Fundo das Nações Unidas para a Infância
Fundo das Nações Unidas para a Infância/ United Nations Children's Fund | |
---|---|
Bandeira do UNICEF | |
Tipo | Fundo |
Acrônimo | UNICEF |
Comando | Tore Hattrem |
Status | Ativa |
Fundação | 11 de dezembro de 1946 (71 anos) |
Sede | Nova Iorque, Estados Unidos |
Website | Página do UNICEF |
Origem | ECOSOC |
O Fundo Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas (em inglês: United Nations International Children's Emergency Fund - UNICEF) é um órgão das Nações Unidas que tem como objetivo promover a defesa dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades e contribuir para o seu desenvolvimento.
O UNICEF rege-se pela Convenção sobre os Direitos da Criança e trabalha para que esses direitos se convertam em princípios éticos permanentes e em códigos de conduta internacionais para as crianças.
Sua sede está localizada na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
A outra sede da Unicef localiza-se na cidade de Moscovo e é lá que se fazem grandes reuniões sobre o trabalho da Unicef pelo mundo.
Objetivo e história[editar | editar código-fonte]
O UNICEF tem como objetivo "promover os direitos e melhorar a vida de todas as crianças, em todas as situações".[1] Iniciou suas atividades em dezembro de 1946, como um fundo de emergência para ajudar as crianças de todo o mundo, que sofreram com as consequências da guerra, formado por um grupo de países reunidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Mas alguns anos depois, milhões de crianças de países pobres continuavam ameaçadas pela fome e pela doença. Em 1953, o UNICEF tornou-se uma instituição permanente de ajuda e proteção a crianças de todo o mundo, e é a única organização mundial que se dedica especificamente às crianças. Está presente em 197 países. Em termos genéricos, trabalha com os governos nacionais e organizações locais em programas de desenvolvimento a longo prazo nos sectores da saúde, educação, nutrição, água e saneamento e também em situações de emergência, ajudar a dar resposta às suas necessidades básicas e contribuir para o seu pleno desenvolvimento.
Em paralelo o UNICEF apoia projetos concretos desenvolvidos por organizações não-governamentais ou governamentais que oferecem soluções locais ao problema. São projetos de atendimento direto a crianças e adolescentes em todas as regiões do mundo. As iniciativas que conseguiram criar metodologias inovadoras e eficientes para tratar o problema são divulgadas e inspiram outras instituições e projetos.
Atividades[editar | editar código-fonte]
O UNICEF é a única organização mundial que se dedica especificamente às crianças. Em termos genéricos, trabalha com os governos nacionais e organizações locais em programas de desenvolvimento a longo prazo nos sectores da saúde, educação, nutrição, água e saneamento e também em situações de emergência para defender as crianças vítimas de guerras e outras catástrofes. Atualmente, está presente em 197 países e territórios de todo o mundo.
Ao elaborar o seu Plano de Ação para 2002/2005, o UNICEF decidiu mobilizar os seus recursos para conseguir resultados para as crianças em seis áreas de intervenção prioritária:
- Educação das crianças: para que todas as crianças tenham acesso e completem o ensino primário.
- Desenvolvimento na primeira infância: para que cada criança tenha o melhor começo de vida.
- Imunização “mais”: proteger as crianças de doenças e deficiências, dando especial relevo à imunização.
- Luta contra o HIV/SIDA: para prevenir a propagação da doença e para que as crianças e jovens infectados recebam cuidados adequados.
- Proteção Infantil: para que todas as crianças possam crescer livres da violência, exploração, abusos e discriminação.
- Educação escolar.
- Casas.
Missão[editar | editar código-fonte]
A missão é lutar por um mundo melhor, com o respeito pelas crianças. A resolução dos problemas das crianças é o seu principal objetivo.
O UNICEF trabalha com governos e organizações não-governamentais (ONGs) de 197 países e territórios em todo o mundo para que todos os direitos das crianças sejam respeitados. O dinheiro do Fundo vem de doações voluntárias do governo, de ONGs e de pessoas comuns.
O UNICEF é financiado por contribuições voluntárias e com o apoio do sector privado. Esta colaboração assume diversas formas, nomeadamente:
- Donativo em nome da empresa - muitas empresas, ou fundações com carácter de solidariedade a elas associadas, decidem fazer diretamente um donativo no valor que desejarem.
- Campanhas de marketing social - em que uma empresa decide doar uma percentagem das vendas de um produto ou serviço à UNICEF. Deste modo as empresas aumentam a notoriedade e vendas das suas marcas e, ao mesmo tempo, contribuem para uma causa.
- Campanhas de angariação por meio dos clientes – incentivo à participação dos clientes por meio de programas de fidelização.
- Recolhimento de fundos junto dos colaboradores - em alguns casos, o montante angariado é duplicado pela empresa.
- Patrocínios de iniciativas e eventos
- Voluntariado - a empresa disponibiliza uma parte da carga horária dos seus colaboradores para participarem em ações de voluntariado.
- Compra de cartões de Natal e produtos UNICEF para dar e vender
Todas as parcerias se caracterizam respeito mútuo e pelo reforço das potencialidades de cada uma das organizações.
No Brasil[editar | editar código-fonte]
Desde 1952, A UNICEF trabalha no Brasil, em parceria com governos municipais, estaduais e federal, sociedade civil, grupos religiosos, media, sector privado e organizações internacionais, incluindo outras agências das Nações Unidas, para defender os direitos de meninas e meninos brasileiros. A Rede Globo foi uma parceira da UNICEF para a conscientização da campanha Criança Esperança durante 18 anos. A UNICEF atua na articulação, no monitoramento e avaliação e na promoção de políticas na área da infância e da adolescência. Entre 2005 e 2013, a actuação da UNICEF no Brasil tem como objectivo garantir a cada criança e adolescente os seus direitos a:
- Sobreviver e se desenvolver;
- Aprender;
- Proteger e ser protegido do HIV/aids;
- Crescer sem violência;
- Ser prioridade absoluta nas políticas públicas.
- Doações de alimentos
A garantia desses direitos tem a ver com o reconhecimento de que alguns grupos de crianças e adolescentes estão mais vulneráveis à violência, à exploração e a várias situações de risco. Por isso, os direitos devem ser entendidos a partir de dois temas transversais fundamentais na universalização dos direitos: a promoção da equidade de raça/etnia e de gênero e a participação das próprias crianças e adolescentes nas decisões que afetam sua vida, sua família e sua comunidade.
Os esforços para a garantia dos direitos também devem ser entendidos a partir das históricas disparidades regionais. Desse modo, para universalizar os direitos, é preciso centrar foco em algumas áreas geográficas do Brasil. São elas:
- o Semiárido brasileiro, onde se encontram os piores indicadores sociais e onde 70% dos 13 milhões de crianças e adolescentes vivem na pobreza;
- a Amazônia, onde vivem 9 milhões de crianças e adolescentes de considerável diversidade étnica e social, vivendo esparsamente em enormes áreas onde o desenvolvimento econômico, social e institucional é precário;
- as comunidades populares dos grandes centros urbanos do País, onde prevalecem altos tipos de violência contra crianças e adolescentes