propensão para a emigração. Na realidade, o século XIX marcou as terras de Fafe, sobretudo com a forte incidência emigratória para o Brasil, na época a terra mais apropriada, à procura de fortuna. Muitos destes emigrantes transportariam para Fafe as suas economias (muitas) aplicando-as na construção de belos edifícios e palacetes.
Os anos sessenta marcaram outra fase de grande emigração, nomeadamente na corrida para os países da Europa onde a mão-de-obra era escassa - Alemanha, França, Bélgica, Suíça e Luxemburgo. Em menor escala, a África do Sul, o Canadá e a Venezuela receberam emigrantes destas terras, ainda que para o Brasil se fossem registando amiudadas deslocações. O movimento emigratório operou grandes transformações nos "usos e costumes" dos fafenses, de um modo particular no pensamento, na economia e na cultura, que permitiu um significativo progresso no crescimento económico, fruto das transferências de capitais e sua aplicação.
Estas mudanças e a "importação" de culturas e pensamentos diferentes, operaram realizações de vulto, sendo disso um bom exemplo a têxtil do Bugio e a Companhia de Fiação e Tecidos de Fafe, que ao tempo, foram pioneiras em organização, gestão e produção, constituindo grandes pólos de emprego e riqueza local, bem como grande atracção demográfica, na medida em que na freguesia de Fafe se instalou gente de diversas zonas do concelho e de concelhos vizinhos. Graças à instalação da têxtil, o concelho sentiu o crescimento da sua riqueza e, por conseguinte, viu melhorar o poder económico das famílias.[3]
Até 1840 o concelho tinha a designação de Montelongo ou Monte Longo, havendo registos que em 1801 teria 7 573 habitantes.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [4]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
22 67424 62425 73627 34630 10230 03132 95937 46842 24343 78243 21245 82847 86252 75750 633
(Número de habitantes que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [5]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos9 36410 75110 04611 16313 37814 66315 53914 33514 11711 6739 8867 818
15-24 Anos4 6525 1615 6716 0266 3457 6167 4337 8108 6268 7718 5366 138
25-64 Anos11 68512 51512 29013 84715 19617 14717 72716 65518 33021 95927 31928 236
= ou > 65 Anos1 5411 6071 5771 8172 1852 4763 0833 6854 7555 4597 0168 441
> Id. desconh293636541109
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população presente no concelho à data em que eles se realizaram Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Arquitetura brasileira[editar | editar código-fonte]

  • Hospital de São José de Fafe
Devido à emigração para o Brasil, a arquitetura fafense teve as suas primeiras influências das terras de Vera Cruz. O maior exemplo disso é o Hospital São José de Fafe. O edifício do Hospital de Fafe deve a sua construção ao financiamento dos “Brasileiros de Torna – Viagem”, e emigrantes no Brasil, sendo uma réplica arquitectónica de outro, existente no Rio de Janeiro e propriedade da Sociedade Portuguesa de Beneficência dessa cidade, com estatutos aprovados em sessão da Assembleia geral de 17 de Maio de 1840.
Um grupo de emigrantes residentes na cidade do Rio de Janeiro decidiu, em 8 de Abril de 1858, promover a construção, à época, na Vila de Fafe, de um Hospital de Caridade. Em 6 de Janeiro de 1859 foi inaugurada o lançamento da primeira pedra e, em 19 de Março de 1863 é inaugurada a primeira fase de construção.
A Irmandade de São José ou da Misericórdia foi fundada em 23 de Março de 1862, com a finalidade de o administrar, conforme o que estava determinado pelo comissão de donatários e fundadores.
A construção do hospital de São José da Misericórdia de Fafe é iniciada quatro meses depois da inauguração do Hospital Beneficência do Rio de Janeiro, inaugurado no dia 16 de Setembro de 1858, constituindo o de Fafe uma réplica quase fiel. A construção do Hospital de Fafe, além de ser uma cópia do edifício brasileiro, constitui mais uma demonstração da estreita ligação e vínculos da comunidade dos ausentes no Rio de Janeiro, com os residentes, da altura, Vila de Fafe.[6]

O edifício da Casa da Cultura de Fafe, anterior Escola Industrial de Fafe, o Edifício do "Ex-Grémio", o Edifício do Club Fafense bem como edifícios no Centro da Cidade (sito na Praça 25 de Abril) também são exemplos da arquitetura brasileira.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Fafe situa-se num vale entre a Serra da Lameira, os Montes da Penha e outras montanhas. Numa vista aérea destacam-se três rios ladeados por arvoredo e que se espreguiçam pela periferia da cidade. São eles o Rio Ferro que tem a sua nascente em Ribeiros, o Rio do Bugio que inicia o seu percurso para os lados de S. Gens e o Rio Vizela que acolhe os outros dois e desagua no Rio Ave. O Rio Vizela nasce no Alto de Morgaír, na freguesia de Gontim, aos 894 m de altitude, sendo este o ponto mais alto do concelho. O concelho tem uma altitude média de 550 m.
Na década de 1990 foi construída a Barragem da Queimadela, na freguesia da Queimadela, no leito do Rio Vizela, com o objectivo de abastecer o concelho de Fafe com água, de forma mais eficiente, anteriormente disponibilizada pela Central Hidroeléctrica de Santa Rita, na Freguesia de Golães. Hoje em dia, é usado também como parque de lazer e está inserido em alguns percursos pedestres como ponto de visita.

Cultura[editar | editar código-fonte]

Teatro - Cinema de Fafe[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Cine-Teatro de Fafe
Encerrado desde o princípio da década de 1980, por ameaçar ruína, a Câmara Municipal conseguiu, em 2001, depois de aturadas negociações, adquirir o imóvel, por 2,5 milhões de euros.
Em 2008, adjudicou a empreitada de recuperação do imóvel pelo valor de 4.175.111,89 euros. Todo o conjunto do Teatro-Cinema foi devidamente recuperado no âmbito das obras de requalificação, para que o imóvel possa ser devolvido à fruição dos fafenses, como outrora, com todo o tipo de artes do espetáculo.
Por outro lado, em seu redor foi construído um edifício para apoio técnico às atividades do Teatro-Cinema e que inclui também a instalação da Academia de Música José Atalaya e a construção de um estúdio de cinema, que serão inaugurados em data posterior.
O Teatro-Cinema, que aproveitou já um edifício anteriormente existente no local, foi inaugurado, em 10 de janeiro de 1924, com a célebre Companhia de Aura Abranches. Era considerado, por essa altura, um dos melhores teatros da província e rivalizava mesmo com os das grandes cidades, em conforto, luxo, comodidade e condições de segurança para os artistas e o público.
O cinema seria introduzido no edifício pouco de três meses após a abertura, em 20 de abril de 1924, enquanto o cinema sonoro aparece em finais de 1932.
Nos primeiros anos de existência da casa de espetáculos, por aqui passaram as mais famosas companhias de teatro do país (Lucília Simões, Amélia Rey Colaço, Maria Matos, Chaby Pinheiro, Ester Leão, Cremilda de Oliveira, Rafael Marques, Palmira Bastos e Laura Alves, entre outras figuras do teatro português). A partir da década de 1930, a casa foi basicamente um local de exibição de cinema, o que se manteria até ao final da sua vida útil, quando foi mandada encerrar pela Direção-Geral de Espetáculos.
Além do teatro e do cinema, a casa de espetáculos foi utilizada ao longo dos seus anos de atividade pelas coletividades locais para mostrarem as suas produções, bem como para a realização de festas de Carnaval e outras atividades, como sessões de propaganda política da oposição ao Estado Novo. A não esquecer a lenda do grande herói de Serafão.

Património[editar | editar código-fonte]

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Fafe.
O concelho de Fafe está dividido em 25 freguesias:[2]

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