quinta-feira, 13 de setembro de 2018

AQUILINO RIBEIRO - Nasceu 1885 - 13 de Setembro de 2018

Aquilino Ribeiro

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Aquilino Ribeiro
Nome completoAquilino Gomes Ribeiro
Nascimento13 de setembro de 1885
Carregal de Tabosa, , Portugal Portugal
Morte27 de maio de 1963 (77 anos)
LisboaPortugal Portugal
NacionalidadePortugal Portuguesa
CônjugeGrete Tiedemann (1913-1927, 1 filho)
Jerónima Dantas Machado (1929, 1 filho)
OcupaçãoEscritor
Influências
PrémiosPrémio Ricardo Malheiros(1933)
Magnum opusCinco reis de gente
Assinatura
Signature Portuguese writer Aquilino Ribeiro.jpg
Aquilino Gomes Ribeiro ComL (Carregal da Tabosa, Sernancelhe)13 de setembrode 1885 — Lisboa27 de maio de 1963) foi um escritor português.
É considerado por alguns como um dos romancistas mais fecundos da primeira metade do século XX. Iniciou a sua obra em 1907 com o folhetim "A Filha do Jardineiro" e depois 1913 com os contos de Jardim das Tormentas e com o romance A Via Sinuosa, 1918, e mantém a qualidade literária na maioria dos seus textos, publicados com regularidade e êxito junto do público e da crítica.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Aquilino Ribeiro nasce em 1885, no Carregal de Tabosa, concelho de Sernancelhe, em 13 de setembro, filho natural (o último de quatro) do padre Joaquim Francisco Ribeiro e da camponesa Mariana do Rosário Gomes[1], tendo uma irmã mais velha (Maria do Rosário) e dois irmãos mais velhos (Melchior e Joaquim). Foi batizado na Igreja Matriz dos Alhais, no concelho de Vila Nova de Paiva.
Viveu uma infância plenamente inserida no meio rural. Brincava na rua com as outras crianças da sua idade[2], admirava os pássaros e, no limiar da adolescência, gostava de montar a cavalo e de caçar[3].
Em 1895, já a viver no concelho de Moimenta da Beira, realizou o exame de instrução primária e entrou no Colégio de Nossa Senhora da Lapa. Em 1900 entrou no Colégio de Lamego, em Lamego e, a seguir, foi mandado para o Seminário de Beja — para onde iam os ordenandos mais recalcitrantes, dirá o escritor, nas suas memórias — obedecendo a um desejo da sua mãe, que queria fazê-lo sacerdote.
Aquilino seria expulso do Seminário em 1904, depois de ter dado uma réplica cortante a uma acusação do padre Manuel Ançã, um dos diretores da instituição[1]. Regressado a Soutosa, daí saiu ao fim de dois anos, rumo a Lisboa.
Começava a sua conspiração contra a monarquia liberal desvirtuada por governos autoritários. Em 1906 começa a colaborar no jornal republicano A Vanguarda. Em 1907, em parceria com José Ferreira da Silva, escreve A Filha do Jardineiro, obra de ficção de propaganda republicana e de crítica às figuras do regime. Entra a seguir para a Loja Montanha do Grande Oriente Lusitano, em Lisboa, a convite de Luz de Almeida.
É também em 1907 que Aquilino é preso, acusado de ser anarquista, na sequência de uma explosão no seu quarto na Rua do Carrião, a 28 de Novembro, em Lisboa, na qual morreu inclusive um carbonário.
No ano seguinte, em 1908 Aquilino evade-se da prisão, em 12 de janeiro, e durante a clandestinidade em Lisboa mantém os contactos com os regicidas, refugiado numa casa de Meira e Sousa, na Rua Nova do Almada, em frente do Tribunal da Boa Hora.
Estabelecido em Paris em 1910, estuda na Faculdade de Letras da Sorbonne. Vem a Portugal após o 5 de outubro e regressa a Paris, onde conhecera a alemã Grete Tiedemann. Após uma estada na Alemanha, virá a casar com Grete. O casal regressa a Paris e, em 1914, nasce-lhes o primeiro filho, Aníbal Aquilino Fritz Tiedemann Ribeiro. Nesse mesmo ano ainda publicará um novo livro, Jardim das Tormentas.
Em 1915 a família é obrigada a regressar a Portugal na sequência dos conflitos da Primeira Grande Guerra. Aquilino, mesmo sem ter conseguido terminar a sua licenciatura, é admitido a lecionar no ensino secundário, sendo colocado como professor no Liceu Camões, onde ficará durante três anos.
Em 1918 publica A Via Sinuosa. No ano seguinte, em 1919, entra para a Biblioteca Nacional de Portugal, a convite de Raul Proença. Convive com o chamado Grupo da Biblioteca Nacional onde pontificam Jaime Cortesão e Raul Proença. Publica Terras do Demo, e a primeira versão do seu conto "Valeroso Milagre" na Revista Atlântida (nº 32), cuja trama se passa no Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção de Tabosa, situado na sua freguesia natal, aquando das invasões francesas. É na Biblioteca Nacional que Aquilino Ribeiro é procurado por pessoas de suas relações para lhe mostrarem uma Acta do Regicídio.
Em 1921 integra a direcção da revista Seara Nova. Em 1922 publica O Malhadinhas integrado no livro Estrada de Santiago, o qual inclui também uma nova versão do "Valeroso Milagre".
Em 1927 entra na revolta de 7 de fevereiro, em Lisboa. Exila-se em Paris. No fim do ano regressa a Portugal, clandestinamente, após falecer a primeira mulher. Em 1928 entra na revolta de Pinhel. Encarcerado no presídio de Fontelo (Viseu), evade-se e volta a Paris.
Em 1929 casa em Paris com Jerónima Dantas Machado, filha de Bernardino Machado. Do casal virá a nascer em 1930 o segundo filho, Aquilino Ribeiro Machado, que viria a ser o 60.º Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1977-1979). Em Lisboa é julgado à revelia em Tribunal Militar, e condenado.
Em 1931 vai viver para a Galiza. Em 1932 volta a Portugal clandestinamente. Em 1933 recebe o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, pelo seu livro As Três Mulheres de Sansão.
Em 1935 é eleito sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
Em 1946 publica Aldeia, Terra, Gente e Bichos. Em 1951 publica Geografia Sentimental.
Em 1952 faz uma viagem ao Brasil onde é homenageado por escritores e artistas, na Academia Brasileira de Letras. Em 1956 é fundador e presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.
Em 1957 publica A Casa Grande de Romarigães e, em 1958, Quando os Lobos Uivam. Neste mesmo ano é nomeado sócio efetivo da Academia das Ciências de Lisboa. Milita na candidatura de Humberto Delgado à presidência da República.
Em 1962 nasce-lhe a primeira neta, Mariana, a quem dedica O Livro da Marianinha.
Em 1963 é homenageado em várias cidades do país por ocasião dos cinquenta anos de vida literária. Morre no dia 27 de maio. Nessa mesma hora, a Censura comunicava aos jornais não ser mais permitido falar das homenagens que lhe estavam a ser prestadas. É sepultado no Cemitério dos Prazeres.
Em 1974 é publicado o livro de memórias Um Escritor Confessa-se. Como escreve José Gomes Ferreira no prefácio Aquilino sabe mentir a verdade.
Em 1982, a 14 de Abril, é agraciado a título póstumo com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade[4]
Em 2007, por decisão unânime, a Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional[5]. A cerimónia de trasladação para o Panteão Nacional ocorreu a 19 de setembro desse mesmo ano.[6]

A obra[editar | editar código-fonte]

A linguagem de Aquilino Ribeiro caracteriza-se fundamentalmente por uma excepcional riqueza lexicológica e pelo uso de construções frásicas de raiz popular, cheias de regionalismos.
Aquilino foi sobretudo um estilista e, por isso, a sua linguagem vernácula é arejada, frequentemente condimentada nos diálogos com expressões entre grotescas e satíricas.
Apesar de ter optado por uma literatura de tradição, Aquilino procurou ao longo da sua vida uma renovação contínua de temas e processos, tornando-se assim muito difícil sistematizar a temática da sua vastíssima obra.
Num número considerável de obras, Aquilino reflecte, ainda que distorcidas pela imaginação, cenas da sua vida: o convívio com as gentes do campo, a educação ministrada pelos sacerdotes, as conspirações políticas, as fugas rocambolescas, os exílios.
Até 1932, ano em que fixa residência na Cruz Quebrada, todos os ambientes, contextos e personagens que Aquilino cria, remetem para a sua querida Beira natal. O MalhadinhasAndam Faunos pelos Bosques e Terras do Demo constituem o melhor exemplo desta situação. De facto, ver-nos-emos, com uma extrema facilidade, envolvidos com as suas personagens beirãs, os seus costumes, tradições e modos de falar típico. Aquilino Ribeiro como escritor não pode ser enquadrado em nenhuma das escolas e tendências da sua época.
Tem colaboração na II série da revista Alma nova [7] (1915-1918) começada a publicar em Faro em 1914, na revista luso-brasileira Atlantida[8] (1915-1920), na Ilustração [9] (1926-), Homens Livres [10] (1923), no jornal Miau![11] (1916) e na Revista dos Centenários[12] publicada por ocasião da Exposição do Mundo Português.

Obras literárias[editar | editar código-fonte]

Biografia
  • 1950 - Luís de Camões: fabuloso e verdadeiro (2 volumes)
  • 1956 - O romance de Camilo (3 volumes) (Nota: a mais importante biografia de Camilo Castelo Branco já escrita e publicada)
Contos
  • 1907 - A filha do jardineiro
  • 1913 - Jardim das tormentas (Prefácio:Carlos Malheiro Dias)
  • 1919 - Valeroso milagre
  • 1922 - Estrada de Santiago
  • 1934 - Sonhos de uma noite de Natal
  • 1935 - Quando ao gavião cai a pena
Memórias
  • 1935 Alemanha Ensangüentada.
  • 1934 - É a guerra: diário
  • 1948 - Cinco réis de gente
  • 1974 - Um escritor confessa-se (Edição póstuma)
Literatura infanto-juvenil
  • 1924 - Romance da raposa
  • 1936 - Arca de Noé I
  • 1936 - Arca de Noé II
  • 1936 - Arca de Noé III
  • 1945 - O livro do menino Deus
  • 1952 - Fernão Mendes Pinto:aventuras extraordinárias de um português no Oriente
  • 1967 - O livro de Marianinha: lengalengas e toadilhas em prosa rimada (Edição póstuma)
Romances/Novelas
  • 1918 - A via sinuosa
  • 1919 - Terras do demo
  • 1920 - Filhas da Babilônia
  • 1926 - Andam faunos pelos bosques
  • 1930 - O homem que matou o diabo
  • 1932 - A batalha sem fim
  • 1932 - As três mulheres de Sansão
  • 1933 - Maria Benigna
  • 1936 - Aventura maravilhosa de D. Sebastião Rei de Portugal depois da batalha com o Miramolim
  • 1937 - São Bonaboião:anacoreta e mártir
  • 1939 - Mónica
  • 1941 - O servo de Deus e a casa roubada
  • 1943 - Volfrâmio
  • 1945 - Lápides partidas
  • 1947 - Caminhos errados
  • 1947 - O arcanjo negro
  • 1954 - Humildade gloriosa
  • 1957 - A Casa Grande de Romarigães
  • 1958 - Quando os lobos uivam
  • 1958 - A mina de diamantes (Nota: Edição conjunta com "O Malhadinhas")
  • 1962 - Arcas encoiradas
  • 1963 - Casa do escorpião
História
  • 1943 - Os avós dos nossos avós
  • 1952 - Príncipes de Portugal: suas grandezas e misérias
Tradução
  • D. Quixote de la Mancha de Miguel de Cervantes Saavedra
  • O príncipe perfeito, de Xenofonte (tradução e prefácio)
  • A retirada dos dez mil, de Xenofonte (tradução e prefácio)
  • O Santo (1907) de Antonio Fogazzaro

Fundação Aquilino Ribeiro[editar | editar código-fonte]

Em 1988 foi instituída a Fundação Aquilino Ribeiro – Casa Museu – Biblioteca, com sede na localidade de Soutosa (Moimenta da Beira), na casa outrora utilizada pelo escritor[13][14] admiravelmente por ele descrita. Na sua fundação teve como presidente Aníbal Aquilino Ribeiro, filho mais velho do escritor[15].

Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

Monumento em homenagem a Aquilino Ribeiro, Viseu, Portugal.

Televisão[editar | editar código-fonte]

  • Biografia produzida pela RTP com autoria e apresentação de Óscar Lopes.
  • "O Homem que Matou o Diabo", adaptação do romance, filme produzido pela RTP em 1979, emitido como série. Com Herman José, João Guedes, Ana Zanatti.
  • Romance da Raposa foi adaptado para uma série de televisão, de 13 episódios de 13 minutos cada, em 1988[16]. A série foi produzida pela RTP, Topefilme e Telecine. A adaptação esteve a cargo de Marcello de Morais, os diálogos e letras das canções foram escritos por Maria Alberta Menéres e a música foi da autoria de Jorge Machado. Ricardo Neto criou as personagens. A animação esteve a cargo de Artur Correia e Ricardo Neto.
  • Quando os lobos uivam foi adaptado ao cinema numa produção, de 2008, da RTP.
  • Aquilino é personagem da série O Dia do Regicídio produzida pela RTP em 2008.

Recolha através da WIKIPÉDIA  

por 


ANTÓNIO FONSECA

Os SAMS dos Bancários - 43 anos - 13 de Setembro de 2018

CARTA ABERTA À CLASSE BANCÁRIA 

 

Sobre o SAMS 


13 de Setembro de 1975





SAMS - SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL
 dos Bancários



Carta Aberta à Classe Bancária 



Para esclarecer algumas dúvidas que muita gente tem levantado ao longo dos tempos a propósito de tudo e de nada, permito-me vir por este meio informar a Classe Bancária - principalmente aos que nos "Idos de 75" em diante exerceram esta actividade e por consequência vieram a utilizar e a beneficiar dos Serviços prestados pelos SAMS (que são inteiramente seus).

Chegou-me aos ouvidos mais do que uma vez que os SAMS teriam sido gerados de forma automática, ou por Entidades ou pessoas ligadas a centrais sindicais e até partidos políticos que teriam exigido aos governantes e aos banqueiros a fundação dos SAMS. 

ISSO É MENTIRA...!!!


De facto, foi apenas por minha iniciativa que se deu início à génese da formação dos SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social para os Bancários, no dia 13 de Setembro de 1975 - (há 43 anos) - após ter decidido contactar telefonicamente e  por motu-próprio os Chefes dos Serviços Clínicos  dos Clínicos dos Sindicatos do Sul e Ilhas e do Centro para lembrar às Direcções dos 3 Sindicatos que se reunissem o mais breve possível, para se tratar da norma existente no Acordo Colectivo de Trabalho de 1975 em que se expressava a necessidade de transformar os Serviços Clínicos (que cada Sindicato geria - com dificuldades de toda a ordem...) nuns Serviços de Saúde que pudesse aglutinar todas ou a maior parte das valências que então eram exercidas pelas Caixas de Previdência a favor dos trabalhadores de todos os sectores de actividade do nosso País (e que, aliás não eram ainda um exemplo que se devesse seguir na sua globalidade), mas que mesmo assim eram melhores do que os que a Classe bancária usufruía.

Como é sabido, a Assistência Médica era prestada (muito mal) pela  Previdência Social (as Caixas como era designado) e nos anos que se seguiram a 1974 já havia melhorado um pouco, tendo sido estendida a alguns dos sectores de actividade, mas havia núcleos de população que pura e simplesmente não tinham esse direito, - ou haviam alguns sectores que beneficiavam de uns Serviços de Saúde de certo modo incipientes, que eram sustentados maioritariamente pelos próprios trabalhadores - como era o caso dos Bancários e dos trabalhadores de Seguros e alguns Grupos desportivos de BANCOS que lá iam conseguindo dar Assistência aos seus associados. Mas isso era escasso e quando surgia algum caso mais bicudo ou mais grave, lá tinha que se recorrer às Caixas ou a Clínicas de Empresas (ou do Estado) que eram caras.

Os Bancários já há alguns anos que vinham lutando para que a sua CAFEB (*) se transformasse numa Caixa idêntica à Previdência Social, mas os interesses instalados que olhavam mais ao dinheiro que a CAFEB  (*) aferrolhava e distribuía por quem lhe interessava, travaram essa possibilidade...


  • (*) CAFEB era a Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários, sustentada pelos descontos efectuados aos trabalhadores bancários...

  • A título de curiosidade posso dizer que no espaço de 14 anos de 1957 a 1974 a CAFEB tinha tido uma receita total de 1 253.320.553$40; uma despesa de 487.702.798$20 e um lucro de 754.718.056$80.... O total de receitas hoje andaria à volta de 250 mil milhões de €uros !!! enquanto os lucros seriam de cerca de 150 mil milhões de €uros ...!!!   São números bastante grandes, parece-me. 
  • De notar uma coisa muito importante. Este dinheiro foi descontado dos vencimentos dos empregados bancários, e, como tal era DEVERIA SER sua pertença, mas que eu saiba nada lhes foi devolvido.
  • NÃO SEI PARA ONDE FOI ESSE DINHEIRO. E POR ACASO ALGUÉM SABERÁ? PERGUNTO EU???  
  • Bem, mas isso agora não interessa nada, como diria alguém que toda a gente conhece...

Afastei-me um pouco daquilo que eu queria dizer. Voltemos, pois à "vaca fria". Como eu ia dizendo, a Classe Bancária estava com imensos desejos de ter uma assistência médica e medicamentosa e todos os anos o assunto vinha à baila nas negociações contratuais com a APB e os Bancos, até que se conseguiu colocar um artigo transitório no ACTV de 1975 - ... creio eu ... que tornava obrigatório envidar-se todos os esforços para que se formasse um grupo de trabalho a fim de que em 1976 entrasse em vigor um novo Sistema de Saúde.que fosse gerido inteiramente pela Classe.

Até Setembro de 1975 (dia 13) nenhum dos três Sindicatos havia avançado  com a execução deste projecto, segundo constatei ao confrontar os Chefes dos Serviços Médicos do Centro (Coimbra) de nome Miguel (já falecido, infelizmente) e do Sul e Ilhas (Lisboa) Dr. Barros (que creio, estar aposentado) que me informaram que realmente não havia nada de concreto para tratar do assunto. Dado que eu era apenas Chefe de Secretaria e interinamente estava a exercer as funções de Chefe dos Serviços Médicos, ausente por doença, e não era Bancário, mas sim funcionário ao serviço dos Bancários, resolvi tomar a Iniciativa de chamar a atenção das 3 Direcções para que começassem a reunir com os seus Staffs jurídicos e não só, para que em 1976 (Janeiro) os SAMS (que ainda não tinham nome - o qual lhe foi dado precisamente por mim na última reunião realizada em Lisboa a 13 de Dezembro).

Para todos os efeitos, a Iniciativa que tomei em 13 de Setembro deu origem à formação  de um Grupo de Trabalho que incluiu os 3 Chefes dos Serviços Médicos (atrás assinalados e eu próprio), alguns Dirigentes dos 3 Sindicatos, assim  como, Pessoal dos respectivos serviços jurídicos (advogados, etc., ). tendo sido efectuadas 3 reuniões preponderantes do Grupo de Trabalho - uma em 12 de Outubro em Coimbra, outra no Porto em 25 de Novembro e finalmente outra em 13 de Dezembro em Lisboa.

Deste trabalho intenso dos 3 Sindicatos, durante 3 meses e meio, resultou que finalmente em Janeiro de 1976 que o Sindicato dos Bancários do Norte pôde iniciar a actividade dos SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social e  (por motivos técnicos, creioSindicato dos Bancários do Centro  e o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas deram início a esta actividade somente a partir de Fevereiro. No entanto a data oficial é para todos os efeitos a de Janeiro de 1976

Esclareço ainda que no decurso dos trabalhos que levaram à formação dos SAMS a partir de 13 de Setembro e até 31 de Dezembro desse ano, Eu não tive qualquer responsabilidade nem intervim em qualquer nível superior ao meu cargo de Chefe de Secretaria (embora exercesse as funções de Chefe dos Serviços Clínicos, INTERINAMENTE, como já atrás informei), com excepção de algumas propostas por mim efectuadas, nomeadamente a indicação do nome SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social, que foram aceites unanimemente pelo Grupo de Trabalho. 


  • É no entanto provável que nesse Grupo e nesse período tenha havido intervenção de Entidades ou pessoas de centrais sindicais ou partidos políticos que tenha influenciado muita coisa, mas quanto à sua Génese é PURA E SIMPLESMENTE DA MINHA INTEIRA RESPONSABILIDADE


Resta esclarecer que os SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social. são formados apenas pelos

 SAMS-SBN





 SAMS-SBC 


SAMS SBSI.



Quaisquer outros SAMS que existam não têm nada a ver com esta Instituição dos Bancários e para os Bancários.

Os SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social dos Bancários são 
melhor Sistema ou Sub Sistema de Saúde particular ou seja da Classe Bancária.


***************

NOTA: 

Como é sabido, o SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE que abrange toda ou (quase toda) a população portuguesa, apenas surgiu em 1979 através da Lei 56/79 em Setembro de 1979 (4 anos depois do SAMS)  pela mão de António Barreto.



Com as melhores Saudações

ANTÓNIO FONSECA

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