segunda-feira, 29 de abril de 2019

DIA DA MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DA GUERRA QUÍMICA - 29 DE ABRIL DE 2019

Guerra química

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Guerra química é um tipo de guerra não convencional, baseada no uso de propriedades tóxicas de substâncias químicas para fins de destruição em massa - seja com finalidades táticas (limitadas ao campo de batalha), seja com fins estratégicos (incluindo a retaguarda e vias de suprimento do inimigo).
As armas químicas diferem de armas convencionais ou nucleares porque seus efeitos destrutivos não são principalmente decorrentes da força explosiva. A categoria de armas químicas pode incluir, além das armas químicas propriamente ditas, também aquelas que utilizam provavelmente venenos de origem biológica. Quanto a isto, há controvérsias. De todo modo, o uso ofensivo de organismos vivos (como o antrax) é em geral considerado como guerra biológica, para efeito dos acordos internacionais sobre armamento pesado.

Ação e uso moderno[editar | editar código-fonte]

Soldado canadense, na Primeira Guerra Mundial, vítima de ataque de gás mostarda.
Armas químicas são baseadas na toxicidade de substâncias químicas, capazes de matar ou causar danos a pessoas e ao meio ambiente - tais como o gás mostarda, o cloro (Cl2), o ácido cianídrico (HCN), o gás sarin, o agente laranja ou o Napalm. Têm sido utilizadas tanto para reprimir manifestações civis - como é o caso do gás lacrimogêneo- quanto em grandes conflitos.
A guerra química moderna surge na Primeira Guerra Mundial, para superar a luta nas trincheiras, derrotando o inimigo com gases venenosos. (ver: Gás venenoso na Primeira Guerra Mundial) No conflito, as armas químicas mataram ou feriram cerca de 800 mil pessoas. A substância mais conhecida era o gás mostarda (de cor amarelada), capaz de queimar a pele e produzir danos graves ao pulmão, quando aspirado.
Durante a Segunda Guerra Mundial, também foi utilizada. O professorYoshiaki Yoshimi publicou uma série de estudos sobre o uso de armas químicas, pelo exército japonês, contra prisioneiros de guerra australianos. O exército imperial japonês mantinha uma unidade secreta que realizava experiências com armas químicas e biológicas, denominada Unidade 731.
As armas químicas mais temidas são os Agentes organofosforados, que agem sobre o sistema nervoso, bastando pequenas quantidades sobre a pele para provocar convulsões e morte. Se o conceito de arma química for ampliado, também pode ser incluído o herbicida Agente laranja, sem efeito imediato em seres humanos, que foi usado pelos norte-americanos na Guerra do Vietnã. Na guerra entre Irã e Iraque (1980-1988), os iraquianos usaram armas químicas contra o inimigo e voltaram a usá-las posteriormente, em 1991, contra aldeias curdas do norte do país. Atualmente, grupos insurgentes como o Al-jayš as-suri al-ħurr) tem especialistas qualificados para manusearem armas químicas.[1]

Proibição[editar | editar código-fonte]

Participação na Convenção sobre Armas Químicas
  Assinou e ratificou
  Em avaliação
  Assinou, mas não ratificou
  Não-signatário
A Convenção de Armas Químicas (CWC) é conseqüência do Protocolo de Genebra de 1925, que proíbe o uso de gases tóxicos e métodos biológicos para fins bélicos. Vários países assinaram o acordo, antes da II Guerra Mundial, quando foram interrompidas as negociações. A discussão do protocolo só foi retomada com o fim da Guerra Fria.
Finalmente, em 1993, a CWC foi concluída, sendo adotada a partir de abril de 1997. No mês seguinte foi criada a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Organization for the Prohibition of Chemical Weapons - OPCW), encarregada de supervisionar a destruição de arsenais químicos e assegurar a não-proliferação (fabricação, armazenamento e uso) de armas químicas, com exceção do gás lacrimogêneo para conter revoltas e tumultos, medida considerada pacificadora.
Há, entretanto, outros produtos químicos usados para fins militares e que não estão listados na Convenção, tais como:
Até 20 de novembro de 2008, apenas os seguintes países não tinham ratificado a Convenção: [2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Sources: U.S. helping underwrite Syrian rebel training on securing chemical weapons CNN
  2.  [OPCW. Technical Secretariat.Office of the Legal Adviser S/721/2008.5 December 2008. NOTE BY THE TECHNICAL SECRETARIAT. STATUS OF PARTICIPATION IN THE CHEMICAL WEAPONS CONVENTION AS AT 20 NOVEMBER 2008]

JOÃO PENHA - (POETA) NASCEU EM 1838 - 29 DE ABRIL DE 2019

João Penha

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João Penha
Busto de João Penha em Braga
Nascimento29 de abril de 1838
Braga
Morte3 de fevereiro de 1919 (80 anos)
Braga
CidadaniaPortugal
Alma materFaculdade de Direito da Universidade de Coimbra
Ocupaçãopoetajuristamagistrado
Movimento estéticoparnasianismo
João Penha de Oliveira Fortuna (Braga29 de Abril de 1838 — Braga, 3 de fevereiro de 1919 (80 anos)) foi um poeta, jurista e magistrado a quem é creditada a introdução do parnasianismo em Portugal.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Matriculou-se na Universidade de Coimbra em Teologia, passando depois para o curso de Direito, onde se formou em 1873. Juntou-se desde logo ao grupo dos estudantes boémios, tornando-se amigo de Gonçalves CrespoCândido de FigueiredoAntero de Quental e Guerra Junqueiro, entre outros.
Nos anos em que viveu em Coimbra fundou e dirigiu o jornal literário "A Folha" (publicado entre 1868 e 1873) onde colaboram grandes poetas como Antero de Quental e Guerra Junqueiro. Juntamente com Gonçalves Crespo, António Feijó e Cesário Verde é considerado um dos expoentes do parnasianismo português.[2]
Regressado a Braga, exerceu a advocacia e ocupou o cargo de juiz ordinário do Julgado da Sé. Dirigiu, entretanto, a revista literária República das Letras [3] (1875), de que saíram três números, e colaborou na Revista de turismo [4] iniciada em 1916.
Morreu pobre, surdo e esquecido em 1919.

Obra poética[editar | editar código-fonte]

  • Rimas (Lisboa, 1882),
  • Viagem por Terra ao País dos Sonhos (Porto, 1898),
  • Novas Rimas (Coimbra, 1905),
  • Ecos do Passado (Porto, 1914),
  • Últimas Rimas (Porto, 1919),
  • Canto do Cisne (Lisboa, 1923);

Prosa[editar | editar código-fonte]

  • Por Montes e Vales (Lisboa, 1899).

Edição crítica[editar | editar código-fonte]

  • Elsa Pereira, Obras de João Penha: Edição Crítica e Estudo.Porto: CITCEM, 2015. (Livro + CD-Rom).
As obras completas de João Penha foram objeto de uma edição crítico-genética em 7 tomos, apresentada em 2013 à Faculdade de Letras da Universidade do Porto e publicada, em formato livro + CD-rom, pelo Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço & Memória.

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