Terras de Bouro
Paços do Concelho | |
Área | 277,46 km² |
População | 7 253 hab. (2011) |
Densidade populacional | 26,1 hab./km² |
N.º de freguesias | 14 |
Presidente da câmara municipal | Luís Teixeira (PS) |
Fundação do município (ou foral) | 1514 |
Região (NUTS II) | Norte |
Sub-região (NUTS III) | Cávado |
Distrito | Braga |
Província | Minho |
Feriado municipal | 20 de outubro |
Código postal | 4840 |
Municípios de Portugal |
Terras de Bouro é uma vila portuguesa no Distrito de Braga, região do Nortee sub-região do Cávado, com cerca de 700 habitantes.
É sede de um município com 277,46 km² de área[1] e 7 253 habitantes (2011),[2] subdividido em 14 freguesias.[3] O município é limitado a norte pelo município de Ponte da Barca e pela Espanha, a leste por Montalegre, a sul por Vieira do Minho, a sudoeste por Amares e a oeste por Vila Verde.
Até 2005 o município de Terras de Bouro tinha a particularidade de não estar sediado numa localidade com o mesmo nome que o município no seu todo, como é regra em Portugal: a sede situava-se na Vila de Covas, localidade da freguesia de Moimenta. Por Lei de janeiro de 2005, essa originalidade acabou, sendo a vila redesignada Vila de Terras de Bouro.[4]
Índice
História[editar | editar código-fonte]
O nome de Terras de Bouro advém da tribo germanica dos Búrios (Buri) que acompanhou os Suevos aquando da invasão da Peninsula Ibérica (Galécia) e que se estabeleceu na regiao entre o rio Cávado e o rio Homem sendo deste modo conhecida como Terras de Boiro ou Bouro. Este é um Concelho de montanha cujo povoamento se perde na memória dos tempos, como o comprovam as pinturas rupestres e vestígios da Idade do Bronze. A presença humana mais marcante, porém, remonta ao tempo dos Romanos, utilizadores de água termal do Gerês e construtores da Geira (Via Romana).
Visitar esta região é contactar com o vasto património dos antepassados: a Via Romana, vulgo Geira, com a maior concentração de marcos miliários epigrafados do Noroeste peninsular, reconhecida como Património Nacional e em fase de candidatura a Património Mundial; é reviver as agruras do povo Búrio na defesa da zona raiana e do seu castelo, o castelo de Bouro, honrando o compromisso assumido, aquando da atribuição de privilégios reais[5] e cujas trincheiras testemunham o heroísmo deste povo; é contactar com as tradições ancestrais, (trilhos dos pastores, dos contrabandistas, dos regadios, dos moinhos, etc.) que possibilitaram, durante séculos, a sobrevivência de um povo simples, amante da sua terra e disposto a dar a vida pela pátria. É desfrutar da natureza, em toda a sua plenitude, como escreveu Miguel Torga, onde: "tudo se conjuga para que nada falte à sua grandeza e perfeição" (Diário VII).
Hoje, tornou-se um destino turístico por excelência, quer pelas marcas de ruralidade, não obstante ficar perto de Braga e Porto, quer pelo património cultural, ambiental, paisagístico, termal e religioso.