sábado, 20 de outubro de 2018

TERRAS DE BOURO - FERIADO - 20 DE OUTUBRO DE 2018

Terras de Bouro

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Terras de Bouro
Brasão de Terras de BouroBandeira de Terras de Bouro
Pacos do concelho.jpg
Paços do Concelho
Localização de Terras de Bouro
Área277,46 km²
População7 253 hab. (2011)
Densidade populacional26,1  hab./km²
N.º de freguesias14
Presidente da
câmara municipal
Luís Teixeira (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1514
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Cávado
DistritoBraga
ProvínciaMinho
Feriado municipal20 de outubro
Código postal4840
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Terras de Bouro é uma vila portuguesa no Distrito de Bragaregião do Nortee sub-região do Cávado, com cerca de 700 habitantes.
É sede de um município com 277,46 km² de área[1] e 7 253 habitantes (2011),[2] subdividido em 14 freguesias.[3] O município é limitado a norte pelo município de Ponte da Barca e pela Espanha, a leste por Montalegre, a sul por Vieira do Minho, a sudoeste por Amares e a oeste por Vila Verde.
Até 2005 o município de Terras de Bouro tinha a particularidade de não estar sediado numa localidade com o mesmo nome que o município no seu todo, como é regra em Portugal: a sede situava-se na Vila de Covas, localidade da freguesia de Moimenta. Por Lei de janeiro de 2005, essa originalidade acabou, sendo a vila redesignada Vila de Terras de Bouro.[4]

História[editar | editar código-fonte]

O nome de Terras de Bouro advém da tribo germanica dos Búrios (Buri) que acompanhou os Suevos aquando da invasão da Peninsula Ibérica (Galécia) e que se estabeleceu na regiao entre o rio Cávado e o rio Homem sendo deste modo conhecida como Terras de Boiro ou Bouro. Este é um Concelho de montanha cujo povoamento se perde na memória dos tempos, como o comprovam as pinturas rupestres e vestígios da Idade do Bronze. A presença humana mais marcante, porém, remonta ao tempo dos Romanos, utilizadores de água termal do Gerês e construtores da Geira (Via Romana).
Visitar esta região é contactar com o vasto património dos antepassados: a Via Romana, vulgo Geira, com a maior concentração de marcos miliários epigrafados do Noroeste peninsular, reconhecida como Património Nacional e em fase de candidatura a Património Mundial; é reviver as agruras do povo Búrio na defesa da zona raiana e do seu castelo, o castelo de Bouro, honrando o compromisso assumido, aquando da atribuição de privilégios reais[5] e cujas trincheiras testemunham o heroísmo deste povo; é contactar com as tradições ancestrais, (trilhos dos pastores, dos contrabandistas, dos regadios, dos moinhos, etc.) que possibilitaram, durante séculos, a sobrevivência de um povo simples, amante da sua terra e disposto a dar a vida pela pátria. É desfrutar da natureza, em toda a sua plenitude, como escreveu Miguel Torga, onde: "tudo se conjuga para que nada falte à sua grandeza e perfeição" (Diário VII).
Hoje, tornou-se um destino turístico por excelência, quer pelas marcas de ruralidade, não obstante ficar perto de Braga e Porto, quer pelo património cultural, ambiental, paisagístico, termal e religioso.

População

COVILHÃ - FERIADO - 20 DE OUTUBRO DE 2018

Covilhã

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Covilhã
Brasão de CovilhãBandeira de Covilhã
Centrodacovilha.JPG
Vista parcial da cidade
Localização de Covilhã
GentílicoCovilhanense
Área555,60 km²
População51 797 hab. (2011[1])
Densidade populacional93,2  hab./km²
N.º de freguesias21
Presidente da
câmara municipal
Vítor Pereira (PS)
Fundação do município
(ou foral)
Foral outorgado por D. Sancho I em 1186
Região (NUTS II)Centro
Sub-região (NUTS III)Beiras e Serra da Estrela
DistritoCastelo Branco
ProvínciaBeira Baixa
OragoS. Tiago
Feriado municipal20 de Outubro
Código postal6200
Sítio oficialwww.cm-covilha.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Covilhã DmC • GCMAI é uma cidade portuguesa pertencente ao distrito de Castelo Branco, na província da Beira Baixaregião estatística do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela. É a porta da Serra da Estrela e tem 36 356 habitantes[2] no seu perímetro urbano formado por cinco freguesias: Covilhã e CanhosoTeixoso e SarzedoCantar-Galo e Vila do CarvalhoBoidobra e Tortosendo.
É sede de um município com 555,60 km² de área[3] e 51 797 habitantes (2011),[4][5] subdividido em 21 freguesias.[6] O município é limitado a norte pelos municípios de Seia e Manteigas, a nordeste pela Guarda, a leste por Belmonte, a sul pelo Fundão e a oeste por Pampilhosa da Serra e Arganil.
É a terra da indústria da lã, de cariz operário, berço de descobridores de quinhentos, hoje uma cidade com Universidade pública.
A cidade da Covilhã está situada na vertente sudeste da Serra da Estrela e é um dos centros urbanos de maior relevo da região juntamente com CoimbraAveiroViseuFigueira da FozGuardaCastelo Branco, etc. O seu núcleo urbano estende-se entre os 450 e os 800 m de altitude.
O ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre (1 993 m), pertence às freguesias de Unhais da Serra (Covilhã), São Pedro (Manteigas), Loriga (Seia) e Alvoco da Serra (Seia), estando incluída em três municípios: Covilhã, Manteigas e Seia,[7] mas dista cerca de 20 km do núcleo urbano da Covilhã, sendo a Covilhã, por isso, a cidade portuguesa mais próxima do ponto mais alto de Portugal Continental.
É uma cidade de características próprias desde há séculos, conjugando em simultâneo factos interessantes da realidade portuguesa.
Num estudo elaborado em 2007 pelo jornal Expresso, sobre a qualidade de vida nas cidades portuguesas, a Covilhã ocupa a 14ª posição, situando-se à frente das restantes cidades do interior do país.[8]

História[editar | editar código-fonte]

Claustro do Convento de S. António.
Capela Românica de S. Martinho.
O passado da Covilhã remonta aos tempos da romanização da Península Ibérica, quando foi castro proto-histórico, abrigo de pastores lusitanos e fortaleza romana conhecida por Cava Juliana ou Silia Hermínia. Quem mandou erguer as muralhas do seu primitivo castelo foi D. Sancho I que em 1186 concedeu foral de vila à Covilhã. E, mais tarde, foi D. Dinis que mandou construir as muralhas do admirável bairro medieval das Portas do Sol.
Era já na Idade Média uma das principais "vilas do reino", situação em seguida confirmada pelo facto de grandes figuras naturais da cidade ou dos arredores se terem tornado determinantes em todos os grandes Descobrimentos dos séculos XV e XVI: o avanço no Oceano Atlântico, o caminho marítimo para a Índia, as descobertas da América e do Brasil, a primeira viagem de circum-navegação da Terra. Em plena expansão populacional quando surge o Renascimento, sector económico tinha particular relevo na agricultura, pastorícia, fruticultura e floresta. O comércio e a indústria estavam em franco progresso. Gil Vicente cita "os muitos panos finos". O Infante D. Henrique, conhecendo bem esta realidade, passou a ser "senhor" da Covilhã. A gesta dos Descobrimentos exigia verbas avultadas. As gentes da vila e seu concelho colaboraram não apenas através dos impostos, mas também com o potencial humano.
A expansão para além-mar iniciou-se com a conquista de Ceuta em 1415. Personalidades da Covilhã como Frei Diogo Alves da Cunha, que se encontra sepultado na Igreja da Conceição, participaram no acontecimento. A presença de covilhanenses em todo o processo prolonga-se com Pêro da Covilhã (primeiro português a pisar terras de Moçambique e que enviou notícias a D. João II sobre o modo de atingir os locais onde se produziam as especiarias, preparando o Caminho Marítimo para a Índia) João Ramalho, Fernão Penteado e outros.
Entre os missionários encontramos o Beato Francisco Álvares, morto a caminho do Brasil; frei Pedro da Covilhã, capelão na expedição de Vasco da Gama para a Índia, o primeiro mártir da Índia; o padre Francisco Cabral missionário no Japão; padre Gaspar Pais que de Goa partiu para a Abissínia; e muitos outros que levaram, juntamente com a fé, o nome da Covilhã e do Fundão para todas as partes do mundo. Os irmãos Rui e Francisco Faleiro, cosmógrafos, tornaram-se notáveis pelo conhecimento da ciência náutica. Renascentista é Frei Heitor Pinto, um dos primeiros portugueses a defender, publicamente, a identidade portuguesa. A sua obra literária está expressa na obra "Imagem da Vida Cristã". Um verdadeiro clássico.
A importância da Covilhã, neste período, explica-se não apenas pelo título "notável" que lhe concedeu o rei D. Sebastião [9] como também pelas obras aqui realizadas e na região pelos reis castelhanos. A Praça do Município foi até há poucos anos, de estilo filipino. Nas ruas circundantes encontram-se vários vestígios desse estilo. No concelho também. Exemplos de estilo manuelino também se encontram na cidade. É o caso de uma janela manuelina da judiaria da Rua das Flores. É o momento de citar o arquitecto Mateus Fernandes, covilhanense, autor do projecto da porta de entrada para as Capelas imperfeitas, no mosteiro da Batalha.
As duas ribeiras que descem da Serra da Estrela, Carpinteira e Degoldra, atravessam o núcleo urbano e estiveram na génese do desenvolvimento industrial. Elas forneciam a energia hidráulica que permitiam o laborar das fábricas. Junto a essas duas ribeiras deve hoje ser visto um interessante núcleo de arqueologia industrial, composto por dezenas de edifícios em ruínas. Nos dois locais são visíveis dezenas de antigas unidades, de entre as quais se referem a fábrica-escola fundada pelo Conde da Ericeira em 1681 junto à Carpinteira e a Real Fábrica dos Panos criada pelo Marquês de Pombal em 1763 junto à ribeira da Degoldra. Esta é agora a sede da Universidade da Beira Interior na qual se deve visitar o Museu de Lanifícios, já considerado o melhor núcleo museológico desta indústria na Europa.[10] A Covilhã foi, finalmente, elevada à condição de cidade a 20 de Outubro de 1870 pelo Rei D. Luís I, por ser "uma das villas mais importantes do reino pela sua população e riqueza.".[11]

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