sexta-feira, 19 de abril de 2019

DIA MUNDIAL DA BICICLETA - 19 DE ABRIL DE 2019

Dia Mundial da Bicicleta

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Día Mundial de la Bicicleta.png
O Dia Mundial da Bicicleta é no dia 3 de junho. Foi aprovado em 12 de abril de 2018 como um dia oficial de conscientização sobre os vários benefícios sociais de usar a bicicleta para transporte e lazer das Nações Unidas.[1][2] Após o anúncio, o Secretário Geral da Federação Europeia de Ciclistas, Bernhard Ensink, declarou, "andar de bicicleta é uma fonte de benefícios social, econômico e ambiental – e isso é aproximar as pessoas. WCA (World Cycling Alliance) e a FEC estão extremamente felizes com esta declaração. Esta declaração da ONU é um reconhecimento da contribuição de ciclismo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável".

Campanha[editar | editar código-fonte]

Leszek Sibilski liderou uma campanha para promover uma Resolução da ONU para o Dia Mundial da Bicicleta, eventualmente, ganhando o apoio de Turquemenistão e outros 56 países.[3] O logotipo do Dia Mundial da Bicicleta foi projetado por Isaac Feld e a animação complementar foi feita pelo Professor John E. Swanson[4][5][6][7]. Ela retrata ciclistas de vários tipos pedalando ao redor do mundo. No fundo do logotipo está a hashtag#June3WorldBicycleDay[8] (em português, #3DeJunhoDiaMundialDaBicicleta).[9] A mensagem principal é mostrar que a bicicleta pertence e serve a toda a humanidade.

Referências[editar | editar código-fonte]

ERNESTO MELO E CASTRO - nasceu em 1932 - engenheiro - 19 de Março de 2019

E. M. de Melo e Castro

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E. M. de Melo e Castro
Nome completoErnesto Manuel Geraldes de Melo e Castro
Nascimento1932
CovilhãPortugal
NacionalidadePortugal Português
CônjugeMaria Alberta Menéres
OcupaçãoEngenheiropoetaensaístaescritorartista plástico
PrémiosGrande Prémio de Poesia Inaset – Inapa (1990);
Magnum opusIdeogramas (1962)
E. M. de Melo e Castro, nome literário de Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro ComIH (Covilhã1932), é um engenheiropoetaensaístaescritor e artista plástico português.
Figura multifacetada, autor de uma obra caracterizada pela construção de experiências com vários materiais e vários média, a ação de E. M. de Melo e Castro foi particularmente marcante na emergência da poesia experimental em Portugal.

Biografia / Obra[editar | editar código-fonte]

Filho de Ernesto de Campos Melo e Castro (Covilhã, 1896 — Covilhã, 1973; Comendador da Ordem da Instrução Pública, 1955). Foi casado com a escritora Maria Alberta Menéres e é pai da cantora Eugénia Melo e CastroLicenciatura em engenharia têxtil pela Universidade de Bradford (1956); Doutoramento em Letras pela Universidade de São Paulo (1998). Foi professor no Instituto Superior de Arte, Design e Marketing (IADE) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil.
Destaca-se como um dos pioneiros da Poesia Visual (concreta) em Portugal. Ideogramas[2] data de 1962 e reúne 29 poemas concretos, publicados sem qualquer introdução ou nota explicativa; este livro é considerado um marco fundador da Poesia Concreta e do Experimentalismo em Portugal. Participou no primeiro e foi um dos organizadores do segundo número da revista Poesia Experimental, em 1964 e 1966, respetivamente (Ver: Poesia Experimental Portuguesa). Entre as diversas antologias e suplementos em que colaborou, assinale-se a organização de Hidra 2[3] (1969) e Operação 1[4](1967).[5][6]
A prática poética de Melo e Castro "tem sido acompanhada por uma teorização sistemática sobre a linguagem e as tecnologias de comunicação. Na sua extensa obra cruzam-se múltiplas práticas e formas experimentais: a explosão grafémica e gráfica que combina a fragmentação da palavra com a espacialização da escrita alfabética e do desenho geométrico; o poema-objeto tridimensional e a instalação; a recombinação intermédia de escrita, som e imagem em movimento; a performance que inscreve a presença corporal, vocal e gestual do autor nas práticas sociais e técnicas de comunicação; a teorização do poema como dispositivo de crítica do discurso no universo saturado dos média". Figura marcante no contexto artístico português dos anos de 1960 e 1970, nas décadas que se seguiram tem-se dedicado a investigar e a espelhar no seu trabalho as relações entre a arte e o desenvolvimento tecnológico. Foi autor de um conjunto de obras pioneiras na utilização do vídeo e do computador na produção literária, que constituem uma "síntese da consciência autorreflexiva da ciência e da arte contemporânea" (na Universidade Aberta, nomeadamente, desenvolveu entre 1985 e 1989 um projeto de criação de videopoesia denominado Signagens).[6]
A sua prolífica atividade artística foi apresentada em numerosas exposições coletivas, em Portugal e no estrangeiro (entre as quais a histórica Alternativa Zero, 1977); realizou diversas exposições individuais (Galeria 111, Lisboa, 1965; Galeria Buchholz, 1974; Galeria Quadrum, 1978; etc.), espetáculos e happenings (Galeria Divulgação, 1975; Centro de Arte ModernaFundação Calouste Gulbenkian, 1985; etc.). Na sua atividade enquanto poeta e crítico publicou dezenas de livros (entre os quais a Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, 1959, em colaboração com Maria Alberta Menéres).[7]
Em 2006, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves apresentou O Caminho do Leve, uma grande exposição retrospetiva da sua obra; da poesia concreta e experimental à infopoesia, passando pela videopoesia, sem esquecer a criação de imagens fractais, a mostra reuniu uma seleção de obras representativas de quase cinco décadas de trabalho. Em Coimbra, na sua exposição Do Leve à Luz (integrada no ciclo Nas Escritas PO.EX, 2012), apresentou 14 novos Videopoemas. [6][8]
A 10 de junho de 2017, foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[9]

Transgressão[editar | editar código-fonte]

"[...] para mim, trabalhar o verso, trabalhar a prosa, trabalhar o signo não verbal, quer com meios gráficos convencionais ou com meios tecnológicos avançados, faz parte de um processo total que eu chamo poiésis, isto é, a produção do artefato, a produção do objeto, mas do objeto novo, evidentemente. E é justamente nesta inovação, ou nos aspetos transgressivos em relação às normas estabelecidas para a produção de versos, de poemas em prosa ou até mesmo de poemas visuais, é na transgressão que, para mim, se encontra o ponto crucial dessa produção". E. M. de Melo e Castro, 2001[10]

Algumas obras[6][11][editar | editar código-fonte]

Tontura, 1962 (Ideogramas, pág. 25)

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • Entre o Som e o Sul (1960)
  • Queda Livre (1961)
  • Mudo Mudando (1962)
  • Ideogramas (1962)
  • Objeto Poemático de Efeito Progressivo (1962)
  • Poligonia do Soneto (1963)
  • Versus-in-Versus (1968)
  • Álea e Vazio (1971)
  • Visão/Vision (1972)
  • Ciclo de Queda Livre (1973) – antologia
  • Concepto Incerto (1974)
  • Resistência das Palavras (1975)
  • Cara lh amas (1975)
  • Círculos Afins (1977) – antologia
  • As Palavras Só-Lidas (1079)
  • Re-Camões (1980)
  • Corpos Radiantes (1982)
  • Autologia: Poemas Escolhidos 1951-1982 (1983) – antologia
  • Entre o Rigor e o Excesso: um Osso (1994)
  • Finitos mais Finitos (1996)
  • Trans(a)parências – Poesia I, 1950-1990 (1990) – antologia; Grande Prémio de Poesia Inaset – Inapa, 1990
  • Enquanto Jactos e Hiatos (1994)
  • Algorritmos: Infopoemas (1998)

Ensaio[editar | editar código-fonte]

  • A Proposição 2.01 (1965)
  • O Próprio Poético (1973)
  • Dialéctica das Vanguardas (1976)
  • In-novar (1977)
  • As Vanguardas na Poesia Portuguesa do Século XX (1980)
  • PO.Ex: Textos Teóricos e Documentos da Poesia Experimental Portuguesa (1981; com Ana Hatherly)
  • Antologia de Textos Teóricos – Essa Crítica Louca (1982)
  • Literatura Portuguesa de Intervenção (1984)
  • Projeto: poesia (1984)
  • Poética dos Meios e Arte High Tech (1986)
  • Voos de Fénix Crítica (1995) – Prémio Jacinto do Prado Coelho, da Delegação Portuguesa da Associação Internacional dos Críticos Literários.

Videopoemas[editar | editar código-fonte]

  • Roda-Lume (1969, 1986)
  • Signagens (1985-1989)
  • Sonhos de Geometria (1993)
  • Navegações Fractais (2001)
  • Gerador de Universos (2005)

Publicações recentes (Brasil)[editar | editar código-fonte]

  • Antologia Efémera (2001)
  • Livro de Releituras e Poiética Contemporânea (2008)
  • Neo-Poemas-Pagãos (2010)
  • Quatro Cantos do Caos (2009)
  • O Paganismo em Fernando Pessoa (2010)
  • A Agramaticidade das Feridas do Coração (2011)
  • Poemas do É (2012)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  «Sobre E.m. de melo e castro». Consultado em 24 de julho de 2016
  2.  «Ideogramas». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 24 de julho de 2016
  3.  «Hidra 2». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 24 de julho de 2016
  4.  «Operação 1». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 24 de julho de 2016[ligação inativa]
  5.  Teixeira, Claudio Alexandre de Barros – "Erotografia poética de E. M. de Melo e Castro". Via Atlântica, São Paulo, N. 27, 301-314, junho 2015
  6. ↑ Ir para:a b c d Manuel Portela. «E. M. de Melo e Castro [Biografia]». Arquivo Digital da PO.EX. Consultado em 22 de julho de 2016
  7.  A.A.V.V. – III Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1986.
  8.  Marcos Cruz. «Ernesto de Melo e Castro em Serralves». Diário de Notícias. Consultado em 22 de julho de 2016
  9.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Ernesto Geraldes de Melo e Castro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de fevereiro de 2018
  10.  Lucilo Antônio Rodrigues. «A Poesia Digital de Melo e Castro». Consultado em 25 de julho de 2016
  11.  «E. M. de Melo e Castro». Instituto Camões. Consultado em 22 de julho de 2016

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