Armando Vara tenta invalidar provas da Operação Marquês. Lê-se hoje na manchete do “Público” que o ex-ministro, agora que foi aberta a instrução, alegou que a entrega do cas ao juiz Carlos Alexandre, em 2014, não correu os trâmites habituais tendo sido manipulada.
Magistrados garantem, porém, que o inquérito foi distribuído um ano antes.
Portugal empatou com a Croácia. Em jogo de preparação para a
Taça das Nações, na qual a Seleção irá defrontar a
Itália (10 de setembro e 11 de novembro) e a
Polónia (11 de outubro e 20 de novembro), Portugal empatou com a
equipa de Modric, o croata que ontem foi
eleito melhor jogador a atuar na Europa. (Cristiano Ronaldo deu-lhe os parabéns). A Croácia entrou a vencer no
Estádio do Algarve com um golo de
Perisic aos 18 minutos, resultado de um azarado ressalto em
Pepe, mas o veterano defesa luso-brasileiro foi lá à frente, volvidos 14 minutos, repor a igualdade.
De cabeça, no seu
centésimo jogo com a camisola da equipa de todos nós. A Seleção, sem Ronaldo mas com o sangue novo de
João Cancelo,
André Silva,
Sérgio Oliveira ou
Bruno Fernandes,
agradou num jogo a feijões.
Conferência sobre alterações climáticas dá origem a carta aberta ao Reitor da Universidade do Porto. Tem início, esta sexta-feira na Universidade do Porto,
uma conferência que está a gerar celeuma. O mais popular e emblemático dos participantes é
Piers Corbyn, meteorologista, marxista e mano de Jeremy Corbyn (líder dos trabalhistas ingleses), que defende serem as alterações climáticas resultado de transformações radicais no Sol e não da ação do homem. Os participantes são considerados
“negacionistas” pelo
mainstream da comunidade científica portuguesa, que assinou uma
carta aberta que alerta para a ausência de
“qualquer base científica” dos conferencistas, apelando à censura do reitor da Universidade do Porto. Os 60 subscritores rogam que António Sousa Pereira
“escrutine os eventos que organiza e promova o conhecimento baseado em ciência”.
Apesar da carta, a Faculdade de Letras da UP mantém a conferência. A diretora lamenta que
“cientistas e universitários considerem que a função da universidade seja impedir que outros colegas possam expor livremente as suas ideias”.
Morreu Burt Reynolds. Aos 82 anos,
o protagonista de filmes como “Boogie Nights” ou “Cannonball Run” faleceu, vítima de paragem cardíaca. Conheceu a fama nas décadas de 1970 e 1980 mas finou-se, ontem, o
cowboy de bigode, simpático e machista q.b., que nunca poderia ter existido na América real
(cena de “Smokey and the Bandit” aqui).
Maratona de Lisboa paga meio milhão de euros a quem bater a melhor marca mundial. Se o vencedor correr abaixo das 2 horas, dois minutos e 57 segundos conseguidas pelo queniano
Dennis Kimetto em 2104, a organização terá de passar um cheque de 500 mil euros ao autor da façanha. Mas se as 2 horas, 15 minutos e 25 segundos de
Paula Radcliffe, em 2003, forem também batidas, a conta cresce para um milhão de euros.
A Maratona parte às 8 da manhã de dia 14 de outubro, de Cascais, e a meta é na Praça do Comércio em Lisboa. Entre os participantes estão grandes especialistas de estrada como o etíope
Girmay Gebru e a sua compatriota
Gutheni Shone.
Amanhã é dia de eleições no Sporting. Bruno de Carvalho, o ex-Presidente destituído, interpôs ontem uma
providência cautelar que pretende
evitar que o sufrágio se realize. “A Bola” publicou uma
sondagem, produzida pela Eurosondagem, que
dá a vitória a Frederico Varandas (32,6%), seguido de
João Benedito (27,5%),
José Maria Ricciardi (14,9%) e
Dias Ferreira (10,1%).
Revista da BLITZ dedicada aos U2 regressa às bancas. Está novamente nas bancas, desde ontem,
a revista exclusivamente dedicada aos U2 produzida pela BLITZ. São
116 páginasonde se percorre toda a carreira do grupo de Bono e The Edge, desde o seu início no norte de Dublin até ao domínio global. Todos os concertos em Portugal, desde
Vilar de Mouros em 1982 até à antevisão dos dois espectáculos na
Altice Arena a 16 e 17 de setembro, estão contemplados numa edição de luxo intitulada “Glória”. Por apenas
€4,90.
FRASES “ A nossa prioridade é combater a corrupção e evitar ‘novos casos’”. João Lourenço, Presidente de Angola, no “Diário de Notícias”
“Normalmente os recrutas que morrem nos Comandos são os melhores”. Tenente-coronel
Tinoco Faria, em entrevista ao jornal “i”
“As pessoas percebem que a ascensão da direita não está apenas confinada aos EUA”.
Spike Lee, realizador de cinema, no “Público”
O QUE ANDO A LERNuma noite de
maio de 1878, o quadro que até então tinha atingido o maior valor em leilões –
Portrait of Georgiana, Duchess of Devonshire – foi roubado da galeria onde estava exposto, a
Agnew’s Art Gallery, em
Old Bond Street, no centro de
Londres. Apesar de estar exposto naquela galeria, a obra já tinha sido comprada por um particular,
Junius Morgan, um abastado banqueiro americano que a queria oferecer ao seu filho, John Pierpont Morgan. Esse mesmo, JP Morgan. Junius tinha quase tudo mas faltava-lhe algo: descobrira que tinha pedigree, que havia ascendentes aristocráticos na sua árvore genealógica e que a senhora retratada, uma
Spencerantepassada de
Lady Diana, ainda era da sua família. Garantia assim laços de sangue com a nobreza britânica, uma ligação que todo o dinheiro ganho enquanto banqueiro não proporcionava. O ladrão,
Adam Worth tinha nascido na Alemanha e emigrado para a América onde foi um sem abrigo antes de fazer distinta carreira como
carteirista e, posteriormente, como
ladrão de bancos. Com o dinheiro arrecadado comprou uma mansão em Londres onde continuou a desempenhar as suas funções, aconselhando uma rede de bandidos que actuava segundo um austero
código de ética.
Nunca a violência era utilizada nas suas acções. Adam serviu de modelo a Conan Doyle na invenção de
Moriarty, a
nemesis de Sherlock Holmes. Mas, na vida real, ele era bem o equivalente de Junius Morgan. O grande ladrão e o grande coleccionador procuraram até ao fim dos seus dias cumprir com zelo e denodo o estatuto a que a sua classe obrigava naquela
época vitoriana. Os dois terminaram os seus dias consolados e, provavelmente, em paz mas não vou revelar para quem ficou o quadro no fim desta história – uma das dezenas escrupulosamente contadas por
Noah Charney em
“The Museu of Lost Art”(Phaidn, 2018, 296 páginas) que envolvem o desaparecimento, por vezes pouco misterioso de obras de arte. Quanto vale o que mais queremos?
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