quarta-feira, 29 de agosto de 2018

20 EDIFÍCIOS ESTRANHOS

20 dos Edifícios Mais Intrigantes Já Construídos

 Se você gosta de explorar a arquitetura do mundo, então prepare-se para um verdadeiro deleite. Isso porque coletamos uma grande galeria de fotos que contém alguns dos edifícios mais originais e incomuns que nosso planeta já viu, que realmente parecem esticar os limites da imaginação humana.
 
1. Mind House, Barcelona, Espanha
2. A Casa Torta, Sopot, Polônia
3. Casa de Pedra, Guimarães, Portugal
4. Templo de Lótus, Nova Deli, Índia
5. Catedral de Brasília, Brasil
6. La Pedrera, Barcelona, Espanha
7. Atomium, Bruxelas, Bélgica
8. Biblioteca de Kansas City, Missouri, EUA
9. Casa de Baixo Impacto Ambiental, País de Gales, Reino Unido
10. Estádio Olímpico, Montreal, Canadá
11. Casa Nautilus, Cidade do México, México
12. Biblioteca Nacional, Minsk, Bielorrússia
13. Casa Concha, Ilha das Mulheres, México
14. House Attack, Viena, Áustria
15. Palácio Ideal, França
16. Igreja de Hallgrimur, Reykjavik, Islândia
17. Projeto Éden, Cornwall, Reino Unido
18. Biosfera de Montreal, Canadá
19. Edifício Cesta, Ohio, EUA
20. Kunsthaus, Graz, Áustria

Ebony and Ivory - Paul McCartney and Stevie Wonder Tradução Português Ly...

INIMIGO PÚBLICO

Inimigo Público


Posted: 28 Aug 2018 06:31 AM PDT
Da Redacção IP/Sete Rios, Lisboa – A famosa toupeira que o Benfica teria alegadamente na justiça já conhece as medidas de coacção decididas pelo tribunal. Depois de o próprio Benfica ter sido constituído arguido no processo E-Toupeira, o mamífero foi detido pela Judiciária, levado perante o juiz e fica a aguardar julgamento no Jardim Zoológico […]This posting includes an audio/video/photo media file: Download Now
Posted: 28 Aug 2018 06:27 AM PDT
Bruno de Carvalho inventou 80 000 sócios para o Sporting e Pedro Santana Lopes apressou-se a validar a existência dos mesmos, garantindo que todos eles são militantes do seu novo partido, a Aliança. Bruno de Carvalho revelou ainda que os 80 000 sócios são todos empresários do PSI 20 que vão investir no Sporting caso […]This posting includes an audio/video/photo media file: Download Now

OBSERVADOR

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
Donald Trump acusa a Google de "manipular" as pesquisas feitas no motor de busca sobre ele próprio, de forma a aparecerem apenas os conteúdos dos media de esquerda. Em declarações na Sala Oval, falou também sobre o Facebook e sobre o Twitter e disse para "terem cuidado" porque estão a pisar "terreno complicado".

A Rússia organiza em Setembro as maiores manobras militares desde a Guerra Fria. Vão ser mobilizados quase 300 mil militares e unidades da China e da Mongólia. É uma demonstração de força.

O novo plano de Nicolás Maduro para ajudar as famílias venezuelanas a poupar é vender-lhes lingotes de ouro. Com o valor do dinheiro a descer todos os dias, essa seria uma forma de não perderem tudo o que têm para a hiperinflação. Só há um pequeno e irrelevante ponto: o lingote mais pequeno custa o dobro do salário mínimo


Mais informação importante

Mário Centeno congelou mais 420 milhões de euros em cativações à margem do Parlamento. As duras negociações à esquerda para o Orçamento deste ano valeram de pouco porque o ministro das Finanças usou o Decreto-lei de Execução Orçamental para reforçar o seu poder sobre a despesa pública. O valor cativado este ano é agora o terceiro maior de sempre. Detalhe: nos outros dois, Centeno também era o ministro. O Nuno André Martins olhou para os números e explica tudo aqui.

A CP diz que fez vários pedidos ao Governo desde 2016 para contratar mais colaboradores para a Emef, mas que a autorização só chegou em julho. Resultado: a insuficiência de pessoal teve "forte impacto" na operação da empresa. A informação vem no relatório e contas da CP do primeiro semestre, onde se revela que a empresa teve prejuízos de 54,5 milhões de euros.

O Governo e a Comissão Europeia aceitaram que a Caixa Geral de Depósitos pague prémios aos seus trabalhadores com base no mérito e desempenho. O objetivo é que o banco público obedeça às regras que regem o setor privado. A notícia é do Público.

O valor máximo do subsídio de desemprego deverá subir 17,5 euros em 2019. A atualização está dependente do comportamento do produto interno bruto e da inflação, escreve o DN.

A indústria automóvel terá enganado os automobilistas portugueses em 1,6 mil milhões de euros desde 2000. Um estudo, à escala europeia, indica uma manipulação sobre o real consumo dos veículos.

Uma mulher de 48 anos foi assassinada pelo marido em Quiaios, na Figueira da Foz. O homicida está em fuga e a polícia montou uma operação de caça ao homem.

Foi detido o homem que há umas semanas foi filmado a agredir uma estudante de 22 anos depois de a ter assediado, com um piropo, em Paris. O agressor vai agora ser identificado pela sua vítima..

O pontapé de bicicleta de Ronaldo contra a Juventus é o melhor golo do ano. A escolha foi feita pelos utilizadores do site da UEFA. Reveja-o aqui.


Os nossos Especiais
 
É uma história de amor de um casal de alemães que trocou Espanha por Lisboa com um negócio de milhões. Como conta a Ana Pimentel, bastou uma visita a Lisboa para Nils e Mila decidirem lançar a Casafari no Lx Factory, com o objectivo de revolucionar o mercado das agências imobiliárias. Aos 41 e 39 anos, chegaram com duas empresas de sucesso na Alemanha e um fundo de investimento de 5 milhões.

O Governo espanhol vai retirar a campa de Franco do Vale dos Caídos, cumprindo uma aspiração antiga da esquerda e lançando uma enorme polémica. Veja aqui quais são os argumentos de quem é a favor e de quem é contra a decisão.
 

A nossa Opinião

Luís Aguiar-Conraria escreve "O fim do topless nas praias portuguesas?": "Sempre acreditei que, se mudasse alguma coisa, seria no sentido de o topless se tornar ainda mais generalizado. Mas é como se a sociedade se tivesse tornado muito mais conservadora".

Maria João Marques escreve "Grafittis": "Em Lisboa há grande permissividade – das pessoas que passam até aos polícias – aos vândalos que enchem de lixo as paredes. Sem surpresa. Afinal, a cidade está repleta de graffitis pelas paredes".

António Covas escreve "A crítica da razão europeia. Dez teses sobre a união política europeia": "A aventura europeia prosseguirá por um caminho estreito e sinuoso, sobretudo agora que se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu e todos aguardam a próxima ronda de negociações sobre o Brexit."


Notícias surpreendentes

Pegámos no novo topo de gama "indestrutível" da CAT, o S61, e analisámo-lo em oito GIFs. É um telemóvel grande, pesado, com câmara térmica, medidor laser e sensor para a qualidade do ar. Resultado final: 3 estrelas.

A atriz Rose McGowan revelou que foi a sua namorada que divulgou as mensagens que incriminam Asia Argento no caso de assédio sexual. Há alguns meses elas eram, juntas, os dois nomes mais poderosos do movimento #MeToo.

Com um vestido encarnado e num caixão forrado a ouro, o corpo de Aretha Franklin foi homenageado por milhares de pessoas num velório em Detroit. O funeral realiza-se na sexta-feira.

Os Power Rangers fazem 25 anos e, se era fã da série, vai descobrir aqui o que aconteceu aos protagonistas ao fim deste tempo todo.

Há um novo restaurante nas Docas, a antecipar o boom da zona. O Diogo Lopes explica o que pode comer no japonês Izanagi.

O Oceanário de Lisboa foi escolhido como o Melhor Aquário do Mundo pelo TripAdvisor, o maior site de viagens do mundo. É a terceira vez que vence, repetindo a classificação de 2015 e de 2017.

Já sabe que foi lançado o Observador Premium, o novo programa de assinaturas do Observador. Pode saber aquitudo sobre a forma de funcionamento das subscrições.
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Filipe Santos Costa
FILIPE SANTOS COSTA
JORNALISTA DA SECÇÃO POLÍTICA
 
Perdoai-lhes, Senhor? Eles sabiam o que faziam
29 de Agosto de 2018
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Bom dia.

Hoje, no Vaticano, é dia de audiência geral do Papa e a expectativa é sobre se Francisco falará do escândalo de pedofilia que volta a abalar a Igreja Católica - desta vez, atingindo-o diretamente e beliscando a sua imagem de uma forma que nunca tinha acontecido ao longo do pontificado. A acusaçãode que Francisco sabia dos abusos sobre menores perpetrados pelo cardeal norte-americano Theodore McCarrick, tendo ocultado essa informação e até dado provas de confiança no acusado, fragilizou de forma inédita o atual chefe da Santa Sé, deixando-o na mira dos setores mais conservadores da Igreja.

Ontem surgiu uma nova revelação neste caso: o procurador-geral da Pensilvânia, o estado norte-americano onde teve origem o capítulo que reacendeu a polémica da pedofilia na Igreja Católica, garantiu que existem provas de que o Vaticano tinha conhecimento de décadas de práticas criminosas protagonizadas por centenas de padres de seis dioceses da Pensilvânia. “Há exemplos concretos em que o Vaticano sabia e estava envolvido na ocultação”, assegurou o procurador-geral Josh Shapiro, um dos responsáveis pelo relatório divulgado na semana passada sobre essa longa história de abusos sobre menores e respetiva ocultação por parte da hierarquia católica. Shapiro só não pôde responder se Francisco sabia aquilo que o Vaticano sabia. “Só não posso falar sobre o Papa.”

Mas tudo indica que, pelo menos em relação aos crimes cometidos pelo cardeal McCarrick, Francisco sabia mesmo, e ocultou mesmo. Na segunda-feira, um dia depois de ser divulgada a carta em que o antigo embaixador (núncio) do Vaticano em Washington revelou que em 2013 deu conhecimento ao Papa da existência de dossiês sobre práticas pedófilas de McCarrick - acusando Francisco de ter ignorado essa informação e dado novas responsabilidades ao cardeal suspeito, o que agora motiva a exigência de que o Papa se afaste do cargo -, o Sumo Pontífice recusou-se a responder às acusações. Mas não desmentiu o conteúdo da carta do arcebispo italiano Carlo Maria Vigano. Apenas se recusou a comentá-la.
O New York Times explica quem é o arcebispo Vigano e conta como este desapareceu depois de escrever a cartaem que pede a Francisco que resigne.

O silêncio do Papa tornou-se demasiado ruidoso, numa história feita de silêncios que nunca deviam ter acontecido. Ao calar as denúncias que recebeu sobre McCarry, e ao calar-se outra vez agora, que é confrontado com essa responsabilidade, Francisco repete o pecado da Igreja, que desde sempre encobriu os casos de pedofilia de que ia sabendo, escolhendo sempre olhar para o outro lado. Há uns anos, essa conspiração de silêncio caiu com estrondo sobre a própria Igreja, quando o Boston Globe descobriu uma parte do que estava oculto (lembra-se do filme Spotlight?). E agora, que consequências terá mais silêncio e mais ocultação?

A ironia, neste caso, é que a recusa de Francisco em comentar a carta acusatória aconteceu no voo em que o Papa voltava a Roma depois de uma viagem à Irlanda em que admitiu o “falhanço das autoridades eclesiásticas” relativamente aos casos de pedofilia, que classificou como “crimes repugnantes”.
No avião de regresso, como é tradição, o chefe da hierarquia católica conversou com os jornalistas e, embora sem falar das acusações de que é alvo, falou de outros temas. Como a homossexualidade. O seu intuito seria - como já fez noutras ocasiões - exortar os católicos com filhos homossexuais a que os entendam e “não os condenem”. Mas uma frase lançou gasolina num tema inflamável: “Quando [a homossexualidade] se manifesta na infância, a psiquiatria pode desempenhar um papel importante para ajudar a perceber como as coisas são”. A declaração do Papa dava a entender que vê a homossexualidade como um distúrbio psiquiátrico - e essa foi a razão do clamor que se levantou, sobretudo junto de organizações LGBT. Ontem, na habitual transcrição da conversa do Papa com os jornalistas, o Vaticano apagou a palavra “psiquiatria”. Segundo o gabinete de imprensa da Santa Sé, o que o Papa disse não reflete o seu pensamento - Francisco “não queria dizer que se trata de ‘uma doença psiquiátrica’”.

Por falar em doença psiquiátrica, vale a pena ler estas duas reportagens, que desenterram o passado de instituições católicas que ao longo de décadas foram autênticas casas de horror.

Aqui, uma magnífica reportagem multimédia do New York Times publicada em outubro, sobre um lar na Irlanda para jovens mães solteiras e para os seus filhosA “casa de horrores de Tuam” foi um dos casos que assombraram a visita do Papa à Irlanda, neste fim de semana, e que Francisco prometeu estudar com atenção.
Aqui, uma investigação publicada ontem pelo BuzzFeed sobre um orfanato católico no estado do Vermont, EUA. O caso não é novo, mas a longa reportagem conta com pormenores como era a vida das crianças que caiam nas mãos de freiras sádicas que parecem saídas de um filme de terror de quinta categoria. Há muitos relatos de abusos, violência, e até denúncia de mortes. Um aviso: não é a típica leitura levezinha de agosto. Mas, de qualquer forma, agosto está a acabar...
 
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OUTRAS NOTÍCIAS

Por inesperado que possa parecer, os fabricantes de automóveis andam a enganar-nosHá anos que a indústria fornece dados sobre o consumo dos veículos que não correspondem à realidade - ou seja, os carros consomem bastante mais combustível do que os fabricantes anunciam. Só em Portugal, os automobilistas gastaram, desde 2000, mais 1,6 mil milhões de euros do que gastariam se os consumos apregoados pela indústria fossem verdadeiros.

Não se sabe quem pagou a conta, mas sabe-se que a situação do PSD constou da ementa. Pedro Santana Lopes e Carlos Carreiras almoçaram ontem e Rui Rio deve ter ficado com as orelhas a arder. Santana, por estes dias a trabalhar no seu novo partido, não precisa de apresentações, mas convém recordar que Carreiras é um dos poucos no PSD com poder real no país real: preside à autarquia de Cascais, a principal câmara liderada pelo PSD e é, desde há semanas, um dos mais destacados críticos de Rui Rio e da atual direção do PSD. Há algo de dejá vú nas críticas que Carreiras tem feito a Rio: há uns anos, quando Rio era o nº2 de Manuela Ferreira Leite, Carreiras também foi dos mais ativos sociais-democratas a demolir essa direção do PSD, que teve um fim inglório e previsível. E agora?
Para já, sabe-se que Rui Rio não diz uma palavra em público desde que foi de férias no início de agosto. Parece que volta ao ativo em setembro.

O setor do turismo continua a valer muita riqueza a Portugal. Só no ano passado foram cerca de 15 mil milhões de euros(mais 3,4 mil milhões do que em 2016). Os dados são da Organização Mundial do Turismo.

Jornal de Negócios examinou o meio milhão de empregos criados em Portugaldepois do período negro do resgate da troika. E concluiu que o emprego novo é diferente do que desapareceu: mais feminino, mais envelhecido, mais qualificado e mais concentrado nos serviços e nas regiões de Lisboa e Porto. Na mesma, só se manteve o nível de precariedade.

Na Alemanha, a violência racista voltou às ruas. Hoje poderá ser o terceiro dia consecutivo de confrontos entre manifestantes de extrema-direita e contra-manifestantes de esquerda na cidade de Chemnitz, no Leste do país. Até ontem, a violência já havia feito 20 feridos. Tudo começou, como vai sendo hábito, com rumores empolados pelas redes sociais, relacionados com a morte de um alemão, que levou à detenção de um iraquiano e um sírio. O crime ainda está por esclarecer, mas o rastilho pegou fogo nos movimentos de extrema-direita, exigindo justiça popular. Apesar da condenção de Angela Merkel, a incapacidade da polícia para reagir ao que se passa nas ruas, associada a um "cocktail de medo e preconceito", faz temer o pior.

A propósito: ontem encontraram-se dois dos faróis do racismo, da xenofobia e do autoritarismo na Europa. O primeiro-ministro hungaro, Viktor Orbán, foi a Itália conhecer Mateo Salvini, o ministro da administração interna. Como seria de esperar, houve muitos elogios mútuos, chegando-se ao ponto do PM húngaro dizer sobre o líder da extrema-direita italiana. "Ele é o meu herói!"Podia ser um daqueles momentos em que só se estraga uma casa, mas estragam-se várias: Orbán e Salvini não escondem a ambição de promover uma liga europeia de partidos nacionalistas e xenófobos, para uma União Europeia de fronteiras fechadas. "Estamos próximos de um ponto de viragem para o futuro da Europa", disse o italiano.
Amigos para sempre? Talvez não. Rui Tavares faz uma interessante reflexão sobre este momento de "enlevo" e todas as contradições que encerra.

Um dos alvos da liga Orbán/Salvini é Angela Merkel; o outro é Emmanuel Macron. Mas o presidente francês tem em casa muito com que se preocupar. Ontem, o ministro do Ambiente, Nicolas Hulot, demitiu-se em direto durante uma entrevista radiofónica. Depois de ter sido mais uma vez desautorizado no Governo, anunciou simplesmente: "Não quero mais mentir a mim próprio." Hulot era "apenas" o ministro mais popular do Governo (numa altura em que a popularidade Macron está a pique) e um dos mais conhecidos ambientalistas da Europa, tendo sido um dos grandes trunfos do presidente quando este formou o Governo. O Libération traçou o perfil deste "verde" que estava instalado "à sombra do poder".

Donald Trump continua a sua guerra contra o mundo em geral, e agora contra a Google e os motores de busca em particular. O presidente dos EUA tomou como boa e assumiu para si a acusação de um site conservador, segundo o qual, quando é feita uma pesquisa sobre “Trump news”, 96% dos resultados disponibilizados pela Google são de meios de comunicação social adversários de Trump. Aqueles a quem Trump chama “fake media”, e que sobre ele só produzem “fake news”. Tendo em conta que o inquilino da Casa Branca tem feito esta acusação a quase todos os grandes títulos da comunicação social norte-americana, do New York Times à CNN (escapa a Fox News e pouco mais), talvez o problema esteja na banalização do rótulo, e não no algoritmo do motor de busca...

Entretanto, a Rússia anunciou as maiores manobras militares desde o fim da União Soviética. E a China, que já tem a maior armada do mundodesafia o domínio dos EUA no Oceano Pacífico.

Sem surpresa, o golo de bicicleta que Cristiano Ronaldo marcou pelo Real Madrid contra a Juventus, nos quartos de final da Liga dos Campeões, foi escolhido como o melhor golo da épocano site da UEFA.

Hoje, às 20h, o Benfica joga com o PAOK a segunda mão para decidir quem avança para a fase de grupos da Liga dos Campeões. É um jogo que vale 43 milhões de euros.

João Sousa arrancou bem a participação no US Open. O tenista português bateu, na primeira ronda, o espanhol Marcel Granollers.


AS MANCHETES DE HOJE

i: "Metro desvia fundo de pensões para obras de expansão"
Jornal de Notícias: "Subsídio de desemprego vai aumentar até 17,5 euros"
Público: "Governo e Bruxelas deram aval aos prémios extras da Caixa"
Jornal de Negócios: "Economia recuperou 500 mil empregos. O que mudou?"
Correio da Manhã: "Crime passional ganha força"


O QUE ANDO A LER

Há anos que tencionava ler “O homem que gostava de cães”, de Leonardo Padura (Porto Editora). Tardou, mas aconteceu. A primeira estranheza, quando me recomendaram a obra, foi o facto de essa recomendação ter chegado um amigo apaixonado por História e biografias. Surpreendeu-me o entusiasmo desse meu amigo por um livro do romancista e ex-jornalista cubano, conhecido essencialmente pelos livros policiais em que o detetive Mario Conde investiga crimes nas ruas obscuras de Havana. Depois percebi: em “O homem que gostava de cães” também há um crime, também há deambulações fora de horas pelas ruas erradas de Havana e também há o rigor descritivo de Paduraservindo o cuidado trabalho de investigação do antigo jornalista que virou escritor celebrado internacionalmente. Só que, neste caso, o crime é real, assim como os protagonistas (quase todos, pelo menos).

No princípio - e no fim - deste thriller histórico há um dos mais célebres crimes do século XX: o assassinato de Trotski, por ordem de Estaline. E assim estão apresentados três personagens do livro: Leon Trotski e o seu assassino, Ramón Mercader, são os protagonistas, e José Estaline é uma sombra omnipresente ao longo das 624 páginas - por ter sido o homem que condenou Trotski (primeiro, ao ostracizá-lo e exilá-lo, em sequência da grande cisão que se seguiu à morte de Lenine - uma disputa de poder que Estaline venceu de forma implacável -, e depois ao dar a ordem efetiva para a sua morte), mas também por ter moldado o mundo comunista em que cresceu Iván, o narrador de toda a história - um pacato, frustrado e fictício escritor cubano que tropeça neste caso ao passear numa praia de Havana. Num desses seus devaneios solitários pelas praias, quase sempre acompanhado de um livro, Iván confessa a sua predileção por Raymond Chandler, autor que elevou os romances policiais ao nível da literatura - e não se pode deixar de ler essa passagem como uma referência autobiográfica do próprio Padura (para além de toda a experiência da vida na Cuba dos anos 70, 80 e 90, vivida por Padura e relatada por Iván, personagem que surge como uma projeção do seu criador).

Dividido por este triângulo de protagonistas, “O homem que gostava de cães” é um ambicioso mosaico que entretece três vidas: um jovem e sedutor comunista catalão que conhecemos de armas na mão, no final dos anos 30, em plena Guerra Civil de Espanhaum dos pais da revolução russa, celebridade mundial caída em desgraça e à beira de ser deportado da Mãe Rússia para um exílio que acabou por ser definitivo; e o narrador cubano, que no final dos anos 70 vive num país moldado por essa utopia comunista, embora fosse (então) completamente alheio às desventuras tanto da utopia comunista como de Trotski ou de Mercader.

A História é conhecida: Mercader, jovem burguês tornado combatente republicano, foi recrutado por um agente do NKVD (a agência que antecedeu o KGB), foi para a Rússia onde treinou com o objetivo de vir a assassinar Trotski quando Estaline desse a ordem. O que aconteceu numa tarde de 1940, no México, onde o velho companheiro de Lenine acabou por encontrar refúgio depois de anos de exílio que foram também anos de peregrinação - com Hitler a ameaçar e Estaline a consolidar o seu poder, o homem que um dia comandou o Exército Vermelho era o hóspede que ninguém queria receber. A peregrinação de Mercader também foi longa, minuciosa e paciente - como Moscovo queria distanciar-se do crime, Ramon adotou várias identidades e nacionalidades, e o logro obrigou-o a fixar-se em diversas cidades até tudo confluir para o encontro entre vítima e algoz. Aí tudo se cumpriu, com uma picareta de gelo cravada no crânio de Trotski.

Impressiona o fôlego de Padura ao longo de mais de 600 páginas (o NYT chamou-lhe a “novela russa” do autor cubano, não só pelo tema, mas também pela dimensão) em que saltamos das serras de Barcelona para os cafés de Paris, das estepes russas para uma ilha turca, do bulício de Nova Iorque para a miséria de Havana, do cinzento de Moscovo para o azul saturado da casa de Frida Kahlo e Diego Rivera. São muitos lugares e muitos tempos - ora estamos no início do século XX, num flashback em que Trotski conspira com Lenine, ora nos anos 30 a resistir às tropas de Franco ou em pleno terror estalinista, ora no final do século XX, numa praia de onde os ‘balseros’ fogem de Cuba.

O enorme talento narrativo de Padura mede-se na capacidade com que consegue pegar em tantas peças, em tantas geografias, e em personagens com tanta bagagem, e fazer com que tudo encaixe e se articule num fresco épico, sem gorduras e, quando se trata de factos, sem dever nada ao rigor histórico.

Fico por aqui.
Tenha uma boa quarta-feira.
 
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