sábado, 1 de setembro de 2018

ANTÓNIO LOBO ANTUNES - Nasceu em 1942 - 1 de Setembro de 2018

António Lobo Antunes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Disambig grey.svg Nota: Para o neurocirurgião, veja João Lobo Antunes.
NoFonti.svg
Esta biografia de uma pessoa viva cita fontes confiáveis e independentes, mas elas não cobrem todo o texto. (desde junho de 2014) Ajude a melhorar esta biografia providenciando mais fontes confiáveis e independentes. Material controverso sobre pessoas vivas sem apoio de fontes confiáveis e verificáveis deve ser imediatamente removido, especialmente se for de natureza difamatória.
Encontre fontes: Google (notíciaslivros e acadêmico)
Ambox rewrite.svg
Esta página precisa ser reciclada de acordo com o livro de estilo (desde abril de 2010).
Sinta-se livre para editá-la para que esta possa atingir um nível de qualidade superior.
António Lobo Antunes Gold Medal.svg
António Lobo Antunes
Nascimento1 de setembro de 1942 (76 anos)
Lisboa
Nacionalidadeportuguês
CônjugeMaria José Xavier da Fonseca e Costa (2 filhas)
Maria João Espírito Santo Bustorff Silva (1 filha)
Cristina Ferreira de Almeida
OcupaçãoEscritor e psiquiatra
Influências
Principais trabalhosMemória de ElefanteOs Cus de JudasAs NausManual dos InquisidoresEu Hei-de Amar Uma PedraSôbolos Rios Que Vão
PrémiosGrande Prémio de Romance e Novela APE/DGLB (1985)
Prémio D. Dinis (1999)
Prémio União Latina(2003)
Prémio Fernando Namora (2004)
Prémio Jerusalém, (2005)
Prémio Iberoamericano de Letras José Donoso, (2006)
Prémio Camões, (2007)
Prémio Juan Rulfo, (2008)
Prémio Autores de 2010
Prémio Autores de 2017
António Lobo Antunes GCSE (BenficaLisboa1 de Setembro de 1942) é um escritor e psiquiatra português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

António Lobo Antunes nasceu em Benfica, freguesia de Lisboa, a 1 de Setembro de 1942, no seio de uma família da alta burguesia. Seu pai, João Alfredo Lobo Antunes, foi um destacado neurologista português, assistente de Egas Moniz e professor de Medicina. Seu trisavô foi o 1.º Visconde de Nazaré. É irmão de João Lobo Antunes (Lisboa4 de junho de 1944 – Lisboa, 27 de outubro de 2016), neurocirurgião português e ex-membro do Conselho de Estado, Nuno Lobo Antunes (Lisboa, 10 de Maio de 1954), neuropediatra, Miguel Lobo Antunes, programador cultural, Manuel Lobo Antunes (Lisboa, 27 de Junho de 1958), jurista e diplomata português atual embaixador no Reino Unido, e Pedro Lobo Antunes, arquitecto e membro da assembleia municipal de Torres Novas.
Estudou no Liceu Camões em Lisboa e licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Após a conclusão do curso foi destacado como médico militar durante a guerra colonial entre 1971 e 1973 no leste de Angola, na Vila Gago Coutinho e no Chiúme, e mais tarde em Malange. As cartas que trocou com a sua primeira mulher Maria José Lobo Antunes durante esse período, quando esta se encontrava grávida da sua primeira filha foram posteriormente reunidas em «D'este viver aqui neste papel descripto» pelas suas filhas Maria José Lobo Antunes e Joana Lobo Antunes, que veio a originar um filme (Cartas da Guerra) realizado por Ivo Ferreira.
A sua experiência como alferes miliciano está bem patente na sua obra, sendo um tema central de alguns dos seus livros.
Após o cumprimento do serviço militar, Lobo Antunes especializou-se em psiquiatria, tendo exercido a especialidade durante alguns anos no Hospital Miguel Bombarda até a abandonar por completo em favor da literatura.
O seu primeiro livro a ser publicado foi Memória de Elefante, em 1979 pela Vega, que se tornou num enorme sucesso literário. Desde então, publicou 29 romances e cinco volumes que reunem as suas crónicas publicadas semanalmente na revista Visão.
Foi galardoado com o Prémio Camões (2007), o prémio de maior prestígio da literatura em português. Tem uma biblioteca com o seu nome em Nelas, terra onde a sua família tem uma casa construída nos anos 1940 com projecto de João Alfredo Lobo Antunes.

Obra literária[editar | editar código-fonte]

Antonio Lobo Antunes, em 2010, no Salon du livre de Paris

Temáticas[editar | editar código-fonte]

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

Bibliografia activa
Bibliografia passiva
  • Conversas com António Lobo Antunes, de María Luisa Blanco, (2002)
  • Os Romances de António Lobo Antunes, de Maria Alzira Seixo, (2002)
  • A Escrita e o Mundo em António Lobo Antunes - Actas do Colóquio Internacional da Universidade de Évora, (2003)
  • Fotobiografia, por Tereza Coelho, (2004)
  • Dicionário da Obra de António Lobo Antunes, 2 volumes, por Maria Alzira Seixo, Graça Abreu, Eunice Cabral, Maria Fernanda Afonso, Sérgio Guimarães de Sousa e Agripina Carriço Vieira, (2008)
  • Entrevistas com António Lobo Antunes - 1979-2007 - As Confissões do Trapeiro por Ana Paula Arnaut, (2008)
  • Uma Longa Viagem com António Lobo Antunes, por João Céu e Silva, (2009)
  • António Lobo Antunes, por Ana Paula Arnaut, (2009)
  • Memória Descritiva da Fixação do Texto Para a Edição "Ne Varietur" da Obra Completa de António Lobo Antunes, por Maria Alzira Seixo, Graça Abreu, Eunice Cabral e Agripina Carriço Vieira, (2010)
  • As Flores do Inferno e Jardins Suspensos, por Maria Alzira Seixo (com participação de António Bettencourt), II Volume de Os Romances de António Lobo Antunes, (2010)
  • A Crítica na Imprensa 1980-2010 - Cada Um Voa Como Quer, edição de Ana Paula Arnaut, (2011)
  • A Arte do Romance, Colecção António Lobo Antunes - por Felipe Cammaert, Colecção António Lobo Antunes - Ensaio, I Volume, (2011)
  • A Mão-de-Judas: Representações da Guerra Colonial em António Lobo Antunes, por Norberto do Vale Cardoso, Colecção António Lobo Antunes - Ensaio, II Volume, (2011)
  • As Mulheres na ficção de António Lobo Antunes: (In)variantes do feminino, de Ana Paula Arnaut, Colecção António Lobo Antunes - Ensaio, III Volume, (2012)
  • Chaves de escrita e chaves de leitura nos romances de António Lobo Antunes, de Catarina Vaz Warrot, Colecção António Lobo Antunes - Ensaio, IV Volume, (2013)
  • António Lobo Antunes: A  Desordem Natural do Olhar, de Susana João Carvalho, Colecção António Lobo Antunes - Ensaio, V Volume, (2014)
  • Quem sou eu? Ensaios sobre António Lobo Antunes, de Sérgio Guimarães de Sousa, Coleccção António Lobo Antunes, VI Volume, (2015)

Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil, a Editora Objetiva adquiriu os direitos de publicação, em versão original, de toda a obra do escritor português. A editora já publicou no país os seguintes títulos: Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo, Memória de Elefante, Conhecimento do Inferno, Os Cus de Judas, Eu Hei-de Amar Uma Pedra, Explicação dos Pássaros, O Meu Nome é Legião, Que Cavalos são Aqueles Que Fazem Sombra no Mar, O Arquipélago da Insónia e As Naus.
Segundo o autor, durante entrevista à revista Entre livros, nº 32, páginas 14 a 19, o Brasil começou muito tarde a publicar seu trabalho por "razões pessoais": ''Os Cus de Judas saiu primeiro por uma editora que era de um amigo meu, a Marco Zero, e depois por longos anos não foi publicado." O autor não tinha pressa em ser publicado no Brasil e conclui: "Não sei, certa impressão de que meus livros seriam muito criticados… e eu venho do Brasil." O avô de Lobo Antunes, também António, era de Belém, do Pará, onde o escritor começou a ler os classicos brasileiros José de AlencarAluísio AzevedoMachado de AssisMonteiro Lobato.

Prémios e homenagens[editar | editar código-fonte]

Prémios literários
  • Prémio Franco-Português, (1987) por Cus de Judas (Prémio instituído pela embaixada de França em Lisboa, no valor de duzentos mil escudos e atribuído a obras traduzidas para a língua francesa nos últimos cinco anos.)
  • Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, (1985) por Auto dos Danados
  • Prémio Melhor Livro Estrangeiro publicado em França, (1997) por Manual dos Inquisidores
  • Prémio Tradução Portugal/Frankfurt, (1997) por Manual dos Inquisidores
  • France-Culture por A Morte de Carlos Gardel
  • Prémio de Literatura Europeia do Estado Austríaco, (2000)
  • Prémio União Latina, (2003)[5]
  • Prémio Ovídio da União dos Escritores Romenos, (2003)
  • Prémio Fernando Namora, (2004)
  • Prémio Jerusalém, (2005)[6]
  • Prémio Camões, (2007)[3][7]
  • Prémio José Donoso, (2008), atribuído pela Universidade de Talca, Chile[3]
  • Prémio Terenci Moix (2008)[3]
  • Prémio Juan Rulfo, (2008), França[3][8]
  • Prémio Clube Literário do Porto, (2008)
  • Grande Prémio de Excelência do Salão do Livro da Transilvânia (2014)
  • Prêmio literário internacional nonino (2014)
  • Prémio Vida e Obra de Autor Nacional - Prémio Autores de 2017
  • Prémio Bottari Lattes Grinzane (2018)

Recolha através da WIKIPÉDIA 

por 

 ANTÓNIO FONSECA

ARMANDO MARTINS JANEIRA - Nasceu em 1814 - 1 de Setembro de 2018

Armando Martins Janeira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Virgílio Armando Martins (Felgueiras1 de Setembro de 1914 – Estoril19 de Julho de 1988) mais conhecido pelo nome literário de Armando Martins Janeira, foi um diplomataescritorsociólogo e orientalista português, fundador da Associação de Amizade Portugal Japão.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de José Júlio Martins e Elvira Janeiro, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa com 22 anos. Durante 2 anos deu aulas no Colégio Campos Monteiro, em Torre de Moncorvo, onde também estagiou na Conservatória do Registo Predial.
Em 1939 ingressa na carreira diplomática. Entre 1943 e 1949 foi cônsul em Léopoldville, em Liverpool e em Sydney. Prosseguiu a sua carreira diplomática nas embaixadas de Portugal de várias capitais europeias e asiáticas, de 1952 a 1979. Exerceu funções diplomáticas no Japão em dois períodos: como primeiro secretário de Legação em Tóquio, de 1952 a 1955, e como embaixador de Portugal em Tóquio, de 1964 a 1971. Nesse período adquire grande experiência sobre o Oriente, participa em congressos orientalistas e faz conferências em universidades de numerosas cidades europeias e asiáticas. Em 1971 foi nomeado embaixador em Roma e em 1977 em Londres, o seu último posto na carreira diplomática.
Publicou as suas primeiras obras sob o pseudónimo de Mar Talegre. Desde 1949, passou a assinar com o seu nome, Armando Martins, ao qual acrescentou, em 1955, o nome Janeiro, da sua mãe. O apelido Janeiro foi depois alterado pelos japoneses para Janeira, forma que o autor decidiu adoptar definitivamente. Além das mais de vinte obras que publicou, escreveu inúmeros artigos para jornais e revistas. Aos 45 anos, casou com Ingrid Bloser, uma jovem alemã de Hanôver.
Em 1980, depois de se aposentar do Ministério dos Negócios Estrangeiros, deu aulas de História Contemporânea das Civilizações Orientais, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde fundou o Instituto dos Estudos Orientais, actual Instituto Oriental daquela universidade. Em 1981 fundou a Associação de Amizade Portugal Japão.

Obras[editar | editar código-fonte]

Sob o pseudónimo de Mar Talegre:
  • Três Poetas Europeus – CamõesBocagePessoa, Livraria Sá da Costa-Editora, Lisboa, 1947;
  • Sentidos Fundamentais do Romance Português, Livraria Simões Lopes-Editora, Porto, 1948;
  • Esta Dor de Ser Homem – Contos, Tipografia Domingos de Oliveira, Porto, 1948.
Com o nome Armando Martins:
  • O Teatro Moderno, Livraria Simões Lopes-Editora, Porto, 1952;
  •  – Teatro Lírico Japonês, Livraria Maruzen, Tóquio, 1954;
  • Portugal e o Japão – Subsídios para a História Diplomática, Agência Geral do Ultramar, Lisboa, 1955;
Com o nome Armando Martins Janeiro:
  • Caminhos da Terra Florida – A Gente, a Paisagem, a Arte Japonesa, Manuel Barreira-Editor, Porto, 1956;
  • O Jardim do Encanto Perdido – Aventura Maravilhosa de Wenceslau de Moraes no Japão, Manuel Barreira-Editor, Porto, 1956;
Traduzido para japonês: Em Busca da Madrugada (夜明けの調べ, Yoake no Shirabe?), uma versão resumida, a que se juntaram os estudos Lafcadio Hearn e Wenceslau de Moraes – Dois Intérpretes do Japão e Bases Ocidentais e Orientais para um Humanismo Universal, tradução de Minako Nonoyama, Katsura Shobo, 1969;
  • Linda Inês – Tragédia, Publicações Europa-América, Lisboa, 1957;
  • Peregrino, Livraria Portugal, Lisboa, 1962;
  • Um Intérprete Português do Japão – Wenceslau de Moraes, Imprensa Nacional, Instituto Luís de Camões, Macau, 1966;
Traduzido para inglês: A Portuguese Interpreter of Japan: Wenceslau de Moraes; tradução de Kazuo Okamoto, Ken Kyoiku Insatu Co. Ltd., Tokushima, Japão, 1985;
  • A Grande Feira do Mundo – Auto, Edições Ática, Lisboa, 1967;
  • O Teatro de Gil Vicente e o Teatro Clássico Japonês, Portugália Editora, Lisboa, 1967;
Com o nome Armando Martins Janeira:
  • The Epic and the Tragic Sense of Life in Japanese Literature, Charles E. Tuttle Company, Inc., Tóquio, 1969;
  • Japanese and Western Literature, A Comparative Study, Charles E. Tuttle Company, Inc., Tóquio, 1970;
Traduzido para japonês: Literatura Japonesa e Literatura Ocidental (日本文学と西洋文学, Nihonbungaku to Seiyôbungaku?), Shueisha, Tóquio, 1974;
  • O Impacte Português Sobre a Civilização Japonesa, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1970;
Traduzido para japonês: Registo da Introdução da Cultura Nanban – Impacte Português Causado na Cultura Japonesa (南蛮文化渡来記-日本文化に与えたポルトガルの衝撃, Nanban Bunka Toraiki - Nipponbunka ni Ataeta Porutogaru no Shōgeki?), tradução de Takiko Matsuo, The Simul Press, Inc., Japão, 1971;
  • Figuras de Silêncio – A Tradição Cultural Portuguesa no Japão de Hoje, prefácio de Shusaku Endo, Junta de Investigações Científicas do Ultramar, Lisboa, 1981;
  • Japão – A Construção de Um País Moderno, Editorial Inquérito, Lisboa, 1985.

Recolha através da WIKIPÉDIA  

por  

ANTÓNIO FONSECA

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue